Buscar

GESTAO DE RECUSRSOS HUMANOS E SUSTENTABILIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

�PAGE �
� PAGE \* MERGEFORMAT �3�
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS E SUSTENTABILIDADE: MUDANÇAS DE HABITOS E CULTURAS ARRAIGADAS ATRAVÉS DE UMA POLÍTICA SUSTENTAVEL
Elisabete Helena Soares de Arruda
RESUMO
A preocupação principal deste estudo é fazer uma reflexão sobre o papel dos profissionais de RH e a disseminação do conceito de sustentabilidade dentro das empresas. O objetivo deste artigo é analisar as dificuldades para inclusão de ações associadas à sustentabilidade e a consciência ambiental, de um modo geral, incluindo-se desde os profissionais de liderança até os colaboradores ditos “chão de fábrica”, que vivem em cenários diversos. Sabe-se que o nível de competitividade de uma empresa está relacionado a um conjunto de fatores fortemente dependentes, como custos, qualidade de produtos e serviços, capital humano, tecnologia, capacidade de inovação, e hoje, o quanto ela consegue ser sustentável e consciente, e transformar isso em diferencial num mercado cada dia mais voltado para questões ambientais. Para isso realizou-se uma breve, porem, profunda pesquisa sobre o assunto, com a contribuição de autores como, CHIAVENATO (2010), LIMA (2011), TACHIZAWA, (2004), Dias (2009) entre outros, buscando sempre enfatizar que uma empresa “verde” traz grandes benefícios, tanto para seus colaboradores quanto para as pessoas que utilizam seus serviços/produtos.
Conclui-se que é de suma importância que a orientação direcionada para a conscientização e sensibilização do tema seja efetiva, pois só assim será duradoura e consequentemente, muito lucrativa.
Palavras-chave: Consciência ambiental. Gestão de recursos humanos. Responsabilidade ambiental. Sustentabilidade. Empresa verde.
Introdução
O presente artigo tem como tema o papel dos gestores de recursos humanos na disseminação de temas como Meio Ambiente e Sustentabilidade, buscando com isso mudar alguns hábitos, advindos de uma cultura imediatista, que são prejudiciais as empresas e a sociedade. A gestão ambiental é a resposta natural das empresas ao novo cliente, o consumidor verde e ecologicamente correto. A empresa verde é sinônimo de bons negócios e no futuro será a única forma de empreender negócios de maneira duradoura e lucrativa. Em outras palavras, o quanto antes as organizações começarem a enxergar o meio ambiente como seu principal desafio e como oportunidade competitiva maior será a chance de que sobrevivam (Tachizawa, 2004). Dito isso, quanto mais cedo às organizações começarem explorar o tema, analisá-lo e incorporá-lo ao dia a dia da empresa e de seus colaboradores, mais rápido terão uma boa imagem no mercado, agregando valor ao seu produto ou serviço e garantindo assim a fidelização de seus clientes.
 Sendo assim, compõem-se as questões que norteiam este trabalho:
Existe ou é discurso, a valorização da gestão ambiental como instrumento para avanço no desempenho socioambiental das empresas? 
A cultura da sustentabilidade é um processo complexo. De que depende interação dos colaboradores e organização, visando gerar respostas numa realidade prática? 
 Quando se fala em questões ambientais, pressupõe-se que a discussão do tema no contexto organizacional se mostre, de fato, como necessidade consolidada para uma gestão organizacional conectada com as mudanças da atualidade, tanto internamente quanto externamente. Fomentada numa abordagem sistêmica para a integração da questão ambiental em todos os níveis organizacionais. Daí a importância de buscar uma interação entre os processos da empresa, o meio ambiente, a conscientização dos colaboradores e os valores que esta empresa repassa a seus consumidores.
Conforme Kotler et al (2010, p. 4) enfatizam:
Cada vez mais os consumidores estão em busca de soluções para satisfazer seu anseio de transformar o mundo globalizado num mundo melhor. Em um mundo confuso, eles buscam empresas que abordem suas mais profundas necessidades de justiça social, econômica e ambiental em sua missão, visão e valores. Buscam não apenas satisfação funcional e emocional, mas também satisfação espiritual nos produtos que escolhem.
 Dessa forma, este estudo tem por objetivo demonstrar o quanto é benéfico uma cultura organizacional voltada para uma gestão ambiental solida, que atue diretamente na mudança de paradigmas e que inclua abordagens voltadas para o bem estar do homem e do meio em que vive. Todo aprendizado transforma. E todo aprendiz é um agente de transformação.
 Para alcance dos objetivos propostos, foi utilizada como recurso metodológico, a pesquisa bibliográfica, realizada a partir de análise básica de materiais já publicados na literatura, artigos científicos já divulgados no meio eletrônico e livros didáticos.
 O texto final foi fundamentado nas idéias e concepções de autores como: Chiavenato (2010) Lima (2011), Tachizawa (2004), Dias (2009) e outros.
Desenvolvimento
 Hoje, o tema meio ambiente, sustentabilidade, empresa verde, já faz parte de nossas vidas, mas nem sempre foi assim. Até a década de 80, esse era um assunto quase tabu. Não se ouvia muito falar dele e menos ainda se tinham conhecimentos acerca do assunto. Tudo que se sabia, era que existiam organizações que eram contra o uso de pele de animais, testes em animais e outras parecidas. A partir dos anos 90, as pessoas começaram a se preocupar mais com o planeta, devido aos inúmeros problemas ambientais causados pelo homem. Também neste período houve um maior interesse em proteger o planeta e os que nele habitam. E “para atender a essa nova demanda, cumprir com as regulamentações ambientais, ou mesmo suprir o seu próprio anseio de causar menos impacto ambiental, as empresas precisam se adaptar e repensar processos, fontes de recursos e formas de descarte (DIAS, 2009)”. Ainda vivemos, em várias áreas, o modelo econômico com foco em uma globalização crescente e voltada ao consumismo desenfreado, o TER ao invés do SER. Essas empresas nem sempre estão preocupadas com o bem comum da sociedade, a não ser com uma busca constante no sentido de garantir sua lucratividade e grande produção em massa. Esta situação de certa forma motivou a criação de varias organizações, algumas com âmbito mundial, que lutam para transformar esse pensamento, visando um bem maior, que é a sociedade como um todo. A gestão organizacional na perspectiva da sustentabilidade, da gestão ambiental, necessita da compreensão pelo gestor de que, os fatores ambientais, econômicos e sociais estão interligados, e influenciam nas ações do ambiente interno e externo organizacional. As organizações devem investir no individuo como cidadão e como empregado, garantindo-lhes confiança, dignidade, decência e segurança nas suas ações. Portanto tornar-se uma empresa ambientalmente responsável significa engajar-se profundamente no novo modo de ver e fazer as coisas. Significa auxiliar no desenvolvimento de ações que visem às boas práticas dos profissionais de recursos humanos, neste quesito.
 Donaire (2009) salienta a importância das práticas de recursos humanos para a efetiva gestão ambiental.
O desempenho de uma organização está fortemente associado à qualidade de seus recursos humanos. Se uma empresa pretende implantar a gestão ambiental em sua estrutura organizacional, deve ter em mente que seu pessoal pode transformar-se na maior ameaça ou no maior potencial para que os resultados esperados sejam alcançados. Assim, a área ambiental deve desenvolver com a área de recursos humanos intenso programa de conscientização, visto que a atividade de meio ambiente inicia-se e concretiza-se alterando o comportamento das pessoas que a integram. Como o público pode acreditar na boa intenção da empresa em relação ao meio ambiente, se o pessoal interno não estiver convencido e motivado para contribuir de forma positiva na questão ambiental? (DONAIRE, 2009, p.102).
 Daí a importância dos profissionais de RH, junto a outras áreas da empresa, fomentarem atividades que façam os colaboradorespensarem na importância do tema para a empresa e para a sociedade.
 Conforme Lima (2011) diz: 
Para que as empresas obtenham o compromisso dos empregados com a gestão ambiental é necessário que ela disponibilize, além de recursos e equipamentos de controle ambiental, conhecimentos básicos sobre meio ambiente e gestão ambiental, auxiliando-os na identificação e controle das principais fontes geradoras de impactos ambientais da sua atividade.
 
 Diante disso, percebe-se que uma das estratégias desses profissionais é treinar seus colaboradores e lideranças, no que diz respeito à conscientização e sensibilização das questões ambientais. Desenvolvendo assim, as competências necessárias para lidar com demandas da empresa e da sociedade. Chiavenato (2010, p. 52) enfatiza ainda que, “gerir talento humano está se tornando indispensável para o sucesso das organizações. Ter pessoas não significa necessariamente ter talentos.” É preciso desenvolver e envolver essas pessoas.
Valle, (2011, p 35) diz que a educação ambiental dos colaboradores da organização deve eliminar a ideia errônea de que a solução de problemas ambientais compete tão somente às chefias ou aos setores de meio ambiente da organização. Nota-se que de fato não é. É um problema que envolve todos os setores da sociedade. Esta visão corrobora o que afirma a CF/88, art. 225, caput, que trata da Ordem Social, “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para às presentes e futuras gerações”.
Uma empresa com quer crescer e ser bem vista no mercado, deve levar este tema a sério, pois segundo Ribeiro Neto (2008), as normas de sistema de gestão integram-se fortemente à economia mundial. Neste contexto, faz-se necessário salientar, que uma empresa bem vista, se torna mais competitiva, agrega valor ao seu produto, faz com que se torne referência, traz valores positivos, assim gerando relacionamentos mais duradouros com consumidores e seus colaboradores, impactando em imagem e vendas, trazendo mais lucro para a empresa.
 
Conclusão
Diante do que foi pesquisado, conclui-se que deve haver uma relação bastante sólida entre a empresa e sua gestão ambiental. De fato, isto facilita, e muito, o trabalho dos gestores de RH na hora de repassar as orientações sobre os temas elencados ao longo do artigo. Percebe-se ainda uma grande falha na capacitação desses profissionais, tendo em vista que muitas empresas ainda não perceberam o quanto o tema é importante e o quanto de benefícios para sua organização, colaboradores e sociedade, ele traz. A importância desse profissional ultrapassa as barreiras da complexidade humana, no que tange a vida laboral, haja vista que sua existência se deve a isso. Também se faz necessário considerar a área de recursos humanos como ponto estratégico e essencial para que ocorra o engajamento e motivação da organização nas questões relativas ao meio ambiente. 
Profissionais de recursos humanos bem orientados e envolvidos tem papel fundamental na internalização dos conceitos éticos, sociais e comportamentais dos seus colaboradores, focando também nas suas qualidades individuais e coletivas. E para que essa cultura de responsabilidade ambiental seja incorporada pela organização, como um todo, é necessário que os horizontes sejam ampliados, implicando que uma nova cultura seja estabelecida e difundida entre os envolvidos.
Conclui-se, portanto que a preocupação com o meio ambiente é algo que veio para ficar. Cada vez mais pessoas estão engajadas, buscando um modo melhor e mais simples de viver. O consumo desenfreado ainda existe, mas tempos turbulentos, trazem novas perspectivas sobre os acontecimentos. Dito isso, faz-se necessário que as empresas invistam em seus profissionais, tornando-os cada vez mais competentes para lidar com essas questões, através da educação corporativa, orientando-os para que absorvam essas tendências e busquem se aprimorar mais, adquirindo mais e mais conhecimento. 
Dessa forma tem-se uma sociedade mais justa e mais consciente e, principalmente sensibilizada com as questões ambientais. Nota-se que um indivíduo consciente dissemina a informação, orientando e ampliando os horizontes de outras pessoas. A educação ambiental não é exclusividade de crianças e adolescentes. Neste caso, percebe-se que as empresas tem um grande dever para com a sociedade, que é engajar seus colaboradores nas questões ambientais e de sustentabilidade. Tornando-os também agentes de transformação.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações – 3ª Ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
Constituição Federal de 1988. Disponivel em http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-constituicao-federal-de-1988-e-a-protecao-ao-meio-ambiente-equilibrado,50695.html. Acesso em 24 de Março de 2017. 00:20:31
DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. São Paulo: Atlas, 2009.
KOTLER, P. et al. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
LIMA, José Lindomar Alves. A Educação Ambiental e a Gestão dos Recursos Humanos na Gestão Ambiental. Disponível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/gestao/artigos/a_educacao_ambiental_e_a_gestao_dos_recursos_humanos_na_gestao_ambiental.html.> Acesso em 25 de Março de 2017. 09:30:30
RIBEIRO NETO, João Batista M. & TAVARES, José da Cunha & HOFFMANN, Silvana Carvalho. Sistema de Gestão Integrado: qualidade, meio ambiente, responsabilidade social, segurança e saúde no trabalho – 3ª Ed. São Paulo: editora Senac, 2008.
TACHIZAWA, Takeshy. Gestão ambiental e responsabilidade social coorporativa: estratégias de negócios focadas na realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2004.
VALLE, Cyro Eyer do. Qualidade Ambiental: ISSO 14000. São Paulo: Editora Senac, 2011.

Outros materiais