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1º Bimestre Habeas Corpus

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FEVIT- FUNDAÇÃO EDUCACIONAL VALE DO ITAPEMIRIM
FDCI – FACULDADE DE DIREITO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
MAURICIO DOS SANTOS 
HABEAS CORPUS
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES
2017
MAURICIO DOS SANTOS 
HABEAS CORPUS
Trabalho apresentado ao Núcleo de Prática Jurídica – NPJ - da Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim, como requisito parcial de avaliação do conteúdo do 1º bimestre.
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM 
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	Erro! Indicador não definido.
2 ORIGEM	7
3 CONCEITO E FINALIDADE	7
4 NATUREJA JURÍDICA	8
5 COMPETÊNCIA	8
6 PESSOAS DO HABEAS CORPUS	9
7 QUANTO AO CABIMENTO	9
8 CONCLUSÃO	Erro! Indicador não definido.
REFERÊNCIAS	Erro! Indicador não definido.
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre o instituto jurídico do habeas corpus dada a sua extrema importância no mundo jurídico em razão de proteger o direito de liberdade e locomoção garantido pela Carta Magna. É chamada de habeas corpus à medida que visa proteger o direito do ser humano de ir e vir ou ainda que é capaz de cessar a violência e coação que indivíduos possam estar sofrendo. Tecnicamente, entende-se que este instituto é uma ação constitucional de caráter penal e de procedimento especial, isenta de custas. Não se trata de um recurso, apesar de se encontrar no mesmo capítulo destes no Código de Processo Penal.
	
2. ORIGEM
O nome habeas corpus é originário do latim, habeas vem do vocábulo latino habeo que nada mais é, que exibir, tomar, trazer. Já a palavra corpus vem do vocábulo latino corporis que significa corpo, sendo assim, habeas corpus significa “tome o corpo”.
Os traços inicias deste instituto encontramos no Direito Romano, que possuíam uma ação chamada interdictum de libero homine exhibendo, que permitia todo e qualquer cidadão reclamar a liberdade do homem detido de forma ilegal. Todavia, a origem mais apontada por diversos autores é a Magna Carta, no Séc. XIII, iniciando na Inglaterra uma verdadeira e profunda transformação. É nesse período que encontramos alguns dos marcos mais importantes relacionados ao Habeas Corpus e o posterior surgimento dos direitos humanos. 
Após a opressão dos barões ingleses, a Magna Carta (Magna ChartaLibertatum) foi outorgada pelo Rei João Sem Terra em 19 de junho de 1215, nos campos de Runnymed.
A Magna Carta, que resultou do desentendimento do rei com o papa e os barões ingleses, tinha por objetivo limitar o poder monárquico, sendo um tratado de direitos, mas também de deveres do rei para com os seus súditos,que por opressão dos barões, foi outorgada pelo Rei João Sem Terra em 1215, na Inglaterra.
Já no século XVII, a luta pela liberdade reiniciou na Inglaterra com a PetitionofRights, uma vez que as ordens de Habeas Corpus eram denegadas a todo o momento, surgindo, portanto, o Habeas Corpus Act em 1679, no reinado de Carlos II, sendo considerado pelos ingleses como uma nova Carta Magna. 
No Brasil, o instituto jurídico em comento, surgiu em 1824, por meio do Decreto n.º 21 de 23 de maio deste ano. A constituição de 1824 proibia as prisões arbitrárias, regra regulamentada pelo Código de Processo Criminal de 1832.
Na constituição de 1891 o habeas corpus foi consagrado como um instrumento processual de fundamental importância para a proteção da liberdade de locomoção. Desde então vem sido mantido em todas as constituições.
3. CONCEITO E FINALIDADE
 A Constituição Federal de 1988 prevê em seu art. 5º, inciso LXVIII que conceder-se à habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
O sentido da palavra alguém no habeas corpus refere-se tão somente a pessoa física.
Ressalta-se que a Constituição Federal, expressamente prevê a liberdade de locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa nos termos da lei, nele entrar permanecer ou dele sair com seus bens (CF, art 5º, XV).
O habeas corpus não poderá ser utilizado para a correção inidônea que não implique coação a liberdade de ir, permanecer e vir.
Na defesa da liberdade de locomoção, cabe ao Poder Judiciário considerar ato de constrangimento que não tenha sido apontado em petição inicial. Da mesma forma, pode atuar no tocante à extensão da ordem, deferindo-a aquém ou além do que pleiteado.
O habeas corpus é destinado aos atos administrativos praticados por quaisquer agentes, independentes se são autoridades ou não, atos judiciários, e atos praticados por cidadãos. É um direito básico previsto na Constituição Brasileira.
São dois tipos de habeas corpus: o habeas corpus preventivo também conhecido como salvo-conduto, e o habeas corpus liberatório ou repressivo. No caso da iminente ameaça a direito, o habeas corpus é chamado de preventivo, quando o indivíduo já se encontra detido, o habeas corpus é classificado liberatório.
O nome que identifica este remédio judicial ou constitucional é de origem latina, e significa “que tenhas o corpo”. Quando é feita referência a duas ou mais pessoas, o termo a ser usado é habeas corpora. Na verdade, trata-se de um fragmento de frase, que na íntegra é “habeas corpus ad subjiciendum”, ou seja, “você pode ter a pessoa que está submetida (a exame)” Estas palavras eram utilizadas costumeiramente na abertura de textos de mandados anglo franceses por volta do século XIV, responsáveis por solicitar a presença de pessoas perante a corte.
No Brasil, o ordenamento jurídico acolhe a regra do habeas corpus logo após a partida de D. João VI para Portugal, por meio do Decreto de 23 de maio de 1821. A constituição de 1824 proibia as prisões arbitrarias regra mais tarde regulamentada pelo Código de Processo Criminal de 24 de novembro de 1832, nos artigos 340 a 355.
Com a República, o Decreto de 11 de outubro de 1890 determinava que todo cidadão nacional ou estrangeiro poderia solicitar ordem de habeas corpus, sempre que ocorresse ou estivesse em vias de consumar um constrangimento ilegal. Este dispositivo marca o surgimento entre nós do habeas corpus preventivo.
4. NATUREZA JURÍDICA
O Habeas Corpus é uma ação constitucional que possui caráter penal e de procedimentos especial, isenta de custas, com intuito de evitar ou cessar violência ou ameaça na liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Portanto, não se trata de uma espécie de recurso, e sim de um ato necessário ao exercício da cidadania, o remédio constitucional é isenta de custas, como informa o Inc. LXXVII do Art. 5º da CF/88: “LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania”.
5. COMPETÊNCIA
A competência para apreciação do Habeas Corpus impetrado depende da autoridade coatora. É sempre postulado a uma autoridade judiciária superior, com poder para desconstituir o ato coator tido como ilegal. É interposta em órgão hierarquicamente superior ao responsável pelo constrangimento ilegal, havendo assim, no que tange a competência para o processamento do HC, a observância do princípio da territorialidade e da hierarquia. Identificado tais pressupostos, a Constituição prevê ainda, algumas situações de atribuição prévia quantoà competência dos tribunais, em razão do paciente, conforme ensina o Douto Professor Pedro Lenza (2012, p. 1043):
“Art. 102, I, “d”: competência originária do STF para processar e julgar habeas corpus, quando o paciente for qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores, quais sejam: a) alínea “b” — Presidente da República, Vice-Presidente da República, membros do Congresso Nacional, Ministros do STF e o Procurador-Geral da República; b) alínea “c”107 — Ministros de Estado, Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, membros dos Tribunais Superiores, do TCU e chefes de missão diplomáticade caráter permanente;
Art. 102, I, “i”: competência originária do STF para processar e julgar habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do STF, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância (STF);
Art. 102, II, “a”: compete ao STF julgar, em recurso ordinário, habeas corpus decidido em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
Art. 105, I, “c”: competência originária do STJ para processar e julgar habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea “a”, ou quando o coator for tribunal sujeito à jurisdição do STJ, ou quando o coator for Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
Art. 105, II, “a”: compete ao STJ julgar, em recurso ordinário, os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos TRFs ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
Art. 108, I, “d”: compete aos TRFs processar e julgar, originariamente, os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;
Art. 108, II: compete aos TRFs julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição;
Art. 109, VII: aos juízes federais compete processar e julgar os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
Art. 121, §§ 3.º e 4.º, V, combinado com o art. 105, I, “c”: Justiça Eleitoral.”
6. PESSOAS DO HABEAS CORPUS
 Impetrante – aquele que ingressa com o habeas corpus.
Paciente – indivíduo que sofre a coação. É aquele que está tendo a liberdade de locomoção cerceada por alguém.
Coator – quem pratica ou ordena a prática do ato coativo ou da violência.
Detentor – quem mantém o paciente sobre o poder, ou o aprisiona.
7. QUANTO AO CABIMENTO 
É possível o cabimento quando:
Ameaça, sem justa causa, à liberdade de locomoção;
Prisão por tempo superior estabelecido em lei ou sentença;
Cárcere privado;
Prisão em flagrante sem a apresentação da nota de culpa;
Prisão sem ordem escrita de autoridade competente;
Prisão preventiva sem suporte legal;
Prisão ilegal após ter passado o prazo de cumprimento de pena;
Coação determinada por autoridade incompetente;
Negativa de fiança em crime afiançável;
Cessação do motivo determinante da coação;
Nulidade absoluta do processo;
Falta de comunicação da prisão em flagrante do Juiz competente para relaxá-la;
Quando o juiz ao receber a denúncia ou queixa e o fato descrito não constitui crime;
Ainda que o fato descrito constitua crime, mas o IP ou peças de informação que instrua a denúncia ou queixa não tenham elemento seguro de convicção em relação a ação por falta de justa causa. 
8. CONCLUSÃO
 O habeas corpus nada mais é do que um remédio constitucional, da qual nos ampara contra as ameaças arbitrárias de certos profissionais, ou situações que ponha a nossa liberdade em risco.
Tal como disse o grande filósofo Jean-Paul Sarte: “Estou Condenado a ser livre”, pois todo homem tem o direito a sua liberdade, uma vez que o homem está condenado a ser livre, a humanidade, em geral, está condenada a fazer conviver essa liberdade.
O intuito desse artigo foi não só informar aos interessados em obter um conhecimento acerca do tema abordado, mas sim também revelar, aquilo que muitos desconhecem, que a liberdade, acima de tudo é a nossa maior virtude, e sem ela, com certeza enlouqueceríamos; e por ela podemos lutar, visto que, o habeas corpus ao contrário de outros remédios constitucionais, pode ser impetrado pelo próprio ameaçado.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição Federal (1988). 17. ed. atual. ampl. São Paulo: Saraiva, 2014.
PACHECO, José Ernani de Carvalho. Habeas Corpus. Curitiba: Juruá, 2013.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva, 2012.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 16. ed. rev., atual. eampl. São Paulo: Saraiva, 2012.

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