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História do Design Slides

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História do Design
Prof. Rodrigo Pinto
prof.rodrigopinto@gmail.com
(85) 99154-0045
História do Design
Surgimento das representações gráficas
Um signo não é uma imagem
A palavra impressa perde simbologia
O Designer versus o Artista
Litografia
litografia
O Poster Artístico
Bubbles (Bolhas)
John Everett Millais
(1886)
cromolitografia
comprado pela Pears
Publicidade da marca de sabão
Jules Chéret
(1836 - 1932)
● Estudou em Londres;
● Desenvolveu um sistema de impressão em 
três ou quatro cores;
● desenho em preto sobre cores esmaecidas 
e dégradées;
● desenha sobre a pedra de impressão;
● ocasionalmente usava slogan.
Pierre Bonnard (1867 - 1947)
● Membro fundador do grupo simbolista dos “nabis“;
● representante da passagem do pós-impressionismo para o simbolismo;
● Bonnard preferiu ficar à margem das correntes vanguardistas que imperavam 
na época para dedicar-se ao seu mundo cotidiano;
● o pintor da felicidade;
● inimigo das teorias artísticas dominantes e dos assuntos pomposos, 
preferindo representar em seus quadros sua vida cotidiana;
● Um dos temas preferidos de Bonnard foi a representação do corpo nu no 
ambiente doméstico
Os Nabis
simbolismo
Em 1888, quando tinha apenas vinte anos, Pierre 
Bonnard fundo o grupo dos “nabis”, juntamente com 
seus colegas da Academia, Julian Denis, Vuillard, 
Ranson e Sérusier, inspirados pela tábua O talismã 
pintado pelo último seguindo as orientações de Paul 
Gauguin. Os integrantes do grupo se auto 
denominaram profetas (significado da palavra “nabi”, 
em hebraico). com a intenção de apresentar em suas 
pinturas uma verdade que ultrapassasse o mundo 
visível através da exaltação da cor, da simplificação 
das formas e da transcendência mística e enigmática 
das suas composições. Em sua aspiração de simplificar 
as manifestações artísticas até atingir suas formas 
mais essenciais, os nabis, e principalmente Bonnard, 
encontraram inspiração na arte japonesa em questões 
como o abandono da modelagem ilusória do corpo, a 
renúncia à perspectiva central tradicional e a 
modificação das leis ocidentais da proporção e do 
movimento. (La Fundación)
Henri de Toulouse-Lautrec
(1864 - 1901)
"Seu trabalho foi uma fonte de inspiração para a geração seguinte, um 
desses “inspirados” não é nada mais nada menos que Picasso. Lautrec 
teria recusado ser chamado de “mestre” ou “pai” do impressionismo, pois 
ele acreditava que os grandes mestres de suas escolas acabam por 
“mata-las”. Mas, afirmam alguns biógrafos do artista, apesar da ironia 
estar sempre presente em seus lábios grossos, ele não teria ficado 
insatisfeito em saber, que hoje, o consideramos líder do impressionismo 
francês, Lautrec ajudou a construir parte da identidade atribuída a Paris." 
(Diário da Causa Operária)
Arts & Crafts
Augustus Welby Pugin
(1812 - 1852
● A base da estética moral foi criada pelo arquiteto e teórico A.W.N. 
Pugin (1812-1852);
● Intenção de reunificar o papel do artista e artesão como acontecia na 
Idade Média;
● Defensor dos princípios da arte gótica; 
● Escreveu as três regras básicas que deveriam ser seguidas pela 
nova arquitetura: 
1. Honestidade na estrutura e no uso e aplicação dos materiais; 
2. Originalidade no projeto, portanto sem imitações estilísticas; 
3. Uso de materiais regionais preservando suas propriedades e suas 
cores. 
John Ruskin (1819 - 1900)
Ruskin, J., The Stones of Venice, vol. 2, Windows of the Third and Fourth orders: the Casa Sagredo, Londres: George 
Allen, p.298, 1904.
Ruskin pregavam a natureza como inspiração e instrução para os artistas 
e arquitetos;
Influenciou fortemente William Morris, o líder do Arts and Crafts;
Ruskin era contra a divisão do trabalho na era capitalista e defendia o 
trabalho artesanal e uso de materiais naturais;
John Ruskin The Garden of San Miniato near Florence, 1845.
Princípios da Arts & Crafts
1. Unidade na composição artística; 
2. valorização do trabalho 
artesanal;
3. individualismo;
4. regionalismo.
William Morris
(1834 - 1896)
"Morris era contra o uso de máquinas e a 
industrialização no processo de construção das obras 
de arte. Entretanto, o ideal anti-industrial encarecia o 
objeto, visto que este era feito apenas por uma pessoa 
do começo ao final"
(Ana Tagliari & Haroldo Gallo, 2007)
“ Quero falar daquele lado da arte que deveria ser sentido e 
executado pelo simples operário em seu trabalho
cotidiano, e que com razão se chama arte popular. Esta
arte não existe mais, destruída pelo comercialismo. Mas
ela viveu e floreceu desde o início da luta entre o homem
e a natureza até o surgimento do sistema capitalista.
Enquanto durou, tudo que o homem fazia era ornamentado
pelo homem, assim como tudo o que o faz a natureza é
ornamentada pela natureza.”
William Morris
(Ana Tagliari & Haroldo Gallo, 2007)
a estética de Bauhaus, de Stijl e o 
construtivismo russo
História da Bauhaus
Weimar (1919 - 1925)
1a fase
A Bauhaus iniciou suas actividades, em 1919, 
em Weimar, sob a direcção do arquitecto 
Walter Gropius. O seu corpo docente foi 
formado por artistas, arquitectos e artesãos 
de diferentes nacionalidades e de diferentes 
linhas de pensamento. Entre aqueles que 
estiveram no início do seu funcionamento 
destacamos:
O pintor e ensaísta místico J. Itten 
(1888–1967)
O artista gráfico Lyonel Feininger 
(1871-1956)
O artista abstracionista Wassily Kandinsky 
(1866 - 1944)
Lyonel Feininger
Nasceu em Nova York de pais alemães. 
Mudou-se para Berlin para estudar música, 
mas graduou-se em artes na Königliche 
Akademie. Durante 20 anos, tabalhou como 
o caracturista.
Aos 36 anos dedicou-se à pintura associando-se 
aos grupos Die Bücke e Blaue Reiter. Foi 
professor da Bauhaus. Em 1933, retornou aos 
Estados Unidos para fugir do nazismo. Sua obra 
passou pelo Cubismo e Surrealismo. Foi músico 
e compositor.em seguida trabalhou como um 
caricaturista comercial por vinte anos para 
vários jornais e compartimentos nos EUA; foi 
um membro do Berliner Sezession em 1909, foi 
associado aos grupos Die Brücke, 
Novembergruppe, Gruppe 1919, e Os Quatro 
Azuis do expressionismo. Ensinou também no 
Bauhaus por diversos anos, começando em 
1919.
Johannes Itten
O círculo de 12 cores de Itten parte das 3 primárias: 
azul, vermelho e amarelo que são dispostas em um 
triângulo. Em volta deste triângulo, encontram-se as 
cores secundárias: verde, laranja e roxo, resultante das 
misturas das cores primárias. O círculo é formado das 
cores, primárias, secundárias e terciárias que, 
teoricamente, seriam a mistura de uma cor primária 
com uma secundária.
O círculo e Itten têm alguns pontos onde são criadas 
controvérsias. Ao misturarmos com tinta, azul com 
vermelho, não teremos violeta. O resultado é um 
castanho, pois a cor azul “suja” a vermelha tirando o 
seu croma. Em experimentos feitos com tinta guache, 
há resultados aproximados ao violeta, utilizando o 
magenta em vez de vermelho. Isto acontece porque 
este pigmento tem azul em sua composição o que 
facilita a mistura, dando um resultado mais próximo ao 
do circulo cromático proposto por Itten.
Wassily Kandinsky
Pioneiro do Movimento Abstracionista, Wassily 
Kandinsky foi um pintor russo que apesar da 
formação no curso de Direito pela Universidade 
de Moscou, demostrou grande interesse e 
inclinação para Artes Visuais após conferir uma 
exposição de pintores impressionistas e ficar 
deslumbrado por aquelas pinturas.
No início do século XX, iniciou seus primeiros 
estudos não figurativos após um grande 
processode evolução pictórica. Kandinsky foi 
considerado o primeiro pintor do ocidente a 
produzir pinturas abstratas. A partir daí suas 
telas sofrem grande influência do 
abstracionismo, perdendo as definições e 
contornos figurativos. Outra influência em seu 
trabalho foi à música, suas primeiras pinturas 
deixavam transparecer um toque musical, 
salientando as tendências abstratas.
Dessau 1925 - 1932
2a fase
A Bauhaus foi tornando-se mais e mais uma 
instituição de ensino e de produção de 
protótipos industriais. Estes, se por um lado, 
deveriam ser orientados para a realidade da 
produção industrial, por outro eram dirigidos 
para atender as necessidades sociais de 
uma camada mais ampla da população. As 
mais influentes oficinas da Bauhaus, até 
hoje, eram as de metal e de marcenaria. 
Marcel Breuer, desde 1920, era aluno na 
Bauhaus, e se tornou em 1925 mestre da 
oficina de metal.
Com o desenvolvimento do mobiliário em 
tubo metálico, ele conseguiu a ruptura na 
direção do mobiliário funcional, além da 
produção em massa dos produtos. 
Provavelmente inspirado na construção 
curvada do guidão de sua bicicleta, Breuer 
começou a estabelecer relações com as 
cadeiras Thonet. 
"Cada estudante da Bauhaus tinha de trabalhar, 
no curso de sua formação, em uma oficina por ele 
escolhida, depois de haver concluído com êxito o 
preparatório. Ali estudava ao mesmo tempo com 
dois mestres, um de artesanato e outro do design. 
Era preciso que passasse por dois professores 
diferentes, pois não havia artesãos que 
possuíssem suficiente fantasia para dominar 
problemas artísticos, nem artistas que possuíssem 
suficientes conhecimentos técnicos para dirigirem 
uma seção de oficinas"
(GROPIUS, 1975, p. 40). 
principais características
Objetivos:
● Estabelecer a arquitetura como o fator 
dominante do desenho;
● buscar uma unidade cultural;
● elevar técnicas tradicionais a um nível de 
acordo com a arte;
● aperfeiçar os produtos industriais através 
dos trabalhos coletivos dos artistas, 
industriais e artesões;
● conectar aspectos do humanismo
Princípios compositivos:
● utilização do ângulo reto e as três cores 
primárias;
● expressão dos princípios industriais 
racionalistas;
● intenção do autodescobrimento pessoal por 
meio da abstração;
● nova estrutura perceptiva: ponto, reta, 
extensão, posição e direção;
● utilização de desenhos simples e com pouca 
referência.
DE STJIL
em 1917 foi fundada a revista De Stijl que se 
iniciou como movimento de arte e terminou 
como uma idéia que se infiltrou no próprio 
tecido da cultura moderna. Foi a mais 
importante contribuição da Holanda para a 
cultura global do século XX. Desenvolveu-se uma 
rede: a parceria entre artistas, arquitetos e 
designers seria o antídoto do individualismo da 
época. A abstração radical revelaria o moderno 
e transformaria a vida em arte. Não era uma 
organização rígida e hierárquica e facilmente 
adquiriu dimensão internacional. A publicação 
foi fundada pelo escritor, poeta e crítico de arte 
Theo Van Doesburg e tinha como intenção reunir 
o que havia de mais moderno em termos de 
arte, arquitetura, ofícios, design, música e 
literatura, a cada mês.
Em seu primeiro número Mondrian 
publica A nova plástica na pintura. O 
movimento se organiza, segundo Van 
Doesburg, em torno da necessidade de 
"clareza, certeza e ordem" e tem como 
propósito central encontrar uma nova 
forma de expressão plástica, livre de 
sugestões representativas e composta 
a partir de elementos mínimos: a linha 
reta, o retângulo e as cores primárias - 
azul, vermelho e amarelo -, além do 
preto, branco e cinza
neoplasticismo
Sua origem está atrelada ao movimento teosófico, 
fundado por Helena Blavatsky (1831-1891), 
pautado na evolução do Universo, através da 
resolução do conflito entre espiritualidade e 
ciência.
De Stijl era visto por seus integrantes como mais 
do que um estilo artístico, possuindo um caráter 
quase messiânico, sendo uma forma de filosofia e 
religião. 
Seus ideais primários eram promover uma síntese 
místicoracional, uma busca pela ordem, pela 
harmonia perfeita existente que poderia ser 
acessível ao homem (e à sociedade) desde que 
este se subordinasse a ela. Trata-se, portanto, de 
uma missão de caráter ético-espiritual, a tentativa 
de alcançar a "beleza universal" citada por 
Mondrian.”
Primeiro Manifesto do movimento
1. Há dois conhecimentos dos tempos: um antigo e um novo. O antigo se dirige para o 
individualismo.
O novo se dirige ao universal.
A luta do individual contra o universal se revela tanto na guerra mundial quanto na arte de nossa 
época.
2. A guerra destrói o mundo antigo com o seu conteúdo: a dominação individual sob todos os 
pontos de vista.
3 A arte nova atualiza o que está contido no novo conhecimento dos tempos: proporções iguais do 
universal e do individual.
4. O novo conhecimento dos tempos está prestes a se realizar em tudo, mesmo na vida exterior.
5. As tradições, os dogmas e as prerrogativas do individualismo (o natural) se opõem a esta 
realização.
6. O objetivo da revista de arte De Stijl é apelar para todos aqueles que acreditam na reforma da arte e 
da cultura para aniquilar tudo o que impede o desenvolvimento, do mesmo modo que fizeram no campo 
da arte nova suprindo a forma natural que contraria a própria expressão da arte, a conseqüência mais 
alta de cada conhecimento artístico.
7. Os artistas de hoje tomaram parte na guerra mundial no domínio espiritual, impelidos pelo mesmo 
conhecimento contra as prerrogativas do individualismo: o capricho com todos aqueles que combatem 
espiritualmente ou materialmente para a formação de uma unidade internacional na Vida, na Arte e na 
Cultura.
8. O órgão De Stijl, fundado com esse fim, dispende todos os seus esforços para tornar clara a nova 
idéia da vida. A colaboração de todos é possível pelo: envio do nome, endereço, profissão à nossa 
redação, como prova de assentimento; contribuições (críticas, filosóficas, arquiteturais, científicas, 
literárias, musicais, etc., assim como reproduções fotográficas) para o periódico mensal De Stijl; 
tradução em todas as línguas e publicação das idéias publicadas em De Stijl.
Assinatura dos colaboradores:
Theo van Doesburg, pintor/ Robt van´t Hoff, arquiteto/ Vilmos Huszar, pintor/ Antony Kok, poeta/ Piet 
Mondrian, pintor/ G. Vantongerloo, escultor/ Jan Wils, arquiteto.
Piet Mondrian
Biografia
Pieter Cornelis Mondrian nasceu em 
Amersfoort na Holanda e envergou numa 
carreira artística apesar de corromper com os 
ideais da sua família.
Entre 1892 e 1895 frequentou a escola de 
Belas Artes de Amesterdão.
Posteriormente, inicia a sua carreira como 
pintor, tendo como principal tema paisagens 
calmas em tons de cinzentos, verdes e 
malva.
No ano de 1908, sob influências do pintor 
holandês Jan Toorop inicia a utilização de 
cores mais fortes e brilhantes com o 
objectivo de elevar as tonalidades da 
natureza criando uma séries de obras que 
tendem para o abstracto.
No ano de 1912, Mondrian muda-se para 
Paris e ao interagir com vários artistas 
cubistas, rende-se ás suas ideologias emuda 
progressivamebte de artista seminaturalista 
para a crescente abstracção.
● A humanização da 
arte através dos 
signos
● O conhecimento da 
relação áurea 
● a+b/a = a/b = φ 
● 1,618
nº 01
nº 06
"Para que a arte se torne abstracta, 
isto é, para que ela não acuse 
quaisquer relações com o aspecto 
natural das coisas, a lei da 
desnaturalização da matéria é de uma 
importância fundamental"
(Piet Modrian, Plastic Art and Pure 
Plastic Art, ensaios 1937 - 1943)
Theo van Doesburg
biografia
O multiartista Theo van Doesburg nasceuChristian Emil Marie Küpper, em 1883, numa 
família de artistas em Utrecht. Fundou, em 
1917, ao lado de Piet Mondrian, o De Stijl (ou 
Neoplasticismo), com raízes no Cubismo e 
na Arte Abstrata. Mondrian ficou mais 
conhecido, mas Van Doesburg é um artista 
mais completo: pintor, artista plástico, editor, 
arquiteto, designer e, uma faceta menos 
conhecida, poeta. 
O movimento acabou por 
influenciar a arquitetura e o 
grafismo. Em 1921, Van Doesburg 
publicou a revista Mecano, em 
que revelava uma nova tipografia, 
sob o pseudônimo I. K. Bonset.
O objetivo do movimento De Stijl era a 
criação de uma arte de vanguarda, 
procurando um equilíbrio. Os quadros 
mostravam linhas e retas essenciais e 
cores primárias, além de formas 
geométricas.
Segundo Van Doesburg: “A linha reta 
corresponde à velocidade do transporte 
moderno; os planos horizontais e 
verticais à manipulação mais sutil, ou às 
mais simples tarefas da vida e da 
tecnologia industrial”.
Quinto Manifesto de De Stijl:
Sobre a estrutura espácio-temporal do poema:
II. Examinamos as leis do espaço e suas variações infinitas (isto é, os contrastes 
de espaço, as dissonâncias de espaço, os complementos de espaço etc.)., e 
descobrimos que todas essas variações do espaço devem ser governadas como 
uma unidade de equilíbrio.
III. Examinamos as leis da cor no espaço e na duração e descobrimos que as 
relações equilibradas desses elementos dão enfim uma unidade nova e positiva.
IV. Examinamos a relação entre o espaço e o tempo, e descobrimos que o 
aparecimento desses dois elementos através da cor produz uma nova dimensão.
V. Examinamos as relações recíprocas da medida, da proposição, do 
espaço, do tempo e dos materiais, e descobrimos o método definitivo de 
construí-los como uma unidade.
VI. Pelo rompimento da caixa fechada (os muros etc.) acabamos com a 
dualidade do interior e do exterior.
VII. damos à cor seu verdadeiro lugar na arquitetura e declaramos que a 
pintura separada da construção arquitetural (isto é, o quadro) não tem 
nenhuma razão de ser.
VIII. A época da destruição está totalmente superada. Uma nova época 
começa, a da construção.
influências do neoplasticismo
Do Neoplasticismo ao Dadaísmo
O alemão Kurt Schwitters (1887-1948) foi em seu 
tempo o que hoje chamamos de artista multimídia. 
Sua criatividade não conhecia fronteiras e ele a 
aplicou na escultura, arquitetura, tipografia, 
literatura, dramaturgia, encenação, música e 
performance. (O Globo)
Merz
Kurt Schwitters inventou uma palavra para designar sua idéia de arte 
total, cuja principal técnica era a colagem. O conceito servia para nomear 
todas as suas atividades - o Merz desenho, as Merz pinturas, Merz 
esculturas, Merz publicações. Schwitters promovia Merz soirées por toda 
a Europa, com recitais de poesia e prosa suas, além de performances de 
sua famosa Ursonate (Sonata Primordial).
M
er
zb
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 (M
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Bu
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erz Building), 1923-1937, Kurt Schw
itters
DADÁ OU MERZ? 
Freqüentemente apresentado como integrante do dadá alemão, Schwitters foi, entretanto, figura singular 
naquele contexto, avessa à própria “ortodoxia” dadaísta, buscando caminhos pessoais através de sua arte 
Merz, e associando-se a grupos que divergiam da anarquia dadá, como o construtivismo (alemão e russo). 
Sua obra amplia-se em direção a vários universos, que hoje pertencem à comunicação e artes 
contemporâneas: design, criação musical, performance, etc. 
Há evidente preocupação ‘compositiva’ em Schwitters, alheia à pura idiotia pregada pelos dadaístas, que 
estes nunca o aceitaram completamente”. E, de fato, quando Schwitters procurou conduzir o dadá a um 
paroxismo radical, com a criação de uma estética própria, o Merz, os dadaístas reprovaram sua atitude, 
considerando-o, a exemplo de Richard Hulsenbeck, no seu Almanaque Dada, como um desvio, 
terminologia típica de uma certa atitude programática da época, identificada com a prática partidária de 
esquerda. 
Construtivismo Russo
 movimento construtivista teve dois 
grandes artistas como seus principais 
articuladores. O escultor Vladímir Tátlin e 
o pintor Aleksandr Ródtchenko. Mas foi o 
jovem artista, pintor, artista, arquiteto, 
fotógrafo e designer gráfico Lissítzki que 
rompeu de vez as barreiras russas do 
movimento. Em sua viagens para a 
Holanda e Alemanha, Lissítzki teve 
contato com outros movimentos artísticos 
que compartilhavam da estética 
construtivista dos russos, como por 
exemplo, os holandeses do De Stijl, os 
Alemães da Bauhaus, além de Dadaístas 
e outros construtivistas.
Li
ss
itz
ky
Kazimir 
Malevich
Kazimir Malevich recebe maior retrospectiva 
de sua obra em quase 30 anos
Embora o primeiro “Quadrado negro” não esteja na Tate (por ser frágil 
demais para deixar a Galeria Tretyakov, em Moscou), é como se a tela 
estivesse presente em todas as salas da exposição, exatamente como 
quis o artista — como uma espécie de assinatura, chancela dos novos 
tempos. Das quatro versões do “Quadrado” produzidas por Malevich, 
duas estão expostas na Tate: a de 1923, feita por ele para que a 
original, já deteriorada, pudesse ir à Bienal de Veneza; e a de 1929, a 
última, exibida em Moscou.
O MINIMALISMO
resumo
A Minimal Art foi um estilo artístico surgido na década de 50, por influência 
direta de Duchamp (ready-made, início do que viria a ser a arte conceptual), 
Rauschenberg (arte como objeto, mistura de materiais e métodos) e Jasper 
John, Jackson Pollock (aleatoriedade) e do Concretismo (rigidez formal e 
racionalismo). Os artistas mais famosos do movimento foram Donald Judd, 
Carl Andre, Dan Flavin, e Robert Morris.
Suas pesquisas eram direcionadas para uma análise fenomenológica da 
interação espaço, material, luz e observador, criando normalmente 
estruturas que alteravam o ambiente onde se encontravam quer pela 
luminosidade, quer pelo volume, tamanho, cor, translucidez, etc. 
Robert Rauschenberg
"A pintura relaciona-se quer com a arte, quer com a 
vida. Nenhuma pode ser feita. (Tento agir no 
intervalo entre as duas.)"
A Releitura na Arte Contemporânea
Além das funções ligadas à acessibilidade e 
legibilidade a — releitura na — arte contemporânea 
têm características comerciais, culturais e políticas. 
Stephen Farthing e seus colaboradores consideram 
o período histórico do segundo pós-guerra 
correspondente ao inicio da arte contemporânea 
como movimento artístico, dando ênfase ao 
movimento expressionista abstrato como precursor 
de uma nova era de hibridação cultural.
Andy Warhol
The Velvet Underground & Nico
quadrinhos de Roy Lichtenstein
Lichtenstein baseou esta pintura num 
desenho do ilustrador Jerry Grandenetti 
para a capa da 89ª edição da All-American 
Men of War, publicada pela DC Comics em 
fevereiro de 1962. Whaam! é uma resposta 
irreverente e espirituosa à popularidade do 
expressionismo abstrato nos Estados Unidos.
“(...) em especial suas extensas áreas de cor pura e as 
telas saturadas dos “pintores de ação”. Lichenstein 
buscava ironizar a pomposidade desse movimento 
com temas pictóricos baseados no que via como 
uma arte puramente comercial. Queria também 
mostrar a futilidade da sociedade chamando atenção 
para as histórias, muitas vezes dirigidas ao público 
infantil, que glorificam a guerra e a destruição com 
imagens enganosamente fantasiosas e personagens 
bidimensionais que se transformam em heróis por 
suas ações agressivas.” 
Jasper Johns
“As variações de cor e os modos de impressão 
combinados a partir de cada conjunto de matrizes 
deixam claro que o quevemos ao final são figuras e, 
também, são camadas de material pictórico 
manipulável como parte de uma experiência 
artística”
Tom Wesselmann
Claes Oldenburg Floor Cake (1962)
Giant Fagends (1966)
Aplicação da teoria de Claes Oldenburg
Jackson Pollock
o design e o minimalismo
● o papel do artista na construção e conformação efetiva do 
objeto arte, assumindo uma posição de desmistificação da 
arte em prol de uma objetividade conceptual e 
consequentemente formal.
● Ao assumir esse modo de produção, rejeitam o paradígma 
artístico de classificação da obra em classes (pintura, 
escultura, desenho, etc.), chamando-os genericamente 
"objetos", ou "estruturas primarias", palavras cotidianas de 
qualquer sociedade urbana industrializada. 
● Instalação
Donald Judd
Hegel diz que “(…)a arte não pode, portanto, trabalhar para a simples contemplação do 
sensível, mas procura satisfazer a nossa interioridade subjetiva, a alma, o sentimento que, 
enquanto participa do espírito, aspira a liberdade para si e só busca a pacificação no 
espírito e pelo espírito”. 
Essa satisfação do espírito se encontra tanto nas obras de Mondrian quanto no melhor de 
Judd, embora de formas distintas (enquanto Mondrian buscava com suas telas a 
restauração de certa ordem na arte, através de uso de formas básicas e cores primárias 
para uma “(…) inserção social (…) uma intervenção paternal sobre a sociedade (..)”, Judd 
busca através da experiência de seus objetos oferecer ao espectador algo além do visual 
para uma subjetiva compreensão do objetivo e racional universo especial. O ponto de 
contato é justamente esse unir vida e obra como matérias indistintas.
 o artista é aquele que atua criticamente sobre a realidade, manipulando sígnos de maneira 
a criar conceitos e proposições de interpretações sobre estes, de forma a fornecer ao 
espectador uma experiência cheia de significado. O processo semiótico na natureza não é 
crítico, mas puro, já que a realidade se mostra como tal, a interpretação é livre do 
observador, sem intervenção de um terceiro (o artista). 
O minimalismo almejava a uma perfeita e necessária interação do homem com a obra, que 
se traduzida ao design, implicam nessa ligação funcional do objeto com seu usuário. 
Implica nisso pois os sígnos de clareza comunicacional e cognitiva presente na minimal art 
deveriam ser os encontradas nos designs minimalista e funcionalista.
Carl Andre
Por volta de 1960, em contraste com as poéticas dominantes 
do Informal. F. Lo Savio re propõe em novos termos, mas 
remetendo-se a Mondrian e Malevich, a exigência de um 
extremo rigor construtivo e formal. Para além das categorias 
tradicionais (pintura-superfície, escultura-volume), ele projeta a 
forma como síntese absoluta de matéria-espaço-luz, isto é, 
como um instrumento de precisão que, inserido na realidade, 
seleciona, reduz, coteja seus valores essenciais.
Dan 
Flavin
novas orientações da pesquisa
O dado que se parte não é um repertório de símbolos espaciais 
inatos ou hereditários, mas um forte trauma emotivo; o nexo 
associativo não é um esquema lógico entendido como princípio 
ordenador universal, mas o funcionamento automático de 
certos patterns ou tipos de comportamento, que configuram a 
percepção como um contraste ativo de tensões ou forças 
atuantes, tanto na realidade externa quanto na existência 
humana.
Procura-se reduzir o peso sentimentalista do expressionismo 
abstrato e busca identificar absolutamento as noções de 
espaço e campo visual.
Robert Morris
O desenvolvimento em sentido predominante plástico da 
pesquisa espácio-visual cede lugar à redução da "escultura" à 
elementariedade aparente das chamadas estruturas primárias: 
corpos coloridos em várias dimensões, muitas vezes 
transitáveis e, portanto, fruíveis como ambientes. Inseridos no 
espaço real, definem-no como campo em sua porção 
objetivamente influenciada pela estrutura, isto é, estruturada: 
esta, porém, não é colocada como arquetípica ou modular, ou 
seja, como chave de interpretação da realidade, e sim como 
inserção que determina e define uma situação espácio-visual 
concreta.
Richard Hamilton: Interior (1956)
colagem 3 x 2,80m
Edoardo Paolozzi: 
Wittgestein at Cassino 
(1963); alumínio pintado, 
1,80 x 1,30 x 0,47m
Enrico Baj: General (1963); colagem 
sobre tela, 1,47 x 1,47m
Se além da "lei do acaso" do surrealismo e de Schwitters, ainda 
assim havia um princípio de ordem, como Rauschenberg e Johns 
entra-se no círculo da pura aleatoriedade, ou seja, no âmbito, de 
uma deliberada indistinção do fenômeno estético em relação a 
todos os outros fenômenos, quer pertençam à existência privada 
do artista quer pertençam ao mundo. É significativo que, 
enquanto corrente Op se põe em contato com a arquitetura, a 
Pop se alinha com a música se chama, justamente, aleatória: é 
fácil distinguir a ligação entre a pintura de Rauschenberg e Johns 
e a música de J. Cage, predisposta a absorver e integrar em si 
todas as eventualidades sonoras, e mesmo os ruídos do 
ambiente

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