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Resumo Processo Penal1

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NOTITIA CRIMINIS
				CONCEITO: A notícia do crime é o conhecimento, espontâneo ou provocado, pela autoridade policial de um fato aparentemente criminoso.
				É espontânea aquela em que o conhecimento da infração penal pelo destinatário (autoridade policial) da notitia criminis ocorre direta e imediatamente por força de sua atividade funcional, (cognição imediata) como nos casos de corpo de delito, comunicação de um funcionário subalterno, pelos meios de comunicação, etc...
				É provocada quando a notícia do crime chega ao destinatário (autoridade policial), pelas diversas formas previstas na legislação processual penal, consubstanciando-se num ato jurídico como a comunicação da vítima ou do ofendido (delatio criminis), comunicação de qualquer do povo, por escrito ou verbalmente (notitia criminis simples), comunicação anônima (notitia criminis inqualificada) .
				A Notitia Criminis, é obrigatória, ao Juiz (art. 40 CPP), a quem quer que esteja no exercício da função pública (art. 66, I, LCP), aos médicos e profissões sanitárias ( art. 66, II, LCP), ao síndico da falência (arts. 104 e 105 da Lei de Falências), etc...
				INQUÉRITO POLICIAL (arts.4º a 23 CPP)
				CONCEITO: Peça investigatória destinada a colher elementos a respeito do fato delituoso e sua autoria que sirvam de base `a ação penal. É o conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária, visando a apuração de uma infração penal e sua autoria, para possibilitar que o titular da ação penal ingresse em Juízo, pedindo a aplicação da Lei Penal em concreto.
				NATUREZA JURÍDICA: - Peça investigatória, escrita, inquisitória e sigilosa, preparatória da ação penal. É considerada por alguns autores como uma Instrução Provisória.
				O INQUÉRITO POLICIAL, será instaurado sempre que houver PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO, ou por PORTARIA da autoridade policial. Nas seguintes hipóteses:
Mediante Simples Notitia Criminis;
Requerimento da vítima ou ofendido (Delatio Criminis); 
Requisição do Ministro da Justiça (Trata-se de condição suspensiva de procedibilidade por razões de ordem política nos crimes praticados contra a honra do Presidente da República ou Chefes de Governos estrangeiros, dentre outros);
Requisição do Ministério Público ou do Juiz.
ESPÉCIES DE INQUÉRITO
Os inquéritos podem ter forma de:
INQUÉRITO POLICIAL , aquele destinado a apurar crimes comuns realizados através da delegacia de polícia civil.
INQUÉRITO CIVIL, aquele destinado a colher elementos para a propositura da ação civil pública, realizado pelo próprio membro do Ministério Público.
INQUÉRITO JUDICIAL OU FALIMENTAR , aquele destinado a apurar crimes falimentares, realizado por ordem judicial.(admite contraditório )
INQUÉRITO POLICIAL MILITAR, aquele destinado a apurar as infrações praticadas por policiais militares, realizado nos termos do Código de Processo Penal Militar.
INQUÉRITO ADMINISTRATIVO, aquele praticado pela autoridade administrativa para apuração de faltas graves do funcionário público. (admite contraditório)
AÇÃO PENAL
Conceito: “É um direito público subjetivo, abstrato e autônomo de pedir a aplicação do direito penal positivo ao caso concreto”.
É direito público subjetivo, por que pode ser exercido ou não pela parte;
É direito abstrato, ou seja, pré-processual, (admissão ou não da infração).
É direito autônomo, ou seja, um instrumento de aplicação do direito penal.
Condições da Ação:
São os requisitos necessários para o julgamento do mérito do pedido.
Condições genéricas da Ação
Possibilidade Jurídica do Pedido – Diz respeito a tipicidade do fato. O pedido deve encontrar proteção no direito positivo, deve haver previsão legal.
Ex: Incesto que não é crime.
			Legítimo Direito de Agir - Ninguém poderá provocar a atuação do ESTADO, se não tiver interesse legítimo na punição.
Ex: Inquérito em delito prescrito. 
			Legitimidade para agir – “ad causam”- Refere-se à titularidade da ação, pois só o seu titular poderá intentá-la.
Ex: Denúncia em ação privada.
			Condições Específicas da Ação
			São as chamadas condições de procedibilidade.
Ex: Representação, Denúncia, queixa-crime, etc...
			Princípios informadores da Ação Penal incondicionada
Legalidade ou Obrigatoriedade, presentes os elementos que autorizam a propositura da Ação penal, o M.P., não poderá desistir, transigir, ou fazer acordo, para encerramento da mesma.
Indisponibilidade, desde que proposta a ação penal, o MP, não poderá desistir, transigir ou fazer acordo, para encerramento da mesma.
Oficialidade, significa que a ação penal pública é de iniciativa do MP e se desenvolve por impulso oficial.
			Princípios informadores da Ação Penal Privada.
			a)	Oportunidade, cabe ao ofendido ou seu representante legal a faculdade de exercer ou não o direito de ação. 
			b)	Disponibilidade, mesmo que proposta a ação penal, o querelante poderá desistir, renunciar ou conceder o perdão ao querelado.
			c)	Indivisibilidade, a queixa-crime deverá ser proposta contra todos os que participaram da infração penal, não podendo haver exclusão de ninguém.
* Cabe ao Ministério Público zelar pela indivisibilidade da ação penal de iniciativa privada.
			CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES PENAIS
			Critério SUBJETIVO:
			Considerando-se o sujeito ou titular do direito de ação;
						AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA, promovida pelo MP, através da denúncia, bastando para seu oferecimento, indícios de autoria e comprovada materialidade.
* Em regra, o autor do crime será processado e punido através de ação penal de iniciativa pública, e as exceções são previstas pela Lei.
Incondicionadas, também chamadas de principal, quando o MP, deverá proceder independentemente de provocação da parte.
Condicionadas, também chamadas de secundária, que dependem de representação do ofendido ou de seu representante legal, ou ainda, de requisição Ministerial, quando se tratar de crime contra a honra de chefe de governo estrangeiro ou de crime de calúnia ou difamação contra o Presidente de República.
			AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA, promovida por iniciativa do ofendido ou de seu representante legal através que Queixa-crime (Querela).
Principal ou simples, quando somente o ofendido ou seu representante legal podem exerce-la (C.P. art. 138 – Calúnia, art, 139 – difamação e art. 140 – Injúria).
Personalíssima, nos crimes de adultério (art. 240 CP) e induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento de casamento (art. 236 CP).
Subsidiária, ação a ser intentada pelo ofendido ou seu representante legal, quando houver inércia do MP, na propositura da ação pública ( Art. 100 § 3.º CPP)
Renúncia, ato unilateral que ocorre antes da apresentação da Queixa-crime, pode correr de forma expressa, quando houver declaração inequívoca, assinada pelo titular do direito de ação e tácita quando houver prática de ato incompatível com o direito de queixa. A renúncia é indivisível.
*Depois de iniciada a ação penal de iniciativa privada, somente correrá: 
-	A desistência, que é ato unilateral, poderá ser: expressa, quando há manifestação inequívoca do autor da ação penal, por escrito e tácita, quando o querelante der causa por perempção a extinção do feito.
Perempção, é a inércia do ofendido ou de seu representante legal no processo (CPP. art. 60).
Perdão, é ato bilateral, pelo qual, após iniciada a ação penal privada, o ofendido declara não Ter interesse em continuar com o feito, dependendo da aceitação do querelado.
A aceitação pode ser expressa ou tácita (3 dias/art.58 CPP)
Perempção – É o instituto próprio da ação penal privada e ocorre quando o querelante deixa de movimentar regularmente o processo. (art. 60 CPP)
É sanção reservada ao acusado particular, sendo assim, inaplicável ao M.P., nos delitos de ação penal pública.
Preclusão – É a inércia da parte, no desenrolar do processo.
Temporal – 
Lógica –
Consumativa –
Prescrição – É a perda que oEstado sofre no seu direito de punir em virtude do decurso do tempo. A prescrição não só põe fim ao processo, como também a pena.
Prescrição da pretensão. Punitiva
Prescrição da pretensão. Executória
* Prescrição retroativa, é determinada pelo tempo decorrido anteriormente à sentença condenatória recorrível, e pela pena concretizada, desde que a sentença fique irrecorrida para a acusação.
* Prescrição intercorrente, é posterior à sentença condenatória recorrível, sendo determinada pela pena concretizada.
-Da Jurisdição e da Competência (arts. 69 a 91) 
A Jurisdição é a atividade do Juiz, enquanto a Ação é a atividade da parte. “Canuto Mendes de Almeida”.
-Elementos da Jurisdição:
-NOTIO (Conhecimento) 
-VOCATIO (Chamamento)
-COERCIO (Coerção)
-JUDITIO (Julgamento)
-EXECUTIO (Execução)
-NOTIO (Conhecimento) é o poder de conhecer uma causa e decidi-la.
-VOCATIO (Chamamento) é o poder de fazer comparecer em juízo todo aquele cuja presença for necessária ao esclarecimento do caso “sub judice”, e de regular o andamento do processo.
-COERTIO (Coerção) consiste na possibilidade de aplicar medidas de coação processual para que haja respeito e garantia a função jurisdicional.
-JUDITIO (Julgamento) é o poder de julgar e pronunciar o direito ao caso concreto.
-EXECUTIO (Execução) é o poder de garantir o cumprimento da sentença, que no direito penal, é automática.
- Princípios da jurisdição:
Princípio do Juiz Natural (Constitucional)
Princípio da Investidura
Princípio da Imparcialidade do Juiz
Princípio da Indivisibilidade
Princípio da Improrrogabilidade
Princípio da Inevitabilidade (Irrecusabilidade)
Princípio da Relatividade
Princípio da Processualidade “Nulla poena sine juditio”
* Esses princípios são imprescindíveis à regularidade processual, sob pena de NULIDADE.
-Da Competência:
“A competência é a delimitação didática da jurisdição”. João Monteiro.
“A competência é o poder que tem o Juiz de exercer a sua jurisdição sobre certos negócios, certas pessoas, em certo lugar”. Walter P. Acosta
	Divisão Clássica:
Em razão do Lugar, é o critério mais indicado para o processo.
Principais Motivos: - Prevenção Geral, pois a pena, além de castigar o infrator, previne a prática de novo delito;
-Economia Processual facilitar a colheita de provas.
2- Em razão da Matéria, será determinada em função da matéria a ser apreciada:
- Leis de Org. Judiciária
- Júri popular - Constitucional 
3- Em razão da Pessoa, é ditada pela função que a pessoa exerce, o que lhe garante foro especial ou privilegiado. 
CRITÉRIOS ADOTADOS PELO NOSSO CPP
Da competência pelo lugar da Infração
Do Domicílio ou da Residência do Réu
Natureza da Infração 
Distribuição
Conexão ou Contingência
Conexão:
Duas ou mais infrações foram praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas, reunidas, ou umas contra as outras;
Quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares, influi na prova de outra infração.
Continência : 
Quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração (co-autoria) e no concurso formal, erro na execução (aberratio ictus) e no resultado diverso do pretendido (aberratio dilicti).
Prevenção:
Competência Por Prerrogativas de Função.
Disposições Especiais
Aplicação da Lei Penal Brasileira, para crimes praticados no exterior (art. 7º C.P)
Princípio Real, para os crimes cometidos contra bens jurídicos;
Princípio da Proteção Pessoal, para os crimes praticados contra certas pessoas;
Princípio da Justiça Universal ou Cosmopolita, tratados e Convenções.
Instrução Criminal
Crimes de Responsabilidade dos funcionários Públicos (art. 513 a 518).
Sentido Amplo – Crimes cometidos por funcionários públicos no exercício da função pública, abrangendo até mesmo crimes praticados pelo Presidente da República, Ministros, Governadores e Secretários, cujo processo e julgamento compete ao Congresso Nacional.
Sentido Comum – somente por funcionários públicos, no exercício da função.
Crimes Comuns, qualificados pela condição de funcionário público.
Rito Processual Próprio:
Oferecimento da denúncia ou queixa,
Nº de Testemunhas oito,
Autuação da Denuncia ou Queixa,
Notificação do Acusado para Audiência Prévia, 
Resposta por Escrito,
Prazo de 15 dias,
Permanência dos Autos em Cartório,
Despacho do Juiz recebimento/rejeição a acusação
Inexistência do Crime ou Improcedência,
Designação de data para interrogatório,
*São independentes as Responsabilidades Administrativas e Criminal.
DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS (art. 125 a 144) ou CAUTELARES, visam assegurar direitos do ofendido ou dos lesados pelo crime. Essas medidas destina-se a prevenir possível dano ou prejuízo que, certamente, poderão advir com a demora da solução definitiva da causa ou litígio.
Natureza Preventiva 
PRINCIPAIS MEDIDAS
O SEQÜESTRO (art.125), é a retenção de bens móveis ou imóveis havidos com proventos da infração, ainda que tenha sido transferidos à terceiros. (art.125 a 132).
* Bens apreendidos (PRODUTO DO CRIME)
 O seqüestro, pode ser decretado na fase policial ou judicial, de ofício, a requerimento das partes ou mediante representação da autoridade policial, sempre que houver indícios veemente da proveniência ilícita dos recursos de aquisição dos bens, MÓVEIS E IMÓVEIS.
DA HIPOTECA LEGAL, é direito real criado para assegurar a eficácia de um direito pessoal.
CONVENCIONAL, resultante de acordo entre credor e devedor.
JUDICIAL, quando determinada por sentença do Juiz, que manda inscrever no R.G. Imóveis.
LEGAL PROPRIAMENTE DITA, proveniente da própria lei, Ex: art. 827, VI do C.C.
* Não pode ser decretada na fase do inquérito policial.
DO ARRESTO, medida cautelar que recai sobre qualquer bem que garanta o pagamento da dívida.
Difere do seqüestro 
DO INCIDENTE DE FALSIDADE 
Somente pode ser levantados contra documentos e atos judiciais quando possam influir na decisão da causa.
Trata-se de incidente para apurar a falsidade de documento apresentado como prova. 
* Não tem a finalidade de provar o crime de falso documento.
 
A FALSIDADE, pode ser:
MATERIAL, quando recai sobre a coisa MATERIAL;
IDEOLÓGICA, quando recai sobre o conteúdo de documentos;
PESSOAL, quando se relaciona a identidade da pessoa
Da Restituição de Coisas Apreendidas (art. 118 a 124)
* Antes do trânsito em julgado não poderão ser restituídas, as coisas apreendidas que interessam ao processo.
* Efeito Secundário da Condenação/Perda em favor da União, ressalvados o Direito do Lesado ou do terceiro de Boa-Fé:
Dos instrumentos do crime (fato ilícito)
Do produto do crime
Art. 120
Ordenada para autoridade Policial ou Judicial Mediante Termo * Não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
Se houver dúvida autuar-se-á o pedido em apartado assinando-se 5 dias para prova. (Só judicial)
Também em poder de terceiro de Boa-Fé.
Será sempre ouvido o M.P.
Em caso de dúvida, o Juiz remeterá as partes ao Juízo Cível, ordenando o depósito da coisa.
Tratando-se coisa facilmente deteriorável, será avaliado e levado a leilão público, depositando-se o dinheiro apurado.
Artigo 122
Pressupostos para a restituição:
Certeza do direito
Falta de interesse na retenção da coisa para o processo
Do incidente de Insanidade Mental do Acusado (art. 149)
Crime = Fato Típico, Antijuridico e Culpável
A Culpabilidade pressupõe a responsabilidade do acusado.
É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era ao tempo da ação ou omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (art. 26 C.P.)
Havendo dúvida sobre a sanidade mental do acusado cabe Exame de Insanidade Mental, que deverá ser realizado por psiquiatra.
O Exameserá determinado pelo Juiz
Mediante representação da Autoridade Policial ou INQUÉRITO,
De ofício,
Requerimento do M.P.
Requerimento do defensor;
Requerimento do Curador,
Requerimento do Ascendente,
Requerimento do Descendente,
Requerimento do irmão ou do cônjuge do acusado.
Da prova
O processo tem por finalidade a apuração do fato criminoso e de sua autoria, para a respectiva sanção.
Conceito: 	“A prova é a soma dos fatos produtores de convicção do julgador dentro do processo”- Moacir Amaral dos Santos.
		“É o conjunto de elementos produzidos pelas partes, ou pelo próprio Juiz, visando estabelecer dentro do processo, a existência de certos fatos”- Fernando Tourinho Filho.
		“Provar é fornecer, no processo, o conhecimento de qualquer fato, adquirindo, para si e gerando noutrem a convicção da substância ou verdade do mesmo fato”- Eugênio Floriam.
Sentidos da Prova 
Sentido objetivo – São os meios de demonstrar a existência de um fato jurídico ou os meios destinados a fornecer ao julgador o conhecimento da verdade dos fatos deduzidos no processo.
Ex: Prova Testemunhal, documental, pericial, etc...
Sentido Subjetivo - É a convicção que se forma no espírito do julgador, quanto a verdade dos fatos.
O Juiz ou o Tribunal não pode julgar com base em meras conjecturas ou alegações.
Objeto da Prova
A Prova Judiciária tem como objeto a comprovação dos Fatos Controvertidos
Toda pretensão tem por fundamento um fato e é este fato, que constitui o objeto da prova.
O fato alcança coisas, lugares, pessoas e até mesmo documentos
A Função da Prova.
A função da prova é formar a convicção do julgador sobre a veracidade ou não dos fatos alegados pelas partes.
Primeiro cria a certeza, que, tornada inabalável pela exclusão de todos os motivos contrários, faz-se convicção.
O Destinatário da Prova.
Direto - O Julgador, pois objetiva formar-lhe a convicção
Indireto – As partes, reciprocamente, que devem ser convencidas, a fim de acolher como justa a decisão.
Classificação da Prova.
Três Critérios
1º - Quanto ao objeto:
Direta – tem por objetivo o próprio fato.
		A Escritura pública é prova do contrato, a confissão de dívida prova direta do reconhecimento de um débito, a testemunha “de visu”.
Indireta, é aquela que resulta de algum fato, relacionado com o fato principal, que da existência daquele, chega-se à certeza do fato principal. A testemunha que “ouviu dizer”. A presunção.
2º - Quanto ao Sujeito:
Pessoal, o depoimento de uma testemunha.
Real, quando resulta de uma confirmação, vistoria, perícia, etc...
3º - Quanto a forma:
É o modo como vai ser produzida a prova, testemunhal, documental, material.
Testemunhal, é a atestação dos fatos por uma ou mais pessoas capazes.
É a afirmação pessoal oral.
Documental, é todo e qualquer escrito demonstrativo da existência de um fato, toda afirmação escrita ou gravada.
Material, é todo fenômeno físico comprovado do ato principal. O exame pericial, os instrumentos do crime.
 
Princípios Gerais da Prova.
Princípio da Auto-Responsabilidade das Partes, relacionado com o ônus da prova, cabendo a cada parte promover os atos que intenderem necessários;
Princípio da Comunhão da Prova, pelo qual toda prova produzida, tem um interesse comum.
 Princípio da Oralidade.
- Imediatidade e
- Concentração
Princípio da Publicidade
Princípio do Livre Convencimento
		
Presunção e Indício
Dependem	- Indício é o fato conhecido ou indicativo
de 		- Presunção é o fato indicado 
raciocínio	- Ex: A embriaguez é indício de periculosidade
- A embriaguez – fato indicativo – o indício
- A periculosidade a presunção (Hélio Tornaghi)
Em direito são admitidas todas as provas produzidas por meios lícitos.
Não são admitidas provas ilícitas ou ilegítimas.
Prova Ilícita.
É aquela resultante de proibição de direito material
Ofensiva a Lei – (Vedação de Segredo profissional)
Ofensiva aos Costumes – (Revelação de Segredo)
Ofensiva à Boa-Fé – (Uso de gravador disfarçado)
Ofensiva à Moral – (Recompensa de Parceiro no Adultério)
Ofensiva ao Direito – ( Escuta Telefônica)
Prova Ilegítima
É aquela proibida por uma lei processual
Ex: 233 C.P.P. Cartas Interceptadas
Ônus da Prova
Ao Acusador, cabe provar:
. A tipicidade
. A Autoria, e 
. A Culpabilidade. 
Ao Acusado, cabe provar:
Os fatos extintos (Prescrição, decadência, perdão)
Os fatos Impeditivos (Causas de exclusão e culpabilidade)
Os Fatos Modificativos (Causas de Exclusão de Antijuridicidade)
Das Provas em Espécie 
Perícias (arts.158 a 184)
- A perícia é a prova destinada a levar ao Juiz elementos instrutórios sobre normas técnicas e sobre fatos que dependam de conhecimentos especiais.
- Exame de Corpo Delito, É o realizado no conjunto dos elementos sensíveis do fato delituoso.
Direto – Depende de Inspeção ocular.
Indireto – Quando se forma por depoimentos testemunhais.
Sistema de Apreciação da Prova Pericial
Vinculatório
Liberatório
- Interrogatório ( arts. 185 a 200)
É o ato pelo qual o juiz toma as declarações do acusado sobre sua pessoa, os fatos e as circunstâncias.
Características		- Judicialidade – Feito e destinado ao Juiz do feito
			- Personalíssimo – Só pode ser prestado pelo réu.
Confissão – É a admissão pelo acusado da veracidade dos fatos que lhe são imputados; tem valor relativo.
* O Interrogatório é meio de prova e de defesa.
- Depoimento da vítima ou do ofendido (art. 201) 
* As declarações do ofendido são meio de prova, embora não preste compromisso legal.
Direitos	1- Requerer Diligências (art. 14) 
das		2- Representar (art. 24) 
vítimas		3- Requerer Ação Privada (art. 30)
		4- Propor Ação Cível (art. 63)
		5- Requerer Seqüestro (art. 127)
		6- Requerer Arresto (art. 132)
		7- Requerer Hipoteca Legal (art. 134)
		8- Habilitar-se como Assistente (art. 268)
Inquirição de Testemunhas (arts. 202 a 225)
- Toda pessoa, em regra, tem obrigação de depor
As Testemunhas	1- Diretas
se Classificam		2- Indiretas
em:			3- Próprias
			4- Impróprias
			5- Informantes
			6- Referidas
			7- Numerárias *CONTRADITA
* Sistema Presidencial 
As partes se dirigem formulando perguntas através do juiz.
Recolhimento de pessoas e coisas (arts.226 a 228)
É um dos meios utilizados para se provar a autoria do delito
Formas	. Pessoal
. Fotográfico
		. Retrato Falado
Da Acareação (arts. 229 a 230)
- É o ato probatório pelo qual se confrontam pessoas que prestaram depoimentos divergentes.
- É um depoimento conjunto (José Frederico Marques)
Dos Documentos (arts. 231 a 238)
- São quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares que interessem como prova.
* Podem ser juntados em qualquer fase do processo, até mesmo após a sentença, se houver recurso.
 Dos Indícios (art. 239)
- São certas circunstâncias que nos permitem chegar à verificação da existência de um fato. 
* Tem valor relativo, em face do princípio do livre convencimento motivado.
 Da Busca e Apreensão (art.240 a 250)
É uma diligência que se faz em determinado lugar com o fim de aí encontrar-se a pessoa ou coisa que se procura.
Espécies – Pessoal
	- Domiciliar (só com Mandado Judicial)
Dos Sujeitos da Relação Processual
São aquelas pessoas entre as quais se institui, se desenvolve e se completa a relação jurídico-processual (Magalhães Noronha)
Principais Sujeitos,
- O Juiz (251 a 256)
- O Acusador ( 257 a 258)
- O Acusado ( 259 a 267)
O Juiz não é parte na acepção técnica da palavra, pois, não contende na lide, não tem interesse de fazer prevalecer seu direito.
É parte isenta, ocupando o vértice do triângulo processual.
O Juiz deve ter capacidade: objetiva e subjetiva
Parte, no sentido Processual, é aquele sujeito que deduz uma pretensão ou aquele contra quem é deduzida.Capacidade de ser parte e capacidade postulatória.
 O Acusador é sempre o autor da Ação Penal.
O Acusado, é sempre o réu.
Sujeitos Auxiliares
- Escrivães
- Oficiais de Justiça
- Contadores
- Peritos e Intérpretes
	- Depositários	
- Escreventes
 - Agentes de Polícia Judiciária
Do Ministério Público
- Instituição permanente, essencial à formação jurisdicional do estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indispensáveis.
- Exerce função de parte e de fiscal.
Princípios institucionais
	- Unidade
- Indivisibilidade
- Independência Funcional.
Funções Institucionais
- Promover privativamente a Ação Penal de Iniciativa Pública; 
- Zelar pelos poderes públicos;
- Promover O inquérito Civil e a Ação Civil Pública;
- Promover Ação de Inconstitucionalidade;
- Representação para interpretação das leis ou Ato Normativo;
- Representar visando intervenção da União e dos estados, nos casos previstos na C.F.
- Defender juridicamente os direitos e interesses dos indígenas;
- Requisitar informações
- Do Acusado
- Sujeito passivo da Pretensão Punitiva.
- Somente Pessoa Física maior de 18 anos.
- Do Defensor
- Constituído
- Dativo
- Em Causa Própria
- Curador
- Do Assistente de Acusação
É o ofendido pelo crime, que, tendo interesse, se habilita no processo crime, como auxiliar da Acusação. 
- Depois da Denúncia Recebida até o trânsito em julgado da Sentença, para o M.P., 
- Só deverá recorrer, se o M.P. não o fizer.
- Dos funcionários da Justiça (art. 274)
- Serventuários	
- Dos Peritos e Intérpretes ( arts. 275 a281)
- Da Prisão e da Liberdade Provisória (arts. 282 a 350)
- Da Prisão
Conceito: é a supressão da liberdade individual, mediante recolhimento a estabelecimento próprio
- Prisões Legais 
- Em flagrante
- Por ordem escrita
- Da autoridade judicial
- Prisão Processual ( Sem Pena )
- Flagrante
- Preventiva
- Pronúncia
- Provisória
- Prisão por Pena
- Decorrente de Sentença Judicial 
. Em Flagrante
. Preventiva
. Civil
. Administrativa
. Albergue
. Domiciliar
. Especial
. Cautelar (temporária, para averiguações)
- Da Prisão em Flagrante
- É a certeza visual do crime (Rafael Magalhães)
Espécies 1. Qtº ao Estado 1- Próprio
 de de Flagrância 2- Quase-Flagrante
Flagrante 3- Impróprio
 4- Presumido
		 2. Qtº a sua		- Investigatório 
		Natureza
		3. Qtº ao Critério 	-Preparado 
		de Punibilidade	- Provocado
					- Forjado
		4. Qtº a Obriga-	- Compulsório
		toriedade.		- Facultativo
- Flagrante Próprio
- É surpreendido no momento da infração
- Flagrante ( Quase-Flagrante) 
- É surpreendido quando acaba de cometer a infração.
- Flagrante Impróprio
- É a perseguição do agente, logo após a prática do delito.
- Flagrante Presumido ou Ficto
- É aquele em que o agente é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas ou objetos que façam Presumir sua autoria.
* Logo após e logo depois
- Flagrante Preparado ou Esperado
- Há a intenção criminosa, deve ser punida a tentativa. 
- Flagrante Provocado
- Não há intenção criminosa, não deve ser punida a tentativa
- Flagrante Forjado
- Não há respaldo legal
- O agente que forjou deve ser punido por crime que cometeu (abuso de poder)
- Merece o repúdio social
- Da Prisão Preventiva
- É medida extrema, só devendo ser decretada quando realmente necessária de despacho fundamentado.
Requisitos	1- Prova de Materialidade;
		2- Indícios Suficientes da Autoria;
		3- Para garantia da Ordem Pública ;
		4- Para garantia da Ordem Econômica;
		5- Por Conveniência da Instrução Criminal;
		6- Para assegurar a aplicação da Lei Penal.
- Da Prisão Administrativa
- Da Prisão Civil
- É medida coercitiva destinada ao cumprimento de alguma obrigação,
Espécies	- Depositário Infiel
		- Devedor de alimentos 
- Na Ação de Depósito
	- Comerciante que se recusa a exibir livros
	- Falido que não cumpre seus deveres (Falência)
	- Síndico que não presta contas
- Prisão Albergue
- É o regime aberto que permite ao condenado continuar trabalhando durante o dia e só recolher-se à noite.
- Pressupostos Subjetivos	- Ausência de Periculosidade
				- Compatibilidade com o Regime
- Pressupostos Objetivos		- Obtenção de trabalho
				- Pena não superior a 4 anos
				- Se superior cumprimento de 1/6
				- Aceitação das condições
- Prisão domiciliar
- É o regime de cumprimento da pena na própria residência do condenado, se não houver Prisão Especial ou Prisão Albergue.
Casos		- Condenado maior de 70 anos
	- Condenado acometido de doença grave
	- Condenada com filho menor ou deficiente
	- Condenada gestante
- Prisão Temporária
É a decretada pela autoridade judiciária, quando for indispensável para as investigações policiais.
Requisitos	1- Não ter o acusado residência fixa ou não fornecer elementos para sua identificação
	2- Quando for imprescindível para as investigações
	3- Somente nos casos previstos em lei, se houver fundadas suspeitas de participação ou autoria 
Prazo	- 05 dias – Lei nº 7960, de 21/12/89	
- 30 dias – Lei nº 8072 de 25/07/90 (crimes hediondos)
- Da Liberdade Provisória
- Visa substituir a prisão provisória, assegurando a presença do acusado em juízo
- Tem previsão legal
- O relaxamento da prisão deverá ocorrer sempre que a prisão for ilegal
- A Liberdade Provisória impõe deveres e obrigações 
Liberdade	1- Obrigatória	- Com fiança (regra)
Provisória				- Sem fiança
	2- Permitida		1- Se houver alguma justificativa legal
2- Ausentes os requisitos da prisão preventiva
3- Quando couber fiança, mas o réu for pobre
	3- Vedada		1- Pena mínima superior a 2 anos (reclusão)
				2- Contravenções Vadiagem e Mendicância 
				3- Crimes Dolosos, se o réu já for condenado por outro crime doloso, com sentença transitada em julgado.
				4- Quando o réu for vadio
				5- Crimes Punidos com reclusão que provoquem clamor público ou cometidos c/ violência ou grave ameaça contra a pessoa
6- Aos que no mesmo processo tiverem quebrado a fiança anteriormente 
				7- Quando presentes os motivos da prisão preventiva
8- Prisão Disciplinar, administrativa ou militar 
				9- Aos que estiverem no gozo de liberdade condicional, salvo se processado por crime culposo que admita fiança
				10- Código Florestal
Fiança – É um direito subjetivo do acusado, que lhe permite, mediante caução e cumprimento de certas obrigações, conservar sua liberdade até a sentença condenatória irrecorrível ( Magalhães Noronha)
	É a regra, pois a maioria dos delitos a pena mínima é igual ou inferior a 2 anos.
Espécies - Depósito
	 - Hipoteca	
Fixação de fiança – Pelo Delegado – Crimes apenados com detenção e prisão simples ( art. 322)
		- Pelo Juiz – Crimes punidos com reclusão,
		- Crimes Punidos com detenção, nas infrações com economia popular e sonegação fiscal
Das Nulidades
Conceitos		- Vícios – que impedem um ato de existência legal,
		- Falhas – que afetam a validade jurídica do ato,
		- Defeitos – que tornam sem valor ou podem invalidar o ato ou o processo, no todo ou em parte
		- Sanção – através da qual se tornam inválidos os atos cumpridos sem as formalidades legais
Classificação	1- Quanto à forma		- substancial (essencial)	
das Nulidades	2- Quanto a finalidade	- Absoluta
						- Relativa
						- Irregularidade
		3- Quanto a Capaci-	- Absoluta (sanável 572 C.P.P 
		dade de Recuperação	e insanável 573 C.P.P.)
						- Relativa (sempre sanável)	
		4- Nosso Código	a) Absolutas	 - Quanto ao	 juízo
							 -Quanto às partes
							 - Quanto às formas
					b) Relativas – Todas as demais
Características	- Devem ser decretadas de ofício,
das nulidades	- Não convalescem
		- Podem ser invocadas a qualquer tempo 
		- As partes não podem dela dispor
		- Dizem respeito ao interesse público
		- Não firmam coisa julgada
		- Podem ser objeto de revisão criminal ou “habeas Corpus”
Características	- Não podem ser decretadas de ofício
das Nulidades	- Devem ser alegadas no tempo oportuno
Relativas		- Só por quem não lhe deu causa, e
		- Prepondera o interesse privado
As Nulidades Relativas, consideram-se sanadas:
- Pelo silêncio das partes,
- Pela consecução do ato, não obstante sua irregularidade
- Pela aceitação do ato
Princípio Geral – “Nenhuma nulidade ocorre, se não há prejuízo para a acusação ou para a defesa (art.563)
Outros Princípios – Nenhuma das partes poderá arguir nulidade que houver dado causa (art.565)
		- Não se pode invocar nulidade que só interessa à parte contrária (art. 565)
		- Não será declarada nulidade de ato processual, que não houver influído na apuração da verdade ou na decisão da causa (art. 566)
Dos Recursos
“É o meio pelo qual se procede o pedido de reexame de decisão proferida e, em regra, por um juízo superior”.
Fundamentos	- Razões Históricas
dos Recursos	- Necessidade Psicológica
		- Falibilidade Humana
Pressupostos Gerais 	- Lógico (Decisão)
			- Fundamental (Sucumbência)
Divisão dos		- Quanto à origem - Voluntário
Recursos		- Obrigatório 	- H.C. ( 574 CPP)	
- Absolvição ( art.711) 
- Reabilitação (art.746) ( Lei 1521/51 (art. 7º)
- Quanto as Fon-	- Constitucionais
		tes Informais	- Legais
					- Regimentais
Efeitos dos		Principais	- Devolutivo
Recursos				- Suspensivo
			Secundário	- Regressivos - Agravo
							 - Recurso em Sentido Estrito						- Extensivos - Beneficia o co-réu (art. 580) 
Extinção dos	- Falta de Preparo
Recursos		- Fuga do réu (art. 595)
			- Desistência
Recursos		- Habeas Corpus (art. 647) 
Privativos		- Protesto por novo juri (art. 607)
da Defesa	- Embargos infringentes e de nulidades (art. 609, parágrafo único) 10 dias 
			- Revisão (art. 621)
Princípio da Fungibilidade Recursal
			- Dúvida sobre o recurso cabível
			- Boa-fé
			- Tempestividade
Princípio de Peremptoriedade Recursal
Tipos de		- Recurso em sentido estrito (5 dias)
Recursos		- Apelação (5 dias) 
			- Embargos	- ao seqüestro (art. 129)
					- de declaração (2 dias)
			- Revisão
			- Recurso Extraordinário (10 dias)
			- Carta Testemunhável (2 dias)
			- Correição Parcial (5 dias)
			- Agravo (art. 197 L.E.P.) (5 dias)
			- Mandado de Segurança
			- Reclamação
- Do Recurso em Sentido Estrito
	- Cabível nos casos previstos em lei
	- (art. 581, I a XXIV)
Prazo 5 dias
- Da Apelação (art. 593)
	- Cabível contra as decisões definitivas.
Prazo 5 dias
Efeitos	- Devolutivo
		- Suspensivo
		- Extensivo
- Do Protesto por novo Júri
	- Recurso cabível da Decisão ao Júri, quando a pena imposta a um crime for superior ou igual a 20 anos.
Prazo 5 dias
Montante	- Concurso material não admite
da Pena	- Crime Continuado e concurso formal, admitem.
Características	- privativo do réu
do Protesto		- dirige-se ao próprio julgador (júri)
			- pena igual ou superior a 20 anos
			- invalida qualquer outro
- Pena pelo	- Não pode impor pena mais grave que a anterior
Novo Júri	- Pode impor pena mais grave, pois é outro julgamento.	 
- Dos Embargos
	- De Declaração – Quando houver obscuridade, omissão ou ambigüidade da sentença (art. 382) ou no Acórdão (art. 619) 
	- Infringentes e de Nulidade – Cabem contra decisão não unânime de 2ª Instância desfavorável ao réu (art. 609)
	- Embargos ao Seqüestro – Cabem nas hipóteses do art. 129 
Prazos
- Declaração – 2 dias (art. 382, 619)
- Infringentes e de Nulidade – 10 dias (art. 609)
- Ao Seqüestro 
Pressupostos dos			- Que a decisão seja de 2ª Instância		 
embargos Infringentes		- Seja desfavorável ao réu
				- Que haja voto vencido, favorável ao réu
- Da Revisão Criminal
- É o remédio cabível contra decisão transitada em julgado;
Natureza Jurídica	- Recurso Especial “Sui Generis” 
da Revisão		- Verdadeira Ação (Aproxima-se da Ação Rescisória)
 
Fundamento:
- A imutabilidade da sentença definitiva, sucumbe a situações especiais.
Cabimento	1- Quando a sentença condenatória, for contrária a texto da Lei Penal,
		2- Quando a sentença for contrária à evidência dos fatos,
	3- Quando fundar-se em documentos ou exames comprovadamente falsos,
4- Quando, após a sentença, forem descobertas provas de inocência do réu, ou circunstâncias que autorizem a modificação da pena.
Efeitos da		1- Absolver o réu
Revisão		2- Alterar a classificação da infração
		3- Modificar a pena, e
4- Anular o Processo	- Novo processo, com pena mais leve, 
- Novo processo, com pena mais grave.
- Do Recurso Extraordinário
- Tem cabimento nas hipóteses previstas na Constituição Federal.
- Prazo – 10 dias (Lei nº 3.396/58)
Hipóteses de	- Quando contrariar dispositivo Constitucional,
Cabimento		- Quando negar vigência a tratado ou lei federal,
- Quando declarar inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal,
- Quando julgar válida a lei ou ato de Governo local, contestado em face da Constituição ou Lei Federal, e
- Quando der à Lei Federal, interpretação divergente da de outro Tribunal ou do próprio Supremo Tribunal. 
OBS: Foi criado pela atual Constituição, como Recurso Especial, da Competência do Superior Tribunal de Justiça.
- Da Carta Testemunhal (art. 640) 
	- Dar-se carta testemunhável, com a finalidade de levar a 2ª Instância, conhecimento de recurso não recebido ou recebido e não processado com regularidade.
PRISÃO...resumo !
Prisão
1) Conceito e Fundamento Constitucional
Prisão constitui na privação da liberdade de locomoção de alguém. Trata-se de medida excepcional, pois a regra é a liberdade. 
Muito embora o CPP fale em liberdade provisória, não há que se falar em liberdade provisória a partir da CF/88. A liberdade é definitiva, e a prisão é que seria provisória. É que o art. 5º, LXI, estabelece que ninguém pode ser preso, salvo nos casos de flagrante delito ou em razão de ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, ressalvado os casos de transgressão militar ou crime militar. 
Reforça esse entendimento o CPP, art. 283, quando prevê ser possível a prisão nos casos de flagrante ou de ordem escrita da autoridade judiciária. A segunda parte desse dispositivo indica quais são as prisões que dependem de ordem escrita da autoridade judiciária: 
a) Prisão decorrente de sentença condenatória já transitada em julgado;
b) Prisão temporária (durante o inquérito policial);
c) Prisão preventiva (durante a investigação ou no curso da ação penal).
A CF/88 previu também a possibilidade de prisão na vigência do estado de defesa - art. 136, §3º, I.
Prisão para averiguação: consiste na privação da liberdade de locomoção, de forma momentânea, com a finalidade de possibilitar a investigação, fora dos casos previstos em lei. Trata-se de prisão inconstitucional, que sujeita o responsável a processo por crime de abuso de autoridade, previsto no Lei nº 4.898/65, art. 3º, a & i. Não se confunde com a condução coercitiva da testemunha intimada para falar em inquérito e flagrante de contravenção penal, ambas situações legais.
2) Espécies de Prisão
Segundo a doutrina há cinco espécies:
2.1) Prisão Pena, ou Prisão Penal
É aquela que decorre de uma sentença condenatória já transitada em julgado. É disciplinada pela Lei de Execução Penal. Sua finalidade é fazer cumprirpena privativa de liberdade imposta em decisão definitiva.
2.2) Prisão sem Pena, ou Prisão Processual, Prisão Provisória ou Prisão Cautelar
É aquela que ocorre durante a investigação ou a ação penal, e portanto antes do trânsito em julgado. Tem a finalidade de assegurar o bom desempenho da investigação ou do processo penal. Por se tratar de prisão de caráter cautelar, pressupõe a presença dos requisitos inerentes a todas as medidas cautelares, quais seja, o fumus boni juris e o periculum in mora. São três as modalidades de prisão privosória:
a) Prisão em Flagrante
b) Prisão Preventiva
c) Prisão Temporária
2.3) Prisão Civil
É aquela que ocorre nos casos de inadimplemento de obrigação alimentícia (devedor de pensão alimentícia), conforme CF/88, art. 5º, LVII.
No que se refere à prisão civil do depositário infiel, o STF editou a Súmula Vinculante nº 25, segundo a qual é ilícita a prisão civil do depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.
2.4) Prisão Administrativa
Segundo a doutrina, é aquela decretada por autoridade administrativa, com o objetivo de compelir o sujeito a cumprir uma obrigação. A doutrina majoritária, esta espécie de prisão não foi recepcionada pela CF/88, que somente permite a prisão quando houver ordem escrita de autoridade judiciária. 
O STF, no entanto, entende que subsiste a constitucionalidade da prisão administrativa, desde que decretada por Juiz (ex.: prisão do expulsando).
2.5) Prisão Disciplinar
Decretada por autoridade militar, nos casos de transgressão militar ou crime militar.
3) Prisão Provisória e Procedimentos Relacionados ao Mandado de Prisão
Com exceção da prisão em flagrante, as demais modalidades de prisão provisória (preventiva e temporária) necessitam de ordem escrita de autoridade judiciária competente. A ordem de prisão se materializa em um mandado de prisão.
Os requisitos do mandado de prisão estão previstos no CPP, art. 285, Parágrafo único: a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade; b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos; c) mencionará a infração penal que motivar a prisão; d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração; e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.
A ausência de um desses requisitos leva à nulidade ou inexequibilidade do mandado. De acordo com o art. 285, caput, a autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado (o Juiz que mandar prender, mandará expedir o mandado).
Se a pessoa a ser presa estiver fora do território em que o Juiz processante exerce a jurisdição, porém dentro do território nacional, será expedida carta precatória, da qual deverá constar o inteiro teor do mandado.
Havendo urgência na prisão, deverá ser requisitada por qualquer meio de comunicação, devendo constar o motivo da prisão e o valor da fiança arbitrada - art. 289, §1º, e art. 299.
De acordo com o art. 289, §3º, realizada a prisão, caberá ao Juiz processante providenciar a remoção do preso, dentro de 30 dias contados da prisão. 
Por sua vez, o art. 289-A previu que o mandado de prisão deve ser registrado em banco de dados mantido pelo CNJ. Por meio da Resolução nº 137/2011-CNJ, foi regulamentado este banco de dados. Referido registro deve ser providenciado pelo Juiz que ordenou a prisão e, uma vez feito o registro, qualquer policial poderá efetuar a prisão, ainda que fora da competência territorial do Juiz que ordenou a prisão. 
Ainda de acordo com a lei, mesmo sem o registro no banco de dados, qualquer policial poderá efetuar a prisão, desde que adote as providências necessárias para averiguar a autenticidade do mandado devendo comunicar o Juiz que a decretou, a quem caberá providenciar o registro no banco de dados. Previu também a lei que realizada a prisão, esta deverá ser imediatamente comunicada ao Juiz do cumprimento do mandado, a quem caberá providenciar a certidão extraída do registro do CNJ, devendo informar ao Juiz que ordenou a prisão.
a) Cumprimento do mandado quanto ao momento: de acordo com o art. 283, §2º, há duas situações possíveis:
A pessoa a ser presa está fora do domicílio: neste caso, a prisão pode ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, sem qualquer restrição;
A pessoa a ser presa está em domicílio (próprio ou de outrem): neste caso devem ser observadas as restrições relativas a inviolabilidade de domicílio, previstas na CF/88, art. 5, XI. Segundo este artigo, a casa é asilo inviolável do indivíduo, e ninguém pode nela ingressar sem o consentimento do morador, salvo nos casos de flagrante delito, desastre, para prestar socorro e, durante o dia, por decisão judicial. Portanto, o cumprimento do mandado de prisão em domicílio somente pode se dar se for dia. Dia, segundo a jurisprudência, é o período que se estende das 6 às 18 horas;
Estando a pessoa a ser presa em domicílio alheio, o art. 293 previu o procedimento que deve ser adotado pelo executor do mandado. O morador que recusa ingresso em seu domicílio - art. 293 - se a recusa ocorreu durante o dia, comete crime de desobediência (negar o ingresso) e de resistência, além da possibilidade de cometer crime de favorecimento pessoal (salvo se a pessoa for parente próximo); se for à noite, não há crime, pela inviolabilidade do domicílio (excludente da ilicitude pelo exercício regular de direito).
b) Cumprimento do mandato quanto ao uso da força: da leitura do art. 284, constata-se que a regra é a não utilização de força, que será admitida excepcionalmente nos casos de resistência ou tentativa de fuga. Reforça esse entendimento o art. 292, quando prevê que o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos "meios necessários", conforme o caso concreto, do que se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas. Portanto, havendo excesso no emprego da força, haverá responsabilização do executor;
Recentemente foi editada a Lei nº 13.060/14, que disciplinou o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública em todo o território nacional. Tais instrumentos, de acordo com a lei são aqueles projetados especificamente para, com baixa probabilidade de causar mortes ou lesões permanentes, conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas. Referida lei estabeleceu que os agentes da segurança pública devem priorizar a utilização desses instrumentos, e desde que seu uso não coloque em risco a integridade física ou psíquica dos policiais, devendo ainda obedecer aos princípios da legalidade, necessidade, razoabilidade e proporcionalidade. Dispôs a lei que a arma de fogo [e proibida nos seguintes casos: 
Contra pessoa em fuga que esteja desarmada, ou que não represente risco imediato de morte ou lesão aos agentes da segurança pública ou a terceiros; 
Contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto quando o ato representar risco de morte ou lesão aos agentes da segurança pública ou a terceiros.
Uso de algemas no cumprimento de mandados: o STF editou a SV nº 11, segundo a qual o uso de algemas somente é lícito nos casos de resistência e de fundado receio de fuga, ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, devendo a medida excepcional ser justificada por escrito, sob pena de responsabilização disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e ainda nulidade da prisão, ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
c) Cumprimento do mandado quanto as formalidades: de acordo com o art. 291, a prisão se considera feita no momento em que o executor, fazendo-se conhecer da pessoa a ser presa, lhe apresentar o mandado intimando-a a acompanhá-lo. Por sua vez, o art. 286 dispõe que deverá ser entregue ao preso uma via do mandado com a declaração, na outra via, do dia, hora e lugar da diligência, devendoo preso passar recibo da entrega. Caso o preso não queira, não possa, ou não sabia assinar, o fato será objeto da declaração, que será assinada também por duas testemunhas. As finalidades destas formalidades são, de um lado, fixar o momento exato da prisão e, de outro, propiciar ao preso o conhecimento dos motivos que ensejaram a sua prisão.
Efetuada a prisão, o preso deverá ser levado ao estabelecimento prisional adequado, onde permanecerá custodiado. Segundo o art. 288, para o recolhimento do preso, deverá ser exibido ao diretor ou carcereiro o mandado de prisão, devendo passar recibo da entrega e receber uma das vias do mandado, com a declaração de dia e hora. A finalidade desta formalidade é fixar a responsabilidade do executor do mandado e do diretor/carcereiro quanto à pessoa do preso. A inobservância destas regras enseja responsabilização por crime de abuso de autoridade, previsto na Lei nº 4.898/65, art. 3º, a, e art. 4ª, a;
Por fim, o art. 289-A, §4º, previu que no momento da prisão o preso deve ser informado do seu direito ao silêncio, devendo ser assegurada a assistência da família e do advogado, conforme previsto na CF/88, art. 5º, LXIII. Caso o preso não informe o nome de seu advogado, a Defensoria Pública deverá ser comunicada da prisão.
4) Prisão Especial
Consiste no direito que é concedido a determinadas pessoas em razão da função que exercem ou por se encontrarem em determinada situação prevista em lei, de serem recolhidas provisoriamente, isto é, ficarem presas, em estabelecimentos prisionais especiais, ou em celas especiais de estabelecimentos prisionais comuns, ou ainda em estabelecimentos castrenses (militares, quarteis).
Referido direito somente existe durante o inquérito ou ação penal, pois com o trânsito em julgado da condenação, cessa o direito à prisão especial. O rol das pessoas que possuem esse direito estão no CPP, art. 295. Há ainda outras hipóteses de prisão especial previstas em legislação especial (ex.: piloto de aeronave, dirigente-administrador sindical, professor de ensino fundamental e médio, membros do MP, etc.). 
Há uma exceção à regra de que o direito cessa com o trânsito em julgado da condenação: preso que ao tempo do fato era funcionário da administração da Justiça criminal - LEP, art. 84, §2º.
5) Prisão Provisória Domiciliar
Está prevista nos arts. 317 e 318, e também na Lei nº 5.256/67. Consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua própria residência, de onde não poderá se afastar sem autorização judicial, sob pena de revogação do benefício.
As hipóteses de cabimento estão previstas no art. 318, e são as seguintes:
a) Indiciado ou acusado maior de 80 anos;
b) Indiciado ou acusado extremamente debilitado, por motivo de doença grave;
c) Quando for imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos ou com deficiência;
d) Indiciada ou acusada gestante a partir do 7º mês;
e) Indicada ou acusada gestante de alto risco.
É necessário que se faça prova plena da condição especial para que o Juiz defira o benefício.
Há ainda mais um caso de prisão provisória domiciliar, previsto na Lei nº 5.256/67, art. 1º, deferido ao preso que tem direito à prisão especial, mas não existe na localidade estabelecimento prisional adequado para que a prisão se efetive.
A lei previu também que o Juiz, antes de decidir, deve ouvir o MP, podendo também impor condições ao preso, cujo descumprimento acarretará a revogação do benefício.
6) Prisão de Eleitor
O art. 236 do Código Eleitoral proibiu prisão de eleitor desde 5 dias antes até 48 horas depois do encerramento das eleições, salvo nos casos de flagrante delito, ou de sentença condenatória por crime inafiançável.
7) Prisão em Flagrante
Consiste na medida restritiva da liberdade de locomoção daquele que é surpreendido praticando ou logo após ter praticado uma infração penal, independentemente de ordem judicial (flagrare: arder, queimar, crepitar).
Se o sujeito for surpreendido praticando uma infração considerada de menor potencial ofensivo (contravenções ou crimes com pena igual ou inferior a 2 anos), será conduzido à presença da autoridade policial, que lavrará termo circunstanciado - TC. Após a lavratura, se o autor do fato for imediatamente encaminhado ao JECRIM ou assumir o compromisso de comparecer quando chamado, não se imporá prisão em flagrante, e não se poderá exigir fiança - Lei nº 9.099/95, art. 69, Parágrafo único. Se o sujeito não assumir tal compromisso, ficará preso. Se assumir e não comparecer, "não dá nada".
7.1) Hipóteses Legais de Flagrante
a) Flagrante próprio - art. 302, I e II: também chamado real, ou verdadeiro, ou em sentido próprio, ocorre quando o sujeito é surpreendido durante ou imediatamente após a prática da infração, ainda no local do fato, sem qualquer intervalo de tempo;
b) Flagrante impróprio - art. 302, III: também chamado irreal, ou quase flagrante, ocorre quando o sujeito é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, sendo capturado em situação que faça presumir ser ele o autor da infração;
A respeito da perseguição, vide art. 290, §1º; da leitura do dispositivo, conjugado com o art. 302, III, é possível concluir que para que ocorra a perseguição é necessário:
Que ela se inicie logo após a prática da infração. A lei não definiu o que seria "logo após", a jurisprudência tem entendido que equivale ao lapso de tempo necessário para que a polícia ou particulares compareçam ao local dos fatos, e imediatamente saiam em perseguição do criminoso. Portanto, referido tempo varia conforme o caso concreto; 
Que o perseguidor esteja no encalço do perseguido, ainda que o perca de vista; 
Que não haja interrupção. O legislador não previu tempo de duração, sendo equivocado afirmar-se que após 24 horas o flagrante está descaracterizado. Preenchidos esses requisitos, a prisão pode ocorrer após várias horas. 
c) Flagrante Presumido: também chamado flagrante ficto, ou fictício, ou assimilado, está previsto no art. 302. Ocorre quando o sujeito é encontrado, logo depois, com armas, instrumentos, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração.
O encontro ("encontrado") pode ser ocasional ou decorrer de uma investigação rápida. Nesta hipótese de flagrante, não há perseguição;
"Logo depois", segundo a jurisprudência, equivale a um lapso de tempo maior do que o "logo após", variando conforme o caso concreto. Assim, por exemplo, o TJ-SP já decidiu que depois de 6 ou 7 horas do crime, é possível o flagrante presumido. Por sua vez, o STJ, ao julgar um determinado caso, entendeu que o flagrante presumido é possível depois de 13 horas do crime. Assim, cabe ao julgador definir no caso concreto.
7.2) Espécies de Flagrante
Além daquelas situações previstas na lei, a doutrina e a jurisprudência tem mencionado outras situações a respeito do flagrante.
a) Flagrante preparado: também chamado de flagrante provocado, ou delito de ensaio, ou delito de experiência, ou delito putativo por obra do agente provocador, ocorre quando alguém, de forma insidiosa, provoca o sujeito a praticar uma infração penal, ao mesmo tempo em que toma providências para impedir a consumação da infração. O agente provocador, que pode ser um policial ou um particular, prepara a situação flagrancial, induzindo o sujeito a praticar a infração, isto é, viciando a sua vontade, e ao mesmo tempo adota providências para que a infração não se consume. 
Este flagrante não é válido; caracteriza hipótese de crime impossível, em face da ausência de vontade livre e espontânea do infrator. Neste sentido é a Súmula  nº 145-STF;
Não há que se falar em flagrante preparado nos crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado, nos quais várias são as condutas passíveis de serem praticadas pelo agente, de forma que, embora uma possa ter sido induzida(ex.: policial finge que é usuário de droga), outra, de caráter permanente, já estava sendo praticada, autorizando por si só a prisão em flagrante (ex.: o sujeito já guardava e trazia consigo a droga, outras condutas típicas).
b) Flagrante esperado: ocorre quando a polícia é informada a respeito de um crime que vai ser praticado, comparece ao local e aguarda o início dos atos de execução (conferir situação 
c) Flagrante forjado: ou flagrante maquinado, ou fabricado, ou urdido, ou maquinação astuciosa: ocorre quando policiais ou particulares criam provas de um crime inexistente, para prender alguém em flagrante. A pessoa que é presa, na verdade, não cometeu crime algum, sendo vítima de uma armação.
Uma vez comprovado que o flagrante foi forjado, não será válido, e ensejará a responsabilização da pessoa que o forjou. Sendo um policial, responderá por crime de abuso de autoridade e crime de denunciação caluniosa. Sendo um particular, responderá por denunciação caluniosa. Ambos podem responder pelo crime cujo flagrante foi forjado.
d) Flagrante prorrogado: ou protelado, ou postergado, ou retardado, ou diferido, ou ação controlada: está previsto atualmente na Lei nº 12.850/13, art. 8º, que revogou a Lei nº 9.034/95, que em seu art. 2º, II, previa a ação controlada. 
De acordo com o art. 8º da citada lei, ação controlada consiste em retardar a intervenção policial ou administrativa daquilo que se supõe ser ação praticada por organização criminosa, ou organização a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento, para que a medida legal (flagrante) se concretize no momento mais eficaz à formação das provas e obtenção das informações;
De acordo com o §1º daquele art. 8º, o retardamento da ação deve ser previamente comunicado ao Juiz que, se for o caso, estabelecerá os seus limites, e comunicará o MP. Trata-se de exceção à regra da obrigatoriedade da prisão em flagrante por parte do agente policial. Previu também a lei que a comunicação é sigilosa, e deve ser distribuída de forma a não conter informações que possam indicar a operação a ser realizada. Encerrada a diligência, deve ser elabora auto circunstanciado acerca da ação controlada, e até a conclusão da diligência, o acesso aos autos da comunicação fica restrito ao Juiz, ao MP e ao Delegado de polícia;
Por fim, de acordo com o art. 9º, se a ação controlada envolver transposição de fronteiras, o retardamento da intervenção policial ou administrativa somente poderá ocorrer com a cooperação das autoridades dos países que figurem como provável itinerário ou destino, de modo a reduzir os riscos de fuga e extravio do produto, objeto, instrumento ou proveito do crime.
8) Sujeitos do Flagrante
8.1) Sujeito Ativo
Corresponde à pessoa que realiza a prisão. De acordo com o CPP, art. 301, as autoridades policiais e seus agentes deverão, e qualquer do povo poderá efetuar a prisão em flagrante. Surgem daí os flagrantes obrigatório, ou compulsório, e facultativo.
Em relação aos policiais, o dever existe ainda que estejam fora do horário de serviço, em folga, ou fora de sua área de atuação. Para eles, o flagrante é sempre obrigatório. Havendo o dever de agir, caso o policial de omita, deverá responder administrativa e criminalmente, podendo inclusive ser responsabilizado pelo crime cujo flagrante ele não impediu, pois em tal hipótese sua omissão é penalmente relevante - CP, art. 13, §2º, a, que prevê responsabilização pelo resultado nos casos em que o sujeito podia e devia agir para impedir, e se omitiu.
8.2) Sujeito Passivo
Corresponde à pessoa que é presa em flagrante. Como regra, qualquer pessoa pode ser presa em flagrante. Exceções:
a) Pessoas que nunca podem ser presas em flagrante: 
Menores de 18 anos (são inimputáveis) - CP, art. 27;
Presidente da República - CF/88, art. 86, §3º;
Diplomatas estrangeiros - Convenção de Viena;
Agente que presta pronto e integral socorro à vítima de acidente de trânsito - CTB, art. 301;
Agente que é surpreendido praticando a conduta prevista no Lei nº 11.343/06, art. 28 - Lei de Drogas, cujo art. 48, §2º prevê que deve ser lavrado um termo circunstanciado após o que o sujeito será liberado;
Agente que se apresenta espontaneamente à autoridade policial após a prática do crime - entendimento do STF.
b) Pessoas que só podem ser presas em flagrante quando se tratar de crime inafiançável:
Membros do Congresso Nacional - CF/88, art. 53, §2º;
Deputados Estaduais - CF/88, art. 27, §1º c/c art. 53, §2º;
Magistrados - LOMAN, art. 33, II;
Membros do MP - Lei nº 8.625/93, art. 40, III e LC nº 75/96, art. 18, II, d.
9) Auto de Prisão em Flagrante - APF
É o documento que formaliza a prisão em flagrante. 
Como regra, deve ser lavrado pela autoridade policial do lugar em que ocorrer a prisão, ainda que seja outro o lugar do crime. Neste caso, após ser lavrado o auto, será remetido à autoridade policial do local do crime, a quem caberá prosseguir na investigação. Se não houver autoridade policial no lugar da prisão, o preso será apresentado à autoridade policial do local mais próximo. Caso o auto seja lavrado por outra autoridade que não a do lugar da prisão, não há que se falar em nulidade do auto (não há que se falar em competência ou jurisdição, pois Delegado tem atribuição).
O CPP não prevê prazo para a lavratura do APF. Porém, o art. 306, §2º, previu que dentro de 24 horas, contadas da prisão, deve ser entregue ao preso a nota de culpa. Desta forma, a doutrina e a jurisprudências entendem que é dentro deste prazo que deve ser lavrado o APF.
Nota de culpa é o documento que deve ser entregue ao preso dentro de 24 horas contadas da prisão, e que deve conter o nome do condutor, das testemunhas, e o motivo da prisão, com a assinatura da autoridade policial. Dessa entrega, o preso deve passar recibo. Se o preso não puder, não quiser ou não souber assinar, duas testemunhas que tenham ouvido sua leitura na presença do preso deverão assiná-la, atestando a entrega - art. 304, §3º. Por se tratar de uma formalidade essencial quanto à pessoa do preso, a falta de entrega da nota de culpa no prazo legal gera nulidade da prisão apenas, ensejando seu relaxamento (não gera nulidade do APF, nem do IP, nem da AP).
9.1) Procedimento de Lavratura - art. 304
Conduzido o preso à presença da autoridade policial, esta deverá:
a) Ouvir o condutor: reduzindo a termo suas declarações e colhendo, ao final, a respectiva assinatura. Após, o condutor será liberado e receberá uma cópia do termo e recibo de entrega do preso;
b) Ouvir as testemunhas que acompanharam o condutor: as testemunhas serão ouvidas e o depoimento a termo, um para cada testemunha. Como a lei menciona testemunhas, no plural, entende a doutrina que devem ser ouvidas ao menos duas pessoas, sendo possível incluir nesse número mínimo a vítima, policiais e até mesmo o condutor. Na hipótese de não haverem testemunhas, havendo tão somente o condutor, ainda assim o auto será lavrado, caso em que deverão assiná-lo, juntamente com o condutor, duas testemunhas que tenham presenciado a apresentação do preso à autoridade policial - são as chamadas testemunhas de apresentação, ou testemunhas instrumentárias, ou testemunhas fedatárias - art. 304, §2º. Após serem ouvidas, e lavrado o termo, colhida a assinatura respectiva, a testemunha será liberada;
c) Interrogatório do conduzido: será reduzido a termo tal interrogatório, com a colheita, ao final, da assinatura do preso. Se não puder, não quiser ou não souber assinar, duas testemunhas o farão. Antes de ser interrogado, o preso deve ser advertido do seu direito de permanecer em silêncio, e de que não está obrigado a responder às perguntas feitas. Ao preso também deve ser assegurado o direito de se comunicar com alguém de sua família ou pessoa indicada, sendo importante que esta informação conste do auto; se não constar, segundo a jurisprudência,será entendido como tendo sido cumprido tal direito, já que a lei não exige que tal informação conste expressamente do auto. A jurisprudência também entende que a presença do advogado no momento do interrogatório supre a falta da comunicação. Caso o preso não possa ser interrogado neste momento por estar embriagado, ferido ou hospitalizado, o interrogatório será realizado posteriormente, não havendo nulidade;
d) Será lavrado o APF, do qual farão parte integrante os termos colhidos separadamente;
e) Depois de lavrar o APF, se das respostas constantes dos termos a autoridade policial verificar que resultam "fundadas suspeitas" contra o conduzido, mandará que permaneça custodiado, isto é, preso. Não resultando fundadas suspeitas, a autoridade mandará que o preso seja posto em liberdade, mediante decisão fundamentada. Depois de lavrado o auto, em duas hipóteses o Delegado pode mandar soltar o preso:
Se não resultar fundada suspeita contra o conduzido, a contrario senso do art. 304, §1º;
Sendo afiançável a infração, podendo o valor ser arbitrado pelo Delegado, recolhida a importância, o preso será liberado.
Formalidades que devem ser observadas pelo Delegado ao final da lavratura:
Entregar a nota de culpa ao conduzido, sob pena de nulidade da prisão que enseja o relaxamento;
Comunicar a prisão ao Juiz competente e ao MP, no prazo de 24 horas constadas da prisão, mediante o envio de cópia integral do APF. A falta da comunicação ao Juiz enseja responsabilização do Delegado por crime de abuso de autoridade - Lei nº 4.898/65, art. 4º, c;
Caso o autuado não informe o nome do seu advogado, cópia integral do auto será remetido à Defensoria Pública. Tal comunicação se destina a possibilitar que eventuais medidas para restituição da liberdade possam ser adotadas pelo Defensor Público.
9.2) Recebimento do APF pelo Juiz - art. 310
O Juiz, fundamentadamente, deverá:
a) Relaxar a prisão em flagrante, quando verificar que a prisão é ilegal (ex.: falta de nota de culpa ou de sua entrega; uso indevido das algemas, etc.); ou
b) Converter a prisão em flagrante em preventiva, desde que presentes os requisitos legais, e se se revelarem insuficientes ou inadequadas as medidas cautelares diversas da prisão; ou
c) Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança, podendo ainda neste caso impor medida cautelar diversa da prisão. 
Não se deve confundir crime suscetível de liberdade provisória e crime afiançável: há uma controvérsia pela possibilidade de se conceder liberdade provisória a crimes inafiançáveis, isto é, conceder a liberdade sem o pagamento de fiança, mesmo sendo mais graves que os crimes afiançáveis.
10) Prisão Preventiva
É modalidade de prisão provisória, de caráter cautelar, consistente na privação da liberdade de locomoção do suposto autor de uma infração penal, decretada por Juiz, durante o inquérito policial ou no curso da ação penal, desde que presentes os requisitos legais, e com a finalidade de resguardar os interesses sociais de segurança.
10.1) Requisitos Legais
Segundo a doutrina, há três ordens de requisitos:
a) Pressupostos - art. 312, parte final: constituem o fumus boni iuris, ou fumus comissi delicti. São dois os pressupostos cumulativos, isto é, ambos devem estar presentes juntos:
Prova de materialidade: exige-se prova plena, isto é, prova que conduza a um juízo de certeza quanto à existência do crime (certeza que ocorreu o crime); e
Indícios suficientes de autoria: basta a probabilidade, não se exigindo certeza. Havendo dúvida quanto à autoria, o Juiz pode decretar a prisão preventiva, pois vigora nessa fase o princípio in dubio pro societa.
b) Fundamentos - art. 312, primeira parte: constituem o periculum in mora, ou periculum libertatis. São quatro os fundamentos. Tais fundamentos são alterativos, bastando a presença de um deles:
Garantia da ordem pública: este fundamento visa impedir que o sujeito, em liberdade, continue a delinquir, uma vez que é propenso a práticas delitivas. Visa também acautelar o meio social, garantindo credibilidade à Justiça, nos casos de crimes graves e que provoquem clamor social; ou
Garantia da ordem econômica: este fundamento é utilizado nos casos de crimes que afetam, que abalam a ordem econômica, como por exemplo crimes tributários - Lei nº 8.137/90, crimes contra o sistema financeiro - Lei nº 7.492/86, e crimes contra a economia popular - Lei nº 1.521/51; ou
Conveniência da instrução criminal: este fundamento visa garantir que a produção da prova seja feita sem encontrar obstáculos que dificultem ou que impeçam essa produção. Ocorre nos casos em que se verifica que o sujeito, com sua conduta, está prejudicando a colheita das provas (ex.: sujeito que ameaça testemunhas, destrói documentos, apagando vestígios do crime, forjando provas, etc.); ou
Aplicação da lei penal: fundamento utilizado quando se verifica sério risco de fuga do sujeito do distrito da culpa, inviabilizando a eficácia da futura decisão a ser proferida e, consequentemente, a aplicação da lei penal. Normalmente, este fundamento é utilizado nos casos em que o sujeito não tem residência fixa, nem ocupação lícita, não havendo nada que o faça permanecer no juízo do processo. Fundamento muito utilizado em caso de estrangeiros.
c) Condições de admissibilidade - art. 313: a prisão preventiva somente será decretada se:
O crime for doloso e punido com pena privativa de liberdade superior a 4 anos; ou
O agente for reincidente em crime doloso, isto é, o agente tem que já ter sido condenado pela prática de crime doloso em até 5 anos após o trânsito em julgado de condenação por tal crime doloso; ou
Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, enfermo, idoso ou pessoa com deficiência, com o objetivo de assegurar a execução de uma medida protetiva de urgência; ou
Se o agente não fornecer elementos para esclarecer sua identidade, havendo dúvida sobre a identidade civil da pessoa. Neste último caso, obtida a identidade da pessoa, ela deverá ser imediatamente colocada em liberdade, se esse era o único motivo da prisão. 
O art. 312, Parágrafo único, previu que a prisão também será decretada quando houver o descumprimento de obrigação decorrente de medida cautelar diversa da prisão anteriormente imposta. Neste caso, a doutrina tem entendido não ser necessária a presença das condições de admissibilidade, pois, do contrário, não haveria qualquer efetividade na medida decretada, pois o sujeito, ciente da impossibilidade de decretação de sua prisão, não se empenharia em cumprir a medida
10.2) Espécies de Prisão Preventiva
a) Prisão preventiva autônoma: é aquela decretada independentemente de uma prisão anterior (ex.: sujeito que está respondendo em liberdade a processo por crime, e ameaça testemunha na instrução);
b) Prisão preventiva convertida - art. 310: é aquela que decorre de uma prisão em flagrante, que foi convertida em preventiva;
c) Prisão preventiva substitutiva, ou subsidiária - art. 282, §4º: é aquela que ocorre quando há o descumprimento de uma medida cautelar diversa da prisão.
10.3) Procedimento
a) Quanto ao momento: pode ocorrer durante o inquérito ou no curso da ação penal, até o trânsito em julgado da condenação (muito embora seja mais comum nessas fases a prisão temporária). 
É possível também que a prisão seja decretada por ocasião da prolação da sentença condenatória - art. 387, Parágrafo primeiro.
Também no rito do júri, ao proferir decisão de pronuncia, é possível decretar a prisão preventiva -  art. 413, §3º.
b) Quanto à fundamentação: a decisão que decreta a prisão preventiva deve ser fundamentada, sob pena de nulidade - art. 315. Reforça essa necessidade a CF/88, art. 93, IX, que prevê que todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. A jurisprudência entende quenão basta que o Juiz se reporte às razões da promoção do MP ou à representação da autoridade policial, devendo fundamentar convenientemente a sua decisão, sob pena de constrangimento ilegal corrigível via HC.
c) Quanto ao requerimento: a prisão preventiva pode ser requerida pelo MP (por meio de requerimento), ou pela autoridade policial (por meio de representação). O Juiz poderá decretar de ofício se no curso da ação penal (assim, na fase de inquérito não cabe a medida de ofício).
Na ação penal privada, também pode ser requerida pelo querelante.
d) Revogação e redecretação: a decisão que decreta a prisão preventiva contém implícita a cláusula rebus sic stantibus (enquanto a situação permanecer). Desta forma, enquanto estiverem presentes os motivos que autorizaram a prisão, ela será mantida. Caso o motivo desapareça, a decisão deve ser objeto de nova análise pelo Juiz, que poderá revogá-la. 
Depois de revogada, é possível que seja redecretada, se surgir novo motivo.
11) Prisão Temporária
É modalidade de prisão provisória, de caráter cautelar, decretada pelo Juiz, durante o IP, com a finalidade de possibilitar a investigação de crimes graves. Está prevista na Lei nº 7.960/89.
a) Prazo: tem prazo de duração de 5 dias, prorrogável uma única vez por mais 5 dias, em caso de extrema e comprovada necessidade.
No entanto, tratando-se de crime hediondo ou equiparado (TTT - tortura, tráfico e terrorismo), o prazo da prisão temporária é de 30 dias, prorrogável uma única vez por mais 30, em caos de extrema e comprovada necessidade - Lei nº 8.072/90, art. 2º.
b) Fundamentos: estão previstos no art. 1º da lei:
Quando for imprescindível para as investigações do inquérito - inciso I;
Quando o indiciado não tiver residência fixa, ou não fornecer os elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade - inciso II;
Quando houver fundadas razões, a partir da prova produzida, de autoria ou participação do indiciado em um dos crimes arrolados no inciso III do art. 1º(*). Há quatro posições na doutrina sobre a aplicação deste dispositivo:
A primeira diz que os fundamentos são alternativos, bastando a presença de um deles (Mirabete e Tourinho); 
A segunda defende que os fundamentos são cumulativos, todos devem estar presentes (Antônio Scarance Fernandes); 
 A terceira diz que a temporária será  aplicada se presente o fundamento do inciso III, e juntamente com ele o fundamento do inciso I ou do inciso II (Damásio e Antônio Magalhães Gomes Filho);
A quarta posição afirma que qualquer dos três fundamentos autoriza a prisão temporária, desde que desde que juntamente se façam presentes os requisitos da prisão preventiva (Vicente Grecco Filho).
Dessas quatro posições, a terceira é a adotada pela jurisprudência majoritária, conjugando o inciso III ora com o inciso I, ora com o inciso II.
c) Procedimento: pode ser decretada a partir de requerimento do MP, ou de representação da autoridade policial. Neste caso, antes de decidir, o Juiz deve ouvir o MP - art. 2º, §1º da lei.
d) Prazo para decidir: a lei estabeleceu prazo para decisão do Juiz no prazo de 24 horas contadas do recebimento do requerimento ou da representação. Nesse meio tempo, deve ouvir o MP. Visando o cumprimento deste prazo, a lei estabeleceu a existência de plantões permanentes do Judiciário e do MP.
Expirado o prazo da prisão temporária e eventual prorrogação, o preso deve ser imediatamente liberado, salvo se  concomitantemente no prazo for decretada a prisão preventiva.
A demora na liberação do preso acarreta responsabilização pelo crime de abuso de autoridade, prevista na Lei nº 4.898/65, art. 4º, e.
Por fim, o art. 3º da lei previu que o preso temporário deve permanecer em cela separada dos demais presos provisórios.
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).
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