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RESUMO List (1983).

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O desenvolvimento Nacional: Hamilton e List
Texto: List (1983) cap 15-17
Cap 15 -A Nacionalidade e a economia da Nação 
Existem três falhas: O cosmopolitismo que não considera o princípio da nacionalidade, O materialismo mortal que considera o simples valor de troca das coisas e O particularismo e o individualismo que conduz a desorganização. 
Entre cada individuo e a humanidade inteira existe a NAÇÃO com sua língua e literaturas específicas, com sua origem e história, com suas maneiras e costumes, leis e instituições e com seu território especifico, que mantêm sua autonomia por meio de sua própria força e de seus próprios recursos. O individuo adquire capacidade de produção, segurança e prosperidade.
Porém há infinitas diferenças entre nações, há aquelas que são pequenas ou grandes, civilizadas ou até em estado de barbárie. Constitui tarefa da economia política realizar o desenvolvimento econômico da nação. Em cada uma deve se desenvolver uma agricultura, as manufaturas, o comércio e a navegação, as artes e ciências, os estabelecimentos educacionais e a cultura universal devem ocupar na nação uma posição igual a da produção material. Sua constituição, suas leis e instituições devem proporcionar aos seus habitantes um alto grau de segurança e liberdade, devendo promover a religião, a moralidade e a prosperidade, ou seja, tem o objetivo de gerar o bem estar de seus cidadãos. Uma nação que não possui costas marítimas fica dependente de outros países para participar do comercio exterior. 
As economias das nações devem passar pelos seguintes estágios de desenvolvimento: barbárie inicial, estágio pastoril, estágio agrícola, estágio agromanufatureiro e estágio agromanufatureiro-comercial. A história industrial das nações passa rápido por esses estágios e isso só pôde acontecer com a intervenção do estado.
 Uma nação puramente agrícola jamais conseguirá desenvolver o seu próprio comércio exterior, sua navegação internacional, e aumentar sua população na devida proporção a seu bem estar. Um estado meramente agrícola será sempre dependente dos países estrangeiros e que recebem seus produtos agrícolas em troca de bens manufaturados. Já a nação agromanufatureira produz para si mesmas grandes quantidades de matérias-primas e importa das nações puramente agrícolas apenas para suprir suas deficiências. 
O conceito de independência e de poder origina-se so próprio conceito de “nação”. As guerras acarretam efeitos perniciosos parar a relações comerciais entre uma nação e outra. Os países que sofrem a guerra, passam a ficar isoladas, tendo que desenvolver sua própria agricultura e manufatura, explorando o mercado interno e gerando lucros da mesma forma que fosse ao mercado externo, tendo mais lucros do que perdas. Uma nação que ainda possui um sistema agrícola só poderá se desenvolver se possuir uma indústria manufatureira própria. 
A relação entre o agricultor e o manufator é diversa, se ambos viverem em um mesmo país e estão unidos pelos vínculos de uma paz perene. Em tais circunstâncias, toda ampliação e aperfeiçoamento de uma manufatura já existente aumenta a demanda de produtos agrícolas. Todo aumento de produção agrícola nacional deve resultar em um aumento proporcional da produção manufatureiro nacional. É melhor desenvolver seu mercado interno do que procurar riquezas fora do país. 
O protecionismo é empregado nos países como forma de proteção de seus mercados internos, dessa forma pode ser justificada como acarretar no desenvolvimento industrial da nação. 
Uma nação que produz manufaturados para si mesmo, e que está perfeitamente desenvolvida em suas condições econômicas, se torna proporcionalmente mais rica e populosa e, consequentemente terá condições de consumir uma quantidade de artigos manufaturados muito maior do que poderia importar enquanto seu suprimento dependia de uma nação industrial estrangeira. 
O progresso feito pela Inglaterra nas manufaturas, na navegação, e no comércio não precisa desencorajar nenhuma outra nação apta para a produção manufatureira em virtude de possuir um território apropriado, recursos e capacidade nacionais, a entrar em concorrência com a supremacia manufatureira inglesa. 
Tornar posse do mercado interno de nosso próprio país e procurar importar produtos tropicais diretamente do país que nos permitem pagar com os nossos próprios bens manufaturados. 
Cap 17- O potencial Manufatureiro e as forças produtivas pessoais, sociais e política da Nação.
Em um país dedicado apenas à agricultura em estágio primitivo predominam as seguintes características: embotamento da mente, despreparo físico, adesão obstinada a conceitos, costumes, métodos e processos antiquados, falta de cultura, de prosperidade e de liberdade. Ao contrário desejo e empenho por constante crescimento das aptidões mentais e corporais, espirito de emulação e de liberdade caracterizando uma nação voltada para a manufatura e o comércio. A causa dessa diferença está na diversidade de hábitos sociais e de educação. 
A população agrícola vive dispersa por todos os territórios, o agricultor é habituado a colher somente após longos períodos de tempo, ele contenta-se com pouco, é paciente, resignado, e também negligente e preguiçoso do ponto de vista intelectual, raramente presencia exemplos de grande prosperidade e a posse de riquezas ou estado de pobreza são transmitidos por herança.
A natureza da manufatura é fundamentalmente diversa da que encontramos na agricultura. As pessoas já são atraídas pelos próprios negócios, só vivem em sociedade, e em intercambio comercial. O manufator busca tudo o que precisa para viver do mercado, sendo que somente uma pequena parte do que produz se destina ao seu próprio consumo. O manufator nunca tem certeza de quando será o seu lucro, está sempre comprando e vendendo, fazendo trocas e compras vantajosas.
As ciências e a Indústria combinadas têm gerado essa grande força material que, no novo estado da sociedade vem substituindo com múltiplos benefícios o trabalho escravo dos tempos antigos. Essa nova força material está destinada a exercer a força da maquinaria. A força da maquinaria aliada aos meios de transporte dos tempos modernos confere ao Estado manufatureiro uma superioridade imensa em relação ao Estado agrícola. Um estado puramente agrícola, no qual cada um produz para si mesmo, a maior parte do que necessita e consome ele mesmo é a maior parte do que ele produz e o transporte é precário. 
Devido ao isolamento em que o agricultor vivo pouco ele pode contribuir para a formação de instituições políticas e pouco serve para defender suas liberdades e direitos. Agora já o manufator teria mais capacidade intelectual para formação de políticas e de um Estado. 
Existem dois tipos de cidades, as cidades produtivas e consumidoras. As produtivas transformam matéria primas, pagando com produtos manufaturados, as matérias primas que compram das regiões agrícolas, bem como os meios de subsistência que necessitam. E as consumidoras, são cidades que vivem aquelas que simplesmente consomem as rendas do país. 
Há um beneficio das manufaturas sobre a civilização, que é o aperfeiçoamento das instituições publicas e sobre a liberdade da nação. 
As cidades trazem para si a agricultura, dando aos agricultores vantagens liberdades e direitos para participarem da cidade e enviarem mais produtos agrícolas. Dessa forma passa a se desenvolver meios de transporte para o campo, desaparecem as servidões e as leis e os regulamentos que prejudicam o trabalhador. 
É da manufatura que se origina a capacidade que uma nação tem de exercer comércio exterior com nações menos civilizadas, de aumentar sua marinha mercantil, de estabelecer um poderio naval e pela fundação de colônias de utilizar seu contingente populacional excedente para o ulterior aumento da prosperidade e do poderio nacional. Ao se estabelecer em um país um potencial manufatureiro, aumentam em proporção igual todas as forças intelectuais da nação, suas rendas, seus recursos materiais e intelectuais de defesa e a segurançade sua independência nacional.

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