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Sexo e Temperamento Margaret Mead
Margaret Mead nasceu em 1901 e morreu em 1978. Concluiu sua graduação em 1923 (Barnard College), o mestrado em 1924 (Columbia University), quando estudou com Franz Boas e Ruth Benedict, e o doutorado em 1929 (também Columbia). Mead foi pioneiro no uso da fotografia Escreveu muitos livros, entre eles: Coming of Age in Samoa (1928), Growing Up in New Guinea (1930) Sex and Temperament in Three Primitive Societies (1935).
A autora inicia seu texto de forma até poética expondo de forma generalizada como que ao estudar as sociedades mais simples ela nota a maneira como toma as coisas simples e munindo-se disso torna o que chamamos de civilização. Formas de diferenciação de animais, entre um outro indivíduo. Enfim, uma infinidade de diferentes formas de se organizar. (p. 19 - 20)
Dessa forma ela discorre dizendo que cada sociedade tem uma tessitura distinta, em que o espírito humano vai ter varia compreensões distintas de um mesmo objeto. Para Exemplificar ela fala dos Masai e dos Zulus que fazem o nivelamento de todos os indivíduos pela idade um ponto básico de organização, e os Akikiyu da África Oriental consideram um drama maior a destituição cerimonial da geração mais velha pela mais jovem. Os aborígines da Sibéria elevaram o indivíduo de instabilidade nervosa a xamã, em que seu pronunciamento era considerado sobrenatural e constituíam lei para os outros membros mais equilibrados da tribo. (p. 20)
A autora fala que entre os Mundugumor da Nova Guiné, as crianças que nascem com o cordão umbilical em volta do pescoço são definidos como artistas de direito inatos, associando assim assim como o caso do xamã dos Aborígines da Sibéria, duas coisas desvinculadas entre si: O modo de nascimento determina a habilidade de pintar desenhos complicados sobre córtex. (p. 21)
Outra elaboração cultural agora mais familiar é a forma diferente de tratar o filho homem primogênito de forma mais importante. Entre os Moari, o filho primogênito de um chefe era sagrado a ponto de somente pessoas especiais poderiam cortar-lhes os cachos. São formas de construção de uma superestrutura de hierarquia sobre o nascimento. (p. 21)
A autora alerta que o seu estudo não ocupa na existência ou não de diferença entre os sexos, não trata se a mulher é mais instável ou menos instável que o homem, não é um tratado sobre os direito das mulheres e nem uma pesquisa das bases feministas. É segunda a ela um simples relato de três sociedades distintas (Mundugumor, Arapesh e os Tchambuli) agruparem suas atitudes sociais em relação do temperamento em torno dos fatos realmente existentes das diferenças sexuais. (p. 22)
A nossa sociedade também usa essa trama que a autora irá discorrer dessas três sociedades. Atribuímos papéis diferentes desde o nascimento a homens e mulheres traçando o comportamento que é considerado adequado a cada sexo como se fosse inato. (p. 23)
A autora cita o livro The Dominant sex. Os Vaerting mesmo fortemente influenciados pela sua cultura européia haviam sociedades matriarcais onde as mulheres têm liberdade de escolha dotando de uma independência somente dada aos homens na europa. Construíram uma inversão de papéis e em sua interpretação as sociedades matriarcais as mulheres eram consideradas frias, altivas e dominantes, e os homens fracos e submissos. (pode haver outras formas de organização além de um dominante e o outro submisso) (p. 23)
A autora fala sobre diversas possibilidades de se organizar e tratar de diferentes formas uma situação. Se um determinado povo respeita os anciões pode implicar que considerem pouco as crianças mas pode ocorrer como por exemplo dos Ba Thonga da África do Sul, não respeitam nem velhos nem crianças; ou os Índios da Planícies que honra as crianças e os idosos. E os Manus que consideram as crianças o grupo mais importante da sociedade. (p. 24)
Entre os Dakota das Planícies, os homens deveriam enfrentar bravamente qualquer grau de perigo. A criança a partir dos 5 ou 6 anos de idade já era educada para se tornar um “homem de verdade” e toda lágrima sua derramada, se ele continuasse brincando com crianças mais novas e mulheres, significaria que ele estava no caminho oposto. segundo Mead, fala que é comum em sociedades com essa homens desistirem de alcançar esse papel e torna-se um berdache, que abandonam os seus papéis masculinos e passam a usar roupas femininas e cuidar dos serviços das mulheres. (p. 25)
Nos capítulos seguintes a autora irá tratar dos diferentes papéis empregados segundo os temperamentos de cada um dos três grupos que foram estudados pela autora. (p. 26) 
Comparando com a sociedade ocidental, patriarcado em que os homens são mais agressivos e as mulheres mais carinhosas, diferenciação que é atribuída à biologia de cada sexo, Mead constatou na Nova Guiné que “o ideal Arapesh é o homem dócil e suscetível, casado com uma mulher dócil e suscetível; o ideal Mundugumor é o homem violento e agressivo, casado com uma mulher também violenta e agressiva”, enquanto, entre os Tchambuli, é “a mulher o parceiro dirigente, dominador e impessoal, e o homem a pessoa menos responsável e emocionalmente dependente”.
E Mead teve um papel fundamental nas transformações culturais que levaram a essas transformações comportamentais.
Ainda mais notável é o fato de que a antropóloga localiza, em cada sociedade que estudou os “inadaptados”, isto é, as pessoas que não se conformam com os papéis que lhes foram reservados, “o indivíduo para quem as ênfases mais importantes de sua sociedade parecem absurdas, irreais, insustentáveis ou completamente erradas”. Esses não tinham lugar em qualquer sociedade estudada por Mead e eram relegados a uma vida difícil, como não tinham lugar em qualquer outra sociedade jamais existente. Mas, cada vez mais, esses inadaptados estão encontrando o seu lugar na sociedade ocidental de hoje, composta, cada vez mais, de conglomerados de diferentes e numerosas tribos.
Resuminho A divisão entre os Tchambuli e os Mundugumor e os Arapech são diferentes, pois entres os tchambuli a uma diferença clara entre o papel dos homens e das mulheres nos afazeres. Elas são responsáveis pela pesca e pela construção dos mosquiteiros. A mulher é responsável em pagar pela dança, enquanto o homem é responsável por dançar com perfeição. Ate os seis ou sete anos de idade meninos e meninas são tratados iguais, quando dai a menina já passar a aprender seus ofícios manuais e o menino não aprende os ofícios de seu futuro. Durante as festas 
estes meninos ficam excluídos, os que são jovens demais para os homens e velhos 
demais para as mulheres. Neste período de 3 ou 4 anos o menino tchambuli experimenta coisas só vistas nesta idade, como o desprezo. Ele é enxotado a noite da casa dos homens e vai a casa das mulheres, onde mesmo mimado ve que tanto as mulheres como as meninas que ficam mais tempo com elas sabem de segredos. Depois de iniciados, na verdade percebem que não havia muitos segredos no modo de vida da comunidade, e veem que o que viam nas festas e nas danças quando pequenos eram na verdade coisas simples. 
Quando acontece algo de ruim com uma mulher, como rapto ou assalto, os mais jovens tem de aguardar a resposta dos anciãos, portanto, se lhes perguntam antes “vocês estão zangados pelo rapto de sua irmã”, respondem “ainda não sabemos, os anciãos não nos disseram”. 
A muitas contradições entre os tchambuli. Por mais que seja uma sociedade matriarcal, onde a mulher participa das decisões econômicas, e da o sustento a casa, ele é de certa forma comandada pelos homens. Os meninos tchambuli veem seus pais falarem o quanto pagaram pela sua mãe e o quanto vão pagar pela sua esposa, bem como o quanto ela rendera depois de paga, mas ao mesmo tempo as mulheres tchambuli são quem tem o poder de compra dos produtos com os vizinhos de outras tribos. 
A também o caso dos desajustados na cultura tchambuli. Acontece muito com os jovens que não conseguem bem compreender as regras tchambuli, e com isso acabam passando porcrises histéricas. Isso acontece, sobretudo por ter um forte apetite sexual ou violento, e quererem usufruir ou descarrega-lo sobre as mulheres. As mulheres também tentam mostrar aos homens quando desajustados que elas é quem mandam na vida tchambuli. Já as mulheres tchambuli, quando desajustadas, não se nota. Ela deixa que a sua sociedade propicia a esconda seus histerismos em um modo de vida confortável.

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