Buscar

Resumo: Embriologia do Sistema Digestório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

RESUMO: EMBRIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório começa a se desenvolver na 4ª semana de gestação, quando as pregas caudal, cefálica e laterais incorporam parte do saco vitelínico. O endoderma forma a maior parte do epitélio e glândulas desse sistema, mas as extremidades cefálica e caudal derivam, respectivamente, do estomodeu e proctodeu, por isso, a composição do epitélio destas porções será diferente. Didaticamente, o intestino primitivo é dividido em três partes: intestino anterior, médio e posterior.
O intestino anterior formará a faringe primitiva, o sistema respiratório inferior, esôfago, estômago, duodeno, fígado e pâncreas, sendo a maior parte irrigada pelo tronco celíaco (exceto faringe e o trato respiratório). 
O esôfago é inicialmente curto, mas cresce e atinge seu tamanho final relativo na 7ª semana. Sua musculatura estriada deriva dos arcos faríngeos, enquanto a sua musculatura lisa deriva do mesênquima esplâncnico circunjascente.
A porção final do intestino anterior é inicialmente uma estrutura tubular simples, no entanto, na 4ª semana surge uma dilatação, o primórdio do estômago. A face dorsal acaba dilatando mais que a ventral, dando origem à grande curvatura. À medida que ele alcança sua forma adulta, o estômago gira 90º graus no sentido horário em relação ao seu eixo. O mesogástrio ventral irá prender o estômago e duodeno ao fígado e parede abdominal ventral, enquanto o mesogástrio dorsal prende à parede abdominal dorsal. O mesogátrio dorsal passa a formar uma única cavidade, a bolsa omental, que se localiza entre o estômago e a parede abdominal posterior. O recesso inferior da bolsa omental forma o omento maior. O mesogástrio ventral originará o omento menor, que ligará o fígado à pequena curvatura.
	O duodeno inicia o seu desenvolvimento na quarta semana, derivando de partes do intestino anterior e médio. Por conta disso, acaba sendo irrigado por ramos da artéria celíaca e mesentérica superior. À medida que o estômago roda, o duodeno também gira para a direita e vai se localizar retroperitoneamente.
	O fígado, vesícula e vias biliares se originam do brotamento do divertículo hepático na porção distal do intestino anterior na 4ª semana, que rapidamente cresce e se divide em duas porções. A porção cranial é maior e forma origina o fígado, que cresce da 5ª à 10ª semana e ocupa quase toda cavidade abdominal superior. A hematopoese hepática se inicia na 6ª semana e a produção de bile, na 12ª. A porção caudal origina a vesícula biliar e o ducto cístico. 
	O pâncreas se originará dos brotos pacreáticos ventral e dorsal, na porção caudal do intestino anterior, que posteriormente irão se fundir. O broto ventral desenvolve-se próximo ao ducto biliar e formará o processo uncinado e parte da cabeça do pâncreas. Já o dorsal, mais cranial. A produção de insulina se inicia na 10ª semana, após a formação das ilhotas pancreáticas e o glucagon, na 15ª.
	O baço inicia seu desenvolvimento na 5ª semana e é formado por lóbulos até pouco antes do nascimento, sendo as depressões na sua superfície resquícios disso. Ele deriva de células mesenquimais do mesogástrio dorsal. O baço tem função hematopoiética até o final da vida fetal.
O intestino médio é responsável pela formação do duodeno distal, intestino delgado, ceco, apêndice, colo ascendente e metade do colo transverso. Todas as estruturas formadas por ele são irrigadas pela artéria mesentérica superior. No início de seu desenvolvimento, na 6ª semana, o intestino médio se alonga e forma uma alça intestinal, uma estrutura em forma de “U” que se prolonga em direção ao cordão umbilical, formando uma hérnia umbilical fisiológica, que irá se comunicar com o saco vitelino através do pedículo vitelino. Essa alça se divide em dois ramos: um cranial e outro caudal. O ramo cranial irá formar as alças do intestino delgado e o caudal, desenvolverá o divertículo cecal, que dá origem ao ceco e apêndice, na 6ª semana.
A alça intestinal média, após se projetar em direção ao cordão umbilical, gira 90º no sentido anti-horário em torno do seu eixo. Dessa forma, o ramo cranial fica do lado direito do embrião e o caudal, do lado esquerdo. Depois, na 10ª semana, a alça retorna ao abdome, quando o fígado, rins diminuem e a cavidade abdominal aumenta. O ramo cranial, o intestino delgado, retorna primeiro e o caudal, intestino grosso, quando retorna, gira mais 180º anti-horários em torno do seu eixo.
O intestino posterior é responsável pela formação de metade do colo transverso, colo descendente, colo sigmoide, reto, porção proximal do canal anal, epitélio da bexiga e parte da uretra. Todas as estruturas formadas por ele são irrigadas pela artéria mesentérica inferior. 
Sua porção terminal é formada pela cloaca, que é dividida da cavidade amniótica pela membrana cloacal, revestida internamente pelo endoderma da cloaca e externamente pelo ectoderma do proctodeu e se rompe no final da 8ª semana. A cloaca é posteriormente septada pelo septo urorretal na 7ª semana, que a divide em reto e seio urogenital. O septo urorrretal também divide o esfíncter anal externo (porção posterior) do interno (porção anterior). A porção distal do ânus é formada pelo proctodeu. A junção do ectoderma do proctodeu e do endoderma do intestino posterior ocorre na linha pectinada.
FONTE: 
MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N.. Embriologia Clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda., 2008.

Continue navegando