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FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – ÁREA 1
ESTUDO DE CASO
A PROBLEMÁTICA DOS RECURSOS HÍDRICOS EM ALGUMAS
BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS
JAILDO SANTOS PEREIRA
Cleidiomar Almeida
Janilsa Maria da Silva
Luana Pereira da Silva Coelho
Salvador
Junho de 2014
O presente estudo de caso norteia a problemática dos recursos hídricos brasileiros, tendo como base para delimitação desse estudo as características sociais, econômicas e ambientais das diferentes regiões do Brasil, mas levando em conta os problemas encontrados na bacia hidrográfica do rio dos sinos Rio Grande do Sul, a bacia hidrográfica do rio Paraopeba em Minas Gerais e a bacia hidrográfica do rio Curú no Ceará. O problema analisado é a escassez da água devido às limitações qualitativas, como por exemplo, a poluição, e as limitações quantitativas devido às condições climáticas, desenvolvimento econômico, e ao uso ineficiente. 
Constata-se que as limitações qualitativas se concentram nas regiões sul e sudestes onde a precipitação é relativamente abundante e os usos industriais e agrícolas são intensos poluindo as águas subterrâneas e superficiais. Já a região nordeste deve ser exemplo de escassez, devido as suas características climáticas sendo agravada pelo constante crescimento populacional e ineficiência no uso dos recursos hídricos.
Os setores que utilizam os recursos hídricos são inúmeros, seja esse recurso utilizado consultivamente ou não. Abastecimento doméstico, irrigação e geração de energia elétrica destacam-se nesse contesto, sendo que a irrigação é o que envolve maiores derivações de água e maiores usos consultivos, pois precisa atender ao potencial agrícola brasileiro que é estimado em 29 milhões de há.
Um outro grande problema a ser tratado nesse estudo são os conflitos pelo uso da água, a Politica Nacional de Recursos Hídricos diz que em caso de conflito pelo uso da água a prioridade é o abastecimento humano e a dessedentação animal, mas o que vemos, por exemplo, na bacia do rio Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde na estação seca, ocorrem fortes conflitos entre usos: irrigantes de arroz x irrigantes de arroz e irrigantes de arroz x abastecimento público e na bacia do rio Grande, na Bahia, onde a disputa ocorre entre irrigantes x irrigantes e irrigantes x geração de energia.
A bacia hidrográfica do rio dos Sinos situa-se a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre os paralelos 29 e 30 graus Sul. É integrante da bacia do rio Jacuí que, por sua vez, faz parte da bacia do Guaíba. Nesta área se encontra grande parte do crescimento econômico do Estado, quanto aos gêneros metalúrgico, mecânico, material elétrico e de comunicação e de material de transporte. Além desses, se destacam os setores de química, a indústria de vestuário, como o calçado, importante gênero industrial, ocorre em uma faixa ao longo do Vale do rio dos Sinos. No aspecto quantitativo destaca-se o uso para abastecimento populacional, abastecimento industrial, irrigação, aquicultura e dessedentação de animais. Quando se trata do aspecto qualitativo os usos que se destacam são utilizados como meio de diluição e afastamento dos despejos líquidos domésticos, industriais, rurais e também de eventuais lixívias de lixões ou de aterros sanitários mal implantados no passado. Na bacia em questão os problemas assumem um caráter qualitativo, sendo as águas enquadradas, atualmente, em classes incompatíveis com os usos a que se destinam. 
A bacia hidrográfica do rio Paraopeba situa-se a sudeste do Estado de Minas Gerais, entre os paralelos 18º 45' e 21º 00' S e os meridianos 43°30’e 45°15’ W, tem uma área de aproximadamente 13.643 km2 e é integrante da bacia do rio São Francisco. As variações topográficas, na área da bacia, influenciam significamente o comportamento climático da região, resultando em valores pluviométricos e térmicos muito distintos. A área de estudo apresentou uma rápida urbanização nas últimas décadas. Confrontando às demandas de água na bacia do rio Paraopeba com as disponibilidades, observa-se que esta bacia não apresenta problemas de ordem quantitativa. As principais fontes de contaminação das águas superficiais da bacia do rio Paraopeba estão associadas aos lançamentos de esgotos domésticos "in natura" diretamente nos cursos d'água e aos efluentes provenientes das atividades industriais e de mineração. Os principais problemas dos recursos hídricos da bacia do rio Paraopeba estão relacionados com a contaminação e degradação de suas águas, consequência da falta de tratamento dos esgotos domésticos, industriais e atividades Com relação à contaminação por esgotos. 
No aspecto quantitativo os usos da água na bacia do rio Curu podem ser agrupados em: irrigação, consumo doméstico, piscicultura e pesca. Dentre esses, a irrigação é de longe o setor responsável pela maior demanda seguido do consumo doméstico. As principais fontes pontuais de poluição a atingir os rios da bacia do Curu são os esgotos urbanos e industriais. O esgoto doméstico lançado diariamente nos rios e açudes da bacia não recebe qualquer tratamento. Tampouco recebem tratamento os efluentes industriais. As atividades agrícolas, por sua vez, são reconhecidamente uma fonte potencial importante de degradação da qualidade da água. A bacia do rio Curu é uma das bacias estaduais de maior demanda d’água e está sujeita à escassez de água nos períodos de seca e, cada vez mais, nos períodos normais. Ela tem uma série de grupos de usuários diferentes que vão de agricultores de subsistência a municípios e agroindústrias.
O pacto federativo que compõe o Brasil faz com que as leis federais sejam obrigatórias para todos os Estados. Pelo fato da CF atuar de forma complementar foi necessária a criação de novos instrumentos para gestão dos recursos hídricos. A aprovação da Lei Federal 9433/97, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, deu grande impulso ao processo de gestão das águas, criando a possibilidade real de implementação dos diversos instrumentos preconizados nessa legislação. A bacia do rio dos Sinos, cujos problemas principais estão associados aos aspectos qualitativos de suas águas, retrata a realidade de uma área densamente urbanizada, que concentra a maior parte do desenvolvimento industrial do Rio Grande do Sul. A bacia do rio Curu, cujos problemas principais estão associados à escassez de água devido à fatores climáticos agravada pelo crescimento dos usos, é a região agrícola mais importante do Ceará. A bacia do rio Paraopeba, cujos problemas principais estão associados à má qualidade de suas águas, representa uma área estratégica para o Estado de Minas Gerais, não somente pelos parques industriais que estão instalados nessa bacia, mas também pelo fato desta ser responsável pelo abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Analisando os problemas apresentados nestas três bacias verificam-se alguns pontos em comum. Por exemplo, os problemas relacionados com o processo de urbanização, a falta de coleta e tratamento dos efluentes domésticos, bem como a coleta e destinação apropriada dos resíduos sólidos são comuns a todas as bacias. Em função da escassez de água, pode-se afirmar que as bacias dos rios dos Sinos e Paraopeba sofrem a chamada "escassez qualitativa" e as alternativas são:
Implantação de sistemas de tratamentos - reduz a carga que efetivamente chega aos cursos d'água (não reduz a carga gerada mas, mediante o abatimento, reduz a carga efetivamente lançada nos cursos d'água);
Mudanças de comportamento dos usuários - por exemplo, mudanças nos métodos de produção que reduzam a carga de poluição gerada. 
A bacia do Curu sofre da escassez 'quantitativa'. As alternativas são:
Ampliação da oferta - está prevista a construção de mais três açudes de porte médio na bacia e após isto deve-se atingir o limite de ampliação.
Redução da demanda - estimular o uso mais eficiente da água,redução das perdas, etc.
Finalmente, a necessidade de implementação da política de gestão dos recursos hídricos é evidente e o desafio é, entre outros, encontrar metodologias que sejam genéricas o suficiente para atenderem os dispositivos da Política Nacional.

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