processos psicológicos básicos

Prévia do material em texto

Segundo Gleitman(2009), Sensação é a experiência ligada a estímulos, como quando olhamos uma pessoa que está distante, estamos interessados na aparência da pessoa, quem ela é e o que está fazendo, isso seria o estimulo distal (o estimulo distal é o que está longe da pessoa que o observa).
No entanto, não temos acesso direto ao estimulo distal, existem apenas informações sobre os estímulos distais nas energias que nos alcançam - o padrão de luz refletido na superfície externa da pessoa, recebido por nossos olhos e apresentado como uma imagem na retina, o tecido é sensível a luz localizado no fundo de cada globo ocular, esse é o chamado estimulo proximal, se não houvesse esse estimulo, se a luz que reflete da pessoa fosse bloqueada no caminho até nos, a pessoa seria invisível para nossos olhos. O mesmo vale para os outros sentidos além da visão.
O mapeamento de estímulos físicos e experiências psicológicas é chamado de psicofísica, na qual faz perguntas como: o que muda em nossa percepção o som a medida que muda a frequência das ondas sonoras? Que mudanças nos atributos físicos da luz corresponde à mudança de perceber vermelho para perceber verde? Essas questões são bastante especificas, mas são bastantes cruciais para compreendermos a relação básica entre nossas percepções e o mundo em que vivemos.
A psicofísica analisa a qualidade de uma experiência sensorial (o sabor era doce ou azedo?) e a quantidade da experiência (o som era baixo ou alto?). Fechner(1801 – 1887), o fundador da psicofísica, entendia que as sensações e os estímulos que as produzem pertencem a dois domínios completamente diferentes – o primeiro pertence ao mundo mental e o segundo ao mundo físico. Portanto, eles não podem ser comparados diretamente entre si. Contudo, como observou, é possível fazer comparações dentro de cada domínio. Mesmo se as sensações não puderem ser comparadas com estímulos físicos, elas podem pelo menos ser comparadas entre si, e isso pode proporcionar uma base para mensura-las.
Costuma-se dizer que os seres humanos têm cinco modalidades sensoriais. Todavia, na verdade temos muito mais que essas. Para começar, temos a cinestesia, um termo coletivo para informações que vem dos receptores nos músculos, tendões e articulações e que nos informam sobre os movimentos e a orientação do corpo no espaço, e muitos outros como o sentido vestibular, que indicam os movimentos da cabeça.
Continuando a visão de Gleitman(2009) sobre a sensação, ele cita a codificação sensorial, levando em conta que todos os sentidos tem certas características cruciais em comum, em todos os casos o estimulo físico deve ser convertido em um sinal neural, e esse é o primeiro passo da transdução, que ocorre por meio de alguma célula receptora especializada que transmite seus sinais para neurônios.
Um aspecto da codificação sensorial envolve a intensidade psicológica, a diferença entre um ruído alto e um suave por exemplo. Na maioria dos casos o sistema nervoso codifica a intensidade do estimulo por meio de taxa de disparo dos neurônios em um sistema sensorial: quanto mais intenso o estimulo maior a taxa de disparo.
Um segundo aspecto da codificação é a qualidade sensorial – a diferença no código neural que nos diz que estamos vendo a flor, e não a tocando ou sentindo seu perfume. As sensações da visão, tato, olfato e assim por diante obviamente são produzidas por estímulos bastante diferentes, mas não é isso que é crucial para o sistema nervoso. O que importa é quais nervos estão sendo estimulados. A estimulação do nervo ótico causa o sentido da visão, de maneira semelhante, a estimulação do nervo auditivo causa o sentido da audição.
Segundo a doutrina das energias nervosas especificas formulada inicialmente por Muller (1826). Segundo essa doutrina, as diferenças na qualidade sensorial – a diferença entre ver e ouvir, ouvir e tocar, e assim por diante - não são casadas por diferenças nos estímulos em si, mas pelas diferentes estruturas nervosas que esses estímulos ativam.
Mas e as diferenças dentro de uma modalidade sensorial? Por exemplo, azul, verde e vermelho são sensações visuais, mas está claro que são qualitativamente diferentes. Da mesma forma, o doce e o salgado são paladares, mas claramente distintos para o indivíduo. Como essas formas de diferença são codificadas? Uma hipótese se aproxima da visão de Muller e se chama Teoria da especificidade. Essa proposta sugere que diferentes qualidades sensoriais são indicadas por diferentes neurônios, assim como as diferentes modalidades sensoriais são indicadas por nervos diferentes. Nessa concepção, o sistema nervoso atua como se esses neurônios qualitativos fossem ''rotulados'' com sua qualidade, de modo com que o sistema nervoso registre a presença de ''vermelho'' sempre que houver um sinal de ''neurônios do vermelho'', e assim por diante.
Conforme postulado por Gleitman (2009), a audição e a visão são os sentidos que mais usamos. Essas são as modalidades sensoriais que costumamos usar para nos comunicar e para andar pelo mundo. Também somos mais discriminantes nessas modalidades. Qual é o estimulo para audição? O movimento agita as partículas de ar que envolvem o objeto em movimento, fazendo com que essas partículas colidam contra outras partículas, que colidem ainda com outras.
Se o movimento continuar mesmo por um período curto, ele criara uma serie de variações de pressão no ar e, quando essas ondas sonoras alcançarem nossos ouvidos, elas darão início a outras mudanças que acabarão ativando os receptores auditivos. Esses, por sua vez desencadearão respostas neurais, que alcançarão o cérebro e levarão a experiência de ouvir.
Já a visão, é nosso principal sentido para a distância. Seu estimulo é a luz, que pode variar em intensidade e comprimento de onda. Algumas das estruturas do olho, como a lente e a íris, servem para controlar a quantidade de luz que entra no olho e para criar o estimulo proximal adequado, a imagem retinal.
As sensações visuais variam em cor, as sensações de cor podem ser organizadas de acordo com Mariz, brilho e saturação. A visão colorida humana normal é tri cromática, dependendo de três tipos de cones. Todavia, certos fatos não se encaixam nessa concepção tri cromática, incluindo o fato de que as cores ocorrem em pares.