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Os três poderes

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Advocacia e Defensoria Pública 
Advocacia e 
Defensoria Pública → Devem a União e os Estados manter Defensorias Públicas,com a finalidade de assegurar a garantia constitucional da assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. 
Advocacia-Geral da União → É a instituição que representa a União, judicial e extrajudicialmente, além de exercer as atividades de consultoria e assessoramento do Poder Executivo.
Procuradoria-Geral do Estado → A representação judicial e extrajudicial dos Estados-Membros, além das atividades de consultoria e assessoramento jurídico, é feita pela 
Procuradoria-Geral do Estado.
Defensoria Pública → É instituição essencial à função jurisdicional, incumbida da orientação jurídica e defesa, em todos os graus, dos necessitados. Esta tutela para os necessitados não se restringe à atividade judicial, mas compreende t oda a esfera jurídica, abrangendo a prática de atos não processuais, como a instauração e movimentação de processos administrativos, atos notariais e prestação de serviços de consultoria.
Advocacia → O advogado, conforme dispõe o art. 133 da Constituição, “é indispensável 
à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestação no exercício da profissão, nos limites da lei”. Advogado é o bacharel em direito inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
Inviolabilidade → No exercício da atividade profissional o advogado não pode ser punido por seus atos e manifestações. Contudo, a inviolabilidade não é absoluta e deve ser exercida dentro dos limites legais.
Indispensabilidade do advogado → O advogado é indispensável à administração da Justiça. São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não 
Inscrita na OAB
Ordem dos Advogados do Brasil → A OAB é a entidade representativa dos advogados no Brasil. O Conselho Federal da OAB t em legitimidade para a propositura de 
ações diretas de inconstitucionalidade e ações declaratórias de 
constitucionalidade.
Ministério Público 
Ministério Público→ Instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e 
dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Atribuições →
a) defesa da ordem jurídica; 
b) defesa do regime democrático; 
c) tutela dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Princípios institucionais →
1º) Unidade. 
2º) Indivisibilidade. 
3º) Independência funcional.
Atribuições → 1ª) Promover, de forma privativa, a ação penal pública. 
2ª) “Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços 
de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, 
promovendo as medidas necessárias a sua garantia ”.
3ª) Promover, de Forma não privativa, a ação civil pública para a 
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de 
outros interesses difusos e coletivos. 
4ª) Promover ação de inconstitucionalidade de lei ou representação 
para fins de intervenção. 
5ª) Controle externo da atividade policial. 
6ª) Exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que 
Compatíveis com sua finalidade.
Estrutura→ I – Ministério Público da União: 
a) Ministério Público Federal; 
b) Ministério Público do Trabalho; 
c) Ministério Público Militar;
d) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
II – Ministérios Públicos dos Estados.
Chefia do Ministério Público da União→ Atribuída ao Procurador-Geral da República. 
Chefia do Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal→ Nos Ministérios Públicos Estaduais e do Distrito Federal, o Procurador-Geral de Justiça é nomeado, respectivamente, pelo Governador do Estado e pelo Presidente da República.
Garantias e vedações→ 
a) Vitaliciedade. 
b) Inamovibilidade. 
c) Irredutibilidade do subsídio.
Vedações→ 
a) receber, a qualquer título, honorários, percentagens ou custas Processuais; 
b) exercer a advocacia; 
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
d) exercer qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; 
e) exercer atividade político-partidária; 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de 
pessoas Físicas,entidades públicas ou privadas, ressalvadas exceções previstas em lei; 
g) exercer a advocacia perante o juízo o u o tribunal perante o qual 
atuaram, pelo período de três anos após o afastamento do cargo por 
aposentadoria ou exoneração, o denominado período de 
quarentena.
Conselho Nacional do Ministério Público→ Órgão introduzido pela Emenda Constitucional n. 45, de natureza administrativa, com a finalidade de efetuar o controle da atuação Administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. 
Poder Legislativo 
Poder Legislativo tem como função típica a elaboração de leis, de normas g erais e abstratas a 
serem seguidas por todos. Além do exercício d e sua f unção legislativa do Estado, compete-lhe a 
atribuição de fiscalizar os atos do Executivo.
Composição (Poder Legislativo Federal)→ Câmara dos Deputados.+Senado Federal. 
Maioria→ 
a) Maioria simples ou relativa significa o maior número de votos em 
determinado sentido em uma sessão de votação. 
b) Maioria qualificada é calculada em relação à totalidade dos membros de 
um órgão colegiado, presentes ou ausentes.
Sistema eleitoral→ a) o sistema majoritário - é eleito o candidato que obtiver o maior número de votos. 
 Sistema majoritário simples. 
 Sistema majoritário por maioria absoluta. 
b) Pelo sistema proporcional são eleitos candidatos ao órgão colegiado de 
acordo com a quantidade de votos obtidos pelo partido ou coligação 
partidária. 
Legislatura - é o período legislativo de quatro anos que corresponde ao 
mandato dos Deputados Federais. Senadores são eleitos por duas 
legislaturas. 
Sessões legislativas extraordinárias - são as realizadas no período de 
recesso do Congresso Nacional. 
Sessões preparatórias - são as convocadas, a partir de 1º de fevereiro, no 
primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das 
respectivas Mesas (CF, art. 57, § 4o).
Principais atribuições do Congresso Nacional→
I – Legislativa 
II – Fiscalização e controle.
III – Julgamento de crimes de responsabilidade. 
IV – Constituintes. 
V – Deliberativas. 
Mesas 
São os órgãos de direção do Congresso Nacional e de suas Casas 
Legislativas, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
Comissões → 
São órgãos constituídos de um número menor de parlamentares, com 
finalidades específicas de examinar determinadas questões. 
a) Comissão permanente. 
b) Comissão temporária ou especial. 
c) Comissão mista. 
d) Comissão representativa. 
e) Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Prerrogativas→
a) Imunidade material (CF, art. 53, caput) 
b) Imunidade formal, processual ou relativa (CF, art. 53, §§ 3o a 5o). 
c) Não podem ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. 
d) Foro por prerrogativa de função (CF, art. 53, § 1o). 
e) Limitação ao poder de testemunhar sobre as informações recebidas e 
sobre as fontes (CF, art. 53, § 6o). 
f) Isenção do serviço militar (CF, art. 53, § 7o).
Incompatibilidades ou impedimentos→ 
a) Funcionais (CF, art. 54, I, b, e II, b). 
b) Negociais (CF, art. 54, I, a). 
c) Políticos (CF, art. 54, II, d).
Poder Judiciário 
Poder Judiciário → Exerce a função jurisdicional do Estado, ou seja, de distribuição de justiça, de resolver litígios, ou seja, de aplicação da lei em caso de conflito de interesses. 
Princípios fundamentais do Poder Judiciário → 
a) Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional. 
b) Princípio da inércia. 
c) Princípio do devido processo legal.
Garantias 
institucionais do 
Poder Judiciário→ 
1ª) Eleição do presidente do tribunal, bem como de seus órg ãos diretivos, 
pelos próprios tribunais. Autogoverno. 
2ª) Elaboração de seu próprio Regimento Interno.
Capacidade normativa 
interna. 
3ª) Organização de seus serviços auxiliares. 
4ª) Ampla autonomia administrativa e financeira. 
5ª) Iniciativa legislativa para alteração do número de m embros de tribunais 
inferiores. 
6ª) Entrega dos duodécimos e dos recursos orçamentários destinados à 
Instituição. 
7ª) Destinação das custas e emolumentos.
Garantias dos 
Magistrados → 
1ª) Vitaliciedade. 
2ª) Inamovibilidade. 
3ª) Irredutibilidade de subsídio.
Supremo Tribunal Federal → É composto de onze Ministros nomeados pelo Presidente da República, após prévia aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. São 
cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber 
jurídico e reputação ilibada (CF, art. 101 e parágrafo único). Só brasileiros 
natos podem integrar a Suprema Corte do Brasil (CF, art. 12, § 3º, IV).
Superior Tribunal de Justiça→ É composto, no mínimo, de trinta e três Ministros nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 
65 anos de idade, de notável saber jurídico e ilibada reputação, após a 
aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado Federal administrativo, não dispondo de atribuições institucionais que lhe permitam exercer fiscalização da atividade jurisdicional dos magistrados e tribunais. 
 DireitoConstitucional Poder Judiciário (Art. 92 ao 126 da CF). 
Princípio da Imparcialidade do Juiz: 
Para que o processo seja justo e válido, é preciso que o juiz atue de forma imparcial, 
ou seja, não exibir-se de forma tendenciosa para qualquer das partes. 
O juiz coloca-se entre as partes e acima delas: esta é a primeira condição para que 
possa exercer a sua função dentro do processo. 
A imparcialidade do juiz é pressuposto para que a relação processual se instaure 
validamente. 
Os órgãos desse poder são: 
 STF 
 CNJ 
 STJ 
 TRF e os Juízes Federais. 
 Tribunais e Juízes do Trabalho. 
 Tribunais e Juízes Eleitorais. 
 Tribunais e Juízes Militares 
 Tribunais e Juízes dos Estados e do DF e Territórios. 
Função típica – Julgar. 
Função atípica – Administrativa, Legislativa (sua legislação interna). 
Regra de Ingresso na Carreira da Magistratura – Art. 93, I, da CF. 
 Cargo inicial será o de Juiz substituto, mediante aprovação em concurso 
público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases. 
Além disso, o bacharel em direito tem que comprovar três anos de atividade 
jurídica para ingressar na magistratura, é a chamada “quarentena de entrada”, 
instituto inserido na CF pela EC45/04 (reforma do poder judiciário). 
Atividade Jurídica: Dentre outras atividades, o efetivo exercício da advocacia, 
magistério superior, desde que predominantemente requeira a utilização de 
conhecimento jurídico, função de conciliador, mediador ou árbitro na composição 
de litígios etc (Resolução n.75/2008 do CNJ).
OBS.: Os tempos de estágio, realizados durante o curso de direito, não são 
computados para esse fim. 
EC 45/2004 (Reforma do Poder Judiciário) 
 Inserção do inciso LXXVIII no Art.5º da CF – Princípio da razoável duração do 
processo ou celeridade processual no âmbito judicial e administrativo. 
 Criação de um novo órgão no poder judiciário: CNJ (Art.103-B da CF). 
 Fortificação do princípio da imparcialidade, pela criação de vedações aos 
membros da magistraturas, como a proibição do exercício da advocacia no 
juízo ou tribunal ao qual se afastou pelo prazo de 3 anos. 
 Criação de mais um requisito de admissibilidade ao recurso extraordinário: 
instituto da repercussão geral. 
 Alterações nas regras de competência, em especial, em relação à Justiça do 
Trabalho. 
 Criação do instituto denominado súmula vinculante (Art. 103-A da CF, 
regulamentado pela Lei nº 11.417/06). 
Súmula vinculante, somente no âmbito do Supremo Tribunal Federal (de ofício ou por 
provocação). 
Legitimados: Art.3 da Lei 11.417/06. 
 O Presidente da República 
 A Mesa do Senado Federal 
 A Mesa da Câmara dos Deputados 
 O Procurador - Geral da República 
 O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. 
 O Defensor Público-Geral da União. 
 Partido Político com representação no Congresso Nacional (ou na Câmara ou 
Senado, não precisa ser de ambos). 
 Confederação Sindical ou entidade de classe no âmbito nacional. 
 A Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF. 
 O Governador de Estado ou do DF. 
 Os Tribunais superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do DF e 
Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do 
Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares. 
O Município poderá propor incidentalmente ao curso de processo em que seja 
parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula
vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo (Art. 103-A, parágrafo 
1º, da CF). 
O Procurador-Geral da República, nas propostas que não houver formulado, 
manifestar-se-á previamente à edição, revisão ou cancelamento de enunciado 
de súmula vinculante. 
Quórum: Aprovação por decisão de 2/3 dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional. 
Tal súmula, a partir da publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em 
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
Normas relativas ao Judiciário / Estatuto da Magistratura 
O Art. 93 da CF dispõe que cabe a lei complementar, de iniciativa do STF, 
dispor sobre o Estatuto da Magistratura, atualmente regulamentado pela Lei 
Complementar 35/79, devendo observar os princípios constitucionais 
elencados nos respectivos incisos. 
 Ingresso na carreira (Inc.I): Mediante concurso público de provas e títulos, 
com a participação da OAB em todas as fases, sendo exigido do bacharel em 
direito no mínimo três anos de atividade jurídica. 
 Promoção do Juiz (Inc. II): É obrigatória a promoção do juiz que figure por 
três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; a 
Constituição estabelece que não será promovido o Juiz que, injustificadamente, 
retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-lo ao 
cartório sem o devido despacho ou decisão; na apuração de antiguidade, o 
tribunal, somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de 
2/3 de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla 
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se indicação etc. 
 Entre outros. 
Garantias dadas aos membros do poder judiciário 
Visando assegurar o princípio da imparcialidade e a atuação neutra dos membros da 
magistratura, o Art.95 da CF assegura três garantias aos juízes, quais sejam: 
 Vitaliciedade; garante aos magistrados a perda do cargo somente por 
sentença judicial transitada em julgado (esta garantia só é adquirida após dois 
anos do estágio probatório, no caso de concurso público, ou da posse, na 
hipótese do quinto constitucional e Tribunais Superiores). 
 Inamovibilidade; atribui a garantia aos juízes de não serem removidos, a não 
ser por motivo de interesse público, por voto da maioria absoluta do tribunal ou 
Conselho Nacional de Justiça, assegurando-se a ampla defesa, conforme 
Art.93, VIII, CF. 
 Irredutibilidade de subsídios; esta garantia impede a redução dos subsídios 
(ressalvados o disposto nos arts.37, X e XI, 39, parágrafo 4º, 150, II, 153, III e 
153, parágrafo 2º, I).
Vedações 
O parágrafo único do Art.95 da CF traz cinco vedações aos Juízes: 
1. Exercício de outro cargo ou função, salvo uma de magistério. 
2. Recebimento, a qualquer título ou pretexto, de custas ou participação em 
processo. 
3. Dedicação à atividade político-partidária. 
4. Recebimento, a qualquer título ou pretexto, de auxílios ou contribuições de 
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as previstas em 
lei. 
5. Exercício da Advocacia antes de decorridos três anos do
afastamento por 
aposentadoria ou exoneração no juízo ou tribunal do qual se afastou 
(quarentena de saída), isso não impede que o magistrado afastado possa 
advogar, mas tão somente que este não poderá exercê-lo no juízo ou tribunal 
do qual se afastou ou exonerou antes de decorridos três anos do encerramento 
de sua função. 
Quinto Constitucional 
O quinto constitucional (Art.94, CF) significa que 1/5 da composição dos lugares 
ocupados por membros dos TRF’s e dos Tribunais de Justiça do Estado será dado a 
promotores de justiça e advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com 
mais de dez anos de efetiva atividade profissional (Desembargadores; ressalta-se que 
o magistrado nomeado pelo quinto constitucional faz jus, desde logo, à sua 
vitaliciedade). 
 Forma de ingresso: Os órgãos de representação das respectivas classes 
indicarão uma lista sêxtupla. O Tribunal reduzirá está para uma lista tríplice 
encaminhando-a para o chefe do poder executivo respectivo (PR, no caso dos 
TRF’s, e Governador, na hipótese dos TJ’s), que terá 20 dias para a escolha e 
nomeação de um. 
Supremo Tribunal Federal (Art.101 da CF) 
O Supremo Tribunal Federal tem como função principal a guarda da Constituição. 
Composição: 11 ministros, escolhidos pelo PR dentre brasileiros natos, que tenham 
entre 35 e 65 anos de idade, notório saber jurídico e reputação ilibada. 
O Senado Federal aprova a indicação do Presidente da República por maioria 
absoluta de votos (sabatina) 
As competências do STF estão previstas no Art.102 da CF. Alguns assuntos que 
devem ser dirimidos pelo Supremo: 
 Julgar, em recurso ordinário, o crime político (Art. 102, II, “b”, da CF). 
 Julgar, de forma originária, o pedido de extradição solicitada por estado 
estrangeiro (Art. 102, I, “g”, da CF). 
 Julgar a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou 
indiretamente interessados. (Art. 102, I, “n”, da CF).
 Julgar o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for do CN (Art.102, I, q, da CF). 
 Julgar, em recurso ordinário, o “habeas corpus”, o mandado de segurança, o 
“habeas data” e o mandado de injunção decididos em única instância pelos 
Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; (Art.102, II, “a”, da CF) 
 Julgar, de forma originária, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal. (Art. 102, I, “a”, da CF). 
 Julgar nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-
Presidente, os membros do CN, seus próprios ministros e o Procurador-Geral 
da República (Art. 102, I,” b”, da CF). 
 Julgar o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for CN (Art.102, I, q, da CF). 
 Julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou 
última instância, quando a decisão recorrida: 
a) Contrariar dispositivo desta Constituição. 
b) Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal 
c) Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição 
d) Julgar válida lei local contestada em face de lei federal 
Superior Tribunal de Justiça 
Composição: mínimo de 33 ministros, devendo sua composição obedecer aos 
seguintes percentuais: 
a) 1/3 será composto por membros dos TRF’s, indicados em lista tríplice pelo 
próprio Tribunal. 
b) 1/3 por membros dos Tribunais de Justiça dos Estados, indicados em lista 
tríplice pelo próprio Tribunal. 
c) 1/3 será composto por advogados e promotores, indicados pela regra do 
quinto constitucional, estabelecida no Art.94 da CF; cabe aos respectivos 
órgãos de classe elaborar uma lista sêxtupla de representantes, cabendo 
ao STJ a indicação de uma lista tríplice dentre os apontados, enviando-a ao 
Presidente da República, que nomeará um dentre os três indicados. 
Em qualquer das hipóteses descritas, incumbe ao Senado Federal aprovar por 
maioria absoluta a indicação do Presidente da República. 
Em suma, os requisitos para o cargo de Ministro do STJ são os seguintes: (i) 
ser brasileiro nato ou naturalizado; (ii) ter entre 35 e 65 anos de idade; (iii) ter 
notório saber jurídico; (iv) ter reputação ilibada. 
As competências do STJ estão previstas no Art.105 da CF. Alguns assuntos 
que devem ser dirimidos pelo STJ. 
 Homologação de sentença estrangeira (Art.105, I, i, da CF).
 Será competente para julgar originariamente habeas corpus em que figura 
como paciente desembargador de tribunal de justiça estadual (Art.105, I, c, da 
CF). 
 Julgar de forma originária, o mandado de segurança contra ato de ministro de 
Estado (Art.105, I, b, da CF). 
 Dentre outras competências. 
CNJ (Conselho Nacional de Justiça) 
O Art.103-B, com redação dada EC 45/04 e alterada pela EC 61/09, instituiu o CNJ, 
que tem por função a fiscalização do Poder Judiciário quanto ao cumprimento dos 
deveres funcionais dos juízes e à administração financeira desse poder. Ressalta-se 
que o CNJ, contudo, não tem funções jurisdicionais. 
Composição: 15 membros, com mandato de dois anos (admissível somente uma 
recondução), sendo: 
 O Presidente do STF, indicado pelo próprio Tribunal. 
 Um Ministro do STJ, indicado pelo próprio Tribunal. 
 Um Ministro do TST, indicado pelo próprio Tribunal. 
 Um Desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo STF. 
 Um Juiz Estadual, indicado pelo STF, um juiz do TRF, indicado pelo STJ. 
 Um Juiz Federal, indicado pelo STJ; um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, 
indicado pelo TST. 
 Um Juiz do Trabalho, indicado pelo TST. 
 Um Membro do MPU, indicado pelo PGR. 
 Um Membro do MPE, escolhido pelo PGR dentre os nomes indicados pelo 
órgão competente de cada instituição estadual. 
 Dois Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB. 
 Dois Cidadãos, de notável saber Jurídico e reputação ilibada, indicados um 
pela CD e um pelo SF. 
Os membros do CNJ são nomeados pelo PR, após a aprovação da escolha pelo 
Senado Federal, por votação de maioria absoluta (Parágrafo 2º, Art.103-B, CF). 
A EC 61/09 alterou o Parágrafo 1º do Artigo em comento estabelecendo que a 
Presidência do CNJ incumbe ao Presidente do STF, e nas suas ausências e 
impedimentos, ao Vice-Presidente da citada corte. 
Além disso, não há mais idades mínimas e máximas para ser membro do CNJ. 
É importante salientar que, embora incluído na estrutura Constitucional do Poder 
Judiciário, o CNJ qualifica-se como órgão de caráter eminentemente
administrativo, não dispondo de atribuições institucionais que lhe permitam exercer 
fiscalização da atividade jurisdicional dos magistrados e tribunais.
O CNJ é absolutamente incompetente para intervir em processos de natureza 
jurisdicional. Impossibilidade constitucional de o CNJ fiscalizar, reexaminar e 
suspender os efeitos decorrentes de ato de conteúdo jurisdicional. 
Atribuições: Estão previstas no Parágrafo 4º do Art.103-B da CF, além das 
conferidas pelo Estatuto da Magistratura e, dentre elas, destacam-se as seguintes: 
I – Zelar pela autonomia do PJ e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, 
podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou 
recomendar providências. 
II – Zelar pela observância do Art.37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, 
a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do PJ, 
podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da 
competência do Tribunal de Contas da União. 
III – Receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do PJ, 
inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de 
serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou 
oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correcional dos tribunais, 
podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a
remoção, a 
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao 
tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla 
defesa. 
IV – Representar ao MP, no caso de crime contra a administração pública ou de 
abuso de autoridade. 
V – Rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes 
e membros de tribunais julgados há menos de um ano. 
VI – Elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças 
prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do PJ. 
Ressalta-se que não é da competência do CNJ julgar magistrados por crime de 
autoridade, até porque tal órgão não tem função jurisdicional. 
O STF tem analisado várias questões relacionadas ao CNJ, dentre as quais destacam-
se as seguintes: 
 O CNJ não pode, por conta do conteúdo nitidamente jurisdicional, suspender, 
fiscalizar e reexaminar decisão concessiva de mandado de segurança. 
 O CNJ integra o PJ, mas encontra-se hierarquicamente abaixo do STF. 
 O STF conclui julgamento que apontou competência concorrente do CNJ para 
investigar juízes.

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