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Possíveis Diálogos entre Psicologia e Astrologia: Diagnóstico e Prognóstico do TDAH

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Prática Integrativa II
Curso de Psicologia - CCS
Universidade de Fortaleza
Maio de 2017
Possíveis Diálogos entre Psicologia e Astrologia: Diagnóstico e Prognóstico do TDAH
Autores: Maria Helena Garcia e Matheus Pinheiro
Professora Orientadora: Andrea Amaro Quesada
Palavras-chave: Psicologia; Astrologia; TDAH; medicalização.
Resumo 
O presente artigo busca apresentar de uma forma sucinta o diálogo que a Psicologia e a Astrologia podem ter em busca de um diagnostico e prognostico menos agressivo para crianças com TDAH. Busca também apresentar e definir o que são crianças índigo e porque essas não estão enquadradas no TDA ou TDAH. Trás também um apanhado histórico do que é astrologia, sintetiza o que são os transtornos e as suas possíveis causas, o que é TDAH para a astrologia, como a astrologia busca tratar essas crianças índigo, ressalta também a importância de tais crianças para o mundo.
Introdução 
	Os astrólogos na antiguidade atuavam como conselheiros e tinham como missão alertar as pessoas sobre os astros. O fim da astrologia nas academias se deu com o inicio das ideias iluministas, que defendiam a pesquisa natural. Enquanto Copérnico soterrou de uma vez por todas o entendimento próprio do homem de que viveria no centro do cosmo, Newton cuidou para que se impusesse um paradigma de ciência natural que não se recorria a forças veladas – ocultas - , mas que aceitava apenas as explicações que resultassem de series de experimentos fisicamente mensuráveis (STUCKRAD; VON, 2007). Segundo Stephen Arroyo (2003), observando os físicos da atualidade percebe-se uma grande quantidade desses estudiosos com noções de antimatéria e indeterminância, cujo embasamento para tais pensamentos vem de uma raiz mística, fugindo dos padrões científicos atuais. Deste modo, tentar moldar a psicologia para uma ciência puramente física e material quando o principal objeto de estudo é a psiquê, é restringir a psicologia ao estudo laboratorial com animais ignorando a qualidade essencialmente humana que é a criatividade.
 O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), é considerado um transtorno com causas neurobiológicas que normalmente são identificadas na infância que se caracterizam por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Muitas crianças são identificadas com essa doença por não apresentarem um comportamento esperado, e são medicalizadas precipitadamente.
Segundo o Conselho Regional de Psicologia, os profissionais não deveriam misturar crenças, pois o psicólogo atuará com diversas pessoas, deste modo não cabe a ciência psicológica outros preceitos, devendo assim atuar de forma laica. Porém, este presente artigo tem como objetivo a possibilidade de um diálogo entre as duas correntes, articulando com o Transtorno de atenção e astrologia, buscando uma possível cooperação no diagnóstico e tratamento.
Metodologia
Para a realização deste artigo foi utilizada como base uma entrevista qualitativa e semiaberta com dois profissionais, sendo um astrólogo e farmacêutico que trabalha com crianças com TDAH, e um psicólogo. Ambos os entrevistados cederam para que as entrevistas fossem feitas nos locais de sua escolha, uma livraria e uma universidade federal.
 A entrevista qualitativa consiste na compreensão dos mundos da vida dos entrevistados e de grupos sociais (GASKELL, 2002). Tal entrevista busca coletar e entender o máximo de pontos de vista diferentes possível. Os dados coletados e as identidades dos entrevistados resguardados respeitando os fins éticos. Os entrevistados concordaram também que suas entrevistas fossem gravadas por um dispositivo de voz, no caso, um aparelho celular com o recurso de gravador.
Resultados e Discussões 
	Os principais agentes motivadores da vida presentes na psique individual, e os padrões psicológicos globais, presentes em culturas internas são manifestações de fatores arquétipos (ARROYO; STEPHEN, 1984, p.60). Segundo Jung (1958), ‘’ O que me parece provável é que a verdadeira natureza do arquétipo não poder tomada consciente, que é transcendente. (p.81)’’. Astrologia consiste de configurações simbólicas do inconsciente coletivo, que é o assunto principal da psicologia; os planetas são os deuses, símbolos dos poderes do inconsciente (JUNG, 1958). Então é possível concluir que os signos bem definidos podem haver analogia com os arquétipos descritos por Jung, que chega a afirmar que muitas de suas conclusões só foram possíveis devido ao auxílio da astrologia, onde o mesmo relata: “Observei muitos casos nos quais uma fase psicológica bem definida, ou um evento análogo, foi acompanhado por uma conjunção (particularmente as aflições de Saturno e de Urano)(JUNG,1954)’’.
	A psicologia da idade moderna vem cada vez mais se limitando à abordagem materialista. Segundo Oppenheimer (1971), estão tentando fazer uma ciência da psicologia acerca de uma física que já se tornou ultrapassada. Muitas vezes ignorando fatores ontológicos que habitam a psiquê.
	Um de nossos astrólogos entrevistados, por ser farmacêutica, observou ao trabalhar em um ambulatório, uma medicalização precipitada em muitas crianças, que por uma demanda de “bom comportamento” acabavam sendo receitadas, sem nem ao menos ter a escala comportamental preenchida. Ao observar essas crianças, a entrevistada pediu as mães das crianças hiperativas suas certidões de nascimento, observando 26 crianças cuja as escalas comportamentais estavam preenchidas, e a partir de suas informações tais quais data, hora, e lugar de nascimento, pôde-se então ser feito seus respectivos mapas astrais. A partir disso, a astróloga entrevistada, observou nos mapas dessas crianças uma conjunção rara entre Urano e Netuno que segundo ela, essa conjunção gera uma distração na criança que gera uma falta de atenção. Esse aspecto têm muitas características similares ao TDAH, porém não é dada como algo patológico, mas demanda um processo educacional mais criativo, onde a criança possa expressar-se e interagir com o aprendizado de forma concreta em um espaço onde ela possa direcionar sua energia. A psicóloga entrevistada apresentou um estudo estatístico que observou certo padrão comportamental dessas 26 crianças que tinham a data de nascimento aproximada. Essas crianças forma diagnosticadas com TDAH. No olhar astrológico, o TDAH poderia ser explicado através de uma conjunção de Netuno e Urano que poderiam causar na criança uma possível dispersão, entretanto poderia haver uma criatividade e inteligência que podem ser facilmente confundidas com TDAH.
	 
	Na pesquisa desenvolvida, foi possível observar o TDAH sobre a visão astrológica e psicológica, sendo a visão astrológica bem definida por um dos entrevistados:
‘’Basicamente esse rótulo de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, ele foi criado dentro de uma racionalidade se você quiser, dentro de uma epistemologia ou leitura de verdade, se você quiser, dentro de uma ontologia ou dimensão de mundo forjada por uma ciência médica nos últimos 300 anos que mais recentemente ganhou o nome de biomédica, ou biofarmacológica ou genética, e eu tenho muita duvidas se o nosso raciocínio sofisticado, biomédico/genético/farmacológico, é suficientemente robusto pra ancorar as informações da ancestralidade de Netuno com Urano, porque essas narrativas, se elas forem, por exemplo, astrológicas, são narrativas muito profundas de uma construção de realidade de ontologia e mundo que se remota os aos caldeus''. (Entrevistado 2).
Não se sabe ao certo a real causa do TDAH, onde há claramente um forte índice neurobiológico, porém, há quem diga que o TDAH pode ser causado pela forma que a família se relaciona com a criança. Levasse em consideração tal afirmação porque a família é peça fundamental no desenvolvimento da criança, havendo assim uma falta de estimulação da mesma. Muitas vezes o que de fato está comprometendo o comportamento da criança é a desorganização da família. Mas a demanda social por um determinado comportamento faz com que muitas vezes as criançassejam diagnosticadas com o transtorno, muitas vezes apenas como uma justificativa pra sociedade. 
	Segundo Aline Cavalcante, sobre indivíduos com TDAH, ela constata as dificuldades de compreender, diferenciar, expressar e lidar com as emoções. Nos frustramos e desmotivamos muito. Frequentemente exageram no que sentem, buscando fortes emoções e tomando atitudes precipitadas pelos sentimentos no momento. Tudo isso é acompanhado por sessões de ansiedade, estados de humor depressivos, baixa inibição, momentos de pânico, irritabilidade ou impulsividade. É assim que ela define de forma muito clara como o TDAH influencia as emoções, demonstrando que muitas vezes não é só o aspecto da atenção que fica comprometido. Deve-se atentar para a situação da criança antes de diagnosticá-la. 
	Segundo a astróloga entrevistada as crianças sempre lidaram com a falta de atenção:
“E desde a época do balão mágico que a gente escuta aquelas músicas “eu vivo sempre no mundo da lua” e isso nunca foi motivo de diagnóstica uma patologia, achar nome pra doença, nem de medicalizar”. Sempre ouvimos “fulano é um pestinha, não para quieto.”. 
	A partir de um olhar mais crítico da nossa sociedade imediatista, vale observar que são feitos diagnósticos precipitados por haver uma demanda de comportamento esperado. Segundo a astróloga entrevistada as mães solicitam o remédio por estarem sendo cobradas pela escola devido a inquietude dos filhos. Porém essa medicalização causa efeitos colaterais, trata-se de um psico-estimulante que pode afetar a criança de forma crítica, pois essas ainda não possuem o cérebro mielinizado, seu lobo pré-frontal ainda não está completamente formado. 
 Como foi ressaltado por um dos entrevistados: 
 “É mais fácil à gente mudar a criança com uma caixa de remédio do que mudar todo o sistema, inclusive o sistema pedagógico, nosso sistema educacional é muito ultrapassado.”
 
	Como já foi citado anteriormente, a conjunção entre urano e netuno, é também chamada de geração “índigo”, acredita-se que essa casta de seres, saiu de outros planetas por serem demasiadamente evoluídas para vir a planetas de nível moral inferior como a terra, para transformar de algum modo. Essa giração chamada de “índigo” têm características muito similares a crianças com TDAH. Como afirma a psicóloga Daiana Petrof em “uma análise psicológica sobre crianças “TDA”, “TDAH” e crianças índigos. - parte II” 
''As crianças índigos não são hiperativas, elas são apenas superativas pela necessidade de conhecer e quando se concentram em algo que elas querem conhecer elas são vorazes. As crianças índigo e cristal operam primariamente a partir do Cérebro Direito. Isto significa que são criativas imaginativas e emocionalmente inteligentes. Contudo, a nossa cultura é primariamente orientada pelo cérebro esquerdo, o que significa que é linear, racional e lógica.'' (PETROF, DAIANA. 2016). 
 A partir da visão astrológica, poderíamos buscar outro significado para o TDAH, buscando outros métodos não medicamentosos para tratar o transtorno, e buscar também aproveitar as características positivas desta condição. Sob o olhar astrológico, essas crianças tidas como hiperativas são dotadas de muita criatividade, sendo necessário para elas um novo tipo de educação e aprendizagem que as ajudassem a trabalhar suas questões emocionais e que fornecesse um tipo de metodologia de ensino que estimulasse seu interesse sobre as atividades. Podemos citar o método Montessori, que fornece um tipo de aprendizagem onde as crianças aprendem trabalhando com materiais, fornecendo um aprendizado concreto e interessante, permitindo ainda que as crianças fiquem livres para escolher suas atividades, além de um ambiente natural onde elas podem correr e extravasar sua ansiedade. 
 Desde modo, segundo Maria Montessori:
“A criança deve amar aquilo que aprende, que esteja ligado ao seu crescimento mental e emocional. O 	que quer que seja apresentado a ela deve ser feito de forma bonita e clara, impressionando sua imaginação. Uma vez que esse amor tenha sido despertado, todos os problemas que os especialistas em educação enfrentam desaparecerão.” 
 
 
Considerações Finais	
	Conclui-se que, a astrologia vem com um olhar singular perante o diagnostico e o prognostico do TDAH. Essa singularidade é observada claramente no olhar da farmacêutica entrevistada, onde fala com autoridade e abertamente ser contra o uso da Ritalina para o tratamento das crianças que possuem o transtorno. Outro fato bastante presente no artigo, é como as crianças são diagnosticadas precipitadamente, muitas vezes sem nem ao menos ter uma consulta aprofundada com um médico ou especialista na área, prova disso são as crianças ‘’índigo’’, que são facilmente confundidas como portadoras do TDAH por serem um pouco mais dispersas, como a psicóloga Diana Petrof cita em algumas passagens de sua pesquisa.
	Uma medida que ficou bastante clara para amenizar com tal descuido que vem acontecendo das medicalizações serem dadas de forma incorreta, é o tratamento não farmacológico, como por exemplo, o uso da TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental),vale ressaltar que todas as abordagens psicológicas oferecem uma psicoterapia, e também, como um dos entrevistados cita muito, na mudança de todo o sistema que nós temos, como uma nova forma de avaliação para saber quem está apto ou não de receber tal medicamento. 
Agradecimentos 
	O presente artigo foi escrito sob a supervisão da professora Andrea Amaro Quesada e de seu monitor João Alves Rodrigues Júnior, que se fez totalmente disponível parar a ajudar na conclusão em seu tempo extra sala.
Referências 
	STUCKRAD, Kocku Von. História da Astrologia: Da antiguidade aos nossos dias. São Paulo: Globo, 2007. 451 p.
	
ARROYO, Stephen. Astrologia, psicologia e os quatro elementos: Uma abordagem astrológica ao nível da energia e seu uso nas artes de aconselhar e orientar. 2. ed. São Paulo: Pensamento, 2013. 286 p.
	Disponível em <http://pensopositivo.com.br/11-caracteristicas-das-criancas-indigo/>. Acesso em: 17 de maio. 2017
	Disponível em <http://www.dm.com.br/opiniao/2015/04/uma-analise-psicologica-sobre-criancas-tda-tdah-e-criancas-indigos-parte-ii.html>. Acesso em: 17 de maio. 2017

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