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CENTRAIS SINDICAIS
As Centrais Sindicais criadas pela lei 11.648/08, são uma associação de sindicatos de federações e confederações de sindicatos. Possuindo dois principais objetivos dessa lei repartir o bolo sindical para as centrais e criar uma cláusula de barreira para coibir a explosão de centrais sindicais, no qual ocorria antes de 2008, bastava se associar a sindicatos, federações e conferações.
Consideram-se Central Sindical, a entidade associativa composta por organizações sindicais de trabalhadores. É sabido que o bolo sindical depois da criação da lei 11.648/08 está distribuído da seguinte forma, dividida em 60 % para o sindicato, 15 % para federação do qual esse sindicato seja afiliado, 5 % para conferação da qual essa federação seja afiliada, 10% da central sindical que estes estejam fazendo parte, 10 % para conta especial do salário emprego, ou seja ganhar uma parte do bolo sindical.
E a cláusula de barreira, uma necessidade de ter uma certa quantidade de sindicatos para se criar uma central sindical. Com a lei no seu artigo 2°, inciso I, necessita 100 organizações para formar uma central distribuídas em 5 regiões do País. Em regra, ficou complexo para se criar uma central, a fim de proteger a distribuição daquelas que já existiam e que já obedeciam esse regulamento.
A estrutura sindical brasileira, previsto no seu artigo 8° da Constituição Federal. Dentro da estrutura sindical brasileira como órgão representativo de primeiro grau os sindicatos, que fazem parte no pé da pirâmide, depois a entidades de grau superior, começando pelas federações que necessitam de pelos menos 5 sindicatos para formar uma federação e após teremos a conferação, que precisam de pelos menos 3 federações para criarmos uma conferação.
Por força de lei as centrais sindicais como integrantes do sistema sindical brasileira, com a necessidade de 100 sindicatos para criação de uma central sindical ou para dar validade a uma central sindical pré-existente. Hoje não podemos dizer que apenas os sindicatos, federação, conferaçao representam o sistema sindical, fazem parte também as centrais sindicais.
Não possuem natureza sindical, pois não fazem parte do sistema confederativo que é vertical, visto que as centrais sindicais surgiram para horizontalizar a estrutura rígida da organização sindical. Dessa forma, quase todas as entidades sindicais estão filiadas a uma das cinco centrais sindicais existentes, sendo observado seus regramentos. As centrais sindicais em sua 
receita orçamentariam provém principalmente da contribuição dos Sindicatos que a engloba.
 As centrais sindicais influenciam o sistema confederativo, induzindo a união entre as confederações dos trabalhadores, entre Sindicatos e entre federações. Cada central atua dentro de um grupo de trabalhadores ou em um determinado setor econômico do País, mas não se integra no sistema sindical. Podem impetrar Mandado de Segurança, mas não podem exigir greves, estabelecer Acordos Coletivos ou Convenções, juízo arbitral ou representação dativa em Dissidio Coletivo.
E o sindicalismo autônomo resultante da abertura política, conferiu uma diferente relação entre o Estado e os Sindicatos, são frutos desse movimento as centrais. A medida de exemplo a CUT-Central Única dos Trabalhadores contra a intervenção do Estado; sobreveio, também a CGT – Central Geral dos Trabalhadores subdividida subsequentemente; temos, a Força Sindical e a USI -União Sindical Independente, dos comerciários. As ideias sindicais têm seu contexto a luta contra a ordem estabelecida, tendo caráter revolucionário, posicionamento na maioria das vezes contra a ideologia liberal.
A ideologia sindical nacional baseou-se em alguns partidos políticos, como Partido dos Trabalhadores, de grande difusão e aceitação no cenário político. Podemos citar também a grande participação da Força Sindical no Partido da Frente Liberal (PFL) e do PC do B, PFL, PSB na antiga CGT. O Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB) é o controlador central da mais nova associação -Social Democracia Sindical. Por esta razão, os governos procuram sempre ouvir e atender às reivindicações dos partidos aliados às centrais sindicais, pelo papel de grande relevância que estas adquiriram na política nacional.
As centrais sindicais Brasil, passaram a ter destaque no início da década de 80, com a criação da CUT. Surgindo após a realização da primeira Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), realizado na Praia Grande em 1981 com o objetivo de construir uma central dos trabalhadores brasileiros. Apesar disso, uma parte dos sindicalistas não tinha ciência sobre a necessidade de fundar a CUT naquele momento e foi instituída uma Comissão Pró-CUT, para fundar a central no congresso próximo.
Entretanto, devido as divergências na Comissão, entre o Bloco Combativo de São Bernardo e o Bloco de Reforma de São Paulo, o Conclat de 1982 não ocorreu, apenas no ano seguinte. Em 1983 foi realizado pelo movimento do 
Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, momento em que foi criada a CUT guiada pela autonomia e liberdade sindical.
Foi criada em 1986 a CGT- Central Geral dos Trabalhadores, buscava lutar contra a exploração do capital, a procura da paz, do progresso, democracia e independência nacional. É de suma importância destacar que esses movimentos deram origem as primeiras centrais sindicais, ocorreram antes da Constituição Federal de 1988 é um marco evidente no que tange a liberdade sindical.
No que tange aos sindicatos, a Constituição Federal de 1988 foi um marco histórico, pois sofriam intervenção do Estado, particularmente em relação ao regime político praticado e a carta Magna conservou o princípio da unicidade sindical, adotado no Brasil. Esse princípio é baseado no sistema sindical brasileiro, no qual é composto de sindicatos, as federações, e no topo as confederações.
No Brasil em 1964 a 1985 se encontrava no regime militar, onde não havia democracia, extinção dos direitos constitucionais, repressão, perseguição política, tortura e censura. Entretanto, no final da década de 1970 e meados de 1980, tem-se início ao processo de restruturação da sociedade. Nesse período
foi registrado a reorganização de muitos setores da sociedade civil, que aos poucos se apresentam e se manifestam publicamente, dando ensejo ao processo de redemocratização.
Então nesse contexto, profundas transformações políticas, econômicas e culturais, movidas pelos movimentos sindicais, surgindo o chamado novo Sindicalismo, com base da retomada do processo de mobilização da classe trabalhadora. Lutas liderada pelas direções sindicais adversa ao sindicalismo oficial corporativo, deram origem a Central Única dos Trabalhadores, tendo como resultado luta por décadas de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade pela criação de uma única entidade sindical brasileira que os representasse. 
Com o nascimento da CUT como organização sindical brasileira, um instrumento de luta e de representação da classe trabalhadora, pela universalização dos direitos, é afirmada com a participação ativa de vários setores e segmentos da sociedade, em especial para as mulheres, juventude, pessoas com deficiência física, saúde, combate à discriminação racial, idosos, entre outros. E tem garantido e ampliado a participação em conselhos, mesas 
de negociação e fóruns públicos, espaços que tem ocupado com contribuições decisivas.
 As centrais sindicais a elas são atribuídas a função de coordenar a representação dos trabalhadores e a participação de negociações, colegiados e órgãos públicos e demais espaços de dialogo social nos quais esteja em debate os interesses gerais dos trabalhadores. Para tanto, deverá cumprir os requisitos contidos no artigo 2° da CLT, incisos I, II, III.
Com a Constituição de 1988, o avanço foi significativo ao reconhecer a liberdade de organização sindical, mas ainda faltava o reconhecimento máximo da independência através da regulamentação das centrais sindicais. A regulamentação das centrais sindicais coincide com achegada da classe trabalhadora ao poder, dentro dos moldes democráticos. O primeiro evento significativo desta participação do jogo de poder, foi a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, ex-metalúrgico, para a Presidência da República. Agora, com as centrais sindicais reconhecidas, a classe trabalhadora brasileira participa de fato e de direito do poder constituído no País.
 As principais centrais sindicais em atuação no Brasil são: a CUT-Central Única dos trabalhadores; UGT-União Geral dos Trabalhadores; CTB-Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil; FS-Força Sindical; NCST-Nova Central Sindical dos Trabalhadores. Em suma, as Centrais Sindicais constituem uma entidade sindical ímpar, atuando e influenciando toda a pirâmide sindical 
que tem sobre si. Seu interesse é estratégico, de propor políticas e ações coletivas em benefício geral dos trabalhadores.
REFERÊNCIAS 
KALIL, Renan Bernardi. As entidades sindicais no ordenamento jurídico brasileiro. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 08 out. 2012. Disponível em: Acesso em: 08 out. 2017.
DELGADO, Maurício Godinho. Direito Coletivo do Trabalho. 3ª ed., São Paulo: LTr, 2008.

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