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PLANEJAMENTO URBANO E TERRITORIAL - (CIV0418) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL PLANO DIRETOR DE NATAL PROFESSORES: Camila Furukava Alessandro Câmara Natal, Abril de 2012 É o instrumento básico de POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO, que deve ser elaborado e implementado com ampla PARTICIPAÇÃO POPULAR; É parte integrante do processo de PLANEJAMENTO MUNICIPAL, ou seja, o PLANO PLURIANUAL, as DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS e o ORÇAMENTO ANUAL devem incorporar diretrizes contidas no PLANO CONCEITO Propiciar o crescimento e desenvolvimento econômico local e em bases sustentáveis; Garantir o atendimento às necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida e justiça social; Garantir que a Propriedade Urbana cumpra a sua Função Social; Fazer cumprir as determinações do Estatuto da Cidade. FUNÇÃO MUNICÍPIOS OBRIGADOS A TEREM PLANOS DIRETORES • Municípios com mais de 20.000 habitantes; • Municípios Integrantes de Regiões Metropolitanas e aglomerações urbanas; • Municípios Integrantes de Áreas de Especial Interesse Turístico, segundo definição dos Estados e União; • Municípios situados em área de influência do empreendimento ou atividades com significativo impacto ambiental na região ou país, como usinas hidrelétricas, aeroportos, portos, grandes obras rodoviárias . HISTÓRICO LEI 3.175 (26.01.1984) Primeiro plano diretor físico-territorial de Natal/RN. Fundamentado nos princípios modernistas o plano idealizava uma cidade do futuro, que seria atingida com a execução do plano ano a ano. Zoneamento rígido de uso e ocupação do solo. Caberia ao poder público conduzir o processo de crescimento através de investimentos em transporte, infraestrutura e do controle dos agentes privados. Esse plano falhou em não considerar os agentes produtores do espaço, nem acompanhar a dinâmica da cidade, considerando a cidade ideal e não a cidade real. DÉCADAS DE 70 E 80 DÉCADA DE 90 Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) Plano Diretor de Reforma Urbana Marco do Planejamento Tecnocrático Recupera a dimensão Política do Planejamento A PARTIR DE 2001 Estatuto da Cidade Lei 10.257 (10/07/2001) Planos Diretores Participativos LEI COMPLEMENTAR Nº 07 (05.08.1994) Primeira revisão após a constituição de 1988. Buscou garantir a função social da cidade e da propriedade, a justa distribuição de bens e serviços urbanos, a gestão democrática e a recuperação ambiental da cidade. (garantindo o cumprimento dos artigos 182 e 183 da constituição federal) Extinguiu o zoneamento por uso do solo e criou o macrozoneamento baseado na disponibilidade de infraestrutura. Tentou regular a utilização do espaço através da criação de áreas especiais. (ZPA’s, AEIS, ZEPH etc) Criou instrumentos técnicos para garantir o cumprimento da função social da cidade: outorga onerosa, fundo de urbanização, imposto territorial progressivo etc. Previa uma constante atualização (05 anos) como forma de acompanhar a dinâmica urbana. 1999 – AMPLIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA DE 180 hab/ha PARA 225 hab/ha. 2000 - INCLUSÃO DE PONTA NEGRA NA ZONA ADENSÁVEL. AUMENTO DA DENSIDADE DE 225 PARA 350 hab/ha E DO COEF. DE APROVEITAMENTO DE 1.8 PARA 3.5. 2004 – SUSPENSÃO DE ALVARÁS 2007 – PONTA NEGRA VOLTA À CONDIÇÃO DE ADENSAMENTO BÁSICO. LEI COMPLEMENTAR Nº 082 (21.06.2007) TÍTULO I – DA POLÍTICA URBANA TÍTULO II – DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO TÍTULO III – DO SISTEMA DE ÁREAS VERDES E ARBORIZAÇÃO URBANA TÍTULO IV – DA POLÍTICA DE MOBILIDADE URBANA TÍTULO IV – DOS INSTRUMENTOS PARA A GESTÃO URBANA TÍTULO VI – DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANA DO MUNICÍPIO TÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS PLANO V IGENTE DA POLÍTICA URBANA Cap. I – Dos objetivos e diretrizes Cap. II – Da função socioambiental da propriedade Cap. III – Das definições Capítulo I – Dos Objetivos e diretrizes É o instrumento da política de desenvolvimento sustentável do município. Orienta os agentes públicos e privados que atuam na produção e gestão do espaço urbano; Garantir o desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade; Garantir o uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado do território; Redução da necessidade de deslocamentos entre a moradia e o trabalho; Estabelecimento de uma política habitacional; Participação do cidadão no processo de construção da cidade; Racionalização do uso da infraestrutura ( nem sobrecarga/nem ociosidade) Distribuição equânime dos custos e benefícios das obras e dos serviços de infraestrutura urbana e da valorização imobiliária decorrente dos investimentos públicos. DIRETRIZES A dinâmica da ocupação será condicionada pela instalação e ampliação da capacidade de infraestrutura; Incentivo a convivência de múltiplos usos em todas as áreas da cidade. Isonomia do potencial de aproveitamento dos terrenos; Simplificação das normas para maior disseminação e aplicabilidade; Adoção do bairro como unidade territorial; Criação de procedimentos operacionais que garantam o controle e a revisão sistemática deste plano. Capítulo II – Da Função Socioambiental da Propriedade Art. 5º A propriedade urbana atenderá a sua função socioambiental quando os direitos decorrentes da propriedade individual não suplantarem ou subordinarem os interesses coletivos. Capítulo III – Das Definições ADENSAMENTO – Intensificação do uso do solo; ÁREA CONSTRUÍDA – Soma das áreas de todos os pavimentos de uma edificação; ÁREA NÃO COMPUTÁVEL – área construída que não entra no cálculo do coeficiente de aproveitamento (pergolado, beirais, guaritas, garagens, depósitos de lixo, depósitos de gás, casas de máquinas e subestações) ÁREAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL – área diferenciada em função da dimensão socioeconomica e cultural da população e pelos atributos morfológicos do assentamento; AREA PERMEÁVEL – área do lote onde é possível infiltrar no solo as águas pluviais (mínimo – 20%); ÁREA ÚTIL – área interna dos compartimentos com exceção das ocupadas pelas paredes; GABARITO – distância vertical entre o meio fio e um plano horizontal tangente à parte superior do último elemento construtivo da edificação; LOTE PADRÃO – menor lote admitido para parcelamento; COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO – índice que se obtém dividindo a área construída pela área do lote; BÁSICO – para todo o município; MÁXIMO – para as zonas adensáveis; TAXA DE OCUPAÇÃO – índice que se obtém dividindo-se a área correspondente à projeção horizontal da construção pela área total do lote, não sendo considerados beirais e marquises; ZONAS – porções do território do município delimitadas por lei e caracterizadas por suas funções social e físico- ambiental diferenciadas. RECUO – menor distância entre a divisa do terreno e o limite externo da projeção horizontal da construção, não sendo considerada a projeção de beirais e marquises. TAXA DE IMPERMEABILIZAÇÃO – índice que se obtém dividindo- se a área que não permite a infiltração de água pela área total do lote. DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Capítulo I – Do macrozoneamento CapítuloII – Das áreas especiais Capítulo III – Das prescrições urbanísticas adicionais Capítulo IV – Dos empreendimentos e atividades de impacto Capítulo V – Do parcelamento Capítulo I – Do Macrozoneamento Considera-se Zona Urbana todo o território do Município de Natal; O município está dividido em três tipos de zonas: ZONA DE ADENSAMENTO BÁSICO – onde se aplica estritamente o coeficiente de aproveitamento básico. ZONA ADENSÁVEL – é aquela onde as condições do meio físico, a disponibilidade de infraestrutura e a necessidade de diversificação de uso, possibilitem um adensamento maior. ZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL – áreas nas quais as características do meio físico restringem o uso e ocupação. ÁREAS BEM EQUIPADAS DA CIDADE ÁREAS ADENSÁVEIS ÁREAS ESPECIAIS INTERESSE HISTÓRICO ÁREAS ESPECIAIS INTERESSE AMBIENTAL Figura 13: Favela Sacadura Cabral - área inundável. Fonte: PMSA, 2000. ÁREAS ESPECIAIS INTERESSE SOCIAL Favela Sacadura Cabral - área inundável. Fonte: PMSA, 2000. COEF. DE APROVEITAMENTO BÁSICO - 1,2 Obs.: para o cálculo do C.A. será subtraído da área de construção o total da área não computável da edificação. no caso de edifícios garagens serão subtraídos 25% da área total do empreendimento. A cada dois anos o perímetro das zonas adensáveis e seus respectivos parâmetros de aproveitamento construtivo devem ser reavaliados e revisados. Considera-se infraestrutura urbana: • Sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário • Sistema de drenagem de águas pluviais • Sistema de energia elétrica • Sistema viário COMO REDEFINIR A ZONA ADENSÁVEL? As concessionárias e órgãos públicos devem informar anualmente sobre as ampliações, melhorias e tendências de saturação dos sistemas. O município deve monitorar os novos licenciamentos para identificar as tendências de saturação. Informar anualmente através do diário oficial do município configurada a tendência de saturação (utilização de 80%) Informar a população e monitorar semestralmente o nº de licenças. Suspender a concessão de outorga e transferência de potencial construtivo. Prever recursos para evitar a saturação Buscar junto às concessionárias a adoção de medidas para evitar a saturação. CABE AO MUNICÍPIO TÍTULO IV – DOS INSTRUMENTOS PARA A GESTÃO URBANA Capítulo I – Do fundo de urbanização Capítulo II – da concessão da outorga onerosa Capítulo III – Da transferência do potencial construtivo Capítulo IV – Do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios e do imposto predial e territorial urbano progressivo Capítulo V – Do direito de preempção Capítulo VI – Do consórcio imobiliário Capítulo VII – Da operação urbana consorciada Capítulo VIII – Dos plano Setoriais
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