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História do Design Prof. Rodrigo Pinto prof.rodrigopinto@gmail.com (85) 99154-0045 História do Design Surgimento das representações gráficas Um signo não é uma imagem A palavra impressa perde simbologia O Designer versus o Artista Litografia litografia O Poster Artístico Bubbles (Bolhas) John Everett Millais (1886) cromolitografia comprado pela Pears Publicidade da marca de sabão Jules Chéret (1836 - 1932) ● Estudou em Londres; ● Desenvolveu um sistema de impressão em três ou quatro cores; ● desenho em preto sobre cores esmaecidas e dégradées; ● desenha sobre a pedra de impressão; ● ocasionalmente usava slogan. Pierre Bonnard (1867 - 1947) ● Membro fundador do grupo simbolista dos “nabis“; ● representante da passagem do pós-impressionismo para o simbolismo; ● Bonnard preferiu ficar à margem das correntes vanguardistas que imperavam na época para dedicar-se ao seu mundo cotidiano; ● o pintor da felicidade; ● inimigo das teorias artísticas dominantes e dos assuntos pomposos, preferindo representar em seus quadros sua vida cotidiana; ● Um dos temas preferidos de Bonnard foi a representação do corpo nu no ambiente doméstico Os Nabis simbolismo Em 1888, quando tinha apenas vinte anos, Pierre Bonnard fundo o grupo dos “nabis”, juntamente com seus colegas da Academia, Julian Denis, Vuillard, Ranson e Sérusier, inspirados pela tábua O talismã pintado pelo último seguindo as orientações de Paul Gauguin. Os integrantes do grupo se auto denominaram profetas (significado da palavra “nabi”, em hebraico). com a intenção de apresentar em suas pinturas uma verdade que ultrapassasse o mundo visível através da exaltação da cor, da simplificação das formas e da transcendência mística e enigmática das suas composições. Em sua aspiração de simplificar as manifestações artísticas até atingir suas formas mais essenciais, os nabis, e principalmente Bonnard, encontraram inspiração na arte japonesa em questões como o abandono da modelagem ilusória do corpo, a renúncia à perspectiva central tradicional e a modificação das leis ocidentais da proporção e do movimento. (La Fundación) Henri de Toulouse-Lautrec (1864 - 1901) "Seu trabalho foi uma fonte de inspiração para a geração seguinte, um desses “inspirados” não é nada mais nada menos que Picasso. Lautrec teria recusado ser chamado de “mestre” ou “pai” do impressionismo, pois ele acreditava que os grandes mestres de suas escolas acabam por “mata-las”. Mas, afirmam alguns biógrafos do artista, apesar da ironia estar sempre presente em seus lábios grossos, ele não teria ficado insatisfeito em saber, que hoje, o consideramos líder do impressionismo francês, Lautrec ajudou a construir parte da identidade atribuída a Paris." (Diário da Causa Operária) Arts & Crafts Augustus Welby Pugin (1812 - 1852 ● A base da estética moral foi criada pelo arquiteto e teórico A.W.N. Pugin (1812-1852); ● Intenção de reunificar o papel do artista e artesão como acontecia na Idade Média; ● Defensor dos princípios da arte gótica; ● Escreveu as três regras básicas que deveriam ser seguidas pela nova arquitetura: 1. Honestidade na estrutura e no uso e aplicação dos materiais; 2. Originalidade no projeto, portanto sem imitações estilísticas; 3. Uso de materiais regionais preservando suas propriedades e suas cores. John Ruskin (1819 - 1900) Ruskin, J., The Stones of Venice, vol. 2, Windows of the Third and Fourth orders: the Casa Sagredo, Londres: George Allen, p.298, 1904. Ruskin pregavam a natureza como inspiração e instrução para os artistas e arquitetos; Influenciou fortemente William Morris, o líder do Arts and Crafts; Ruskin era contra a divisão do trabalho na era capitalista e defendia o trabalho artesanal e uso de materiais naturais; John Ruskin The Garden of San Miniato near Florence, 1845. Princípios da Arts & Crafts 1. Unidade na composição artística; 2. valorização do trabalho artesanal; 3. individualismo; 4. regionalismo. William Morris (1834 - 1896) "Morris era contra o uso de máquinas e a industrialização no processo de construção das obras de arte. Entretanto, o ideal anti-industrial encarecia o objeto, visto que este era feito apenas por uma pessoa do começo ao final" (Ana Tagliari & Haroldo Gallo, 2007) “ Quero falar daquele lado da arte que deveria ser sentido e executado pelo simples operário em seu trabalho cotidiano, e que com razão se chama arte popular. Esta arte não existe mais, destruída pelo comercialismo. Mas ela viveu e floreceu desde o início da luta entre o homem e a natureza até o surgimento do sistema capitalista. Enquanto durou, tudo que o homem fazia era ornamentado pelo homem, assim como tudo o que o faz a natureza é ornamentada pela natureza.” William Morris (Ana Tagliari & Haroldo Gallo, 2007) a estética de Bauhaus, de Stijl e o construtivismo russo História da Bauhaus Weimar (1919 - 1925) 1a fase A Bauhaus iniciou suas actividades, em 1919, em Weimar, sob a direcção do arquitecto Walter Gropius. O seu corpo docente foi formado por artistas, arquitectos e artesãos de diferentes nacionalidades e de diferentes linhas de pensamento. Entre aqueles que estiveram no início do seu funcionamento destacamos: O pintor e ensaísta místico J. Itten (1888–1967) O artista gráfico Lyonel Feininger (1871-1956) O artista abstracionista Wassily Kandinsky (1866 - 1944) Lyonel Feininger Nasceu em Nova York de pais alemães. Mudou-se para Berlin para estudar música, mas graduou-se em artes na Königliche Akademie. Durante 20 anos, tabalhou como o caracturista. Aos 36 anos dedicou-se à pintura associando-se aos grupos Die Bücke e Blaue Reiter. Foi professor da Bauhaus. Em 1933, retornou aos Estados Unidos para fugir do nazismo. Sua obra passou pelo Cubismo e Surrealismo. Foi músico e compositor.em seguida trabalhou como um caricaturista comercial por vinte anos para vários jornais e compartimentos nos EUA; foi um membro do Berliner Sezession em 1909, foi associado aos grupos Die Brücke, Novembergruppe, Gruppe 1919, e Os Quatro Azuis do expressionismo. Ensinou também no Bauhaus por diversos anos, começando em 1919. Johannes Itten O círculo de 12 cores de Itten parte das 3 primárias: azul, vermelho e amarelo que são dispostas em um triângulo. Em volta deste triângulo, encontram-se as cores secundárias: verde, laranja e roxo, resultante das misturas das cores primárias. O círculo é formado das cores, primárias, secundárias e terciárias que, teoricamente, seriam a mistura de uma cor primária com uma secundária. O círculo e Itten têm alguns pontos onde são criadas controvérsias. Ao misturarmos com tinta, azul com vermelho, não teremos violeta. O resultado é um castanho, pois a cor azul “suja” a vermelha tirando o seu croma. Em experimentos feitos com tinta guache, há resultados aproximados ao violeta, utilizando o magenta em vez de vermelho. Isto acontece porque este pigmento tem azul em sua composição o que facilita a mistura, dando um resultado mais próximo ao do circulo cromático proposto por Itten. Wassily Kandinsky Pioneiro do Movimento Abstracionista, Wassily Kandinsky foi um pintor russo que apesar da formação no curso de Direito pela Universidade de Moscou, demostrou grande interesse e inclinação para Artes Visuais após conferir uma exposição de pintores impressionistas e ficar deslumbrado por aquelas pinturas. No início do século XX, iniciou seus primeiros estudos não figurativos após um grande processode evolução pictórica. Kandinsky foi considerado o primeiro pintor do ocidente a produzir pinturas abstratas. A partir daí suas telas sofrem grande influência do abstracionismo, perdendo as definições e contornos figurativos. Outra influência em seu trabalho foi à música, suas primeiras pinturas deixavam transparecer um toque musical, salientando as tendências abstratas. Dessau 1925 - 1932 2a fase A Bauhaus foi tornando-se mais e mais uma instituição de ensino e de produção de protótipos industriais. Estes, se por um lado, deveriam ser orientados para a realidade da produção industrial, por outro eram dirigidos para atender as necessidades sociais de uma camada mais ampla da população. As mais influentes oficinas da Bauhaus, até hoje, eram as de metal e de marcenaria. Marcel Breuer, desde 1920, era aluno na Bauhaus, e se tornou em 1925 mestre da oficina de metal. Com o desenvolvimento do mobiliário em tubo metálico, ele conseguiu a ruptura na direção do mobiliário funcional, além da produção em massa dos produtos. Provavelmente inspirado na construção curvada do guidão de sua bicicleta, Breuer começou a estabelecer relações com as cadeiras Thonet. "Cada estudante da Bauhaus tinha de trabalhar, no curso de sua formação, em uma oficina por ele escolhida, depois de haver concluído com êxito o preparatório. Ali estudava ao mesmo tempo com dois mestres, um de artesanato e outro do design. Era preciso que passasse por dois professores diferentes, pois não havia artesãos que possuíssem suficiente fantasia para dominar problemas artísticos, nem artistas que possuíssem suficientes conhecimentos técnicos para dirigirem uma seção de oficinas" (GROPIUS, 1975, p. 40). principais características Objetivos: ● Estabelecer a arquitetura como o fator dominante do desenho; ● buscar uma unidade cultural; ● elevar técnicas tradicionais a um nível de acordo com a arte; ● aperfeiçar os produtos industriais através dos trabalhos coletivos dos artistas, industriais e artesões; ● conectar aspectos do humanismo Princípios compositivos: ● utilização do ângulo reto e as três cores primárias; ● expressão dos princípios industriais racionalistas; ● intenção do autodescobrimento pessoal por meio da abstração; ● nova estrutura perceptiva: ponto, reta, extensão, posição e direção; ● utilização de desenhos simples e com pouca referência. DE STJIL em 1917 foi fundada a revista De Stijl que se iniciou como movimento de arte e terminou como uma idéia que se infiltrou no próprio tecido da cultura moderna. Foi a mais importante contribuição da Holanda para a cultura global do século XX. Desenvolveu-se uma rede: a parceria entre artistas, arquitetos e designers seria o antídoto do individualismo da época. A abstração radical revelaria o moderno e transformaria a vida em arte. Não era uma organização rígida e hierárquica e facilmente adquiriu dimensão internacional. A publicação foi fundada pelo escritor, poeta e crítico de arte Theo Van Doesburg e tinha como intenção reunir o que havia de mais moderno em termos de arte, arquitetura, ofícios, design, música e literatura, a cada mês. Em seu primeiro número Mondrian publica A nova plástica na pintura. O movimento se organiza, segundo Van Doesburg, em torno da necessidade de "clareza, certeza e ordem" e tem como propósito central encontrar uma nova forma de expressão plástica, livre de sugestões representativas e composta a partir de elementos mínimos: a linha reta, o retângulo e as cores primárias - azul, vermelho e amarelo -, além do preto, branco e cinza neoplasticismo Sua origem está atrelada ao movimento teosófico, fundado por Helena Blavatsky (1831-1891), pautado na evolução do Universo, através da resolução do conflito entre espiritualidade e ciência. De Stijl era visto por seus integrantes como mais do que um estilo artístico, possuindo um caráter quase messiânico, sendo uma forma de filosofia e religião. Seus ideais primários eram promover uma síntese místicoracional, uma busca pela ordem, pela harmonia perfeita existente que poderia ser acessível ao homem (e à sociedade) desde que este se subordinasse a ela. Trata-se, portanto, de uma missão de caráter ético-espiritual, a tentativa de alcançar a "beleza universal" citada por Mondrian.” Primeiro Manifesto do movimento 1. Há dois conhecimentos dos tempos: um antigo e um novo. O antigo se dirige para o individualismo. O novo se dirige ao universal. A luta do individual contra o universal se revela tanto na guerra mundial quanto na arte de nossa época. 2. A guerra destrói o mundo antigo com o seu conteúdo: a dominação individual sob todos os pontos de vista. 3 A arte nova atualiza o que está contido no novo conhecimento dos tempos: proporções iguais do universal e do individual. 4. O novo conhecimento dos tempos está prestes a se realizar em tudo, mesmo na vida exterior. 5. As tradições, os dogmas e as prerrogativas do individualismo (o natural) se opõem a esta realização. 6. O objetivo da revista de arte De Stijl é apelar para todos aqueles que acreditam na reforma da arte e da cultura para aniquilar tudo o que impede o desenvolvimento, do mesmo modo que fizeram no campo da arte nova suprindo a forma natural que contraria a própria expressão da arte, a conseqüência mais alta de cada conhecimento artístico. 7. Os artistas de hoje tomaram parte na guerra mundial no domínio espiritual, impelidos pelo mesmo conhecimento contra as prerrogativas do individualismo: o capricho com todos aqueles que combatem espiritualmente ou materialmente para a formação de uma unidade internacional na Vida, na Arte e na Cultura. 8. O órgão De Stijl, fundado com esse fim, dispende todos os seus esforços para tornar clara a nova idéia da vida. A colaboração de todos é possível pelo: envio do nome, endereço, profissão à nossa redação, como prova de assentimento; contribuições (críticas, filosóficas, arquiteturais, científicas, literárias, musicais, etc., assim como reproduções fotográficas) para o periódico mensal De Stijl; tradução em todas as línguas e publicação das idéias publicadas em De Stijl. Assinatura dos colaboradores: Theo van Doesburg, pintor/ Robt van´t Hoff, arquiteto/ Vilmos Huszar, pintor/ Antony Kok, poeta/ Piet Mondrian, pintor/ G. Vantongerloo, escultor/ Jan Wils, arquiteto. Piet Mondrian Biografia Pieter Cornelis Mondrian nasceu em Amersfoort na Holanda e envergou numa carreira artística apesar de corromper com os ideais da sua família. Entre 1892 e 1895 frequentou a escola de Belas Artes de Amesterdão. Posteriormente, inicia a sua carreira como pintor, tendo como principal tema paisagens calmas em tons de cinzentos, verdes e malva. No ano de 1908, sob influências do pintor holandês Jan Toorop inicia a utilização de cores mais fortes e brilhantes com o objectivo de elevar as tonalidades da natureza criando uma séries de obras que tendem para o abstracto. No ano de 1912, Mondrian muda-se para Paris e ao interagir com vários artistas cubistas, rende-se ás suas ideologias emuda progressivamebte de artista seminaturalista para a crescente abstracção. ● A humanização da arte através dos signos ● O conhecimento da relação áurea ● a+b/a = a/b = φ ● 1,618 nº 01 nº 06 "Para que a arte se torne abstracta, isto é, para que ela não acuse quaisquer relações com o aspecto natural das coisas, a lei da desnaturalização da matéria é de uma importância fundamental" (Piet Modrian, Plastic Art and Pure Plastic Art, ensaios 1937 - 1943) Theo van Doesburg biografia O multiartista Theo van Doesburg nasceuChristian Emil Marie Küpper, em 1883, numa família de artistas em Utrecht. Fundou, em 1917, ao lado de Piet Mondrian, o De Stijl (ou Neoplasticismo), com raízes no Cubismo e na Arte Abstrata. Mondrian ficou mais conhecido, mas Van Doesburg é um artista mais completo: pintor, artista plástico, editor, arquiteto, designer e, uma faceta menos conhecida, poeta. O movimento acabou por influenciar a arquitetura e o grafismo. Em 1921, Van Doesburg publicou a revista Mecano, em que revelava uma nova tipografia, sob o pseudônimo I. K. Bonset. O objetivo do movimento De Stijl era a criação de uma arte de vanguarda, procurando um equilíbrio. Os quadros mostravam linhas e retas essenciais e cores primárias, além de formas geométricas. Segundo Van Doesburg: “A linha reta corresponde à velocidade do transporte moderno; os planos horizontais e verticais à manipulação mais sutil, ou às mais simples tarefas da vida e da tecnologia industrial”. Quinto Manifesto de De Stijl: Sobre a estrutura espácio-temporal do poema: II. Examinamos as leis do espaço e suas variações infinitas (isto é, os contrastes de espaço, as dissonâncias de espaço, os complementos de espaço etc.)., e descobrimos que todas essas variações do espaço devem ser governadas como uma unidade de equilíbrio. III. Examinamos as leis da cor no espaço e na duração e descobrimos que as relações equilibradas desses elementos dão enfim uma unidade nova e positiva. IV. Examinamos a relação entre o espaço e o tempo, e descobrimos que o aparecimento desses dois elementos através da cor produz uma nova dimensão. V. Examinamos as relações recíprocas da medida, da proposição, do espaço, do tempo e dos materiais, e descobrimos o método definitivo de construí-los como uma unidade. VI. Pelo rompimento da caixa fechada (os muros etc.) acabamos com a dualidade do interior e do exterior. VII. damos à cor seu verdadeiro lugar na arquitetura e declaramos que a pintura separada da construção arquitetural (isto é, o quadro) não tem nenhuma razão de ser. VIII. A época da destruição está totalmente superada. Uma nova época começa, a da construção. influências do neoplasticismo Do Neoplasticismo ao Dadaísmo O alemão Kurt Schwitters (1887-1948) foi em seu tempo o que hoje chamamos de artista multimídia. Sua criatividade não conhecia fronteiras e ele a aplicou na escultura, arquitetura, tipografia, literatura, dramaturgia, encenação, música e performance. (O Globo) Merz Kurt Schwitters inventou uma palavra para designar sua idéia de arte total, cuja principal técnica era a colagem. O conceito servia para nomear todas as suas atividades - o Merz desenho, as Merz pinturas, Merz esculturas, Merz publicações. Schwitters promovia Merz soirées por toda a Europa, com recitais de poesia e prosa suas, além de performances de sua famosa Ursonate (Sonata Primordial). M er zb au (M er z Bu ild in g) , 1 92 3- 19 37 , K ur t S ch w itt er s Merzbau (M erz Building), 1923-1937, Kurt Schw itters DADÁ OU MERZ? Freqüentemente apresentado como integrante do dadá alemão, Schwitters foi, entretanto, figura singular naquele contexto, avessa à própria “ortodoxia” dadaísta, buscando caminhos pessoais através de sua arte Merz, e associando-se a grupos que divergiam da anarquia dadá, como o construtivismo (alemão e russo). Sua obra amplia-se em direção a vários universos, que hoje pertencem à comunicação e artes contemporâneas: design, criação musical, performance, etc. Há evidente preocupação ‘compositiva’ em Schwitters, alheia à pura idiotia pregada pelos dadaístas, que estes nunca o aceitaram completamente”. E, de fato, quando Schwitters procurou conduzir o dadá a um paroxismo radical, com a criação de uma estética própria, o Merz, os dadaístas reprovaram sua atitude, considerando-o, a exemplo de Richard Hulsenbeck, no seu Almanaque Dada, como um desvio, terminologia típica de uma certa atitude programática da época, identificada com a prática partidária de esquerda. Construtivismo Russo movimento construtivista teve dois grandes artistas como seus principais articuladores. O escultor Vladímir Tátlin e o pintor Aleksandr Ródtchenko. Mas foi o jovem artista, pintor, artista, arquiteto, fotógrafo e designer gráfico Lissítzki que rompeu de vez as barreiras russas do movimento. Em sua viagens para a Holanda e Alemanha, Lissítzki teve contato com outros movimentos artísticos que compartilhavam da estética construtivista dos russos, como por exemplo, os holandeses do De Stijl, os Alemães da Bauhaus, além de Dadaístas e outros construtivistas. Li ss itz ky Kazimir Malevich Kazimir Malevich recebe maior retrospectiva de sua obra em quase 30 anos Embora o primeiro “Quadrado negro” não esteja na Tate (por ser frágil demais para deixar a Galeria Tretyakov, em Moscou), é como se a tela estivesse presente em todas as salas da exposição, exatamente como quis o artista — como uma espécie de assinatura, chancela dos novos tempos. Das quatro versões do “Quadrado” produzidas por Malevich, duas estão expostas na Tate: a de 1923, feita por ele para que a original, já deteriorada, pudesse ir à Bienal de Veneza; e a de 1929, a última, exibida em Moscou. O MINIMALISMO resumo A Minimal Art foi um estilo artístico surgido na década de 50, por influência direta de Duchamp (ready-made, início do que viria a ser a arte conceptual), Rauschenberg (arte como objeto, mistura de materiais e métodos) e Jasper John, Jackson Pollock (aleatoriedade) e do Concretismo (rigidez formal e racionalismo). Os artistas mais famosos do movimento foram Donald Judd, Carl Andre, Dan Flavin, e Robert Morris. Suas pesquisas eram direcionadas para uma análise fenomenológica da interação espaço, material, luz e observador, criando normalmente estruturas que alteravam o ambiente onde se encontravam quer pela luminosidade, quer pelo volume, tamanho, cor, translucidez, etc. Robert Rauschenberg "A pintura relaciona-se quer com a arte, quer com a vida. Nenhuma pode ser feita. (Tento agir no intervalo entre as duas.)" A Releitura na Arte Contemporânea Além das funções ligadas à acessibilidade e legibilidade a — releitura na — arte contemporânea têm características comerciais, culturais e políticas. Stephen Farthing e seus colaboradores consideram o período histórico do segundo pós-guerra correspondente ao inicio da arte contemporânea como movimento artístico, dando ênfase ao movimento expressionista abstrato como precursor de uma nova era de hibridação cultural. Andy Warhol The Velvet Underground & Nico quadrinhos de Roy Lichtenstein Lichtenstein baseou esta pintura num desenho do ilustrador Jerry Grandenetti para a capa da 89ª edição da All-American Men of War, publicada pela DC Comics em fevereiro de 1962. Whaam! é uma resposta irreverente e espirituosa à popularidade do expressionismo abstrato nos Estados Unidos. “(...) em especial suas extensas áreas de cor pura e as telas saturadas dos “pintores de ação”. Lichenstein buscava ironizar a pomposidade desse movimento com temas pictóricos baseados no que via como uma arte puramente comercial. Queria também mostrar a futilidade da sociedade chamando atenção para as histórias, muitas vezes dirigidas ao público infantil, que glorificam a guerra e a destruição com imagens enganosamente fantasiosas e personagens bidimensionais que se transformam em heróis por suas ações agressivas.” Jasper Johns “As variações de cor e os modos de impressão combinados a partir de cada conjunto de matrizes deixam claro que o quevemos ao final são figuras e, também, são camadas de material pictórico manipulável como parte de uma experiência artística” Tom Wesselmann Claes Oldenburg Floor Cake (1962) Giant Fagends (1966) Aplicação da teoria de Claes Oldenburg Jackson Pollock o design e o minimalismo ● o papel do artista na construção e conformação efetiva do objeto arte, assumindo uma posição de desmistificação da arte em prol de uma objetividade conceptual e consequentemente formal. ● Ao assumir esse modo de produção, rejeitam o paradígma artístico de classificação da obra em classes (pintura, escultura, desenho, etc.), chamando-os genericamente "objetos", ou "estruturas primarias", palavras cotidianas de qualquer sociedade urbana industrializada. ● Instalação Donald Judd Hegel diz que “(…)a arte não pode, portanto, trabalhar para a simples contemplação do sensível, mas procura satisfazer a nossa interioridade subjetiva, a alma, o sentimento que, enquanto participa do espírito, aspira a liberdade para si e só busca a pacificação no espírito e pelo espírito”. Essa satisfação do espírito se encontra tanto nas obras de Mondrian quanto no melhor de Judd, embora de formas distintas (enquanto Mondrian buscava com suas telas a restauração de certa ordem na arte, através de uso de formas básicas e cores primárias para uma “(…) inserção social (…) uma intervenção paternal sobre a sociedade (..)”, Judd busca através da experiência de seus objetos oferecer ao espectador algo além do visual para uma subjetiva compreensão do objetivo e racional universo especial. O ponto de contato é justamente esse unir vida e obra como matérias indistintas. o artista é aquele que atua criticamente sobre a realidade, manipulando sígnos de maneira a criar conceitos e proposições de interpretações sobre estes, de forma a fornecer ao espectador uma experiência cheia de significado. O processo semiótico na natureza não é crítico, mas puro, já que a realidade se mostra como tal, a interpretação é livre do observador, sem intervenção de um terceiro (o artista). O minimalismo almejava a uma perfeita e necessária interação do homem com a obra, que se traduzida ao design, implicam nessa ligação funcional do objeto com seu usuário. Implica nisso pois os sígnos de clareza comunicacional e cognitiva presente na minimal art deveriam ser os encontradas nos designs minimalista e funcionalista. Carl Andre Por volta de 1960, em contraste com as poéticas dominantes do Informal. F. Lo Savio re propõe em novos termos, mas remetendo-se a Mondrian e Malevich, a exigência de um extremo rigor construtivo e formal. Para além das categorias tradicionais (pintura-superfície, escultura-volume), ele projeta a forma como síntese absoluta de matéria-espaço-luz, isto é, como um instrumento de precisão que, inserido na realidade, seleciona, reduz, coteja seus valores essenciais. Dan Flavin novas orientações da pesquisa O dado que se parte não é um repertório de símbolos espaciais inatos ou hereditários, mas um forte trauma emotivo; o nexo associativo não é um esquema lógico entendido como princípio ordenador universal, mas o funcionamento automático de certos patterns ou tipos de comportamento, que configuram a percepção como um contraste ativo de tensões ou forças atuantes, tanto na realidade externa quanto na existência humana. Procura-se reduzir o peso sentimentalista do expressionismo abstrato e busca identificar absolutamento as noções de espaço e campo visual. Robert Morris O desenvolvimento em sentido predominante plástico da pesquisa espácio-visual cede lugar à redução da "escultura" à elementariedade aparente das chamadas estruturas primárias: corpos coloridos em várias dimensões, muitas vezes transitáveis e, portanto, fruíveis como ambientes. Inseridos no espaço real, definem-no como campo em sua porção objetivamente influenciada pela estrutura, isto é, estruturada: esta, porém, não é colocada como arquetípica ou modular, ou seja, como chave de interpretação da realidade, e sim como inserção que determina e define uma situação espácio-visual concreta. Richard Hamilton: Interior (1956) colagem 3 x 2,80m Edoardo Paolozzi: Wittgestein at Cassino (1963); alumínio pintado, 1,80 x 1,30 x 0,47m Enrico Baj: General (1963); colagem sobre tela, 1,47 x 1,47m Se além da "lei do acaso" do surrealismo e de Schwitters, ainda assim havia um princípio de ordem, como Rauschenberg e Johns entra-se no círculo da pura aleatoriedade, ou seja, no âmbito, de uma deliberada indistinção do fenômeno estético em relação a todos os outros fenômenos, quer pertençam à existência privada do artista quer pertençam ao mundo. É significativo que, enquanto corrente Op se põe em contato com a arquitetura, a Pop se alinha com a música se chama, justamente, aleatória: é fácil distinguir a ligação entre a pintura de Rauschenberg e Johns e a música de J. Cage, predisposta a absorver e integrar em si todas as eventualidades sonoras, e mesmo os ruídos do ambiente
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