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16/03/2015 1 CLÍNICA MÉDICA E TERAPÊUTICA DE PEQUENOS ANIMAIS I DERMATITES PARASITÁRIAS E FÚNGICAS Profa. Thaís Melo de Paula Seixas DERMATITES PARASITÁRIAS ESCABIOSE SARNA NOTOÉDRICA DEMODICIOSE QUEILETIELOSE OUTROS ECTOPARASITAS: PULGAS E CARRAPATOS DERMATITES PARASITÁRIAS Sarna sarcóptica. Agente etiológico: Sarcoptes scabiei var. canis. Dermatopatia altamente pruriginosa e contagiosa. ZOONOSE. Mais comum em cães filhotes. ESCABIOSE DERMATITES PARASITÁRIAS ESCABIOSE SINAIS CLÍNICOS o Prurido não sazonal. o Pápulas, eritema, alopecia, crosta e escoriações. o Localização mais comum: cotovelo, jarrete, orelhas, abdome e região ventral de tórax. o Linfadenopatia. o Piodermite e malasseziose secundárias. DERMATITES PARASITÁRIAS ESCABIOSE DERMATITES PARASITÁRIAS ESCABIOSE DIAGNÓSTICO o Exame parasitológico de pele (preferencialmente nos jarretes e cotovelos – aprox. 60% de positividade). Comum resultados falsos negativos. o Histopatológico. o Terapêutico. 16/03/2015 2 DERMATITES PARASITÁRIAS ESCABIOSE DIAGNÓSTICO DERMATITES PARASITÁRIAS ESCABIOSE TRATAMENTO o Ivermectina 0,02 a 0,04 mg/Kg SC ou PO a cada 7 dias. o Selamectina 6 a 12 mg/Kg pour on, dose única. o Amitraz 0,025 a 0,03% aplicações semanais. DERMATITES PARASITÁRIAS SARNA NOTOÉDRICA Agente etiológico: Notoedres cati. Dermatopatia altamente pruriginosa e contagiosa. ZOONOSE. Mais comum em gatos filhotes. Comum em gatis. DERMATITES PARASITÁRIAS SARNA NOTOÉDRICA SINAIS CLÍNICOS o Prurido não sazonal intenso. o Pápulas, eritema, crostas e escoriações. o Localização mais comum: orelhas, face, cabeça e pescoço. DERMATITES PARASITÁRIAS SARNA NOTOÉDRICA SINAIS CLÍNICOS DERMATITES PARASITÁRIAS SARNA NOTOÉDRICA DIAGNÓSTICO o Exame parasitológico de pele. Presença de ovos ou parasitas. o Histopatológico. o Terapêutico. 16/03/2015 3 TRATAMENTO o Ivermectina 0,02 a 0,03 mg/Kg SC ou PO a cada 7 dias. o Doramectina 0,2 a 0,3 mg/Kg SC a cada 7 dias. o Amitraz 0,015 a 0,025% aplicações semanais. DERMATITES PARASITÁRIAS SARNA NOTOÉDRICA DERMATITES PARASITÁRIAS DEMODICIOSE Agente etiológico: Demodex canis. Ácaro comensal da pele de cães. Multiplicação exacerbada devido alterações na imunidade do animal, condição denominada Demodiciose. Transmissão ocorre pelo contato da mãe com a prole. Possui caráter hereditário. DERMATITES PARASITÁRIAS DEMODICIOSE o Animais com até 18 meses: Forma Juvenil. (Predisposição e imunodeficiência). o Animais acima de 18 meses: Forma Adulta. (Doença imunossupressora). SINAIS CLÍNICOS o A doença pode apresentar-se de forma localizada ou generalizada. o Eritema, alopecia, lignificação, descamação e hiperpigmentação. o Piodermite secundária é comum. DERMATITES PARASITÁRIAS DEMODICIOSE SINAIS CLÍNICOS - Pododermatite DERMATITES PARASITÁRIAS DEMODICIOSE SINAIS CLÍNICOS - Blefarite DERMATITES PARASITÁRIAS DEMODICIOSE SINAIS CLÍNICOS – Forma generalizada 16/03/2015 4 DERMATITES PARASITÁRIAS DEMODICIOSE DIAGNÓSTICO o Exame parasitológico de pele. Presença de formas maduras e imaturas do ácaro. o Histopatológico. o Tricograma. DERMATITES PARASITÁRIAS DEMODICIOSE DIAGNÓSTICO DERMATITES PARASITÁRIAS DEMODICIOSE TRATAMENTO o Tratamento das lesões secundárias. o Banhos com Peróxido de Benzoíla 2,5% (flushing piloso). o Indicar castração das fêmeas (evitar transmissão por contato direto com a prole e hereditária) e dos machos (características hereditárias). o Ivermectina 0,02 a 0,04 mg/Kg SC ou PO a cada 24 a 48 h. o Moxidectina 0,5 a 1 mg/Kg a cada 72 h. DERMATITES PARASITÁRIAS DEMODICIOSE TRATAMENTO o Milbemicina 0,5 a 2 mg/Kg a cada 24 h. o Amitraz 0,025% aplicações semanais. Pododermatite: o Pedilúvio com Permanganato de Potássio SID o Amitraz + óleo mineral SID DERMATITES FÚNGICAS DERMATOFITOSE MALASSEZIOSE ESPOROTRICOSE CRIPTOCOCOSE HISTOPLASMOSE DERMATITES FÚNGICAS DERMATOFITOSE “Nem tudo que parece é!” Aproximadamente 2% dos casos dermatológicos. Infecção de pelos e estrato córneo por fungos ceratolíticos. ZOONOSE. Afeta animais jovens ou com imunodeficiência. Comum em Yorkshires e gatos Persas. 16/03/2015 5 DERMATITES FÚNGICAS DERMATOFITOSE Agentes etiológicos: Microsporum canis Pele e pelos de cães e gatos. Microsporum gypseum Terra rica em matéria orgânica. Trichophytum mentagrophytis Pele e pelos de roedores. DERMATITES FÚNGICAS DERMATOFITOSE SINAIS CLÍNICOS o Pode ser localizada, multifocal ou generalizada. o Pode ocorrer prurido mas é incomum. o Alopecia, crostas, eritema, pápulas e seborreia. o Quérion dermatofítico. DERMATITES FÚNGICAS DERMATOFITOSE SINAIS CLÍNICOS DERMATITES FÚNGICAS DERMATOFITOSE SINAIS CLÍNICOS – Quérion dermatofítico DERMATITES FÚNGICAS DERMATOFITOSE DIAGNÓSTICO o Lâmpada de Wood (Microsporum canis). o Tricograma. o Cultura fúngica. 16/03/2015 6 DERMATITES FÚNGICAS DERMATOFITOSE DIAGNÓSTICO – Lâmpada de Wood DERMATITES FÚNGICAS DERMATOFITOSE TRATAMENTO o Griseofulvina micronizada 25 a 60 mg/Kg VO BID o Griseofulvina ultra-micronizada 25 a 60 mg/Kg VO BID o Itraconazol 10 mg/Kg VO SID o Cetoconazol 10 mg/Kg VO SID a cada 21 dias DERMATITES FÚNGICAS DERMATOFITOSE TRATAMENTO - Ambiente o Hipoclorito de sódio. o Enxofre calcáreo em uma solução a 2%. o Formalina a 1%. DERMATITES FÚNGICAS MALASSEZIOSE Agente etiológico: Malassezia pachidermatis. Encontrada normalmente em pequena quantidade no conduto auditivo, dobras cutâneas, regiões perioral e perineal. Proliferação excessiva associada à dermatopatia primária. DERMATITES FÚNGICAS MALASSEZIOSE SINAIS CLÍNICOS - Cães o Prurido moderado a intenso. o Alopecia localizada a generalizada. o Odor desagradável. o Escoriações, eritema e seborreia. o Condição crônica: hiperpigmentação, lignificação e hiperqueratose. DERMATITES FÚNGICAS MALASSEZIOSE SINAIS CLÍNICOS - Cães 16/03/2015 7 DERMATITES FÚNGICAS MALASSEZIOSE SINAIS CLÍNICOS - Gatos o Acne crônica no queixo. o Alopecia e/ou alopecia e seborreia localizada a generalizada. DERMATITES FÚNGICAS MALASSEZIOSE DIAGNÓSTICO o Clínico. o Fita adesiva ou imprint cutâneo (fixar com o uso de calor). o Cultura fúngica (?). o Estabelecer causa primária. DERMATITES FÚNGICAS MALASSEZIOSE TRATAMENTO o Tratar causa primária. o Casos leves: Banhos com cetoconazol, miconazol, clorexidine ou sulfeto de selênio. Solução de vinagre a água (1:1). o Casos graves: Tratamento tópico e sistêmicos (cetoconazol ou itraconazol).
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