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1 Mapeamento de Processos Prof. Roberto Pansonato Aula 5 — Vídeo 1 Apresentação da Disciplina 1. Processos e visão geral de modelagem 2.Técnicas de mapeamento de processos 3. Desperdício e valor 4. Técnicas de representação gráfica 5. Introdução aos princípios e técnicas da produção enxuta 6. Implantação de projetos de melhoria Mapeamento de processos Temas Mapeamento de processos 1. Fluxo contínuo e produção puxada 2. Heijunka (nivelamento da produção) 3. Troca rápida de ferramentas 4. Os três elementos do trabalho- -padrão Introdução aos Princípios e Técnicas da Produção Enxuta Objetivos de Aprendizagem Problemas na empresa SASP Ltda.: � Demandas irregulares em função de modelos diferentes de peça � Alto estoque para atendimento da demanda total de cada modelo O que fazer? Problematização Aula 5 — Vídeo 2 2 � Conforme princípios da filosofia da produção enxuta (STP): • nivelar a produção (Heijunka) • reduzir tempos de setup Problematização 1. Fluxo Contínuo e Produção Puxada Aula 5 — Vídeo 3 � Filosofia de produção enxuta � Não é um kit de ferramentas para utilização imediata � Uma transformação cultural é necessária 1. Fluxo Contínuo e Produção Puxada Estrutura STP � Filosofia de longo prazo � O processo certo produzirá os resultados certos � Acrescentar valor à organização, desenvolvendo seu pessoal e parceiros � A solução contínua de problemas básicos impulsiona a aprendizagem organizacional Fonte: Jeffrey K. Liker, 2005 Produção em lotes x fluxo unitário Fluxo unitário de peças Produção em lotes 3 Fluxo unitário de peças. Fonte: adaptado do Lean Institute Brasil (2004) Produção em lotes. Fonte: adaptado do Lean Institute Brasil (2004) Fluxo unitário: vantagens � Integração entre os processos e os operadores � Elimina/minimiza o trabalho em processo (WIP) � Elimina/reduz tempo de espera � Melhora a qualidade, devido a exposição dos problemas, resolvidos rapidamente Fluxo unitário: takt time � Sincroniza o ritmo da produção para igualar ao ritmo das vendas � Velocidade de produção baseada na velocidade das vendas � Calculado por meio da divisão entre o tempo disponível para se produzir algo e a demanda do cliente, conforme fórmula abaixo: Tempo Takt = Tempo disponível por turno Demanda do Cliente por turno Fluxo unitário: takt time (exemplo) � Qual é o tempo takt (takt time) para produzir uma determinada peça conforme abaixo? 1. Tempo do turno: 8,5 horas 2. Intervalo para refeição: 1 hora (= 3.600 seg) 3. Parada para limpeza: 5 min (= 300 seg) 4. Ginástica laboral: 15 min (= 900 seg) 5. Necessidade do cliente: 400 peças por turno Solução 1. Tempo total: 8,5 h x 3600 s = 30.600 seg 2. Tempo disponível: 30.600 – (3600+300 + 900) = 25.800 seg 4 3. Takt time = 25.800 seg. / 400 peças 4. Takt time = 64,5 seg, ou seja, uma peça deve ser produzida a cada 64,5 seg para atender o cliente Produção em lotes: exemplo Produção em lotes com trabalho em processo (WIP). Fonte: o autor Fluxo unitário: exemplos Fluxo unitário com célula em “U”: um equipamento / um funcionário Sem trabalho em processo (WIP) Fluxo unitário com célula em “U”: um funcionário / vários equipamentos Produção puxada � Foco na demanda real do cliente � Programação é realizada no processo puxador � Sistema de reposição de produtos nas prateleiras dos supermercados Produção empurrada (exemplo) � Utiliza-se os recursos ao máximo possível � Excesso de produção é empurrado para os estoques Produção puxada (exemplo) � Foco na demanda real do cliente � Programação é realizada no processo puxador 5 2. Heijunka Aula 5 — Vídeo 4 2. Heijunka Nivelamento da produção � Nivelamento da produção em volume e em combinação (mix) de produtos � Manufatura tradicional: produzir a maior quantidade possível de um determinado produto � Heijunka: faz-se um plano nivelado todos os dias, baseado nos volumes dos clientes e na combinação (mix) de produtos Produto A Produto B Produto C � Produção em lotes Dia 1 ao dia 12 Dia 13 ao dia 18 Dia 19 ao dia 20 Produção tradicional (lotes) Dias � Produzir a maior quantidade possível de um determinado produto � Conforme exemplo: produzir todo o produto “A”, depois todo o produto “B” e depois todo o produto “C” AAABBCAAABBCAAABBC Produto A Produto B Produto C ... � Produção nivelada Das 6h às 10h Das 10h ao 12h Nivelamento da Produção Das 13h às 17h Das 17h às 19h Horas 6 � Obter o volume total dos pedidos em um período e nivelá-los para que a mesma quantidade e combinação sejam produzidas a cada dia Heijunka box. Fonte: <http://www.citisystems.com.br/heijunka/>. Exemplo de programação de produção utilizando o conceito de Heijunka 3. Troca Rápida de Ferramentas (TRF) Aula 5 — Vídeo 5 3. Troca Rápida de Ferramentas (TRF) � Redução do tempo de troca � Redução de tempo de setup � SMED (Single Minute Exchange of Die) � TRF (troca rápida de ferramenta) Histórico � Nova meta: fazer a troca do estampo em 3 minutos � Meta alcançada 3 meses depois � Dá-se início à metodologia para troca rápida de ferramentas (setup) Definição � Setup é definido como a soma dos tempos de parada de uma máquina ou equipamento desde a última peça de um lote anterior até a produção da primeira peça boa do próximo lote � Tempo trabalhado x não trabalhado 7 Comparação Tempo de setup Tempo de usinagem (por peça) Tamanho do lote Tempo total (por peça) 240 min 1 min 100 1+240/100=3,4 min. 240 min 1 min 1.000 1+240/1000=1,24 min. 240 min 1 min 1.000 1+240/10000=1,024 min. Tamanho de lote na manufatura tradicional. Fonte: Tubino (2007) Tempo de setup Tempo de usinagem (por peça) Tamanho do lote Tempo total (por peça) 240 min. 1 min. 100 1+240/100=3,4 min. 120 min. 1 min. 100 1+120/100=2,2 min. 240 min. 1 min. 100 1+60/100=1,6 min. 3 min. 1 min. 100 1+3/100=1,03 min. Tamanho de lote na produção enxuta (STP). Fonte: Tubino (2007) Estágios � Estágio inicial: diferenciação entre setup externo e setup interno � Estágio 1: separação entre setup externo e setup interno � Estágio 2: conversão de setup interno em setup externo � Estágio 3: racionalização de todas as operações de setup � Atividades internas (ou setup interno): todas as atividades que devem ser executadas com a máquina desligada, não enquanto estiver produzindo peças � Atividades externas (ou setup externo): qualquer atividade que pode ser executada enquanto a máquina estiver ligada, produzindo peças 1. Separar atividades internas e externas Externa Interna Externa Máquina trabalhando Máquina parada Máquina trabalhando 2. Converter atividades internas e externas Externa Interna Externa Máquina trabalhando Máquina parada Máquina trabalhando 3. Reduzir todas as atividades Interna Máquina trabalhando Máquina parada Máquina trabalhando Externa Externa 4. Repetir os passos de melhoria Etapas necessárias para se obter uma redução no tempo de setup (Shigeo Shingo) 1. Eliminar todas as atividades desnecessárias (ex.: transporte, requisição, limpeza do ferramental) 2. Separar as atividades externas (ex.: buscar ferramental, preset) e internas (ex.: fixar o ferramental) 8 3. Transferir todas as atividades internas possíveispara atividades externas 4. Reduzir o tempo das atividades internas 5. Adotar padronização de ferramental 6. Adotar fixação rápida 7. Eliminar ajustes e regulagens 8. Mecanizar o sistema de troca de ferramental Exemplo da aplicação Projeto de fixação no qual os parafusos tem que ser totalmente removidos para se remover o fixador Projeto de fixação no qual solta-se os parafusos em apenas ½ volta para se remover o fixador Fixador Fixador 4. Os Três Elementos do Trabalho-padrão Aula 5 — Vídeo 6 4. Três Elementos do Trabalho-padrão � Conjunto de três elementos � Centrado no movimento e trabalho do operador � Aplicado em operações/processos repetitivos � Visa à eliminação de desperdícios � Referencia para kaizen 1. Takt time (TT) 2. Sequência de trabalho (ST) 3. Estoque-padrão em processo (EPP) 9 Takt time (TT) � Determinado em função da demanda � Compromisso mútuo entre vendas, produção, suprimentos etc. � Referência única para todo sistema de operação Sequência de trabalho (ST) � Ordem de execução das atividades do operador Sequência de operação ≠ Sequência de processo Operador Produto Estoque-padrão em processo (EPP) Processo A Matéria-prima Peça pronta Estoque-padrão em processo Fluxo de Peça Processo B A quantidade de peças em processo deve ser padronizada Sem padronização • Melhorias são inconsistentes • Resultados são imprevisíveis • Ganhos não são sustentados Com padronização • Traz melhorias consistentes • Traz resultados previsíveis • Assegura estabilidade das melhorias Melhorias repetitivas (melhora – piora – melhora - piora) Melhorias contínuas (melhora – mantém – melhora – mantém) 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 Trabalho padronizado Implementação � Três documentos 1. Quadro de capacidade do processo (QCP) 2. Tabela de combinação de trabalho padronizado (TCTP) 3. Diagrama de trabalho padronizado (DTP) Quadro de capacidade do processo � Objetivo: • registrar a capacidade de produção de cada máquina/equipamento 10 • facilitar a elaboração do agrupamento de operações mantido e usado pelo supervisor da área Tabela de combinação de trabalho padronizado � Objetivo: • mostra as interações entre operadores e máquinas e permite que se recalcule o conteúdo de trabalho dos operadores em função de mudanças no tempo takt � Contém: • tempo de trabalho manual, tempo de caminhada e tempo de processamento das máquinas para cada operador � Possibilita: • construção de possíveis combinações de trabalho • determinação da sequência � Indica a necessidade de executar kaizen � Deve ser mantido e usado pelo supervisor da área Tabela de combinação de trabalho padronizado (exemplo) Diagrama de trabalho padronizado � Objetivo: • mostrar a movimentação do operador, a localização dos materiais e das máquinas do processo total 11 � Indica: • sequência de trabalho e deslocamento de cada operador • os 3 elementos essenciais (TT/ST/EPP) • símbolos de inspeção de qualidade, segurança e outras informações necessárias Diagrama de trabalho padronizado (exemplo) Síntese Aula 5 — Vídeo 7 Estrutura STP � Filosofia de longo prazo � O processo certo produzirá os resultados certos � Acrescentar valor à organização, desenvolvendo seu pessoal e parceiros Produção em lotes x fluxo unitário � Vantagens do fluxo unitário sobre a produção por lotes � Redução de estoques em processo, redução de lead time etc. � O takt time como instrumento de puxar a produção de forma homogênea � Encontrar a quantidade correta de operadores por meio do takt time 12 � A produção puxada e o foco na demanda real do cliente � Heijunka: nivelamento da produção em volume e em combinação (mix) de produtos � O setup rápido como forma de se atender o nivelamento da produção e aproveitar melhor os recursos � Os três elementos do trabalho-padrão
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