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PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CELULOSE E DE PAPEL O QUE É CELULOSE? A celulose é um polissacarídeo (similar ao açúcar) que é o principal componente da parede celular das fibras das plantas. Junto com a lignina, as resinas e os minerais (compostos inorgânicos), a celulose é um dos compostos que constituem a madeira - cerca de 50%. Suas moléculas, agrupadas pela lignina, formam feixes de fibras que constituem as células vegetais que compõem as fibras presentes na madeira. (Esquema figura 02) O objetivo do processo industrial é extrair a celulose da madeira, na forma de uma pasta separando-a da lignina, resinas e minerais, as quais são usadas na geração de energia elétrica pela própria fábrica. O processo de produção de papel compreende três etapas: A formação das florestas e seu corte; A produção da celulose; e A produção do papel. Em linha com a estratégia da Companhia em conduzir seus negócios de acordo com os mais altos padrões ambientais, a Companhia utiliza técnicas de plantio e colheita que sejam menos agressivas ao meio ambiente, tais como cultivo mínimo e técnicas de preparo do solo, caracterizando menor intervenção no mesmo, o que evita erosão e mantém o solo mais úmido e proporciona elevados níveis de eficiência e produtividade. FORMAÇÃO DE FLORESTAS E SEU CORTE A formação de florestas começa nos viveiros da Companhia, localizados nos Estados da Bahia e de São Paulo, onde a Companhia utiliza as mais modernas técnicas disponíveis de clonagem, e em viveiros terceirizados que utilizam material genético desenvolvido pela Companhia. As mudas produzidas nos viveiros da Companhia são variedades de eucalipto de alta produtividade de celulose e que melhor se adaptam ao clima e demais características das respectivas micro-regiões onde serão plantadas. A Companhia utiliza colheitadeiras mecânicas (harvesters) que cortam as árvores no pé, descascam e cortam o tronco em toretes. Parte da casca e folhas permanecem na floresta. Os toretes são transportados para a beira dos talhões de plantio por equipamentos específicos (forwarder) e dali são transportados em caminhões para a fábrica. CELULOSE O Processo Kraft de Cozimento Os toletes recebidos nas fábricas de celulose são, se necessário, descascados e posteriormente picados em cavacos. Os cavacos são então transferidos por esteira transportadora aos digestores, onde passam por um processo de cozimento com adição de sulfato de sódio e soda cáustica. Este processo de cozimento, designado Processo Kraft, minimiza os danos às fibras da celulose, de forma a preservar sua uniformidade e resistência. Durante o cozimento, as fibras de celulose são separadas da lignina e resinas, quando então é obtida a celulose não branqueada. Numa fase de pré-branqueamento, a celulose é então lavada e submetida a um processo de deslignificação por oxigênio que, combinado com o Processo Kraft, remove aproximadamente 95% da lignina. A esta altura do processo, uma pequena parcela da fibra de celulose produzida é utilizada na produção de alguns tipos de papelcartão. A lignina e os produtos resultantes do Processo Kraft compõem o chamado “licor negro”, que é separado e enviado para evaporadores para elevar a concentração de sólidos e em seguida para uma caldeira de recuperação. Neste equipamento, o licor negro é utilizado como combustível para a produção de vapor e energia elétrica e, recupera-se, aproximadamente, 99% das substâncias químicas utilizadas no Processo Kraft. Branqueamento A próxima etapa do processo de produção de celulose é o processo de branqueamento químico. Os atuais complexos branqueadores da Companhia consistem em uma série de torres de branqueamento de média densidade através das quais passa a celulose deslignificada. Cada torre de branqueamento contém uma mistura diferente de agentes branqueadores. A produção da celulose convencional é feita através de um processo que utiliza o cloro, dióxido de cloro e soda cáustica, ao passo que o processo de branqueamento “Elemental Chlorine Free”, ou ECF, não utiliza o cloro elementar. Ao final desta etapa a celulose branqueada é transferida para torres de armazenagem ainda em forma líquida. A partir deste ponto, ela pode ser destinada diretamente para as máquinas de papéis na Unidade Mucuri, no Conpacel e na Unidade Suzano, ou em caminhões para a Unidade Rio Verde e Unidade Embú ou, ainda, no caso da Celulose de Mercado, para secadoras onde a celulose é então seca, moldada em folhas e cortada e, em seguida, embalada. Papel A Companhia produz papel para imprimir e escrever woodfree não revestido em todas as suas unidades de produção, exceto na Unidade de Embú, produz papel para imprimir e escrever woodfree revestido nas Unidades Suzano e Conpacel e papelcartão nas Unidades Suzano e Embú. A Companhia inicia a produção de papel encaminhando a celulose para refinadores, que aumentam o nível de resistência das fibras. Após o refino, a máquina de papel é alimentada com a solução de celulose, onde esta é misturada a outros materiais e aditivos de forma a fornecer as propriedades demandadas pelos consumidores finais. Estes aditivos incluem cola sintética, carbonato de cálcio precipitado (processo alcalino), alvejantes ópticos e outros. Durante o processo de produção de papel e papelcartão, a folha é formada, prensada e seca. Na etapa final do processo, rolos de papel de grande dimensão são convertidos em bobinas, papel formato fólio e papel cut- size. No caso do papel revestido, o papel passa por tratamentos adicionais, com aplicações de tinta de revestimento nas duas faces do papel, antes de ser cortado consoante as especificações do cliente ou do convertedor. A Companhia monitora a produção por um sistema computadorizado que controla cada etapa do processo de produção. A programação e o controle da produção de papel são feitos com estreita coordenação entre as áreas de produção, vendas e marketing. Desta forma, a Companhia é capaz de planejar, otimizar e customizar a programação de produção, bem como de antecipar e responder com flexibilidade às variações sazonais e preferências dos consumidores. Turnos da Produção de Papel e Celulose As fábricas integradas de papel e celulose da Companhia, na Bahia e em São Paulo, operam em três turnos, durante 24 horas por dia, todos os dias do ano, com exceção das paradas programadas de manutenção. Na unidade Mucuri são realizadas duas paradas programadas no ano (uma para cada linha) para manutenção, com duração média de sete dias, geralmente em março e setembro. Nas fábricas de São Paulo realiza-se uma parada, geralmente no mês de maio. As datas das paradas são flexíveis e podem ser alteradas em função de fatores relacionados à produção, mercado e fornecedores. A Companhia mantém um estoque de determinadas peças sobressalentes consideradas críticas devido à sua função no processo de produção ou devido à dificuldade de encontrar substitutos. A Companhia também desenvolve um relacionamento estreito com seus fornecedores de forma a assegurar seu acesso a peças sobressalentes. Descrição dos principais produtos de papel A tabela a seguir contém uma breve descrição dos principais papéis da Companhia, bem como uma listagem das unidades onde são produzidos: Produto Descrição Unidade Papel Não Revestido O papel não revestido é produzido para uso em copiadoras, impressão de imagens a laser, digital e desktop, bem como em materiais de propaganda e promoção tais como brochuras, panfletos, livros, offering memorandum e publicações diretas para envio via correio. São produzidos diversos tipos de papéis não revestidos, que são convertidos em envelopes, blocos e formulários de negócios pelos clientes da Companhia. Os papéis são utilizados para impressão de alta qualidade, correspondências de negóciose papéis gráficos e para a arte. O papel da Companhia para imprimir e escrever não revestido é vendido sob suas marcas, que incluem, Report®, Alta Alvura®, Paperfect®, Artwork®, Simetrique® e Reciclato®, o qual é produzido a partir de fibras recicladas (25% pós consumo e 75% pré consumo). Mucuri, Suzano, Rio Verde e Conpacel Papel Revestido Este papel possui uma ou duas camadas superficiais de tinta em ambos os lados da folha de papel. O papel revestido é utilizado em uma variedade de impressões e publicações, tais como: catálogos, correspondências diretas, revistas, inserções, impressões comerciais e material promocional. Suas marcas são o Couche Suzano® e o Kromma®. Suzano e Conpacel Papelcartão O papelcartão é utilizado em embalagens e materiais promocionais, em que a qualidade de impressão é uma exigência, e é vendido sob marcas da Companhia que incluem Extrakot®, Royal®, Art Premium®, Super 6 Premium®, Supremo Alta Alvura®, Supremo Duo Design®, TP Pharma®, TP Premium® Suzano e Embú Fluxograma de Produção Conheça o fluxograma de produção da celulose e descubra cada etapa do nosso extenso trabalho. Para realizá-lo, desde a pesquisa e o plantio da muda de eucalipto até a fibra sendo transformada no papel que estará nas casas de pessoas do mundo todo, decorrem aproximadamente 7 anos. Ocorre dentro dos plantios onde são cultivados os eucaliptos. O processo acontece em três etapas: colheita, corte e descascamento. Casca, folhas e galhos ficam na terra para virar matéria orgânica. Após esse processo, as toras são levadas para lavagem, picagem em tamanho pré-determinado e peneiramento. A partir daí, os cavacos são depositados em silos. No cozimento, os cavacos formam uma pasta marrom, também chamada de celulose não branqueada. Esse processo, que se chama Kraft, ocorre a 150º C com adição de Sulfato de Sódio e Soda Cáustica, dissolvendo a lignina e liberando a celulose como polpa de papel de maior qualidade. Depuração consiste na separação das impureza da madeira e dos pedaços de cavaco que não foram cozidos. Depois é removida a lignina, uma substância que une as células da celulose. No branqueamento, a celulose é peneirada para remover impurezas e suas propriedades (alvura, limpeza e pureza química) são melhoradas. Na secagem, a água da celulose é retirada até que esta atinja um equilíbrio satisfatório com a umidade relativa do ambiente. Na próxima fase, onde a cortadeira reduz a folha contínua em outras menores. Estas folhas formam fardos de 250 kg de celulose. Após armazenada, a celulose é enviada através do Lago Guaíba e Lagoa dos Patos ao porto de Rio Grande, onde é embarcada para o mercado consumidor. Um dos diferenciais da Celulose Riograndense é ter uma localização próxima à BR 290 e um porto próprio, que facilita o transporte para as mais variadas regiões. A celulose produzida na fábrica de Guaíba é utilizada para o mercado externo, especialmente o continente asiático. A Celulose Riograndense é a maior fabricante gaúcha de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto, matéria-prima fundamental para a obtenção do papel de imprimir e escrever e de higiene e limpeza.
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