Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gestão Financeira e Orçamentária UNIDADE 1 1 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA UNIDADE I Palavras Professor Olá pessoal, sou o professor Deyvison Seabra e é com uma imensa satisfação que inicio este no curso de “Gestão Financeira e Orçamentária”, e cada vez mais feliz por fazer parte dessa sua trajetória, participan- do desse momento tão especial em sua vida, que é seu curso superior. Juntos estudaremos a disciplina Gestão Financeira e Orçamentária, nossa disciplina está dividida em 4 unidades e que cada unidade tem seus temas e subtemas, é importante que você sempre acompanhe os conteúdos que serão abordados nos nossos guias de estudo, utilizando os livros que serão citados e disponibilizados na biblioteca virtual. Este guia deve servir para direcionar seus estudos. Além dele, você terá os livros com os conteúdos da disciplina disponibilizados, como dito anteriormente, na biblioteca virtual. Vamos lá! Bons estudos! orientações da disciPlina ASPECTOS INTRODUTÓRIOS A “Gestão Financeira e Orçamentária”, em tese, não apresenta dificuldades de aprendizado, por ser as- sunto de fácil assimilação. Trata-se de uma área de conhecimento relacionada com as operações finan- ceiras de empresas e organizações, visando à maximização dos lucros. Nesta unidade, iremos iniciar nossos estudos apresentando o conceito de finanças e suas funções, bem como, os conceitos, características e implantação do sistema orçamentário. Seguiremos com o estudo acerca do ciclo financeiro e gestão de caixa, os prazos médios, os ciclos operacionais e financeiro. Fina- lizaremos nossos estudos, com a análise das necessidades de capital de giro e, fluxo de caixa e o plane- jamento financeiro. Importante registrar que, o estudo adequado da matéria, irá capacitar você, aluno, a realizar análise das situações financeiras de empresas/organizações para tomadas de decisões com bases sólidas, bem como, prepará-los para questões de estratégia empresarial. 2 conceitos financeiros BÁsicos Antes de aprofundar nosso estudo sobre a gestão financeira e orçamentária, é necessário conhecer al- guns conceitos financeiros importantes e que, normalmente, geram algumas confusões com seus reais significados. Vejamos agora alguns desses conceitos básicos, são eles: Ø Renda – A renda é uma medida de fluxo, ou seja, a renda é o valor ganhado dentro de um determina- do período (mês ou ano), calculada a contar do faturamento, após diminuir os custos e as despesas. Podemos dizer que renda é igual ao lucro. Ø Riqueza – A riqueza se diferencia da renda. A riqueza é uma medida de estoque, ou seja, é o acúmulo de bens. Ela é mensurada em uma determinada data, como no final do mês ou do ano. Podemos dizer que: riqueza é igual a patrimônio. Ø Custo – O Custo representa o somatório de todas as despesas realizadas com bens e serviços neces- sários para produzir outros bens e serviços. Ø Despesa – A despesa representa todo o calor que foi investido nos bens e serviços para manutenção da empresa, ou seja, são todos os gastos com a administração, com o comercial e com o financeiro da empresa. Ø Investimento - O investimento é o uso do dinheiro em tudo aquilo que poderá gerar receita para a empresa, ou seja, em bens que irão permitir que a empresa possa operar em mais de um período. Exemplo, pode ser em uma aplicação financeira para uso futuro. Pode ser em máquinas ou imóveis que pode gerar receita para a empresa. Importante registrar que o investimento se diferencia da despesa, pois, no investimento a saída do dinheiro será aplicada em algo que poderá gerar renda para a empresa, já a despesa é o desembolso que se faz e não trará qualquer ganho futuro. Exemplo: o pagamento do aluguel. Ø Rentabilidade - Todo o fim lucrativo é chamado de rentabilidade e significa que a empresa é rentável. Caso a empresa não seja rentável, não esteja trazendo lucro com alguns anos de vida, é necessário verificar se realmente vale à pena manter as portas aberta. Agora que já estamos um pouco mais íntimos dos conceitos financeiros, passaremos nosso estudo para a função da gestão financeira dentro de uma empresa e, dessa forma, entender os objetivos das funções financeiras em uma empresa. a fUnçÃo da GestÃo financeira Fonte:https://ideal09.files.wordpress.com/2010/02/gestao-financeira.jpg?w=460 3 Antes de estudarmos a função da gestão financeira, precisarmos entender o que significa finanças. Na verdade, as finanças podem ser entendidas como sendo um conjunto de princípios econômicos e finan- ceiros que buscam maximizar um valor em determinado período de tempo. Essa maximização de valor é, com efeito, a riqueza que pode ser medida através do lucro ou através do aumento do patrimônio de uma empresa. Entendido o sentido de finanças, podemos então definir a gestão financeira como sendo um conjunto de ações e procedimentos administrativos, que envolve as análises, decisões e atuações das atividades financeiras de uma empresa, visando maximizar os lucros, ou seja, melhorar a rentabilidade sobre o inves- timento efetuado pelos os sócios e acionistas, através de métodos otimizados de utilização de recursos. Sendo assim, podemos dizer que a gestão financeira nada mais é que a melhor utilização dos princípios microeconômicos e a utilização das ferramentas financeiras para obter o melhor resultado de um negócio. Importante registrar que, o princípio da gestão financeira será sempre o mesmo, independentemente do nível do negócio (por exemplo: uma banca para venda de revista e uma empresa de produção de auto- móvel), apenas, o que irá modificar será a quantidade de informações para realizar um negócio ou outro. Para um melhor entendimento, observe que os dois negócios apontados no parágrafo anterior (venda de revista e produção de carro), possuem riscos, custos, despesas e assim sucessivamente. Isso ocorre, porque a gestão financeira permite que seus princípios sejam aplicados em qualquer negócio. Diante disso, podemos afirmar que a função da gestão financeira, está intimamente relacionada com todas as demais atividades ligadas à obtenção de recursos, utilização e controle de recursos financeiros de forma a garantir, tanto, a estabilidade das operações da organização, como também, a rentabilidade dos recursos nela aplicados. Vejamos agora cada uma delas separadamente: Ø Obtenção de recursos: A obtenção de recursos financeiro é a fase mais importante na busca da viabi- lização econômico-financeiro. Essa captação pode ser realizada através de diversas fontes, como por exemplo, financiamento bancário, capital próprio e de terceiros. Ø Utilização de recursos: Investimento em ativos circulantes e não circulantes. Os ativos circulantes compreendem os bens e direitos realizáveis no curto prazo, ou seja, dentro de um ano (dentro do exercício social) e que estão em constante circulação no patrimônio da empresa. Já os ativos não circulantes, são aqueles realizáveis em longo prazo, ou seja, levam mais que um exercício social para serem alcançados. Ø Controle financeiro: Nada mais é que a organização e administração das finanças. Em outras palavras, diz respeito a tudo que vai verificar se o planejamento, previamente estabelecido, está sendo bem executado e quais as medidas necessárias para corrigir falhas por ventura existentes. Serve para con- trolar o dinheiro que foi investido, que foi gasto, as dívidas e tudo que esteja relacionado com o capital financeiro, seja de uma pessoa jurídica, seja de uma pessoa física. GUarde essa ideia Importante perceber que a gestão financeira está intimamente ligada com a área da Economia e com a área de Contabilidade, e pode ser vista como uma forma de Econo- mia aplicada, que se baseia largamente em conceitos econômicos assim, como tam- bém, em dados contábeis para suas análises. Vejamos: 4 Ø Com a Economia – Muitas vezes as finanças são chamadas de economia financeira. Ocorre porque o gestor financeiro tem que compreender a estrutura econômica, bem como, suas mudanças naspolíticas econômicas, para poderem reagir às mudanças de condições ou se anteciparem a elas. Ou seja, o gestor financeiro necessita ser capaz de utilizar as teorias econômicas como meio de realizar operações financeiras com eficiência. O gestor financeiro utiliza o princípio econômico da análise marginal, no qual uma decisão financeira só deverá ser realizada, apenas, quando os benefícios superarem os custos adicionais. Vejamos um exemplo prático desse princípio econômico (análise marginal) tão importante para auxiliar na tomada de decisão: exemPlo - Desejo investir em uma máquina, capaz de produzir mais rapidamente, porém requer um reembolso, à vista de R$50.000,00, enquanto que a antiga poderá ser vendida por R$20.000,00. Os benefícios totais a serem gerados pela nova máquina seriam de R$60.000,00, e os benefícios da máquina antiga, no mesmo período de tempo, seriam de R$25.000,00. Fazendo uma análise marginal dessa situação específica, vamos primeiro fazer um levantamento dos benefícios e depois dos custos, para podermos comparar: Benefícios: Venda da máquina antiga R$ 20.000,00 Benefícios gerados pela máquina nova R$ 60.000,00 Benefícios Totais r$ 80.000,00 Custos: Compra da máquina nova R$ 50.000,00 Benefícios gerados pela máquina antiga R$ 20.000,00 Custos Totais r$ 70.000,00 No exemplo acima, mostra que o propósito da análise marginal é fornecer o cálculo de quanto à organi- zação ganha ou perde, quando faz uma escolha entre comprar uma máquina nova ou permanecer com a antiga. Na situação acima, a empresa deve optar pela troca da máquina, pois os benefícios superam os custos envolvidos na mudança. Ø Com a Contabilidade: Já na contabilidade, as atividades financeiras (tesouraria) e as atividades contábeis (controller), muitas vezes, se sobrepõem, ou seja, em algumas empresas de pequeno porte o controller, normalmente, ocupa a função financeira. Importante registrar aqui, uma diferença importante entre finanças e contabilidade, ou seja, os contadores geralmente usam o regime de competência, enquanto as finanças se concentram em fluxos de caixa. O regime de competência, utilizado pelo contador, reconhece as receitas no momento da venda e as despesas, quando incorridas e o regime de caixa, utilizado pelo gestor financeiro, reconhece as receitas e despesas apenas quando ocorrem entradas e saídas efetivas de caixa. 5 Vejamos um exemplo prático dessa diferença entre a visão do contador (regime de competência) e a visão do administrador financeiro (regime de caixa): exemPlo - Uma empresa no final do último exercício fiscal, vendeu uma máquina por R$60.000,00; esta foi adquiri- da durante o ano pelo custo de R$45.000,00. A empresa ainda não recebeu os R$60.000,00 do cliente no final do exercício. Demonstrativo de Resultado (Visão do contador): Venda do equipamento R$ 60.000,00 total das vendas r$ 60.000,00 Compra do equipamento R$ 45.000,00 total das compras r$ 45.000,00 lucro no período r$ 15.000,00 Demonstrativo de Fluxo de Caixa (Visão do administrador Financeiro): Recebimento de venda do equipamento R$ 0,00 total das entradas de caixa r$ 0,00 Pagamento pela compra do equipamento R$ 45.000,00 total das saídas de caixa r$ 45.000,00 fluxo de caixa líquido r$ - 45.000,00 O exemplo acima, deixa bem claro a diferença entre o regime de competência adotado pela contabilidade e o regime de caixa da administração financeira. Na visão do contador, a empresa, do exemplo acima, teve um lucro de R$ 15.000,00 ao final do exercício, que pode até satisfazer a direção da empresa. Porém, apesar do resultado contábil, a empresa enfrenta sérios problemas de liquidez, pois, no exemplo acima teve R$ 0,00 de entrada de caixa e precisa desem- bolsar R$ 45.000,00 de despesas no período. Portanto, podemos apontar o setor financeiro como sendo um dos mais importantes dentro de uma empre- sa, uma vez que, é ele o responsável pela administração do dinheiro, dos investimentos, riscos financeiros e, também, é o responsável pelo relacionamento com os investidores. GUarde essa ideia Sendo o setor financeiro uma área que trabalha com a parte de cálculos da empresa, o profissional desse setor necessita de um alto grau de concentração e atenção, e é cla- ro, é necessário um bom raciocínio lógico, além, de um bom conhecimento e bastante habilidade com a matemática. Essa pessoa é o gestor financeiro, que atua diretamente no planejamento das finanças da empresa, ou seja, é o responsável por organizar, cap- tar e aplicar os recursos da sua companhia. Diante do que acabamos de estudar, podemos concluir que o principal objetivo do gestor financeiro é aumentar o valor do patrimônio líquido de uma companhia ao gerar lucro líquido por meio das atividades operacionais da organização. 6 Vamos agora visualizar graficamente a posição de um gestor financeiro dentro de uma empresa. Conforme observado no gráfico acima, os gestores financeiros executam diversas funções dentro de uma empresa, de forma que é ele a pessoa mais importante no momento das tomadas de decisões e na rea- lização de planejamentos para novos investimentos. Isso ocorre porque o gestor financeiro está direta- mente em contato com uma série de informações gerenciais que o possibilita, conhecer e analisar mais adequadamente a situação financeira da empresa, podendo dessa forma tomar decisões gerenciais mais adequadas com o fim de, maximizar os resultados financeiros. Sobre o objetivo da gestão financeira, verifica-se que seu principal objetivo é a maximização da riqueza do acionista. Porém, essa maximização de riqueza deve ser considerada, tanto em relação ao lucro da em- presa, como também, em relação à riqueza dos proprietários/acionistas. Isto porque, existe uma diferença entre a maximização da riqueza dos a e a maximização do lucro da empresa. No tocante a riqueza dos proprietários/acionistas, esta se refere ao aumento do valor do lucro e o quanto deste (do lucro) foi distribuído entre os acionistas. Já o lucro da empresa, refere-se apenas na distância entre a receita e os custos, ou seja, quanto maior a distância entre a receita e o custo e despesa, maior será o lucro. dica Portanto, tenhamos sempre em mente que o objetivo do gestor financeiro é sempre a maximização da riqueza dos proprietários e não dos lucros, uma vez que, a maximiza- ção dos lucros não leva em consideração o risco, o fluxo de caixa e nem a época da ocorrência do retorno. Enquanto a maximização da riqueza dos acionistas leva em conta os fluxos de caixa, a distribuição dos fluxos no tempo e seu risco. Para realizar toda essa gerência financeira, o gestor financeiro pode ocupar diversos cargos dentro da empresa. Você agora deve está se perguntando, quais as efetivas oportunidades de carreira em gestão financeira? Então, para não restar dúvidas, vamos a elas: 7 Ø Analista Financeiro – Realiza o planejamento de toda a rotina financeira, acompanha recebimentos e pagamentos efetuados, analisa fluxo de caixa e elabora projeções de faturamento, a fim de, identificar melhorias no desempenho econômico-financeiro da empresa. Ø Analista/Gerente de dispêndio de capital – Assessora a direção em problemas orçamentários, dando pareceres a fim de, contribuir para a correta elaboração de políticas e instrumentos de ação na empre- sa. Faz a elaboração orçamentária e o controle da situação patrimonial e financeira da instituição. Pla- neja o sistema de registros e operações, atendendo às necessidades administrativas e às exigências legais, para possibilitar controle contábil e orçamentário. Ø Gerente de Projetos Financeiros – Responsável por conseguir financiamentos para investir em projetos já aprovados, bem como, é responsável pela coordenação dos consultores, bancos de investimentos e conselho jurídico. Ø Gerente de Caixa – Responsável por manter e controlar os saldos diários do caixa da empresa. Geral- mente cuida das atividades de cobrança e desembolso do caixa e investimentos em curto prazo. Ø Analista/Gerente de Crédito– Gerencia as políticas de crédito da empresa. Avalia as solicitações de crédito, extensão, monitoramento e cobrança de contas a receber. Ø Gerente de Fundos de Pensão – Responsável pelo gerenciamento de ativos e passivos do fundo de pensão do quadro de funcionários. Ø Gerente de Câmbio – Responsável pelas operações estrangeiras específicas. formas de orGaniZações emPresarias BÁsicas Por vezes, no momento de se abrir uma empresa surge diversas dúvidas sobre ramos de atividades, sócios, gastos, lucros, bem como, sobre a modalidade jurídica que a organização empresarial irá se en- quadrar. Contudo, esta modalidade jurídica irá depender, ou melhor, será definida de acordo com o ramo de atividade, o porte e o número de sócios que a organização empresarial será constituída. Dentre as modalidades de organização empresaria, existem três que são mais comuns, vejamos: Ø Firma Individual – Nesse tipo de organização o empresário “individual” não necessita de um sócio para abrir seu próprio negócio, isto por que é uma empresa pertencente a uma única pessoa (normalmente, tratam-se de pequenas empresas) onde será esta mesma pessoa que irá administrar seu próprio negó- cio visando seu maior lucro. Nesse tipo de organização o nome da empresa é o mesmo do proprietário, porém é facultado o uso de um nome de fantasia e, não ocorre à separação do patrimônio, ou seja, todo o patrimônio pessoal do proprietário poderá ser tomado para saldar dívidas de credores, vez que o mesmo possui responsabilidade ilimitada. Vejamos agora, alguns pontos positivos e negativos da firma individual: - Pontos Positivos: Ø Todo o lucro recebido pela empresa ficará para seu único proprietário; Ø O lucro da empresa poderá ser incluído e tributado na declaração do IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física); Ø Facilidade de dissolução e; Ø Sigilo. 8 Pontos negativos: Ø O proprietário responde com todo o seu patrimônio para pagar dívidas da empresa. Possui res- ponsabilidade ilimitada; Ø Havendo morte do proprietário ocorre a perda da continuidade empresarial; Ø Dificuldade em ofertar carreiras de longo prazo aos funcionários; Ø O proprietário deve ser capaz de realizar todo tipo de atividade. Sociedades por Cotas de Responsabilidade Limitada (LTDA) – A sociedade limitada necessita de mais de uma pessoa para sua abertura, contudo, não exige que os sócios possuam a mesma porcentagem de suas cotas. E por isso, a responsabilidade de cada sócio irá corresponder, proporcionalmente, com a sua cota de participação, embora, exista a obrigação solidária pela integralização das quotas subscritas pelos demais sócios, ou seja, quando um dos sócios não conseguir arcar com as dívidas da empresa no limite de sua cota estabelecida no contrato social, os demais sócios deverão responder solidariamente pela dívida desse sócio. Na LTDA, o capital estipulado no contrato social é representado por cotas, onde cada sócio é denominado de cotista e, necessariamente, o nome ou razão social dessa sociedade será seguido pela expressão “Limitada” ou “LTDA”. Vejamos agora, alguns pontos positivos e negativos da sociedade por cotas: Pontos Positivos: 1) Maior quantidade de pessoas para efetivar uma melhor capacidade de gestão. 2) O lucro da empresa poderá ser incluído e tributado na declaração do IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física) dos sócios. Ø Possibilidade de captar maior quantidade de empréstimos, tendo em vista a maior quantidade de sócios. Ø Possibilidade de captar maior quantidade de recursos que as firmas individuais. Pontos negativos: Ø O proprietário poderá ser obrigado a arcar com as dívidas de outros sócios. Ø Havendo morte de um dos sócios a sociedade se dissolve. Ø Dificuldade para liquidar ou transferir a sociedade. Sociedade por Ações (S.A) – A sociedade por Ações, também conhecida como “entidade jurídica” é aque- la que, antigamente era chamada de sociedade anônima. Diferentemente das firmas individuais que são constituídas por um titular e, das sociedades por cotas (Ltda) que são constituídas por cotistas, a socie- dade por ações tem sua constituição realizada através de acionistas. O capital estabelecido no contrato social é denominado de ações, onde seus acionistas (ou sócios) possuem sua responsabilidade limitada ao valor de suas ações. As Sociedades por Ações podem ser classificadas por duas modalidades: podem ser abertas e podem ser fechadas, contudo, ambas podem trocar as suas modalidades, ou seja, abertas para fechadas e fechadas para abertas. Vejamos cada uma delas separadamente: 9 Ø Sociedades por Ações Abertas: São conhecidas como empresas de capital aberto. Na verda- de são aquelas onde qualquer pessoa pode se tornar acionista comprando ações através da bolsa de valores. Nesse tipo de sociedade a quantidade de acionista é ilimitada. Ø Sociedade por Ações Fechadas: Nesse tipo de sociedade, suas ações não são negociadas na bolsa de valores. Ela é restrita para poucos acionistas e, a captação de recursos é realizada através dos próprios acionistas. acesse sUa BiBlioteca virtUal Você poderá aprofundar seus estudos consultando o livro, Princípios de Administração Financeira, 10ª Edição, Lawrence J. Gitman, pg. 05 à 08, através da biblioteca virtual. Boa Leitura! GUarde essa ideia Nota: A partir de 2012, tornou-se possível a abertura de mais um tipo de pessoa jurídi- ca no Brasil, as chamadas EIRELI (Empresa de Responsabilidade Limitada). O objetivo de sua criação foi ajudar os micros e pequenos empresários que não possuíam sócios a sair da informalidade. A principal diferença dessa modalidade de pessoa jurídica é que, em caso de dívidas, o patrimônio pessoal do empresário não será usado para o cumprimento das obrigações. visite os links: Para maiores informações sobre as diferenças entre Eireli, sociedade limitada e empre- sário individual visite o site. E se tiver dúvidas sobre modalidades de empresas, clique aqui. Agora que já aprendemos as formas de organização das empresas, necessário se faz sabermos que, independentemente, do tipo de organização, toda empresa necessita captar financiamentos para exe- cutar os seus projetos. O responsável por essa captação de financiamentos é o gestor financeiro, poderá fazê-lo através das seguintes formas: Ø Capital de terceiros - Normalmente, uma empresa não é financiada, apenas, por capital próprio, mas também através de endividamento. Capital de terceiro, nada mais é que, o valor devido a for- necedores de mercadorias por compras a prazo, ou a bancos por empréstimos contraídos, ou seja, é o dinheiro de pessoas que não possuem relação alguma com a empresa, sendo utilizado para manutenção de suas operações. Ø Recursos Gerados pela Empresa – São aqueles recursos que resultam do lucro líquido apurado, exclusivamente, das operações regulares da empresa. Ø Mercados de Capitais – Emissões de novas ações. Além da captação de financiamento realizada pelo gestor financeiro dentro de uma empresa, o Balan- ço Patrimonial (BP) também possui grande importância, pois será através do balanço patrimonial que se chegará ao patrimônio líquido da empresa. O balanço patrimonial apresenta uma análise precisa da situação financeira da organização ou ainda, uma projeção para um determinado período, que normalmente é de um ano. A partir da análise do patrimonial, o gestor financeiro poderá decidir se irá investir, fazer reservas, cortar gastos ou, ainda, se prevenir se for o caso de resultados negativos. O http://www.contabilidadepontual.com.br/quais-sao-as-diferencas-entre-eireli-sociedade-limitada-e-empresario-individual/ http://www.infomoney.com.br/negocios/noticia/2488300/duvidas-sobre-modalidade-empresa-veja-cada-uma-escolha-sua 10 balanço patrimonial é, na verdade, a representação gráfica do patrimônio, onde irá, constar os valores do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido em determinado momento. O balanço patrimonial é dividido em duas categorias, vejamos: - Ativo: Compreende os bens e direitos, bem como, todo e qualquer recursomovimentado pela empre- sa. Acrescentem-se os títulos públicos ou privados que a empresa tem por receber. - Passivo: São as obrigações, os deveres que a empresa tem que cumprir como estado, seus funcionários e com outras empresas. O balanço se apresenta em duas colunas, onde a da esquerda apresentará o seu ativo e a da direito refere-se a seu passivo. Vejamos a representação gráfica do balanço patrimonial (BP): Balanço Patrimonial (BP) Ativo Circulante Ativo não Circulante Passivo Circulante Passivo não Circulante Patrimônio Líquido Para melhor entendermos a representação gráfica acima, vamos aprender o significado de cada uma dessas nomenclaturas. Vamos lá! Ø Ativo Circulante – São aquelas que podem ser convertidos em dinheiro em curto prazo. Ele é equi- valente ao capital de giro da empresa, onde podem ser continuamente alterados durante o ciclo operacional da empresa. Ø Ativo não Circulantes – São representados por todos os Bens de permanência duradoura, desti- nados ao funcionamento da sociedade ou seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. Se subdividem em quatro grupos: Realizável a Longo Prazo: Seria, por exemplo, as contas com mais de 360 dias para receber; Imobilizado: Seriam os bens imóveis da empresa que esta não tem intenção de vender, pois servem para o próprio funcionamento da empresa. Exemplo: Fábrica, Veículos, máquinas, etc. Investimentos: São os valores aplicados com resgates com mais de 360 dias, ou Investi- mentos em Ações sem intenção de Venda. Exemplo: Compra de Terrenos entre outras. Intangível: São os itens não palpáveis da empresa. Exemplo: marcas e patentes da Empresa. Ø Passivo Circulante – São constituídos pelas as obrigações da entidade, como por exemplo, salários dos funcionários, impostos. Além de, financiamentos para adquirir um determinado ativo não circulan- te, quando se vencerem no o exercício seguinte. Ø Passivo não Circulante - São constituídos pelas obrigações da entidade, como por exemplo, salá- rios dos funcionários, além de financiamentos para adquirir um determinado ativo não circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte. 11 Ø Patrimônio Líquido - É a diferença entre o valor dos ativos e dos passivos. É constituído por Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. Portanto, o Balanço Patrimonial é uma ferramenta muito importante e indispensável para todas as em- presas independente do seu ramo de atividade e forma de tributação. O Balanço Patrimonial evidencia qualitativa e quantitativamente a posição patrimonial e financeira da entidade em um determinado período contribuindo para o processo de tomada de decisão. conceitos e caracterÍsticas do sistema orçamentÁrio Fonte:http://www.estratege.com.br/Images/imggeo_20090427.jpg Conceito: O sistema orçamentário é, na verdade, um instrumento eficaz para o planejamento e contro- le dos resultados que mensura, avalia e demonstra através de projeções os desempenhos financeiros da empresa, bem como, das unidades que a compõem. Diante disso, podemos perceber que o sistema orçamentário não é uma previsão futura, não é uma estimativa, uma vez que, ele monitora e acom- panha o desempenho das atividades executadas, diariamente, comparadas com o plano traçado e compromisso assumido pelos gestores. Contudo, para que essa gestão orçamentária possa funcionar necessário, se faz que os gestores de todos os departamentos de uma empresa prestem contas de sua atividade, possibilitando um acom- panhamento por meio de sistema de informação contábil, de forma a permitir, que o desempenho esperado, a partir do plano orçamentário, seja alcançado. Portanto, o objetivo do sistema orçamentário é estabelecer e coordenar metas para todas as áreas da empresa, de forma que, todos os setores da empresa trabalhem em cooperação visando alcançar os planos de lucros. Características: O sistema orçamentário pode ser caracterizado através das seguintes formas, vejamos: Ø Projeção para o futuro – Responsável em especificar a quantidade da concretização das atividades futuras e quando elas ocorrerão, considerando, em parte, o presente para projetar o futuro. Ø Flexibilidade na aplicação – O orçamento como instrumento de planejamento financeiro deverá ser adaptável as mudanças sofridas na economia, devendo adequar os planos pré-estabelecidos, para as novas condições de trabalho e de mercado da empresa. Ø Participação direta dos responsáveis – Ou seja, necessita da participação de todos os níveis da 12 empresa para que dessa forma possa alcançar as metas dos planos inicialmente estabelecidos. Ø Global – Pois envolve todas as unidades e atividades operacionais da empresa, no período consi- derado. Ø Prático – A elaboração do orçamento deverá ser em tempo hábil, para que a sua execução possa ocorrer no momento certo. Ø Critérios uniformes - Para elaborar-se o orçamento na empresa, princípios e padrões terão que ser definidos, previamente, permitindo assim realizar-se a avaliação do mesmo. Ø Quantificação – O orçamento deverá ser expresso, em valores físicos e monetários. Ø Economicidade – Deverá revelar, em termos econômicos, o que se terá de fazer e o que se pretende fazer na empresa no período orçamentário. Após estudarmos o conceito e características do sistema orçamentário, vejamos agora, as etapas que o gestor financeiro deverá considerar para realizar o orçamento da empresa, conforme consta em seu livro texto de Gestão Financeira e Orçamentária, pg. 08: Ø Premissas e pré-planejamento, contendo princípios gerais e diretrizes dos cenários estu- dados; Ø Plano de marketing; Ø Plano de suprimentos, produção e estocagem (PSPE); Ø Plano de investimentos no ativo não circulante; Ø Plano de recursos humanos; Ø Plano financeiro. Diante disso, temos que o orçamento tem como função permitir a implementação das decisões conti- das no plano estratégico montado pela empresa. acesse a BiBlioteca virtUal No seu livro texto de Gestão Financeira e Orçamentária, também na página 8, você poderá encontrar os princípios, importantes para serem considerados no momento da criação do plano estratégico de uma empresa. Palavras do Professor Chegamos ao final da unidade I, onde vimos os conceitos financeiros básicos, a função da gestão finan- ceira, as formas de organização empresarial analisando seus pontos positivos e negativos e os conceitos e características do sistema orçamentário. É necessário lembrar a importância da realização dos exercícios propostos no seu ambiente de estudo, para um maior aprendizado e fixação dos assuntos abordados. Em caso de dúvidas, não perca tempo, pergunte ao seu tutor! Até mais!
Compartilhar