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ENFERMEIRO NA ATENÇÃO BÁSICA, E ALGUMAS DISCIPLINAS

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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
CURSO DE ENFERMAGEM
2017.2 2º Semestre 
Projeto Integrador de Enfermagem
PROJETO INTERDISCIPLINAR 2º SEMESTRE – 2017.2
Prof. orientadores – Jimi Medeiros e Maria de Lourdes Palmeira dos Santos
Disciplinas envolvidas:
	Anatomofisiologia
	Bioética 
	Bioquímica
	Microbiologia
	Prof Silvana Teixeira
	Prof Lourdes Palmeira
	Prof Astria Gonzales
	Prof Patrícia Seixas
	Bioestatística
	Profª Ivete Capinan
Alunos: Grupo 3
	Ana Carolina
	Elias Gomes S Filho
	Glauber Lima Santos
	Joana Chagas Nery
	Laiza Milena Viana
	Paulo Roberto Santos
	Priscila de Jesus
	
PROJETO: Apresentação em mesa Redonda 26/10/2017 – início: hs
PUBLICO ALVO - Alunos e Trabalhadores da FTC 
TEMA CENTRAL: OS DIVERSOS CENÁRIOS DO EXERCÍCIO LEGAL DA PROFISSÃO
LOCAL: FTC sala 
TEMA OBJETO DE ESTUDO: 
	O protagonismo da Enfermagem no cenário da Atenção Básica
INTRODUÇÃO - 
	
A Atenção Primária à Saúde (APS) foi adotada em diversos países como uma estratégia de apropriação, recombinação, reorganização e reordenação de todos os recursos do sistema de saúde, de modo a responder aos problemas de saúde da população. Desta forma, a atenção primária, como pilar da estruturação dos sistemas de saúde, tende a superar definições mais restritas que a concebem como um meio de oferta de serviços às populações marginalizadas ou unicamente como mais um nível de assistência (MENDES, 1999; MENDES, 2002).
Medina (2006) destaca que os sistemas de saúde, quando organizados com base na atenção primária, apresentam melhores possibilidades de desempenho. Isto se deve à acessibilidade, à função de integração, e à própria organização e racionalização dos recursos, tanto básicos como especializados, que são direcionados à promoção, manutenção e melhoria da vida.
Os termos Atenção Primária à Saúde ou Cuidados Primários de Saúde (CPS), segundo Aleixo (2002), constituem um conjunto integrado de ações básicas que se articulam com um sistema de promoção e assistência integral à saúde. Ainda segundo o mesmo, esta referência à Atenção Primária ou aos Cuidados Primários pode ser identificada desde o fim do século XIX, quando o professor Pierre Budin estabeleceu, em 1892, na cidade de Paris, um sistema de centros de atendimento infantil. Nestes centros eram executadas de forma descentralizada, e concentradas sob um mesmo espaço físico, algumas das ações nomeadas como ações básicas de saúde.
Em 1920, no Reino Unido, foi publicado um relatório tratando da organização de serviços de saúde, distinguindo-os em dois níveis: centros de saúde primários e centros de saúde secundários, devendo estes últimos estar vinculados aos hospitais-escola. Este relatório descreve as funções de cada nível de atenção à saúde e as relações que devem existir entre eles. Ressalta ainda a importância dos profissionais de saúde como médicos, odontólogos, farmacêuticos e enfermeiros na atenção à saúde da comunidade, referindo-se ao trabalho em enfermagem como uma das partes essenciais dos serviços de saúde. Assim, os vínculos entre os níveis de atenção, quando organizados e planejados, responderiam aos vários níveis de necessidades da população por serviços de saúde (MENDES, 2002).
Ainda no início do século XX desenvolveram-se experiências organizativas nos denominados Centros Comunitários, nos Estados Unidos, determinando o marco inicial da aplicação articulada e consistente de algumas das ações básicas de saúde, da maneira como é concebida atualmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Aleixo (2002) relata que os referidos centros desenvolviam um conjunto de atividades de prevenção de doenças e de assistência médica (infantil, pré-natal, tuberculose, doenças venéreas, dentre outras), além de educação sanitária, capacitação ocupacional, algumas ações sobre o meio ambiente, habitação e trabalho num território definido e sobre determinada população. O autor considera que
O abrangente conceito de sistema de assistência, promoção e vigilância à saúde, incluso na Atenção Primária de Saúde como porta de entrada, tiveram nos Centros Comunitários de Saúde americanos do início do século XX a sua primeira tentativa de sistematização organizacional (ALEIXO, 2002, p. 3).
Nessa época, no campo da enfermagem já havia sido institucionalizada a profissão da enfermeira na Inglaterra, e os ensinamentos de Florence Nightingale sobre o cuidado e a administração do espaço assistencial eram difundidos pelo mundo.
No Brasil, a influência desses ensinamentos se fez sentir nas primeiras décadas do século XX, quando, através da Fundação Rockfeller, são trazidas ao País enfermeiras americanas treinadas no sistema Nightingale, com o objetivo de formar enfermeiras para atuar na saúde pública, principalmente no controle de epidemias que prejudicavam as exportações e o crescimento econômico. É também nesse período que no campo da enfermagem passa-se a ter uma formação independente, sendo criada a primeira escola de enfermagem do País no modelo Nightingale (MELO, 1986).
As enfermeiras sanitaristas passaram a integrar a equipe de saúde pública no início do século XX, desempenhando um trabalho de promoção à saúde e prevenção de doenças em locais de grande concentração de imigrantes pobres na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Pouco tempo depois, publicações sobre a atenção primária à saúde mencionaram o trabalho das enfermeiras como sendo essencial e imprescindível para a saúde pública (HSO; HSP; OPS; OMS, 2004).
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (BRASIL, 2017). A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. §1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. § 2º A Atenção Básica será ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do território, considerando os determinantes e condicionantes de saúde. § 3º É proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, raça/cor, etnia, crença, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, estado de saúde, condição socioeconômica, escolaridade, limitação física, intelectual, funcional e outras.
A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção sócio-cultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável.
A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde.
A ATENÇÃO BÁSICA TEM COMO FUNDAMENTOS:
- possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada preferencial do sistema de saúde, com território adscrito de forma a permitir o planejamento e a programação descentralizada, e em consonância com o princípio da equidade;
- efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar e em equipe, e coordenação do cuidado na rede de serviços;
- desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adstrita garantindo continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado;
- valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do acompanhamentoconstante de sua formação e capacitação;
- realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resulta- dos alcançados, como parte do processo de planejamento e programação; e
-	estimular a participação popular e o controle social.
Visando à operacionalização da Atenção Básica, definem-se como áreas estratégicas para atuação em todo o território nacional a eliminação da hanseníase, o controle da tuberculose, o controle da hipertensão arterial, o controle do diabetes mellitus, a eliminação da desnutrição infantil, a saúde da criança, a saúde da mulher, a saúde do idoso, a saúde bucal e a promoção da saúde. Outras áreas serão definidas regionalmente de acordo com prioridades e pactuações definidas nas CIBs.
Para o processo de pactuação da atenção básica será realizado e fir- mado o Pacto de Indicadores da Atenção Básica, tomando como objeto as metas anuais a serem alcançadas em relação a indicadores de saúde acorda- dos. O processo de pactuação da Atenção Básica seguirá regulamentação específica do Pacto de Gestão. Os gestores poderão acordar nas CIBs indica- dores estaduais de Atenção Básica a serem acompanhado s em seus respectivos territórios.
SÃO ITENS NECESSÁRIOS À REALIZAÇÃO DAS AÇÕES DE ATENÇÃO BÁSICA NOS MUNICÍPI- OS E NO DISTRITO FEDERAL
 Unidade(s) Básica(s) de Saúde (UBS) com ou sem Saúde da Família inscrita(s) no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saú- de do Ministério da Saúde, de acordo com as normas sanitárias vigentes; 
 UBS com ou sem Saúde da Família que, de acordo com o desenvolvimento de suas ações, disponibilizem:
 Equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro, cirurgião dentista, auxiliar de consultório dentário ou técnico em higiene dental, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde, entre outros;
 Consultório médico, consultório odontológico e consultório de enfermagem para os profissionais da Atenção Básica;
 Área de recepção, local para arquivos e registros, uma sala de cuidados básicos de enfermagem, uma sala de vacina e sanitários, por unidade;
Equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações pro- postas, de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica;
 Garantia dos fluxos de referência e contra referência aos serviços especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico, ambulatorial e hospitalar; e
Existência e manutenção regular de estoque dos insumos necessários para o funcionamento das unidades básicas de saúde, incluindo dispensação de medicamentos pactuados nacionalmente.
A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Além dos princípios gerais da Atenção Básica, a estratégia Saúde da Família deve:
- ter caráter substitutivo em relação à rede de Atenção Básica tradicional nos territórios em que as Equipes Saúde da Família atuam;
- atuar no território, realizando cadastramento domiciliar, diagnóstico situacional, ações dirigidas aos problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade onde atua, buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo, mantendo sempre postura próativa frente aos problemas de saúde- doença da população;
- desenvolver atividades de acordo com o planejamento e a programação realizados com base no diagnóstico situacional e tendo como foco a família e a comunidade;
- buscar a integração com instituições e organizações sociais, em especial em sua área de abrangência, para o desenvolvimento de parcerias; e
-	ser um espaço de construção de cidadania.
SÃO ITENS NECESSÁRIOS À IMPLANTAÇÃO DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA:
- existência de equipe multiprofissional responsável por, no máximo, 4.000 habitantes, sendo a média recomendada de 3.000 habitantes, com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus integrantes e composta por, no mínimo, médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde;
- número de ACS suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família;
- existência de Unidade Básica de Saúde inscrita no Cadastro Geral de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde, dentro da área para o atendimento das Equipes de Saúde da Família que possua minimamente:
consultório médico e de enfermagem para a Equipe de Saúde da Família, de acordo com as necessidades de desenvolvimento do conjunto de ações de sua competência;
área/sala de recepção, local para arquivos e registros, uma sala de cuidados básicos de enfermagem, uma sala de vacina e sanitários, por unidade;
equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações programadas, de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica à saúde;
- garantia dos fluxos de referência e contra referência aos serviços especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico, ambulatorial e hospitalar; e
- existência e manutenção regular de estoque dos insumos necessários para o funcionamento da UBS.
É PREVISTA A IMPLANTAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE COMO UMA POSSIBILIDADE PARA A REOR- GANIZAÇÃO INICIAL DA ATENÇÃO BÁSICA. SÃO ITENS NECESSÁRIOS À ORGANIZAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DESSA ESTRATÉGIA:
- a existência de uma Unidade Básica de Saúde, inscrita no Cadastro Geral de estabelecimentos de saúde do Ministério da Saúde, de referência para os ACS e o enfermeiro supervisor;
- a existência de um enfermeiro para até 30 ACS, o que constitui uma equipe de ACS;
- o cumprimento da carga horária de 40 horas semanais dedica- das à equipe de ACS pelo enfermeiro supervisor e pelos ACS;
- definição das microareas sob responsabilidade de cada ACS, cuja população não deve ser superior a 750 pessoas; e
V- o exercício da profissão de Agente Comunitário de Saúde regu- lamentado pela Lei nº 10.507/2002.
	ATENÇÃO BÁSICA
	ATENÇÃO HOSPITALAR
	Aproximadamente 90% dos problemas de saúde da população podem ser resolvidos na Atenção Básica
	Somente cerca de 15% dos problemas de saúde da população necessitam de assistência hospitalar
	É necessário compromisso corresponsável com um projeto de cuidado
	É possível compromisso maior com o diagnóstico e a terapêutica
	Critério de Eficácia: qualidade de vida
	Critério de eficácia: alta hospitalar
	Busca do sucesso prático: aprimoramento das relações inter- subjetivas de vínculo e cuidado
	Busca do êxito técnico: aprimoramento de habilidades técnicas e incorporação de novos procedimentos para melhores resultados
	Momento crônico
	Momento agudo
	Seguimento no tempo: encontros sucessivos por longo período
	Encontro momentâneo
	Resultado a médio e longo prazo
	Resultado imediato
	Sujeito in vivo (em relação)
	Sujeito in vitro (isolado)
	Tratamento negociado com o doente. O profissional percebe os limites do tratamento, pois o usuário está em maior liberdade e autonomia
	Relação autoritária, pouco questionada pelo doente. Sensação de onipotência do profissional.
	O doente está preocupado em viver, até porque muitas vezes a busca da unidade de saúde não é motivada por uma doença, mas por um evento vital, como a gestação
	O doente está preocupado em sobreviver, pela agudeza dos agravos. Mesmo no transcurso de uma doença crônica, a hospitalização costuma ocorrer em episódios de agudizaçao do quadro.
	Predominam as ações biopsicossociais, com consciência ou não por parte do profissional
	Predomina a intervenção no corpo biológico, com a aplicação de procedimentos: remédios, exames.
	Fácil produzir dependência devido ao acesso facilitado, vínculo e duração do seguimento
	Difícil produzir dependência devido acesso mais controlado, natureza aguda dos agravos e brevidade dos contatos
	Fácil perceber efeitos colaterais dos tratamentos
	Mais difícil perceber os efeitos colaterais dos tratamentos
	A percepção e compreensão das implicações simbólicas da doença e do tratamento para a vida pessoal e familiar do usuário está maispropiciada
	
Difícil avaliar e compreender as implicações dos agravos para a vida dos pacientes
	A relação clínica dá-se entre pessoas, em uma conexão de biografias
	A relação profissional – paciente tem por alvo controlar uma patologia
	Análogo a um filme
	Análogo a uma fotografia
FUNÇÃO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO BÁSICA 
De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (BRASIL, 2012), algumas atribuições são conferidas à enfermeira que trabalha na Atenção Básica, como Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade; II - Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, solicitar exames complementares, prescrever medicações e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços; III - Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; IV - Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto com os outros membros da equipe; V - Contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente da equipe de enfermagem e outros membros da equipe; e Política Nacional de Atenção Básica 47 VI - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS
Desta forma, consideramos que a enfermeira que atua na atenção primária à saúde precisa desenvolver um conjunto de habilidades que lhe possibilitem alcançar os objetivos a que se propõe enquanto profissional de saúde inserida numa equipe multidisciplinar. Para Almeida et al. (1997), o trabalho da enfermeira neste âmbito é diversificado, pois além do cuidado ao indivíduo, família e grupos da comunidade, compreende também ações educativas, gerenciais e participação no processo de planejamento em saúde. E este processo deve ser articulado e compartilhado com os demais membros da equipe, como na equipe de saúde da família.
É necessário reforçar que dentre atribuições citadas acima, a prescrição de medicamentos, observadas as disposições legais da profissão e conforme os protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, tem sido continuamente impedida pela corporação médica, agregando à arena do trabalho em saúde mais disputas e contribuindo para a manutenção do pouco valor social e econômico atribuído ao trabalho da enfermeira, construído nas experiências de sua atuação histórica no campo da Saúde Pública, desde a década de 1930.
Assim, considerando-se os aspectos abordados, vale ressaltar que a enfermeira aplicará na Atenção Básica, métodos que foram aprendidos durante o processo de aprendizagem na academia, e saberá a utilização de cada disciplina cursada Durante seu processo de formação. Como as disciplinas: Anatomofisiologia I, Bioestatística, Bioética, Bioquímica, Linguagens e Produção de Texto e Microbiologia, cada uma comprido com uma função na Atenção Básica. 
ANATOMOFISIOLOGIA
O estudo dos dados anatômicos é fundamental para possibilitar ao enfermeiro o reconhecimento dos órgãos do corpo humano, assim como, a morfologia, a localização, a função e a organização desses órgãos em sistemas. Na disciplina anatomia humana são abordados os sistemas tegumentar, esquelético, muscular, articular, circulatório, respiratório, digestório, urinário, genital masculino, genital feminino, endócrino e nervoso. Oferecendo desta forma subsídios para construção do conhecimento do profissional de enfermagem que o habilite a compreender a história e a nomenclatura anatômica, os planos corporais, os fatores de variação, bem como, estudo teórico e prático dos sistemas orgânicos, relacionando as principais patologias associadas a cada um desses sistemas. Contudo, os direcionamentos do ensino e da pesquisa em enfermagem precisam adquirir autonomia, possibilitando ao enfermeiro buscar a conciliação entre os novos conhecimentos adquiridos e as metodologias adotadas durante a graduação, visando uma melhoria do atendimento prestado e da qualidade de vida do enfermo, fundamentada na Ciência da Saúde. A partir de reflexões a respeito da prática do enfermeiro faz-se necessário a construção de um conhecimento sobre anatomia humana articulado a outras disciplinas da grade curricular dos cursos de graduação em enfermagem. Tendo em vista que profissional necessita de uma sólida qualificação técnico-científica e a partir desse conhecimento, reconhecer e compreender a natureza humana de cada indivíduo com necessidades básicas de saúde e de assistência de enfermagem adequados às dimensões biopsicossociais. Desta forma, é relevante a importância do estudo da anatomia humana, bem como a sua interdisciplinaridade, permitindo ao enfermeiro um desenvolvimento de suas atividades profissionais com competência, capacitando-o a exercer funções complexas nos sistemas de saúde. Portanto, consolida-se a ampliação do conhecimento científico do profissional, possibilitando intervenções individualizadas junto aos pacientes.
Na atenção básica a anatomia contribui para inúmeros fatores, como por exemplo na aplicação de uma injeção intramuscular, onde devemos ter o conhecimento anatômico do corpo humano, pois dessa forma saberemos se poderemos possivelmente atingir alguma estrutura como um vaso sanguíneo ou um nervo, por exemplo, e assim, evitar possíveis problemas em nossos procedimentos, e na realização do exame físico, um dos exames físicos que podemos destacar seria a Palpação: que é uma técnica utilizada para obtenção de dados por meio do tato (parte mais superficial do corpo) e da pressão (parte mais profunda do corpo). A palpação permite a identificação de modificações de textura, espessura, consistência, sensibilidade, volume e dureza. Permite a percepção de frêmito, flutuação, elasticidade e edema. 
Podemos ressaltar também um procedimento, bastante comum na rede básica de saúde, que seria a drenagem de um abscesso. O abscesso, por definição, constitui-se de coleção de pus na derme e tecidos profundos adjacentes. O furúnculo consiste na infecção de um folículo piloso, com material purulento se estendendo até as camadas mais profundas de derme e do tecido subcutâneo. O carbúnculo nada mais é do que a coalescência dos folículos severamente inflamados, resultando numa massa inflamatória com drenagem de secreção purulenta pelos vários orifícios, e para que possamos realizar esse procedimento, Drenagem de abscesso, é indispensável o conhecimento do sistema tegumentar. 
BIOÉTICA
As peculiaridades da assistência na Atenção Básica conferem aos seus aspectos éticos sutileza e, muitas vezes, dificuldades para distinguir os conflitos morais que podem intervir na relação clínica com o risco do rompimento da relação vincular com os usuários e no trabalho da equipe. Isso pode acabar por comprometer os propósitos da Atenção Básica.
Para lidar com os aspectos éticos da Atenção Básica, é preciso um reforço da sensibilidade e do compro- misso éticos, em uma reviravolta ética com uma prática marcada pela humanização, cuidado e cidadania; uma prática responsável e de cuidado empenhada na promoção da saúde e de vida boa para todos.
(Potter), ao adjetivar a bioética como Bioética Global, radicava-a em uma compreensão responsável da ética, fundamentada na combinação de direitos e responsabilidades. Entendia a bioética muito mais como uma questão de responsabilidades mútuas do que direitos, e sua prioridade máxima era a busca da saúde para todos e não somente para uns poucos escolhidos. Ali- ás, esta foi uma das preocupações que o moveu para propor o termo ‘Bioética’, nos anos 70.
Na articulação de direitos e responsabilidade, a ética do cuida- do faz-se essencial. A consciênciaprofissional nos impele a desempenhar as tarefas com excelente esmero e a observar as normas e regras movidos por um dever, em certa medida, externo, quase alheio à autonomia, que é o que torna a ética verdadeiramente ética. Um compromisso responsável de cuidado levará à promoção das pessoas, respeitando e promovendo a expressão autonômica, a realização e potencialização das capacidades, a cidadania e a saúde para todos, em um nível compatível com a dignidade humana.
Passemos, então, a uma breve reflexão sobre cuidado e responsabilidade como componentes da bioética clínica amplificada.
Cuidar é ir ao encontro de outra pessoa para acompanhá-la na pro- moção de sua saúde, a partir da criação, cultivo e manutenção de laços de confiança e vínculo. A equipe de Atenção Básica e cada um dos seus integrantes mostram-se como pessoas que podem amparar e acompanhar o usuário, observando sua singularidade, identificando seus recursos e procurando, com ele, a via de ação que faça sentido em sua situação e para seu projeto de vida. Em outras palavras, o profissional que se move pela ética do cuidado caminha com a pessoa de quem cuida para promover sua saúde em dupla função: de perito e de conselheiro, no compartilhar de uma jornada. Faz conviver nos encontros a técnica, a efetividade e a eficácia em um clima de empatia, compaixão e cuidado.
Estudo com enfermeiros e médicos da área hospitalar nos Estados Unidos mostrou que, em geral, os enfermeiros assumiam a competência dos médicos, a menos que se provasse o contrário. Em contraste, a preocupação dos médicos pela competência dos enfermeiros era básica para a discussão dos relacionamentos e desacordos, sugerindo que essa não conformava um pressuposto. O que ocorria era justamente o oposto, o conhecimento e o julgamento dos enfermeiros eram assumidos como suspeitos até que se demonstrasse o contrário pela experiência. Na presente pesquisa, provavelmente pelas peculiaridades do PSF que levam a dificuldades para delimitar as responsabilidades e especificidades de cada profissional, esse questionamento quanto ao preparo e à competência surgiu nos dois sentidos, ou seja, tanto os médicos questionaram a competência dos enfermeiros para o desempenho das tarefas clínicas, como os enfermeiros suspeitaram do preparo dos médicos que, com formação de especialistas, devem fazer o atendimento generalista: “(....) a gente vê (....) muitos médicos que chegam sem capacidade de assumir a população (....) não passa por uma capacitação antes, ele não passa pra ver a saúde da mulher, a saúde da criança, às vezes até um (...) psiquiatra (....)” “o sistema que a gente trabalha dá muita liberdade às pessoas que não são médicos (....) você explica, e as pessoas não entendem, porque ela não chega a teu nível intelectual (....)” 
Os problemas éticos nas relações com a equipe trazem à tona as dificuldades crescentes de se delimitar os papéis e funções de cada membro da equipe de saúde em decorrência da incorporação de novos profissionais e das inovações nas propostas assistenciais. Também parece claro que, para fazer frente a isso, os profissionais têm de definir suas atribuições e responsabilidades mutuamente, discutindo as questões de qualificação e competência de maneira conjunta e não cada profissão separadamente, imbuídos de disponibilidade para o diálogo, o respeito às diferenças e sem esquecer que a centralidade da atenção à saúde reside no atendimento das necessidades de saúde do usuário e/ou das famílias, sob risco de comprometê-la se perderem isso de vista. A conformação do sistema e das organizações de saúde pode se constituir fator gerador de problemas éticos, além de determinar a forma de sua percepção, análise e solução. A estrutura dos serviços, então, parece crucial na geração e no apoio para a resolução dos problemas éticos.
Na Atenção Básica, alguns dilemas (aqui denominados desafios bioéticos) poderão surgir, portanto será necessário seguir critérios para que essas posturas sejam adequada.
Primeiro desafio ético: a postura profissional nas relações co m o paciente, a família e a equipe de saúde
Segundo desafio ético: humanizar e acolher
Terceiro desafio ético: o esclarecimento
Quarto desafio ético: a privacidade e o sigilo
Quinto desafio ético: a importância do prontuário
Sexto desafio ético: a interferência na adoção (ou não) de estilos de vida Saudáveis
Sétimo desafio ético: a satisfação do usuário
BIOESTATÍSTICA
 
A bioestatística é a área da ciência estatística voltada à biologia e à medicina. 
O enorme avanço na medicina nos últimos dois séculos, deu-se mediante a aplicação dessa ciência que antes, foi considerada ineficiente, porém esses métodos estatísticos estão no coração desta revolução.
 Por conta da variabilidade biológica, os efeitos dos fatores que causam doenças ou determinam suas consequências, somente podem ser caracterizados significativamente a níveis grupais. Se uma criança com leucemia for tratada com uma determinada quimioterapia, não podemos prever com certeza se o tratamento será ou não bem sucedido naquele indivíduo; mas se 1.000 pacientes forem tratados seguindo o mesmo protocolo, nós podemos saber com uma certa segurança. Com isso percebe se que a bioestatística está diretamente relacionada com a saúde coletiva, que conseguintemente influencia na rede de atenção a saude básica de uma determinada comunidade. Ou seja, a bioestatística nada mais é do que o levantamento de informações para auxiliar na tomada de decisões para melhor atender as necessidades de uma comunidade. 
 Além de informação para a tomada de decisão, a bioestatística também auxilia em um compromisso do governo com a população. O povo tem direito de ter acesso a informações de nível publico, e a saúde é de total interesse publico. Existe um órgão que é usado como principal instrumento de monitoramento das ações do Programa Saúde da Família, e tem sua gestão na Coordenação de Acompanhamento e Avaliação do Departamento de Atenção Básica / SAS. Esse sistema é conhecido como SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica),  criado para o acompanhamento das ações e dos resultados das atividades realizadas pelas equipes do Programa Saúde da Família - PSF. Através dele obtêm-se informações sobre cadastros de famílias, condições de moradia e saneamento, situação de saúde, produção e composição das equipes de saúde. Principal instrumento de monitoramento das ações do Programa Saúde da Família, tem sua gestão na Coordenação de Acompanhamento e Avaliação do Departamento de Atenção Básica / SAS. 
BIOQUÍMICA
A disciplina de Bioquímica é fundamental para a formação dos profissionais de saúde uma vez que possibilita ao discente da área de saúde compreender os processos biológicos a nível molecular o que viabilizar o entendimento dos mecanismos celulares envolvidos no desenvolvimento dos processos patológicos nos sistemas. A aprendizagem de forma significativa vem à torna esses alunos aptos a atuar em um meio onde o domínio das reações orgânicas é imprescindível para compreender os processos patológicos onde se exige capacidade de investigação, diagnóstico, planejamento, avaliação e decisão por parte dos profissionais da saúde.
A bioquímica é um exemplo de disciplina do ciclo básico oferecida em praticamente todos os cursos da área de saúde. Ela atende a grupos muito heterogêneos de alunos e sua característica multidisciplinar é um indicativo da sua imperiosa aplicação nos mais diversos campos de atuação profissional.
O aumento do conhecimento nas diversas áreas das Ciências Biológicas, na bioquímica e na biologia molecular, em particular, tem causado dilema para os professores envolvidos com essas áreas: enquanto o conhecimento aumenta, é impossível aumentar proporcionalmente a carga horária das disciplinas. Nem mesmo os livros-texto mais atuais são capazes de acompanhar a quantidade de informação produzida anualmente.
Apesar disso, os estudantes de enfermagemmostram, em geral, bastante dificuldade e desinteresse pelas disciplinas de biociências. A fim de superar este problema, muitas propostas têm sido testadas no ensino de bioquímica . Vincular o conhecimento de bioquímica às outras áreas do curso, especialmente ao ciclo profissionalizante e à prática do cuidar, tem mostrado sucesso , Certamente, a ampliação das discussões contextualizadas fornece aos alunos bons resultados porque nesse ambiente de ensino-aprendizagem, a motivação dos educandos é maior.
No que diz respeito aos aspectos biomoleculares, a bioquímica contribui e tem contribuído de maneira significativa para o esclarecimento das lesões biomoleculares que causam a anemia falciforme e do processo de aterosclerose observado em pacientes cardíacos. A anemia falciforme, uma hemoglobinopatia de natureza genética, é uma doença em que ocorre alteração da parte globinica da hemoglobina. A globina, proteína constituída por 574 aminoácidos sofre uma mutação em que um desses aminoácidos é substituído pela valina. Tal substituição altera de tal forma a molécula que a hemoglobina perde sua conformação responsável pelo carreamento do oxigênio e a hemácia, dessa forma, apresenta deformação permanente tornando-se incapaz de transportar oxigênio para os tecidos 6.
A aterosclerose tem seu processo também baseado em fundamentos bioquímicos. Um distúrbio no metabolismo dos lipídios, associado a outros fatores, desencadeia o estabelecimento da aterosclerose, uma doença que se desenvolve ao longo de várias décadas levando ao comprometimento de artérias de grande e médio calibre7. A passagem de lipídios (gordura) circulantes e o seu acúmulo na artéria levam a proliferação celular nessa região. Nesse local ocorre um aumento de moléculas de adesão que propiciam a ligação, a ativação e passagem de células especiais com consequente entrada de água, levando a instalação do ateroma (placa fibrosa) que promove a obstrução dos vasos. O tabagismo, hipertensão, hiperlipidemia e diabetes podem levar ao desenvolvimento de camadas de gordura nas artérias levando à formação do ateroma.
Na atenção básica a bioquímica é extremamente importante em vários serviços prestados na atenção básica como: na suplementação de vitamina A. O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A foi instituído por meio da Portaria nº 729, de 13 de maio de 2005, cujo objetivo é reduzir e controlar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós-parto imediato (antes da alta hospitalar). 
A bioquímica é um grande aliado no programa Amenta Brasil, que tem como objetivo qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica com o intuito de reforçar, incentivar e instruir sobre os benefícios do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Uma importante contribuição que a bioquímica traz para os profissionais da atenção básica é da descrição de algumas doenças crônicas como hipertensão e diabetes mellitus. 
LINGUAGENS E PRODUÇÃO DE TEXTO
A linguagem (verbal e não-verbal) é um instrumento imprescindível para a execução da atividade do enfermeiro. Passa por ela o estabelecimento do vínculo com o paciente e família; a compreensão/clareza do paciente em relação às ações empregadas pela enfermagem e a compreensão por parte do profissional em relação ao que o paciente/família querem comunicar. A comunicação pode ser vista como instrumento básico do cuidado. 
Segundo Carneiro et al (2009), podemos dizer que o processo de comunicação é o componente básico na humanização do cuidado em enfermagem pois possibilita à equipe compreender as necessidades do paciente que está vulnerável e fragilizado pela doença /hospitalização. 
A consulta de enfermagem é um processo de interação entre o profissional enfermeiro e o assistido, na busca da promoção da saúde, da prevenção de doenças e limitação do dano. Para que ocorra eficazmente a interação, é necessário o desenvolvimento da habilidade refinada de comunicação, para o exercício da escuta e da ação dialógica (Holanda, F.U.X et al 2005).
Ao desenvolver o cuidado, o enfermeiro usa como instrumento a interação com o paciente, caracterizada por toques, palavras e gestos, entre outros símbolos. Assim, ele utiliza todos os órgãos do sentido e talvez não perceba a quantidade de mensagens fornecidas ou captadas com olhares, palavras, movimentos corporais e sons de vozes. Mas esses cuidados acontecem a todo momento, de forma mais simples ou complexa.
A linguagem técnica e cientifica é de conhecimento mais restrito dos profissionais de saúde, geralmente, não é de domínio do paciente/família. Então, muitas vezes, não é compreendida de forma correta por eles, o que dificulta a comunicação, facilita o surgimento de mau interpretações, fantasias e, por consequência, de maior ansiedade. 
É importante a reflexão da importância de utilizarmos no cotidiano uma linguagem compreendida não só pelos enfermeiros, mas também pelo paciente. Necessário compreender que o cotidiano do cuidar do enfermeiro inclui pacientes, mas o cotidiano de cada paciente não inclui enfermeiros. Dessa forma, é essencial uma linguagem simples e clara para que a comunicação seja realmente uma ferramenta efetiva do cuidado de enfermagem. 
De acordo com Ferreira (2006), a enfermagem é uma ciência humana empenhada no cuidar da pessoa sadia ou doente. O ato de cuidar implica no estabelecimento de interação entre sujeitos (quem cuida e quem é cuidado) que participam da realização de ações, as quais denominamos cuidado, que é a verdadeira essência da enfermagem. Isto porque ao cuidarmos do outro estamos realizando não somente uma ação técnica, como também sensível, que envolve o contato entre humanos através do toque, do olhar, do ouvir, do olfato, da fala. 
Para Ferreira (2006) a comunicação se dá através daquilo que nos faz sentido. O sujeito escuta a mensagem e a traduz de acordo com o seu referencial sociocultural. Desta forma, é possível constatar que o estilo, e a escolha das palavras fazem diferença na qualidade da comunicação que se estabelece com o paciente e isto é importante no processo de negociação do cuidado junto a ele, pois na dinâmica de cuidar do hospital foi possível identificar que muitos profissionais conseguem mais efetividade no cuidado, justamente, porque conseguem uma comunicação mais eficaz junto aos pacientes. As interações do cuidado não se estabelecem de uma maneira puramente técnica, mas também através de uma abordagem expressiva do cuidar, abordagem esta que se dá pela comunicação, seja ela verbal ou não verbal. 
MICROBIOLOGIA 
	
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DA ATIVIDADE: (GERAL E ESPECÍFICOS)
	Objetivo Geral
Objetivos específicos
2.1
2.2
2.3
ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS (Obs: estratégias que possibilitam o engajamento dos alunos com o público alvo de acordo com os objetivos propostos) escolher os compatíveis com seus objetivos e descartar os demais
	Trabalho em equipe
Consulta bibliográfica
Modelagem de material de orientação
Comunicação oral e interação (palestras, explicação, clips)
RECURSOS FÍSICOS E LOGÍSTICOS
	Móveis mesas e cadeiras
Multimeios
Suportes
Autorização e parcerias
ROTEIRO PARA DESENVOLVIMENTO DA OFICINA* 
ETAPAS DA PRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO PARA AVALIAÇÃO:
1. Apresentação do conteúdo.
2. Debate com os alunos sobre o tema.
4.
REFERÊNCIAS 
ATENÇÃO BÁSICA. Funções. Disponível em: <http://dab.saude.gov.br/portaldab/smp_ras.php?conteudo=funcoes_ab_ras> Acesso em 17/10/2017 
BIOESTATÍSTICA NA SAUDE. Disponível em: <https://unitedstatisticians.com/blog/bioestatistica/> Acesso em 05/10/2017
CADERNO 30 DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. Procedimentos da Atenção Primaria. Disponível em : <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad30.pdf> Acesso em 17/10/2017
ENFERMEIRO APRENDIZ. Técnicas básicas de Exame Físico. Disponível em: <http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/tecnicas-basicas-de-exame-fisico/>Acesso em: 17 de outubro de 2017
CARNEIRO, A.D.; MORAIS, G.S.N; COSTA, S.F.G & FONTES, W.D. Comunicação como instrumento básico no cuidar humanizado em enfermagem ao paciente hospitalizado. Acta Paul Enfermagem, 2009.
FERREIRA, M.A. A comunicação no cuidado: uma questão fundamental na enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem 2006.
HOLANDA, F.U.X; MACHADO, M.M.T. & LEITÃO, G.C.M. O conceito da ação comunicativa: uma contribuição para a consulta de enfermagem. Revista Latino Americana de Enfermagem, 2005.
LIMA, Aline Soares de. O trabalho da enfermeira na atenção básica: uma revisão sistemática. 2011. 134 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2011.
MINISTERIO DA SAÚDE. Caderno de atenção primária: procedimentos. Brasília - DF: Editora MS, 2011.
POLITICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA . Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_basica_2006.pdf> Acesso em 17/10/2017
PRÁTICAS DE CUIDADO. O papel do enfermeiro na atenção básica. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v22n5/v22n5a09.pdf> Acesso em 10/10/2017
SLIDESHARE. Importância Do Ensino Da Anatomia Humana Para A Formação Do Enfermeiro. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/thiagojosegueiros/a-importncia-da-anatomia-para-profissionais-da-rea-de-sade>. Acesso em: 17 de outubro de 2017
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