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16/03/2015 1 DERMATITES ALÉRGICAS Profa. Thaís Melo de Paula Seixas CLÍNICA MÉDICA E TERAPÊUTICA DE PEQUENOS ANIMAIS I DERMATITES ALÉRGICAS DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGA (DAPP) HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR ATOPIA DERMATITE ALÉRGICA POR CONTATO DERMATITES ALÉRGICAS Principal sinal clínico é o prurido. Prurido com intensidade variável (moderada a intensa). Difícil diferenciação entre as dermatites alérgicas. Diagnóstico: Iniciar pela exclusão da DAPP, seguida da Hipersensibilidade Alimentar e por fim a Atopia. Podem ocorrer mais de uma dermatite alérgica. DERMATITES ALÉRGICAS Cães 1 - Atopia 2 - DAPP 3 – Hipersensibilidade alimentar Gatos 1 - DAPP 2 - Atopia 3 – Hipersensibilidade alimentar REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE Dermatites Alérgicas Distúrbios de hipersensibilidade desencadeados por alérgenos (contato, inoculação, ingestão, inalação). Tipo I: Anafilaxia, DAPP, Hipersensibilidade alimentar e Atopia. Tipo II: Citotóxica. Tipo III: Imunocomplexos. Tipo IV: Reação tardia. Dermatite por contato, DAPP. REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE TIPO I 16/03/2015 2 Vasodilatadora Liberação de Histamina Mastócito Sensibilizado Basófilo Sensibilizado Sensibiliza Mastócito Basófilo IgE REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE TIPO I REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV Dermatites Alérgicas DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGA - DAPP Lesão cutânea comum em cães e gatos sensíveis à picada da pulga ou carrapato. Hapteno presente na saliva do ectoparasita. Geralmente associada a outras doenças alérgicas cutâneas. Sazonal (meses quentes). Dermatites Alérgicas DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGA - DAPP Dermatites Alérgicas DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGA - DAPP APRESENTAÇÃO CLÍNICA NO CÃO Erupções pruriginosas, pápulas, crostas, eritema, alopecia, escoriações, piodermite, hiperpigmentação e lignificação. Região lombossacra, dorso da base da cauda (“Triângulo da DAPP”), região medial da coxa, abdome e flancos. APRESENTAÇÃO CLÍNICA NO GATO Dermatite miliar pruriginosa com escoriações, crostas e alopecia no pescoço, região lombossacra, região medial da coxa e abdome. Dermatites Alérgicas DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGA - DAPP Localização das lesões: 16/03/2015 3 Dermatites Alérgicas DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGA - DAPP Dermatites Alérgicas DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGA - DAPP Dermatites Alérgicas DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGA - DAPP Felinos: Podem apresentar granulomas eosinofílicos e outras alterações decorrentes da eosinofilia. Dermatites Alérgicas DIAGNÓSTICO Resenha, anamnese e exame físico. Observação de ectoparasitas. Terapêutico. DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGA - DAPP Dermatites Alérgicas DERMATITE ALÉRGICA À PICADA DE PULGA - DAPP TRATAMENTO # Eliminação dos ectoparasitas do animal, contactantes e ambiente. Animal: Fipronil, Selamectina, Nitempiram, Luferunon, Imidacloprid, Fluralaner. Ambiente: Amitraz. Organofosforados. Piretróides. # Terapia anti-pruriginosa, antibacteriana e anti-fúngica. HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR Dermatites Alérgicas Reação de hipersensibilidade a um alimento ou aditivo alimentar. * Proteínas: Leite de vaca e todas as carnes. Ovos, soja e trigo. Biscoito canino. Milho, aveia e rins de animais. Óleo de fígado de bacalhau. Conservantes e aditivos químicos. Não sazonal. 16/03/2015 4 Dermatites Alérgicas HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR APRESENTAÇÃO CLÍNICA Prurido localizado ou generalizado nas orelhas, membros, região inguinal ou axilar, face, pescoço e períneo. Eritema, pápulas, alopecia, crostas, hiperpigmentação e lignificação. Foliculite bacteriana e malasseziose cutânea são comuns. Sinais gastrintestinais são incomuns (20 a 30% dos animais). Dermatites Alérgicas HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR Dermatites Alérgicas HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR DIAGNÓSTICO Resenha, anamnese e exame físico. Exame histopatológico (biópsia de pele). Terapêutico com dieta hipoalergênica. Dermatites Alérgicas HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR TRATAMENTO # Eliminação do alérgeno: Dieta de eliminação (jejum e laxantes) e água mineral. # Dieta hipoalergênica (caseira X comercial) Caseira (muito trabalhosa): fonte nova de proteína (coelho, peixe, cavalo, ovelha e frango) e de carboidrato (batata). Comercial (cara): ração sem aditivos e com proteína de baixo peso molecular ( 18000 daltons). ATOPIA Dermatites Alérgicas Reação de hipersensibilidade a antígenos do ambiente inalados ou absorvidos pela pele. Predisposição genética ou hereditária. Sinais clínicos entre 3 meses a 7 anos: 70% dos animais apresentam os sinais clínicos entre 1 a 3 anos. Dermatites Alérgicas ATOPIA PATOFISIOLOGIA Alteração das proteínas de adesão entre as células da epiderme. Aumento da permeabilidade da pele. Exposição da derme a alérgenos ambientais, proliferação bacteriana e fúngica. Reação de hipersensibilidade Tipo I – produção de IgE e ativação de mastócitos. 16/03/2015 5 Dermatites Alérgicas ATOPIA Inflamação cutânea atópica PATOFISIOLOGIA Prurido Trauma mecânico Produção de citocinas pró- inflamatórias Recrutamento de leucócitos Ativação de leucócitos Dermatites Alérgicas ATOPIA APRESENTAÇÃO CLÍNICA Prurido ao redor da cabeça, pescoço, orelhas, abdome e membros. Alopecia (decorrente da automutilação) bilateral e simétrica. São comuns dermatite miliar, otite externa ceruminosa e granuloma eosinofílico. Pode ocorrer piodermite secundária e linfadenopatia. ATOPIA Dermatites Alérgicas Dermatites Alérgicas ATOPIA Dermatites Alérgicas ATOPIA ATOPIA Dermatites Alérgicas DIAGNÓSTICO Resenha, anamnese e exame físico. Exclusão de outras dermatites alérgicas. Teste alérgico intra-dérmico. Exame histopatológico (biópsia). 16/03/2015 6 ATOPIA Dermatites Alérgicas Teste intradérmico. Dermatites Alérgicas ATOPIA CRITÉRIO CLÍNICO PARA DIAGNÓSTICO Presença de 3 dos 5 critérios: 1 – Prurido que cessa com o uso de corticoides. 2 – Eritema das pinas. 3 – Pododermatite eritematosa cranial bilateral. 4 – Queilite. 5 – Apresentação dos primeiros sinais entre 6 meses e 3 anos de idade. ATOPIA Dermatites Alérgicas OBJETIVOS DO TRATAMENTO - CONTROLE DO PRURIDO 1. Reduzir a exposição às substâncias que desencadeiam o quadro. 2. Prevenir estimulação do sistema imune impedindo que o animal se infeste com pulgas ou carrapatos. 3. Reforçar a barreira epidérmica com nutrição adequada. 4. Higienizar e hidratar a pele banhando o animal adequadamente. 5. Controlar infecções secundárias. 6. Reduzir inflamação com medicamentos. Dermatites Alérgicas ATOPIA TRATAMENTO Tratamento das infecções secundárias (piodermite, otite externa e malasseziose). - Antibioticoterapia sistêmica ou anti-séptico tópico. - Malasseziose: Itraconazol 10mg/Kg SID Cetoconazol 10mg/Kg SID Miconazol 2% Sulfeto de selênio 2,5% Dermatites Alérgicas ATOPIA TRATAMENTO Controle do prurido com anti-histamínicos: Clemastina: cães: 0,05 a 1,5mg/Kg BID gatos: 0,68mg/Kg BID Clorfeniramina: cães: 0,2 a 2 mg/Kg BID ou TID gatos: 2 a 4 mg/gato SID ou BID Difenidramina: cães: 1 a 4mg/Kg TID gatos: 2 a 4mg/gato BID Hidroxizina: cães: 2 a 7mg/KgTID gatos: 5 a 10mg/gato BID ou TID Dermatites Alérgicas ATOPIA TRATAMENTO Controle do prurido com esteroides: Prednisona: 0,5 a 1mg/Kg BID Esteroides tópicos: Hidrocortisona Betametasona Triancinolona Vários efeitos colaterais! Uso de anti-histamínicos pode diminuir a dose do esteroide. 16/03/2015 7 Dermatites Alérgicas ATOPIA TRATAMENTO Ácidos graxos: Auxiliam no controle do prurido. Associados aos anti-histamínicos e esteroides. Efeitos em 30 a 60 dias. Utilizar 3 a 10 vezes a dose da bula (risco de pancreatite). Dermatites Alérgicas ATOPIA TRATAMENTO Ciclosporina: 5mg/Kg SID por 6 semanas. Reduzir para a menor dose efetiva. Utilizar quando houver resposta insatisfatória com o uso dos esteroides ou quando os efeitos adversos foram inaceitáveis. Dermatites Alérgicas DERMATITE POR CONTATO Reação de hipersensibilidade tipo IV. Contato prolongado com o alérgeno. Alérgeno: contato com produtos de limpeza, desinfetantes, fertilizantes, matéria em decomposição... Áreas cutâneas com pouco pelo e geralmente em contato com o piso (região distal de membros, abdome, bolsa testicular, região inguinal, queixo...). Dermatites Alérgicas DERMATITE POR CONTATO APRESENTAÇÃO CLÍNICA Eritema, pápulas, placas, vesículas, alopecias, escoriações, hiperpigmentação, lignificação e crostas. Pode ocorrer infecção secundária por Malassezia. Dermatites Alérgicas DERMATITE POR CONTATO Dermatites Alérgicas DERMATITE POR CONTATO DIAGNÓSTICO Anamnese e sinais clínicos. Exclusão de outras dermatites alérgicas. Remoção do animal de seu ambiente e observação da melhora clínica.
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