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A ATUAL REFORMA DO ENSINO MÉDIO (GOVERNO MICHEL TEMER) (2)

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA/NEAD
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 
AÇAILÂNDIA
GEOMETRIA ANALÍTCA E CÁLCULO VETORIAL
CÔNICAS, QUÁDRICAS E SUAS APLICAÇÕES
AÇAILÂNDIA
2017
ANDRE MATIAS OLIVEIRA
EDUARDO SANTANA BORGES
FELIPE SILVA DE FRANCA
JHONATAN ARAÚJO DE SOUSA
MARIA FRANCISCA FREITAS DA SILVA 
RODRIGO FRANCO CHAVES
VANTUIL BRAZ MORAES COSTA
CÔNICAS, QUÁDRICAS E SUAS APLICAÇÕES
Trabalho, apresentado como requisito parcial para obtenção de nota do Curso de Licenciatura em Matemática UFMA/ NEAD.
 
 Profª Me. Jacy Pires dos Santos
AÇAILÂNDIA
2017
INTRODUÇÃO
Em 22 de setembro de 2016, passados exatos 22 dias da posse definitiva de Michel Temer como presidente da República, após o impeachment de Dilma Rousseff, em um processo conturbado e carregado de dúvidas sobre sua legalidade e legitimidade que o levou a ser chamado de golpe, é exarada a Medida Provisória (MP) nº 746/2016. Conforme descrito na Exposição de Motivos, o texto encaminhado ao Congresso Nacional almeja “dispor sobre a organização dos currículos do ensino médio, ampliar progressivamente a jornada escolar deste nível de ensino e criar a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral”.
O QUE É A REFORMA?
É um conjunto de novas diretrizes para o ensino médio implementadas via Medida Provisória apresentada pelo governo federal em 22 de setembro de 2016. Por se tratar de uma medida provisória, o texto teve força de lei desde a publicação no "Diário Oficial". Para não perder a validade, precisava ser aprovado em até 120 dias (4 meses) pelo Congresso Nacional.
QUEM ELABOROU A MP?
A MP foi elaborada pelo Ministério da Educação e defendida pelo ministro Mendonça Filho, que assumiu a pasta, após a posse de Michel Temer, em 1º de setembro de 2016.
Antes da MP, estava em tramitação na Câmara o Projeto de Lei nº 6840/2013, do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). Entidades como o Movimento Nacional pelo Ensino Médio defendiam a continuidade da tramitação e das discussões sobre o PL. Governo e congressistas dizem que o conteúdo da MP considera discussões da Comissão Especial que resultou no PL.
O QUE FICOU DEFINIDO NA REFORMA?
A reforma flexibiliza o conteúdo que será ensinado aos alunos, muda a distribuição do conteúdo das 13 disciplinas tradicionais ao longo dos três anos do ciclo, dá novo peso ao ensino técnico e incentiva a ampliação de escolas de tempo integral.
Áreas de concentração
O currículo do ensino médio será definido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), atualmente em elaboração. Mas a nova lei já determina como a carga horária do ensino médio será dividida. Tudo o que será lecionado vai estar dentro de uma das seguintes áreas, que são chamadas de "itinerários formativos":
Linguagens e suas tecnologias
Matemática e suas tecnologias
Ciências da natureza e suas tecnologias
Ciências humanas e sociais aplicadas
Formação técnica e profissional
As escolas, pela reforma, não são obrigadas a oferecer aos alunos todas as cinco áreas, mas deverão oferecer ao menos um dos itinerários formativos.
Carga horária
O texto determina que 60% da carga horária seja ocupada obrigatoriamente por conteúdos comuns da BNCC, enquanto os demais 40% serão optativos, conforme a oferta da escola e interesse do aluno, mas também seguindo o que for determinado pela Base Nacional. No conteúdo optativo, o aluno poderá, caso haja a oferta, se concentrar em uma das cinco áreas mencionadas acima.
Inglês
A língua inglesa passará a ser a disciplina obrigatória no ensino de língua estrangeira, a partir do sexto ano do ensino fundamental. Isso quer dizer que Congresso manteve a proposta do governo federal. Antes da reforma, as escolas podiam escolher se a língua estrangeira ensinada aos alunos seria o inglês ou o espanhol. Agora, se a escola só oferece uma língua estrangeira, essa língua deve ser obrigatoriamente o inglês. Se ela oferece mais de uma língua estrangeira, a segunda língua, preferencialmente, deve ser o espanhol, mas isso não é obrigatório.
Mais escolas em tempo integral
Outro objetivo da reforma é incentivar o aumento da carga horária para cumprir a meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê que, até 2024, 50% das escolas e 25% das matrículas na educação básica (incluindo os ensinos infantil, fundamental e médio) estejam no ensino de tempo integral.
No ensino médio, a carga deve agora ser ampliada progressivamente até atingir 1,4 mil horas anuais. Atualmente, o total é de 800 horas por ano, de acordo com o MEC. No texto final, os senadores incluíram uma meta intermediária: no prazo máximo de 5 anos, todas as escolas de ensino médio do Brasil devem ter carga horária anual de pelo menos mil horas. Não há previsão de sanções para gestores que não cumprirem a meta.
Tempo integral: programa de fomento
O MEC não apontou como será cumprida a carga horária, mas instituiu o Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral para apoiar a criação de 257,4 mil novas vagas no ensino médio integral. Inicialmente previa uma ajuda de 4 anos. No texto final, os senadores sugerem que ele se estenda para 10 anos. Atualmente, só 5,6% das matrículas do ensino médio são em tempo integral no Brasil. Segundo associações, a adoção do turno integral elevaria mensalidades nas escolas particulares.
COMO FICARAM OS PONTOS POLÊMICOS DA MP?
Desde que foi apresentada pelo governo, em setembro, a reforma se tornou alvo de protestos pelo país. Estudantes chegaram a ocupar escolas para se manifestar contra a MP. O protesto levou ao adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em vários locais do Brasil, especialmente em Minas Gerais e no Paraná.
Disciplinas obrigatórias
A principal polêmica diz respeito às disciplinas obrigatórias do ensino médio. Antes da MP, no Brasil, não existia uma lei que especificava todas as disciplinas que deveriam obrigatoriamente ser ensinadas na escola – esse documento será a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), que ainda não saiu do papel. Até então, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) só citava explicitamente, em trechos diversos, as disciplinas de português, matemática, artes, educação física, filosofia e sociologia como obrigatórias nos três anos do ensino médio.
Na versão original enviada pelo governo, a MP mudou isso, e retirou do texto as disciplinas de artes, educação física, filosofia e sociologia. Ela determinava que somente matemática e português seriam disciplinas obrigatórios ao longo dos três anos, e tornava obrigatório o ensino de inglês como língua estrangeira. Mas, além disso, os demais conteúdos para a etapa obrigatória seriam definidos pela Base Nacional, ainda em debate.
Durante a tramitação no Congresso, porém, os parlamentares revisaram parcialmente a retirada da citação direta à educação física, arte, sociologia e filosofia como disciplinas obrigatórias. Uma emenda definiu que as matérias devem ter "estudos e práticas" incluídos como obrigatórios na BNCC.
Notório saber
Outro alvo de críticas foi a permissão para que professores sem diploma específico ministrem aulas. O texto aprovado no Congresso manteve a autorização para que profissionais com "notório saber", reconhecidos pelo sistema de ensino, possam dar aulas exclusivamente para cursos de formação técnica e profissional, desde que os cursos estejam ligados às áreas de atuação deles. Também ficou definido pelos deputados e senadores que profissionais graduados sem licenciatura poderão fazer uma complementação pedagógica para que estejam qualificados a ministrar aulas.
QUANDO A REFORMA ENTRA EM VIGOR?
Maria Helena Guimarães, secretária executiva do MEC, disse no ano passado que a primeira turma ingressando no novo modelo poderia ser em 2018. Já Mendonça Filho disse que não há um prazo máximo para que todos os estados estejam no novo modelo, e diz que espera que haja uma demanda dos próprios estados para acelerar o processo.
Apesarde depender da aprovação da BNCC, o MEC ainda faz a ressalva de que a MP já terá valor de lei e que escolas privadas e redes estaduais já podem fazer adaptações seguindo os seus currículos já em vigor.
COMO A BASE NACIONAL É IMPORTANTE NESTE PROCESSO?
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vai definir o conteúdo mínimo e as disciplinas que estarão obrigatoriamente no ensino médio.
Um dos pontos polêmicos da reforma foi o fato de o texto da MP retirar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) a garantia explícita de que algumas disciplinas já consolidadas (artes, educação física, filosofia e sociologia) deveriam ser aplicadas no ensino médio. A medida, porém, foi revertida na tramitação do texto no Congresso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A reforma do ensino médio técnico foi apresentada à sociedade como uma medida que não só propiciaria a universalização do ensino médio. Isto ocorreria porque, uma vez desvinculado o ensino médio do ensino técnico, os alunos das camadas médias tenderiam a se concentrar no ensino médio, deixando as vagas do ensino técnico disponíveis para os alunos das camadas populares.
Um exame mais acurado da reforma revela que o espírito democrático passou longe dos reformadores, tanto que eles optaram por não submeter o texto legal que a referendou ao escrutínio do Congresso Nacional e o sancionaram por decreto. Na realidade, afora a premissa de que não haveria interesse das camadas médias pelo ensino técnico, a reforma não criou condições objetivas para a incorporação das camadas populares às escolas técnicas federais. O que ela fez foi restabelecer o sistema de ensino dual no secundário e eleger a profissionalização precoce como a trajetória escolar mais adequada aos pobres.
Ao nosso ver a lógica da reforma está mais associada ao cerceamento do que à democratização do acesso. Não só porque sua arquitetura foi pensada de modo a restringir o acesso das camadas médias às escolas técnicas federais, mas porque privilegiou o estabelecimento de trajetórias educacionais diferenciadas e circunscreveu o ensino técnico a uma formação estrita para o trabalho.
Contudo a construção de um ensino médio técnico integrado que contemple a todos os alunos com uma formação geral que lhes possibilite o desenvolvimento do pensamento reflexivo e da autonomia é dependente de um consenso da sociedade brasileira sobre que sistema de ensino realmente deseja.
Por isso, mesmo sem ter a pretensão de esgotar o debate, gostaríamos de salientar a importância de se abrir espaço para que todos os grupos sociais se expressem e sejam ouvidos para que as nuances e diferenças de seus discursos sejam identificadas e suas propostas encaminhadas devidamente matizadas e validadas por aqueles que os representam. De maneira que possamos alcançar um consenso político sobre que sistema de ensino queremos construir e que concepção de educação deve respaldá-lo. Sem esse movimento corremos o risco de que novas reformas se instalem, sem que sejam criadas condições efetivas para a democratização do acesso a um ensino público de qualidade.
REFERÊNCIA
FAJARDO, Vanessa. Entenda a reforma do ensino médio. Disponível em: <https://g1.globo.com/educacao/noticia/entenda-a-reforma-do-ensino-medio.ghtml> Acesso em: 05 de Novembro de 2017.
MAXWELL. Considerações finais. Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/11558/11558_7.PDF> Acesso em: 05 de Novembro de 2017.

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