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ESTRABISMO Anatomia e fisiologia do olho - Musculatura extrínseca ocular: reto lateral, medial, superior e inferior; obliquo superior e inferior - 5 nascem no anel fibroso do Ziin, só o obliquo inferior que na parede lateral da órbita - Os músculos formam um espiral Introdução - Visão binocular → fixação bifoveal → estereopsia São responsáveis pela visão binocular (duas máculas veem o mesmo objeto), que nos dá a estereopsia (sensação de profundidade) - Diplopia: duas máculas focalizando em pontos diferentes (está fora do eixo) - Vascularização do olho: artéria oftálmica que é ramo da carótida - Plano de Listing: é o plano central do olho Movimentos oculares - PPO = posição primária do olhar: olhar para frente, com o tônus normal dos músculos da MOE - As outras posições são chamadas de posições cardinais Antagonismo x Agonismo - Lei de Sherrington: quando um estímulo para contrair um músculo é igual ao do outro para relaxar (estimula o reto lateral e relaxa o reto medial) É em um olho - Lei de Hering: o estímulo para contração de músculos conjugados para determinado movimento é simétrico A mesma força que colocou no reto lateral para colocar para fora põe no outro olho para colocar o reto medial para dentro É nos dois olhos Alterações sensoriais - Diplopia: a primeira alteração sensorial é a confusão Se a diplopia não tratada, aparece a supressão (o cérebro desliga um dos olhos – geralmente é o olho que vê menos) Se não tratado e ficar muito tempo em supressão, se transforma no ambliopia (baixa de visão severa, com perda da nitidez da imagem, sem causa aparente – do olho que fez supressão) - Com ambliopia, o olho as vezes cria uma mácula anômala (começa ver por esse ponto – que é a correspondência retinal anômala): não tem mais tratamento Limita definitivamente a função binocular (não tem mais esteropsia) e dificulta a correção do desvio (o olho que foi operado não vai mais enxergar, seria só uma cirurgia estética) Ocorrência nos primeiros meses do vida Rotina do exame de estrabismo - Quando apareceu o desvio? - Como apareceu o desvio? (quando tá cansado, estressado?) - Associado a outras doenças? - Há quanto tempo ocorre o desvio? - Quando se percebe o desvio? - ... Inspeção - Postura viciosa Ex. desvio do obliquo tenta compensar com a cabeça inclinada - Assimetria facial - Presença de exo/enoftalmia - Aspecto geral do desvio - Direção da tropia - Constância / intermitência da tropia - Nistagmo Acuidade visual - Não se trata o estrabismo sem tratar a visão – só indica a cirurgia quando a visão estiver semelhante nos dois olhos - É necessário observar o padrão de evolução do paciente até decidir o momento correto para operar (quando o desvio se estabiliza), pois uma cirurgia precoce pode perder sua “validade” se o paciente evoluir com aumento (fica hipocorrigido) ou diminuição (fica hipercorrigico) do desvio Refração - É importante saber – tratamento da visão (alguns estrabismos podem ser curados apenas com óculos) *Se o paciente apresentar uma lesão muito intensa na mácula, ao fundo de olho, a cirurgia é apenas estética Médico: descartar patologias que tem risco de morte Ex. Retinoblastoma (ao F.O. observa-se uma tumoração, com desvio de vasos) – ao descartar isso, deixa de ser uma urgência Ex. Toxoplasmose (não se tem mais o que fazer, pois não vai melhorar mais a visão) *Fundo de olho normal: diâmetro: 3 veia pra 2 artéria *O estrabismo é urgência quando aparece agudamente – o exame mais importante nesse momento é o exame do fundo de olho Oftalmologista: proporcionar a melhor visão possível nos dois olhos - Acuidade visual Observar se a visão em um olho é melhor que e moutro Quando a visão é similar nos dois olhos, já pode se programar a cirurgia - Refração: cloridrato de proximetacaína (anestésico), ciclopentolato (dilata a pupila, seu efeito dura até o dia seguinte, ao contrário da atropina, que dura 15 dias), tropicamida Estrabólogo - Procura promover melhor fusão das imagens / estereopsia - Como diagnosticar o estrabismo? Cover test: diagnostica o estrabismo manifesto (quando o olho não mexe) Cover-Uncover: diagnostica o estrabismo latente (quando o olho não mexe) - Como mensurar Teste de Hering: projeta-se luz nos olhos e observa-se se o reflexo está no centro da pupila É estrabismo quando uma fica no centro e a outra fica na borda da pupila *Pseudoestrabismo: luz na borda da pupila em bebês ENDOTROPIAS (ET) • Não paralíticas (concomitantes) Não acomodativas: - Maioria dos casos de endotropia - Causa obscura - Aparecimento precoce (< 1 ano de idade) *Até 6 meses de idade geralmente não se considera o desvio pela a maturidade do SN - Tem pouca influência pela acomodação (grau) - Alterações genéticas - Quando o desvio é alternante a correção é mais fácil, quando é monocular primeiro tem que tratar a visão (que provavelmente é mais baixa) - Tratamento: Oclusão (trata ambliopia, evita correspondência anômala e faz fisioterapia para fortalecimento da musculatura) Cirurgia: recuo de reto medial, ressecção de reto lateral Acomodativas - Representa 1/3 das endotropias - Geralmente aparecem entre 2-4 anos de idade, que é a idade que também aparece o retinoblastoma (que é uma urgência! – o exame mais importante é o exame do fundo do olho) - Pacientes geralmente apresentam hipermetropia acima de +2D - Responde satisfatoriamente à correção óptica da hipermetropia (óculos) - Às vezes precisa usar primas, bifocais, para ajudar na correção do desvio • Paralíticas (incocomitantes) Paralisias Paralisia do VI par - É mais susceptível, porque esse nervo percorre um longo caminho - Causas mais comuns: traumática, inflamatória ou tumoral - No adulto: DM EXOTROPIA (ET) Não paralíticas (concomitantes) Constante - Menos comum que a intermitente - Pode ser de causa congênita, sensorial ou consecutiva - Tratamento: oclusão e cirurgia Intermitente - Mais de 50% dos casos = mais comum - Pode não ser notado antes dos 2 anos de idade - Tratamento: Oclusão: tratar ambliopia, evitar CRA e fisioterapia Lentes negativas Cirurgia: quando passa mais tempo desviada que o normal
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