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Direito Civil
Saiba o senhor que o ordenamento civil obrigacional brasileiro não dispõe de norma específica reguladora do denominado adimplemento ruim.
O art. 422 de nosso Código Civil, porém, ao estabelecer as normas gerais sobre contratos dispõe: Os contraentes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé, estando ambos ligados à concepção da relação obrigacional como processo. - Assim sendo, Seu Raimundo, caso o senhor não cumpra com sua obrigação, ou seja, pague o aluguel em atraso, vou usar meu direito potestativo e colocá-lo em sujeição! Estas foram as palavras de Maria Clarisse para Raimundo Nonato, locatário de um imóvel de sua propriedade, ao saber que ele havia dado uma grande festa para comemorar o aniversário da esposa, mas estava com o aluguel atrasado há quase dois meses e alegava dificuldades financeiras insuperáveis para justificar o atraso. Sem entender muito bem o significado das palavras de sua senhoria, Raimundo procura você, seu advogado, e faz as seguintes perguntas:
A que se pode associar a concepção da relação obrigacional como um processo?
Ao contrato social, aos comportamentos sociais típicos, à visão organica total da obrigação e à existência de deveres de conduta durante e mesmo depois de cumprido o dever principal, resultantes do princípio da boa-fé objetiva.
Que significa esse tal direito potestativo da Dona Maria Clarisse?
Prerrogativa jurídica de impor a outrem, unilateralmente, a sujeição ao seu exercício. O Direito Potestativo atua na esfera jurídica de outrem, sem que este tenha algum dever a cumprir.
Por que a obrigação não se confunde com sujeição ?
A obrigação não se confunde com sujeição. A sujeição tem o significado de obediência. Ex. um direito potestativo (que significa a impossibilidade de uma pessoa em não cumprir um determinado comando): a existência de um prédio encravado e o direito de o proprietário desse bem obter uma passagem forçada (art. 1.285 CCv), o direito de o locador despejar o locatário (arts. 59 e 60 da Lei 8.245/91). Portanto, nos exemplos dados (direitos potestativos), há a sujeição e não a obrigação daquele que se encontra na situação passiva. Aí vem a diferenciação da obrigação, pois ela caracteriza-se e diferencia-se diante do fato de uma determinada pessoa se encontrar obrigada a realizar uma certa conduta no interesse de outra, denominada prestação (determinada no negócio jurídico). A obrigação é um efeito jurídico e como tal sempre possui um fato que lhe dá origem. Dos fatos jurídicos nascem as obrigações. Daí, do fato, a fonte da obrigação
COMO SE DÁ O PROCEDIMENTO PARA A CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL?
Encontramos nos parágrafos do artigo 890 do Código de Processo Civil o disciplinamento do procedimento de consignação em pagamento, isto é, uma modalidade específica de depósito bancário envolvendo determinada soma em dinheiro para que o devedor procure se libertar do vínculo jurídico que o associa ao credor. Trata-se, pois, de um modo alternativo e facultativo de solução de conflitos o qual desafoga o judiciário, vale dizer, de utilização não obrigatória e que prescinde da intervenção judicial.
Para a realização da consignação extrajudicial, também conhecida popularmente por consignação bancária, devem coexistir os seguintes requisitos: A consignação extrajudicial só pode ocorrer quando o pagamento recair sobre dinheiro e independer de processo. Neste caso, o devedor deposita a quantia em estabelecimento bancário oficial (ou em estabelecimento particular, na ausência do oficial), em conta com correção monetária, cientificando o credor determinado que deverá ser maior, capaz e com endereço conhecido, por carta com aviso de recebimento, no prazo de 10 dias, para que ele possa manifestar sua recusa (art. 890, § 1º, Código de Processo Civil);
Quando o devedor contrai com o credor nova dívida, para extinguir e substituir a anterior, o negócio jurídico é denominado:
a) compensação.
b) transação.
c) novação.
d) cessão.
(A resposta certa é a letra C. Novação é a operação jurídica por meio qual uma obrigação nova substitui a obrigação originário, sendo que está se extingue).
Quanto à compensação pode-se afirmar, exceto:
a) Se duas ou mais pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se até onde se compensarem.
b) A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas ou não, e de coisas infungíveis.
c) O devedor só pode compensar com o credor o que este lhe dever, mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
d) Não haverá compensação, quando credor e devedor por mútuo acordo a excluírem.
A resposta certa é a letra B. A compensação se dá entre prestações líquidas e exigíveis, portanto, vencidas. Bens fungíveis são o seu objeto, ao contrário do que está nessa alternativa. 
A alternativa A está correta conforme art. 368/CC. 
A alternativa C está correta conforme art. 371/CC. 
A alternativa D está correta conforme art. 375/CC
Assinale a alternativa correta.
a) A transação interpreta-se restritivamente, e por ela se transmitem, declaram e reconhecem direitos.
b) A transação produz entre as partes o efeito de coisa julgada, e só se rescinde por dolo, violência, ou erro essencial quanto à pessoa ou coisa controversa.
c) A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas ou não, e de coisas infungíveis.
d) As dívidas fiscais da União, dos Estados e dos Municípios não podem ser objeto de compensação, mesmo nos casos de encontro entre a administração e o devedor, autorizados nas leis e regulamentos da Fazenda.
A resposta certa é a letra B. A transação, efetivamente, produz entre as partes efeito de coisa julgada (art. 849/CC).
A alternativa está errada porque a transação é ato meramente declaratório de direitos. Não se presta a transmitir e a reconhecer direitos (art.843/CC).
A alternativa está errada porque as dívidas, para ser compensáveis, devem estar vencidas e devem ser dívidas de coisas fungíveis (art. 369/CC).
E a alternativa está errada porque se houver lei ou regulamento autorizador, é possível, em tese, a compensação de dívida pública.
Quanto ao PAGAMENTO é falso afirmar que:
a) o terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar, sub-rogando-se nos direitos do credor.
b) qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.
c) considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, exceto se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.
d) o devedor, que paga, tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto lhe não for dada.
A resposta certa é a letra A. O terceiro não interessado que paga a dívida, não se sub-roga nos direitos do credor - prerrogativa reconhecida apenas ao terceiro juridicamente interessado (art. 346, III, do CC). Tem o terceiro não interessado apenas ação autônoma para receber o que pagou, amparada na tese do enriquecimento sem causa do devedor (que acabou não pagando a dívida) (art. 305 cc art. 884, ambos do CC).
A alternativa B está correta conforme art.304/CC.
A alternativa C está correta conforme art. 311/CC. 
A alternativa D está correta conforme art. 319/CC. 
Assinale a alternativa falsa, no que diz respeito à novação.
a) Dá-se novação quando o devedor contrai com o credor nova dívida, para extinguir e substituir a anterior.
b) Dá-se novação quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor.
c) Dá-se novação quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
d) A novação mantém os acessórios da dívida novada, independente de estipulação pelas partes.
A resposta certa é a letra D. A novação extingue a dívida antiga com os seus acessórios e garantias (art. 364/CC). Se as partes quiserem mantê-las, deverão renová-las na nova obrigação surgida(por exemplo, se a garantia da obrigação antiga fosse uma fiança, o fiador deveria assinar o instrumento onde está formalizada a nova obrigação - art. 366/CC). 
A alternativa A está correta conforme art.360, I, do CC.
A alternativa B está correta conforme art.360, II do CC.
A alternativa C está correta conforme art.360, III do CC.
Sobre dação em pagamento, assinale a alternativa falsa.
a) O credor pode consentir em receber coisa que não seja dinheiro, em substituição da prestação que lhe era devida.
b) Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de arrendamento mercantil.
c) Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
d) Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada.
A resposta certa é a letra B. O arrendamento mercantil, ou leasing é o contrato pelo qual o arrendatário recebe determinado bem infungível para usar, pagando ao arrendante um aluguel, com opção de compra no final, por um valor residual desde o início estipulado. Não tem nada, absolutamente nada, em comum com a dação em pagamento.
A alternativa A está correta conforme art. 356, do CC.
A alternativa C está correta conforme art.358, do CC.
A alternativa D está correta conforme art.359, do CC
Cristiane deve a Suzana o equivalente a R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Avençaram que o pagamento deva ser realizado em 24 de julho deste ano. Próximo à data de vencimento da dívida, João, pai de Cristiane, descobre a dívida da filha e sabendo que esta não terá condições de pagar, dirige-se à credora, sua amiga há anos e oferece os vinte mil reais. Suzana, embora amiga de João informa não poder receber o pagamento uma vez que ele não faz parte da relação jurídica e, por isso, não poderia lhe dar a quitação. Suzana tem razão? Justifique sua resposta.
Embora João não seja parte da relação jurídica em nosso ordenamento se admite adimplemento das partes por terceira pessoa. No caso, João é terceiro não interessado porque o seu patrimônio não será afetado em ocorrendo o inadimplemento da obrigação com tudo por um sentimento auto-istruistico assumiu a obrigação da filha.
Ante a recusa da credora em receber a prestação de João ele ou a devedora poderão depositar a quantia em juízo por meio da ação de consignação em pagamento para exonerar-se dos efeitos da mora.
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A mitigação do pacta sunt servanda pelo novo Código Civil permite que o juiz imponha ao credor a dação em pagamento, conforme as circunstâncias do caso concreto.
Errado. Porque a dação em pagamento decorre das vontades das partes e não pode ser imposta pelo juiz.
Lucas e Luciano são irmãos. Lucas passa por sérios problemas financeiros. Visando ajudá-lo Luciano empresta-lhe em contrato de mútuo gratuito o equivalente a R$ 40.000,00 a serem pagos no prazo de um ano. Na data do vencimento, Lucas entrega ao irmão a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e recebe quitação dívida no valor de quarenta mil reais. Lucas fica com dúvida se seu irmão errou no preenchimento do recebo e se ainda deve alguma coisa, por isso, procura-lhe para orientá-lo. Que modalidade(s) de pagamento(s) pode(m) ser identificada(s) nesta hipótese? Justifique sua resposta indicando se Lucas obteve ou não quitação da dívida.
R: Aparentemente não há equivoco no preenchimento do recibo operando-se a remissão da dívida (perdão). Há caso tenha se equivocado o credor ao preencher o recibo o negócio poderá ser anulado pelo erro, bem como se houver induzimento ao erro pelo devedor (dolo).
Assinale a opção correta de acordo com o Código Civil brasileiro.
a) A sub-rogação objetiva ou real ocorre pela substituição de uma das partes, sem a extinção do vínculo obrigacional.
b) Caso o sub-rogado não consiga receber a importância devida, ele poderá cobrá-la do credor original.
c) Aplica-se à dação em pagamento o regime jurídico dos vícios redibitórios.
d) Opera-se novação quando o devedor oferece nova garantia ao credor.
A consignação em pagamento tem lugar se:
I. o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II. o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III. o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV. ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V. pender litígio sobre o objeto do pagamento;
Baseando-se nas assertivas acima, é CORRETO afirmar:
a) As assertivas I, III, IV e V estão corretas e a assertiva II está errada.
b) As assertivas III, IV e V estão corretas e as assertivas I e II estão erradas.
c) Apenas a assertiva I está incorreta.
d) Todas as assertivas estão corretas. (art. 355 CC)
José entabulou com Paulo dois negócios distintos, em razão dos quais se obrigou a pagar a este as quantias de R$ 1.000,00 e de R$ 500,00, sendo a primeira dívida onerada pela fixação de juros moratórios, e a segunda, apenas pelo estabelecimento de multa. Vencidas as dívidas, José, que só dispunha de R$ 600,00, propôs pagar parte do capital da primeira dívida, já que esta era a mais onerosa. Encontrou, no entanto, resistência de Paulo. Com base na situação hipotética acima descrita, mesmo que Paulo tivesse aceito o pagamento parcial do capital da dívida mais onerosa, tal transação seria nula por ir de encontro à disposição legal que determina a obrigatoriedade da quitação dos juros em primeiro lugar. Certo ou errado? Justifique sua resposta.
Reposta: Errado, conforme art. 354, CC, que prevê a possibilidade de se imputar primeiro no principal.
À luz do Código Civil, assinale a assertiva INCORRETA:
a) A compensação é um modo de extinção da obrigação.
b) O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada.
c) A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis; no entanto, em qualquer caso, as coisas fungíveis objeto das duas prestações não se compensarão, quando se verificar que diferem na qualidade.
d) Salvo nos casos taxativamente previstos, a diferença de causa nas dívidas não impede a compensação.
Resposta: Letra C conforme arts. 369 e 370 CC.
O credor, ao emitir recibo, dando plena, geral e irrevogável quitação do valor devido, renuncia ao direito de receber os encargos decorrentes da mora. Assim, comprovado o pagamento, por meio do recibo de quitação referente ao capital, sem qualquer ressalva quanto aos juros, presume-se extinto o débito e exonera-se o devedor da obrigação. Certo ou errado? Justifique sua resposta.
Resposta: Correto. Ver art. 323, CC.
José entabulou com Paulo dois negócios distintos, em razão dos quais se obrigou a pagar a este as quantias de R$ 1.000,00 e de R$ 500,00, sendo a primeira dívida onerada pela fixação de juros moratórios, e a segunda, apenas pelo estabelecimento de multa. Vencidas as dívidas, José, que só dispunha de R$ 600,00, propôs pagar parte do capital da primeira dívida, já que esta era a mais onerosa. Encontrou, no entanto, resistência de Paulo. Com base na situação hipotética acima descrita, mesmo que Paulo tivesse aceito o pagamento parcial do capital da dívida mais onerosa, tal transação seria nula por ir de encontro à disposição legal que determina a obrigatoriedade da quitação dos juros em primeiro lugar. Certo ou errado? Justifique sua resposta.
Reposta: Errado, conforme art. 354, CC, que prevê a possibilidade de se imputar primeiro no principal.
Analise os itens abaixo, assinalando em seguida a alternativa correta.
I O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que menos valiosa.
II A novação por substituição do devedor (expromissão) somente pode ser efetuada com o seu consentimento.
III As dívidas alimentares podem ser objeto de transação, extinguindo-se a execução de alimentos.
IV A remissão concedidaa um do codevedores extingue a dívida na parte a ele correspondente.
a) As assertivas II e IV estão corretas.
b) As assertivas I, II e III estão corretas.
c) As assertivas I, III e IV estão corretas.
d) As assertivas III e IV estão corretas.
Resposta: Letra C conforme arts. 313, 841 e 388, CC.

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