Buscar

HISTORIA DE BUDA.

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
Após o nascimento de seu filho, que poderia tornar-se seu sucessor, Siddhartha tentou separar-se de sua família e do trono. Ele estava destinado a encontrar a solução para os sofrimentos humanos - velhice, doença e morte. 
No dia da renúncia, Siddhartha pensou em dar uma olhada em seu filho, e dirigiu-se aos aposentos de Yasodhara. Sua esposa estava adormecida em seu leito, com sua mão descansando suavemente sobre a cabeça de seu filho. Siddhartha parou antes de entrar no aposento e pensou: "Se levantar a mão de Yasodhara e abraçar meu filho, ela acordará e minha partida será impedida. Retornarei e vê-lo-ei após ter atingido a iluminação. 
*
Ele viajou uma grande distancia para visitar Magadha, então o centro cultural e político da índia, determinado a buscar novos pensamentos e cultura. Em Magadha vários monges sérios estavam reunidos de todos os cantos do país. Entre eles estavam as seis principais figuras que tinham começado a destruir o sistema de valor estabelecido pelo bramanismo. Ele viu-se descontente com o extremo negativismo e os rigorosos mandamentos deles, e procurou instrução de duas outras autoridades brâmanes, mas também viu que de nada adiantava. Convenceu-se de que a prática de meditação deles não devia ser considerada o próprio fim, mas os meios pelos quais atingiria a iluminação para o verdadeiro significado da vida e da morte.
A procura de algo mais profundo, Siddhartha deixou o eremitério da Rajagrha, a capital de Magadha, e recolheu-se na floresta próxima de Uruvilava-grama, uma vila situada às margens do rio Nairanjanana. Visto que o ascetismo rigoroso era visto como algo essencial para se atingir a iluminação, ele submeteu-se a uma severa e rigorosa disciplina durante seis anos. Comeu apenas um grão de arroz ou uma semente de gergelim por dia, praticou a redução da sua respiração, submetendo-se a um ascetismo tão extremo, que alguns pensaram que ele havia morrido em razão do seu aspecto desgastado e raquítico, Todavia, ele possuía a convicção de estar praticando a mais completa forma de automortificação, sem paralelo no passado, presente e futuro. Entretanto, tudo isso levou-o apenas a concluir que esse ascetismo não era o caminho para a iluminação ou liberação. A seguir, renunciou à prática da automortificação, não abandonando porém, o seu objetivo; pelo contrário, sua renúncia constituiu o passo mais significativo para a sua iluminação.
*
*
*
*
*
*
Naquele exato momento, Sakyamuni compreendeu que a vida se estende por todo o universo, desde o passado sem limites até o eterno futuro. Ele não somente compreendeu a essência da vida do universo, como percebeu que a sua própria vida estava respirando em perfeita harmonia com todo o ritmo cósmico. Sakyamuni mostrou então ser um Buda, o Iluminado. Ele compreendeu totalmente a lei da causalidade: o destino de toda a humanidade que permeia as três existências da vida. Naquele momento, nasceu o budismo, que começou a expandir as ondas de sua imensurável influência na história da humanidade.
*
Com a iluminação, ele havia sem dúvida encontrado o meio de superar todos os sofrimentos humanos - o nascimento, a velhice, a doença e a morte. 
Simultaneamente, descobriu ainda que, o que havia experimentado estava além da descrição por palavras, embora não fosse nada sobrenatural ou além da capacidade humana. Sakyamuni percebeu que todos os sofrimentos provém de as ilusões e a natureza obscura dos homens ocultarem o estado de Buda que todos possuem. O Buda compreendeu, todavia, que as pessoas jamais poderiam compreender a real profundidade da Lei Mística da vida, se esta lhes fosse diretamente apresentada. Ele se preocupou em como fazer com que a lei da causalidade fosse compreendida por todos aqueles que sofrem das miríades de dores espirituais e doenças físicas. Como se fosse um excelente médico, o jovem de trinta anos surgiu diante de seus pacientes abatidos e explicou-lhes a lei da vida, de acordo com a seriedade de suas moléstias. 
O Buda foi um filósofo e mestre de inigualável sabedoria; era dono de coragem sem igual em sua prática religiosa. Ele foi um extraordinário mestre que guiou os corações do povo indiano.
*
*
*
O bramanismo havia estabelecido um rígido sistema de castas, onde apenas os brâmanes eram considerados legítimos intermediários entre o homem e Deus. 
O povo indiano era dividido em quatro classes, sendo proibida a mistura de elementos de castas diferentes. As normas sociais implantaram as raízes de uma atitude resignada nas profundezas do coração do povo. 
O Buda era totalmente contrário à dominação por classes e ensinava que todos os homens eram fundamentalmente iguais, apesar de suas diferentes habilidade. Isto fez com que as pessoas de todos os níveis, desde os brâmanes aos sudras (na época, a classe mais baixa na sociedade da índia), se convertessem ao budismo. Um outro ponto inédito e essencial dos ensinos do Buda foi a lei da causalidade - o ciclo eterno do existente e do potencial.
Dessa forma, o budismo espalhou-se por toda a Índia, devido à sua natureza democrática e lógica, recebendo o apoio dos plebeus e dos reis, dos pobres e dos ricos, através de todo o território. É digna de nota a conversão do rei Bimbisara, de Magadha, além de outros eminentes brâmanes que tiveram grande influência no futuro desenvolvimento do budismo.
*
*
Sakyamuni teve que continuar lutando tenazmente contra as ameaças incessantemente fomentadas pelos brâmanes, assim como pelo seu próprio primo, Devadatta. As grandes adversidades sofridas por Sakyamuni e seus seguidores serviram ainda mais para demonstrar o resultado real da prática baseada no espírito de abnegação.
Sem o desafio corajoso e tenaz em sua vida, uma pessoa não pode ter esperanças ou progressos futuros. Apesar de encontrar inúmeras dificuldades, Sakyamuni foi destemido em seu objetivo de propagar a iluminação e a felicidade entre seu povo. Apesar de perceber claramente as contradições inerentes no sistema de castas, Sakyamuni não procurou causar uma mera revolução no sistema social.
Sabendo que a causa direta do sofrimento não se encontrava em outro lugar senão no coração de cada pessoa, procurou ensinar a todos o caminho pelo qual poderiam transformar seus próprios destinos. Foi muito caloroso com seus discípulos, e ao mesmo tempo rigoroso, afim de ensinar-lhes as verdadeiras responsabilidades como seres humanos e levá-los a uma existência perfeitamente livre. Ele estava ciente de que somente a felicidade individual generalizada poderia resultar na segurança da sociedade como um todo.
*
Para ensinar seu conceito iluminado de humanismo, o Buda viajou por rotas de caravanas durante toda a sua vida. 
Em seus últimos dias, tristes eventos ocorreram. Seus dois discípulos de maior confiança, Sharihotsu (Shariputra) e Mokuren (Maudgalyayana) faleceram. Estes dois líderes freqüentemente auxiliaram as pregações do seu mestre e, nos momentos críticos, protegeram-no das tramas de Devadatta.
Apesar de entristecido com a morte desses dois discípulos, Sakyamuni encorajou os seguidores que estavam igualmente em desespero, ensinando-lhes que não deveriam jamais se abalar com os aspectos mutáveis da vida, mas esforçarem-se sempre para desenvolverem seu caráter. 
Nesse meio tempo, o Reino Sakya caiu sob o domínio de Kosala. A terrível situação serviu somente para estimulá-lo a continuar sua jornada para que todos pudessem reconhecer o indestrutível mundo interno que ele havia descoberto. 
*
Após a queda de sua terra natal, Sakyamuni retornou a Rajagrha, em Magadha, onde permaneceu por um certo período. No Pico da Águia, a certa distância da cidade, continuou a pregar diversos ensinos aos seus discípulos e compilá-los mais tarde no que seria o Sutra de Lótus.
 
Tendo recuperado as forças na montanha,
o Buda recomeçou as viagens, apesar de contar com oitenta anos de idade. Juntamente com Ananda, cruzou o delta do Ganges, em direção a Vaishali, continuando a pregação as pessoas com quem encontrava, de Vaishali, dirigiu-se a Pava, parando numa floresta, cujo proprietário era um homem de nome Cunda. 
*
Entusiasmado por ouvir os ensinos do Buda, Cunda, um ferreiro, convidou-o para comer em sua casa, onde preparara uma refeição com toda a sinceridade.
Entretanto, após a refeição, foi acometido de uma terrível enfermidade. Porém, lúcido e com pleno controle, suportou-a sem lamentações. após uma leve recuperação, juntou suas energias para prosseguir, mas foi impedido por uma recaída. Kusinagara, a sudeste de sua terra natal, Kapilavastu, foi o local de seu último suspiro. 
*
*
O seu mais elevado pensamento foi incorporado no Sutra de Lótus, ensinado durante seus últimos oito anos da vida. Antes de revelar o verdadeiro ensino, ou a total profundeza de sua iluminação, Sakyamuni sentiu que deveria antes propor expedientes temporários que estivessem de acordo coma capacidade do povo. 
Nos primeiros ensinos do Buda, conhecidos como budismo Hinayana, ele fez advertências as pessoas que procuravam a felicidade nos prazeres materiais e físicos, permitindo-lhes perceber a inutilidade e a transitoriedade dessas vidas. O budismo Hinayana foi um sistema rigoroso e complexo que exigia a prática de severas austeridades para extinguir os desejos mundanos.
A seguir, o Buda revelou a felicidade eterna no budismo Mahayana provisório, através de citações de um paraíso em um outro mundo, onde os homens entrariam após a morte. Então, no seu mais elevado ensino, o Sutra de Lótus, tornou claro que, para aquele que percebe a realidade última em sua vida, o seu próprio mundo se transforma numa terra eternamente iluminada.
Qual e a realidade última da vida! O próprio Sakyamuni permaneceu calado a esse respeito. Especialmente para resolver esta questão, muitos estudiosos budistas passaram todas as suas vidas buscando a essência da iluminação de Sakyamuni. Foi somente com o advento do Buda Original Nitiren Daishonin, que esta realidade última foi esclarecida. Daishonin revelou o Gohonzon como sendo a realidade última da vida, para que toda a humanidade da época atual, denominada Mappo, pudesse igualmente despertar para o caminho da iluminação.
*
Pesquisa, desenhos e animações de Sandro Neto Ribeiro sandro@vertex.com.br – http://www.vertex.com.br/users/san/
Ao trabalhar com este arquivo nas horas vagas durante alguns meses, meus filhos me perguntavam porquê estava fazendo este trabalho, se ninguém me pediu para fazê-lo. Posso responder que o motivo é puramente gratidão, uma profunda gratidão aos budas e ao budismo.
O Buda Nitiren Daishonin expressou bem este espírito de gratidão dizendo:
“Mesmo que reuníssemos toda água dos quatro grandes oceanos para umidecer tinteiros, que queimássemos todas as árvores e plantas para fazer bastões de carvão, que coletássemos o pêlo de todos os animais para fazer pincéis, que empregássemos todas as superfícies dos mundos das dez direções como papel e, com tudo isso gravássemos expressões de gratidão, como poderíamos saldar nossa dívida ao Buda?” (Nitiren Daishonin - As quatro dívidas de gratidão)
Este trabalho pode ser distribuído livremente e foi montado sem nenhum tipo de fim lucrativo, gostaria que ele se espalhasse levando a mensagem dos budas em todas as dez direções.
 
Sandro Neto Ribeiro

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais