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RESUMO Oliveira (2003) pag. 201 2016 e pag. 231 136.

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Oliveira (2003) p. 201-216 e p.231-236
As colônias de povoamento norte-americanas 
O processo de colonização desencadeado na era da acumulação primitiva foi comandado pelo capital europeu e a ocupação da América do Norte não fugiu a esse padrão. A colonização norte americana resultou em estrutura social heterogênea já que o sul domina a exploração escravista e o norte e o centro a produção era organizada por meio da pequena propriedade. No sul conseguiu-se estabelecer a agricultura que não concorriam com a cultura inglesa, artigos com demanda potencial na Europa. Nas Antilhas Britânicas houve aumento da atividade exportadora, dessa forma as pequenas propriedades que empregavam imigrantes sobre regime de servidão temporário passa a substituir por escravos. Quando a demanda por certos produtos da Europa se torna interessante e as condições naturais propiciam ao cultivo dos produtos, os produtores coloniais passam a ter relação com o capital comercial, os lucros auferidos levavam os mercadores a financiar a produção colonial pois pequenos produtores não tinham condições. Dessa forma se passa a ter uma sociedade fundada na grande exploração escravista. Essa estrutura social bloqueava a divisão social do trabalho e a acumulação de capital comercial local. 
A queda do feudalismo gera uma sociedade fundamentada na pequena produção, havia grandes fluxos migratórios por diversos motivos, vinham em busca de sua subsistência, exercer sua religião e sua politica livre. Esses imigrantes caminham para o Norte onde o clima e terra eram semelhantes a Europa e não tinha muita capacidade de produzir produtos para a exportação. Só foi possível ter atividades extrativistas de exportação como a pesca, produção de peles.. Já o Sul, não tinha muito interesse da metrópole, o que tinha era muita disponibilidade de terras, e a sociedade passa a ser organizar em pequenas propriedades e eram usados servos temporários, como fossem aprendiz de oficio pois poderiam ter suas terras mais tarde. Era imigrantes da Europa que sofriam com perdas de terras e perseguições políticas e religiosas, povoaram mais o norte da América pois o clima era semelhante ao da Europa. 
O capitalismo constituído na Europa no sec XIX, ao impulsionar a imigração e os movimentos internacionais de capitais estava difundindo o regime capitalista por várias partes do globo. 
A estrutura produtiva colonial assenta-se basicamente na pequena propriedade agrícola, no artesanato, nas cidades se desenvolvia o capital comercial. A pequena propriedade vendia seus excedentes e comprava produtos artesanais e manufaturados, estabelecendo uma circulação mercantil ligando campo e cidade. Apesar das importações de produtos ingleses, havia altos custos no transporte que permitiu o desenvolvimento do mercado interno, mesmo com artigos de qualidade inferior dos de fora.
No sec XVIII, traficantes das colônias de povoamento atingiram a África, onde levavam o tabaco e traziam escravos para as Antilhas e as Colônias do Sul. Comerciantes americanos também transportavam alimentos e madeiras para o Sul da Europa. Esse comércio exterior estimula a produção mercantil das colônias de povoamento. Enquanto metrópoles e colônias de exploração conformavam uma unidade econômica e politica, cujo polo dominado (colônia) tinha suas dinâmicas determinadas pelas relações com a Europa gestava-se uma estrutura econômica dotada de dinamismo próprio. Fica evidente que o desenvolvimento comercial e manufatureiro das colônias tendia a provocar conflitos cada vez mais agudos com os interesses metropolitanos. 
Tem um momento em que a metrópole não deixa a colônia fazer comercio internacional, criavam leis que baniam a entrada das colônias, dessa forma vários comerciantes e pequenos proprietários de terra que se uniram contra a Inglaterra.
Sob a liderança de comerciantes desencadeia-se a guerra revolucionária da independência, não se tratava apenas de romper os laços coloniais, mas também lutar contra privilégios de estreita oligarquia que dominava as legislaturas coloniais dos comerciantes privilegiados. Uma guerra pela independência. 
Com o fim da guerra e a independência, apresente uma nova noção com uma nova estrutura econômica, ainda predominava a pequena produção independente, avanço a divisão social do trabalho, a acumulação do capital comercial processa-se com vigor.
Nas colônias de povoamento do Norte não possuíam regulamentações na produção artesanal e a propriedade pequena era livre, porém para que a produção mercantil e o capital comercial se desenvolve, era fundamental o apoio militar e politico, alcançado pelas guerras de independência com a consequente criação do Estado nacional soberano. O protecionismo tarifário foi implantado e o comércio passou a ser apoiado por leis de navegações. O comércio exterior e a marinha mercantil ganham notável impulso. E o comércio interno desenvolvia-se com navegações fluviais.
A manufatura americana beneficie inicialmente pelos bloqueios das guerras da independência foi favorecida por tarifas protecionistas. O desenvolvimento do comércio exterior garantia a demanda por navios, a construção naval dos EUA assuma uma posição de liderança mundial. A mineração de ferro expandiu-se e a metalúrgica desenvolveu-se com a manufatura de instrumentos agrícola e de bens de consumo. A economia ia ficando mais integrada participando ativamente do mercado mundial.
A França pós- revolicionaria e a unificação alemã
Na França, a Revolução varreu radicalmente a superestrutura do antigo regime. Os direitos feudais foram abolidos, houve redução das tarifas, porém ela continuava alta, mesmo assim tinha proteção do artesanato e da manufatura, favoreceu a construção de canais, obras de infraestruturas. Todos esses fatores favoreciam o desenvolvimento do capitalismo, mas a economia francesa apresentava pontos fracos, perdeu a sua colônia e a marinha havia sido destruída. Criação de um sistema bancário e implementação da indústria têxtil, criando condições para a industrialização em 1840. 
Na Alemanha as cidades eram poucos desenvolvidos, os pequenos Estados eram dominados pelo absolutismo, a burguesia obtia concessões dos governos conservadores. Engels fala “cada derrota política da burguesia teve por consequência uma vitória no domínio da legislação comercial.” 
Crise agrícolas e a polarização alimentavam um amplo movimento de emigração que se acelera em 1848.
Certos Estados principalmente a Prússia, continuavam a manter política de proteção e apoio às manufaturas nacionais e os próprios governos exploram diretamente minas e a atividade manufatura. Desde o final da Guerra napoleônico foram sendo criadas condições para a industrialização na Alemanha. 
Estados Unidos, França e Alemanha – Especificidades 
Nos EUA, a exploração da agricultura mercantil, pela colonização do Oeste por pequenas propriedades ou pelas plantações escravistas potenciava o crescimento da indústria, essa mesma agricultura mercantil garantia a exportação de primários e as importações de meios de produção o que acelera mais ainda o processo de industrialização. A agricultura de pequenos proprietários dava a origem a importante indústria de alimentos ao mesmo tempo que impulsionava a implantação da indústria de máquinas e implementos agrícolas. 
O escravismo americano após a independência funcionou como importante elementos na gestação do capitalismo nacional pelos mercados que criava-se pela acumulação de capital, porém, o escravismo ia entrando em conflito com o desenvolvimento do capitalismo americano, pois as plantações (escravistas) não podiam se expandir na mesma velocidade que a colonização pelas pequenas propriedades, que podiam contar com uma massa de imigrantes.
Na Alemanha, a indústria entra em vigor não apenas pelo apoio do Estado, mas pela adoção de formas superiores de organização. Passa a ser incorporada a tecnologia mais avançada e rentável. Dessa forma o motor da expansão da indústria alemã centrava-se no próprio movimento de acumulação.
O capitalismo adotado na Françaera o mais frágil, a pequena produção na agricultura era lenta em se relacionar com o mercado e em modernizar o seus processos produtivos, suas agricultura era protegida e não sofria concorrência externa.
Países com o capitalismo atrasado, os níveis que alcançavam o mercado da produção, a divisão social do trabalho, desenvolvimento manufatureiro faziam que o estabelecimento de relações com o dinâmico mercado mundial acelerasse seus processos de industrialização.

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