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EXERCICIO+D.PENAL

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RESOLUÇÃO DE QUESTÕES – D. PENAL – 10.03.2006 PROF. JOSÉ LUIZ DE MOURA FALEIROS – 16H00
01) (Agente POLÍCIA CIVIL DISTRITO FEDERAL – 2004) Entre as teorias que diferenciam os atos preparatórios dos atos de execução, aquela que afirma que os atos de execução são os que importam em realização da conduta descrita no núcleo do tipo é a teoria:
a) objetiva-formal;
b) subjetiva;
c) objetiva-material;
d) social;
e) finalista.
02) (Agente POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL – 2004) 
Exclui a culpabilidade:
a) a embriaguez completa e voluntária;
b) a doença mental, por si só;
c) a obediência à ordem legal;
d) a obediência à ordem não manifestamente ilegal;
e) a coação física.
03) (Agente POLÍCIA CIVIL DISTRITO FEDERAL – 2004) 
Entre as alternativas abaixo, é correto afirmar que os ofendículos excluem:
a) o nexo causal;
b) a culpabilidade;
c) a imputabilidade;
d) a ilicitude;
e) a culpa.
04) (Agente POLÍCIA CIVIL DISTRITO FEDERAL – 2004) 
O erro de tipo essencial escusável exclui:
a) apenas o dolo;
b) apenas o preterdolo;
c) apenas a culpa;
d) o dolo e a culpa;
e) a culpabilidade.
05) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO - 176º JUIZ SUBSTITUTO - 2004)
Segundo a Teoria Finalista da ação, o dolo genérico e a culpa são integrantes da: 
a) antijuridicidade, cuja ausência gera as dirimentes.
b) culpabilidade, juntamente com a imputabilidade e a consciência da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa. 
c) tipicidade, inserida na ação, como elemento subjetivo do tipo penal.
d) punibilidade, cuja ausência gera as causas de exclusão de pena.
06) (MINISTÉRIO PÚBLICO DA BAHIA – 2004)
Distinga nas assertivas abaixo, a alternativa correta:
a) A tipicidade penal implica a tipicidade legal corrigida pela tipicidade conglobante.
b) A tipicidade penal se reduz à tipicidade legal.
c) A desistência voluntária é possível na tentativa inacabada, bem assim, na tentativa perfeita.
d) O Conselho Penitenciário é apenas órgão fiscalizador da execução da pena.
e) A exclusão da tipicidade é função privativa do juízo de ilicitude do fato.
07) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA – 2004)
Assinale a alternativa correta.
a) Para que seja considerado inimputável basta que o agente seja portador de “doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado”.
b) A embriaguez pode implicar na isenção de pena do agente.
c) No direito penal brasileiro o auxílio sem prévio ajuste e levado a efeito posteriormente a prática do crime, não configura co-autoria.
d) Para ser caracterizada a co-autoria no crime culposo, basta a previsibilidade do resultado.
e) A circunstância objetiva, relacionada à qualificadora da conduta do executor do homicídio se comunica ao mandante do crime.
08) (Agente Polícia civil do Distrito Federal – 2004)
São causas extintivas da punibilidade penal, EXCETO:
a) a prescrição;
b) a decadência;
c) o perdão aceito nos crimes de ação pública;
d) a renúncia nos crimes de ação privada;
e) a perempção.
09) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MATO GROSSO – 2004) No que se refere à imputabilidade penal, assinale a opção incorreta. 
a) A emoção não exclui a imputabilidade penal, mas pode atuar como circunstância atenuante ou como causa de redução de pena.
b) A embriaguez, quando patológica, pode afastar a imputabilidade do agente.
c) O Código Penal adotou o sistema biológico para se aferir a inimputabilidade, devendo-se verificar se o agente , ao tempo da ação ou omissão, era portador de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto, capaz de lhe retirar a capacidade de compreender o caráter ilícito de seu ato ou de orientar-se de acordo com esse entendimento.
d) A medida de segurança será aplicável aos inimputáveis e, excepcionalmente, aos semi-imputáveis. No último caso, o juiz poderá determinar a execução de pena reduzida ou promover sua substituição pela medida de segurança.
G A B A R I T O: 01) A; 02) D; 03) D; 04) D; 05) C; 06) A; 07) B; 08) C; 09) C.
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES ? D. PENAL ? 21.02.2006
PROF. RENATO BRASILEIRO DE LIMA 
01) (Delegado da Polícia Civil do Estado do Amazonas ? 2001)
Julieta, desejando a morte de Romeu, ministra-lhe uma dose de veneno.
Arrependida, porém, ministra-lhe, ato contínuo, um antídoto, o que evita que a morte ocorra. Apesar disso, vem a vítima a sofrer conseqüências lesivas em seu organismo. Nesse caso, pode-se dizer que:
a) houve tentativa perfeita
b) configura-se caso de desistência voluntária
c) tipificou-se o delito de lesões corporais dolosas
d) Julieta deve responder por tentativa de homicídio
02) (XLIV MP/MG)
Indique, justificando a resposta, a solução teórica jurídico-penal para os envolvidos nas seguintes situações:
a) A encomenda ao menor B a morte de C, o que efetivamente acontece.
b) A, atuando com animus necandi, logo após alvejar B, sem atingi-lo, é alvo de disparos deste, que acabam por atingir C.
c) A, disposto a matar C, entrega um revólver a B, afirmando se encontrar desmuniciado, e o incentiva a atirar, por pilhéria, ocasionando a morte daquele.
03) Tício, até então sem qualquer condenação ou antecedente criminal, praticou, nos dias 31 de novembro de 1993 e 14 de julho de 1995, dois crimes, o primeiro de homicídio qualificado, e o segundo de tráfico ilícito de entorpecentes. 
Em julgamentos realizados em 8 de fevereiro e 16 de outubro de 1997, foi condenado, em cada um deles, às penas respectivas de 14 e 04 anos de reclusão, e está recolhido desde 22 de fevereiro de 1998, após o trânsito em julgado das decisões. 
Questiona-se: Tício faz jus ao livramento condicional? Se acaso afirmativa sua resposta, qual o limite mínimo de anos necessário para obter o citado benefício? Fundamente.
04) (PGE/SP 2005)
X encontra sua ex-amásia em um baile e lhe desfere um soco, que ocasiona a perda de um olho. X estará sujeito a pena privativa de liberdade mínima de
a) 6 meses de detenção.
b) 1 ano e 4 meses de reclusão.
c) 2 anos e 8 meses de reclusão.
d) 1 ano de reclusão.
e) 3 meses de detenção.
05) (24º MP/DF ? 2002)
O indivíduo A conduzia seu veículo pela Av. W3 Sul, com excesso de velocidade, e colidiu com uma motocicleta, conduzida pelo indivíduo B, que trafegava regularmente pela via em questão. Da colisão, saiu lesionado o indivíduo C, que ocupava a garupa da motocicleta. Os condutores supracitados, bem como as pessoas que passavam pelo local, apesar de poderem fazê-lo, não prestaram socorro a vítima. Acerca dessa situação, julgue os itens abaixo.
I) O condutor A responderá pelo crime de lesões corporais em concurso com o delito de omissão de socorro, ambos previstos na Lei nº 9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro).
II) O condutor B responderá pelo crime de omissão de socorro tipificado na Lei. nº 9503/1997.
III) As pessoas que passavam pelo local responderão pela omissão de socorro tipificada no art. 135 do CP.
Assinale a opção correta
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
06) (MPMG ? XL ? 2000)
Sobre a tipicidade é correto afirmar, exceto:
a) em virtude do conceito de tipicidade material, excluem-se dos tipos penais aqueles fatos reconhecidos como de bagatela, nos quais têm aplicação o princípio da insignificância;
b) a teoria da ratio essendi, também conhecida como teoria da identidade, desenvolvida por Mezger, concebe a tipicidade como a própria razão de existir da ilicitude, no âmbito do tipo-de-injusto;
c) a tipicidade é uma decorrência natural do princípio da reserva legal;
d) a tentativa é hipótese de adequação típica de subordinação mediata ou indireta, constituindo-se em causa de extensão da figura delituosa descrita nos diversos tipos penais e nas contravenções;
e) para os adeptos da teoria dos elementos negativos do tipo, toda vez que não forilícita a conduta do agente faltará a própria tipicidade.
G A B A R I T O: 
C; 02) - 03) 04) B; 05) D; 06) D.
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES ? D. PENAL ? 10.02.2006
PROF. RENATO BRASILEIRO DE LIMA ? 16H00 ÀS 17H00.
01) (MPU- MPDFT ? 26º PROCURADOR DE JUSTIÇA ADJUNTO ? DEZ/2003)
Deve ser examinada a conduta do agente A e/ou B, conforme o caso, sob o ponto de vista penal. Sendo típica, indicar o tipo penal violado e o respectivo artigo de lei. 
As respostas serão avaliadas em razão dos fundamentos jurídicos empregados - legais e doutrinários, do uso correto do vernáculo, da linguagem jurídica adequada, da clareza, da objetividade na exposição das idéias e da legibilidade do texto. 
A e B, dispostos a matar C, embora um não saiba a intenção do outro, contra ele atiram, ao mesmo tempo. C morre por haver sido atingido com um tiro, apenas, transfixante (projétil não encontrado), não se sabendo de qual das armas teria partido o disparo. Examine a conduta de A e B.
02) (XLV MP/MG ? 08.05.2005) 
João e José combinam agredir Tião a tiros, para produzir-lhe lesões corporais de natureza gravíssima, pela incapacitação permanente para o trabalho. Ambos se postam de cada lado de uma rua e, quando o desafeto se aproxima, efetuam disparos de arma de fogo contra o mesmo. Apenas um disparo acerta a 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES - D. PENAL ? 02.02.2006
PROFESSOR ROGÉRIO SANCHES
01) (MAGISTRATURA FEDERAL ? 3ª REGIÃO ? XII CONCURSO - 24/10/2004) 
Em maio de 1999, foram apreendidas mercadorias objeto de descaminho, num imóvel aparentemente abandonado. Após investigação, identificou-se o possível responsável. O recebimento da denúncia deu-se em julho de 2003. Em março de 2004, foi publicada sentença que condenou o acusado, primário e de bons antecedentes, a um ano de reclusão, com substituição por pena restritiva de direitos. O processo transitou em julgado para a acusação. Na apelação da defesa, o Tribunal:
a) Não deverá acolher a alegação de perda da pretensão punitiva, uma vez que a pena máxima cominada ao delito é de quatro anos de reclusão, prescrevendo em oito anos;
b) Deverá acolher a alegação de prescrição da pretensão executória, uma vez que já foi prolatada sentença condenatória;
c) Não deverá acolher a alegação de prescrição da pretensão punitiva, uma vez que entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença condenatória sequer transcorreu um ano;
d) Deverá acolher a alegação de prescrição retroativa, que terá, corno um dos marcos para contagem do prazo, o recebimento da denúncia.
02) (MAGISTRATURA FEDERAL ? 3ª REGIÃO ? XII CONCURSO - 24/10/2004) 
Funcionário público federal, responsável pela expedição imediata de certidões negativas, por ocasião de requerimento escrito e protocolizado, diz ao interessado que a entrega do documento depende do pagamento de cem reais. Não dispondo do valor, o interessado volta na semana seguinte e descobre, através de outro funcionário, que a expedição não tem custo algum para os requerentes. Assinale a alternativa correta:
a) O fato caracteriza crime de concussão consumado.
b) O fato caracteriza crime de corrupção passiva consumado;
c) O crime cometido é tentado, uma vez que o funcionário não obteve o resultado pretendido;
d) O fato não caracteriza crime, já que não houve expedição da certidão e pagamento da quantia, não ultrapassados os atos preparatórios.
03) (MAGISTRATURA FEDERAL ? 3ª REGIÃO ? XII CONCURSO - 24/10/2004) 
Assinale a alternativa correta:
a) Fixada a pena-base, será considerada a causa de aumento prevista para o tipo penal e, após, o fato de ser o agente maior de 70 anos na data da sentença;
b) Na fixação da pena-base, será considerada a reincidência, bem como a forma de execução do crime, cometido com emprego de arma de fogo;
c) A substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos poderá ser efetuada, independentemente do montante da pena aplicada, no caso de crime culposo;
d) O reincidente não faz jus à substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
04) (MAGISTRATURA FEDERAL ? 3ª REGIÃO ? XII CONCURSO - 24/10/2004) 
Assinale a alternativa incorreta:
a) A ocultação, em proveito próprio, de mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal, só autoriza a incidência da pena do descaminho se caracterizado 'o exercício de atividade comercial;
b) Policial federal, que auxilia autor de descaminho, prestando informações obtidas em razão da função, não responde como partícipe desse delito;
c) O crime de circulação de moeda falsa é de ação típica múltipla;
d) Nos delitos penais contra a flora e contra a fauna, Lei 9.605/1998, não estão previstas modalidades culposas.
05) (MAGISTRATURA FEDERAL ? 3ª REGIÃO ? XII CONCURSO - 24/10/2004) 
"X" requereu ao INSS, em junho de 2004, aposentadoria por tempo de serviço, instruindo o pedido de benefício com declaração de empregador, datada de janeiro de 1997, reconhecendo vínculo empregatício por cinco anos ininterruptos, até dezembro de 1996, período imprescindível à concessão. O INSS apurou que o empregador não havia assinado o documento, fato constatado posteriormente através de perícia em inquérito policial, que apontou, como autor, o próprio segurado. Ainda, confirmou-se que o tempo de trabalho declarado não correspondia à realidade, pois o vínculo de emprego restringia-se a quatorze meses, em dois períodos distintos. O benefício não foi concedido. 
Assinale a alternativa que não corresponda a uma das posições firmadas em jurisprudência:
a) "X" cometeu crime de falso, que absorve o de estelionato;
b) "X" cometeu, em concurso formal, crimes de falso e de estelionato; 
c) "X" cometeu crime de estelionato, que absorve o de falso;
d) "X" cometeu, em concurso material, crimes de falsidade ideológica e de falsidade material.
06) (MAGISTRATURA FEDERAL ? 3ª REGIÃO ? XII CONCURSO - 24/10/2004) 
Leia os enunciados:
I - A Lei 9.613/ 1998, relativa à lavagem ou ocultação de bens, dinheiro e valores, descreve tipos penais que derivam de condutas ilícitas anteriores, indicadas de forma não taxativa;
II - Para a caracterização do crime de apropriação indébita previdenciária, artigo 168-A do Código Penal, exige-se a demonstração de que as importâncias não recolhidas passam a integrar o patrimõnio do autor, que se beneficia diretamente do ilícito;
III - Nos crimes contra a ordem tributária, previstos na Lei 8.137/ 1990, apenas o contribuinte pode figurar como sujeito ativo;
IV - Nos crimes contra as relações de consumo, Lei 8.13?/ 1990, há previsão de modalidade culposa;
V - Quanto aos crimes contra o sistema financeiro nacional, Lei 7.492/ 1986, interventores e liquidantes não são passíveis de responsabilidade penal;
VI - Quanto aos crimes contra o sistema financeiro nacional, Lei 7.492/ 1986, se cometidos em co-autoria, o autor, que confessa espontaneamente e revela a trama delituosa, faz jus à redução da pena, de um a dois terços.
Assinale a alternativa correta:
a) todas as alternativas estão incorretas;
b) apenas duas alternativas estão incorretas; 
c) apenas uma alternativa está correta;
d) apenas duas alternativas estão corretas.
 
07) (MAGISTRATURA FEDERAL ? 3ª REGIÃO ? XII CONCURSO - 24/10/2004) 
Assinale a alternativa correta:
a) Funcionário público que, valendo-se dessa qualidade, patrocina interesse particular legítimo, perante a administração pública, comete crime de advocacia administrativa;
b) Funcionário público que, de forma consciente, deixa de praticar indevidamente ato de oficio, comete prevaricação;
c) Peculato culposo admite a extinção da punibilidade se a reparação do dano ocorrer antes de prolatada a sentença;
d) Funcionário público nomeado, porém não empossado, não pode ser sujeito ativo do crime de concussão.
08) (MAGISTRATURA FEDERAL ? 3ª REGIÃO ? XII CONCURSO - 24/10/2004) 
Assinale a alternativa incorreta: 
a) O terrorismo é insuscetívelde anistia; 
b) Para configuração do crime de associação para fins de tráfico de substâncias entorpecentes, exige-se que o vínculo associativo seja estabelecido entre três ou mais pessoas;
c) Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos, com resultado morte, é crime hediondo;
d) O emprego de violência que causa sofrimento mental, mas não físico, autoriza a subsunção aos tipos do crime de tortura.
09) (MAGISTRATURA FEDERAL ? 3ª REGIÃO ? XII CONCURSO - 24/10/2004) 
Assinale a alternativa incorreta:
a) A teoria da atividade, adotada por nosso sistema, é relevante para aferição da lei penal aplicável;
b) Apropriação de coisa achada é "crime a prazo";
c) Não corre o prazo prescricional da pretensão punitiva enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro;
d) Condenação anterior, pelo exercício ilegal de profissão ou atividade, deve ser considerada para efeito de reincidência.
10) (MAGISTRATURA FEDERAL ? 3ª REGIÃO ? XII CONCURSO - 24/10/2004) 
Assinale a alternativa incorreta:
a) A aplicação do princípio da insignificância afasta a tipicidade;
b) O conflito de normas entre contrabando e delito previsto na lei de tóxicos, resolve­-se pela aplicação do princípio da especialidade;
c) Quanto à previsão do resultado, presente no dolo eventual e ausente na culpa consciente;
d) A embriaguez completa e culposa, que torne o agente inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, não é causa de isenção de pena.
G A B A R I T O: 01) D; 02) A; 03) C; 04) D; 05) D; 06) D; 07) A e C; 08) B; 09) D; 10) C.
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES ? D. PENAL ? 30.01.2006
PROF. SILVIO MACIEL
01) (MAGISTRATURA FEDERAL ? TRF 1ª REGIÃO ? 2004) 
No cálculo da pena, se concorrerem duas causas de aumento, uma prevista na parte geral e outra especial na parte especial do Código Penal:
I - pode o juiz limitar-se a um só aumento, desde que opte pelo mais gravoso.
II - deve o juiz aplicar as duas causas de aumento, ambas incidindo sobre a pena-base.
III - deve o juiz aplicar as duas causas de aumento, a segunda incidindo sobre o quantum resultante da primeira.
IV - pode o juiz limitar-se a um só aumento, desde que opte pelo menos gravoso ao agente.
a) Todas as opções estão corretas.
b) Somente a III opção está correta.
c) Somente a II e a IV opções estão corretas.
d) Somente a II opção está correta.
02) (MAGISTRATURA FEDERAL ? TRF 1º REGIÃO ? 2004)
O crime de quadrilha para o tráfico ilícito de entorpecentes (Lei nº 6.368/76 ? art.14):
I ? não deve ser considerado como tal, pois o art. 14 da Lei nº 6.368/76 foi revogado pelo art. 8º da Lei nº 8.072/90 (crimes hediondos).
II ? não houve tal revogação, devendo ser apenado com o mínimo de três e o máximo de dez anos de reclusão, tal como previsto na Lei nº 6.368/76.
III ? continua definido pela Lei nº 6.368/76 (associação de duas ou mais pessoas), mas deve ser punido com as penas do art.288 do Código Penal, com a redação da Lei nº 8.072/90: três a seis anos de reclusão.
IV ? passou a ser regido pelo art.288 do Código Penal (associação de mais de três pessoas), mas punido com as penas do art. 14 da Lei de Tóxicos.
a) Somente a II e a IV opções estão corretas.
b) Somente a II opção está correta.
c) Somente a III opção está correta.
d) Somente I e a IV opção estão corretas.
03) (AGU ? PROCURADOR FEDERAL 2ª CATEGORIA ? PROVA GRUPO II ? 07 E 08.DEZEMBRO.2002 ? CESPE/UNB)
Com fulcro no direito penal, julgue os itens ?a? a ?e?.
a) Considere a seguinte situação hipotética.
Um brasileiro, membro da tripulação de um navio recreio norte-americano, praticou um homicídio a bordo da referida embarcação, que se encontrava navegando em águas territoriais do Brasil.
Nessa situação, aplicar-se-á a legislação penal brasileira.
b) Considere a seguinte situação hipotética.
André desfechou um tiro de revólver contra a pessoa de Mário, que, internado em um hospital, veio a falecer pela ingestão de uma substância tóxica, ministrada inadvertidamente pela enfermeira em vez do medicamento prescrito.
Nessa situação, André responderá pela morte de Mário.
c) Considere a seguinte situação hipotética.
Um indivíduo, supondo que seu inimigo estava dormindo, quando na realidade estava morto, desfechou-lhe vários golpes de faca nas costas.
Nessa situação, por ineficácia absoluta do meio de execução, a tentativa não será punida.
d) É inadmissível a reabilitação na hipótese de extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva do Estado.
e) Se, pela prática do crime de peculato, um funcionário público for condenado à pena privativa de liberdade de três anos de reclusão e multa, a perda do cargo público será automática,como efeito específico da condenação.
04) (22º MPF ? NOV./2005)
A JURISPRUDÊNCIA DO STF E DO STJ DESAUTORIZA DIZER QUE:
a) a corrupção passiva, na forma da conduta típica de ?receber, para si ou para outrem?, implica a existência de corrupção ativa na modalidade de ?oferecer vantagem indevida?;
b) não é possível generalização de sempre excluir o dolo da conduta do motorista que se envolve em acidente de trânsito e causa a morte de outra pessoa;
c) o crime de extorsão não se consuma sem a obtenção da vantagem indevida;
d) a testemunha, ao prestar depoimento, narrando o que sabe, não pode ser sujeito ativo de calúnia, pois, sendo falso seu depoimento, o crime será o de falso testemunho.
05) (22º MPF ? NOV./2005)
RENATA CONHECIA MARCOS, MAS NÃO SABIA QUE ELE TRABALHAVA NA DIVISÃO DE RECURSOS HUMANOS DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. OS DOIS SE ENCONTRARAM NUMA LANCHONETE E AJUSTARAM ENTRAR NO PRÉDIO DA CEF, PARA TIRAR, ÀS ESCONDIDAS, ALGUNS OBJETOS, DURANTE O INTERVALO DA REFEIÇÃO. INGRESSARAM NA SEDE DA EMPRESA E FORAM À SALA DO DEPARTAMENTO JURÍDICO. ESTAVA VAZIA. OS SERVIDORES TINHAM SAÍDO PARA O ALMOÇO. RENATA E MARCOS APROVEITARAM A OCASIÃO, SUBTRAINDO VÁRIOS OBJETOS ? MICROCOMPUTADORES, CARTUCHOS PARA IMPRESSORAS, CANETAS ETC ? PERTENCENTES À EMPRESA PÚBLICA FEDERAL. DIAS DEPOIS, VALDOMIRO, QUE ERA DONO DE UMA LOJA DE INFORMÁTICA E DESCONHECIA A ORIGEM ILÍCITA DPOS BENS COMPROU, POR R$ 600,00 (SEISCENTOS REAIS), OS MICROCOMPUTADORES SURRUPIADOS, QUE CUSTAVAM, NO MERCADO, APROXIMADAMENTE R$ 17.000,00(DEZESSETE MIL REAIS). 
NESTE EXEMPLO,
a) Valdomiro responde por receptação; Renata, por furto qualificado; Marcos, por peculato;
b) a hipótese é de concursus delictorum, devendo Marcos, Renata e Valdomiro responderem por furto qualificado e receptação, pois participaram da prática dos dois crimes;
c) Renata e Marcos praticaram, em concurso de pessoas, o delito de peculato, enquanto Valdomiro perpetrou o crime de receptação.
d) VALDOMITO, Renata e Marcos praticaram, em concurso, peculato. 
06) (22º MPF ? NOV./2005)
A PENA MÍNIMA APLICÁVEL AO CRIME DE USO DE DOCUMENTO PARTICULAR FALSIFICADO OU ALTERADO, PARA FINS ELEITORAIS, É:
a) de 02 (dois) meses de reclusão;
b) de 06 (seis) meses de reclusão;
c) de 01 (um) ano de reclusão;
d) a mesma pena mínima cominada para o crime de falsificação de documento público, para fins eleitorais. 
07) (MINISTÉRIO PÚBLICO DE SANTA CATARINA ? PROMOTOR DE JUSTIÇA ? 2004)
Quantas das assertivas abaixo estão corretas:
I ? A duração da pena de prisão simples, no caso de contravenção, não pode, em caso
algum, ser superior a 5 anos;
II ? Nos crimes de imprensa, a retratação ou retificação espontânea, expressa e cabal, feita, antes do início do procedimento judicial, excluirá a ação penal contra o responsável pelos crimes de calúnia e difamação, não excluindo no caso do crime de injúria;
III ? A condenação por crime de tortura, inclusive, em caso de conduta omissiva, acarretará, automaticamente, a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição, para seu exercício, pelo dobro do prazo da pena aplicada;
IV ? Por se tratar de crime material, a consumação do crime deextorsão mediante seqüestro ocorre com o pedido de pagamento do resgate, não sendo necessária, portanto, a obtenção de vantagem;
V ? A conduta de disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime, é tipificada como delito afiançável no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/03).
GABARITO: a) 01; b) 02; c) 03; d) 04; e) 05. G A B A R I T O: 01) B; 02) C; 03) a) CERTA; b) ERRADA; c) ERRADA; d) CERTA; e) ERRADA; 04) C; 05) A; 06) C; 07) B.
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES - D. PROCESSUAL PENAL - 24.01.2006
PROF. LUIZ FLÁVIO GOMES 
01) (MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS - XLIV PROMOTOR DE JUSTIÇA - ABRIL/2004)
São princípios gerais do processo penal, exceto:
a) Princípio da oficialidade;
b) Princípio da indisponibilidade;
c) Princípio da oficiosidade;
d) Princípio do estado da inocência;
e) Princípio da anterioridade.
02) (Defensoria Pública de Minas Gerais - 2004) 
Em tema de lei processual penal brasileira, o princípio reitor de sua eficácia no espaço é o da: 
a) justiça universal;
b) extraterritorialidade;
c) defesa real ou proteção;
d) territorialidade;
e) nacionalidade.
03) (MAGISTRATURA FEDERAL - TRF 4ª REGIÃO - 2004)
Assinalar a alternativa correta:
Alberto, cidadão estrangeiro, remete do exterior um artefato explosivo potente para o Brasil, com a intenção de destruir patrimônio de sociedade de economia mista. O explosivo é neutralizado já em território brasileiro.
a) O crime (tentativa) foi praticado no exterior, mas se aplica a lei brasileira em razão do princípio da nacionalidade ou personalidade passiva;
b) O crime (tentativa) foi praticado no exterior, mas se aplica a lei brasileira em razão do princípio da extraterritorialidade;
c) O crime (tentativa) foi praticado tanto no exterior quanto no Brasil, porque o Código Penal Brasileiro adotou a teoria mista ou da unidade ou da ubiqüidade, aplicando-se o princípio da territorialidade;
d) O crime (tentativa) foi praticado no exterior, mas se aplica o princípio da Justiça Penal Universal, sendo que Alberto responderá à ação penal tanto em seu país de origem quanto no Brasil, levando-se em conta a pena de uma ação penal na outra ação penal para evitar o bis in idem.
04) (PGE SP - SET. 2005) 
Diz a súmula 160 do STF: "é nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não argüida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício". 
Dentre os princípios gerais dos recursos, pode-se afirmar que tal entendimento relaciona-se ao princípio da: 
a) variabilidade;
b) unirrecorribilidade;
c) personalidade;
d) fungibilidade;
e) taxatividade.
05) (27º MPU - MPDFT- Promotor de Justiça Adjunto- Abril/2005) 
A respeito da aplicação do princípio do contraditório no processo penal brasileiro, assinale a alternativa incorreta:
a) Alcança também, via de regra, as decisões judiciais tomadas de ofício;
b) Pode ser observado de modo diferido, em relação às provas urgentes e irrepetíveis;
c) Impõe que se reabra oportunidade ao Ministério Público para rebater nova questão preliminar argüida nas alegações finais da defesa;
d) Não implica a nulidade do ato de interrogatório realizado sem a presença do representante do Ministério Público regularmente intimado; 
e) Em qualquer fase da persecução penal, inclusive durante o inquérito policial, a parte contrária deve ser informada sobre o ato a ser praticado, permitindo-se-lhe imediata reação defensiva.
06) (27º MPU - MPDFT- Promotor de Justiça Adjunto- Abril/2005) 
O processo penal brasileiro é informado pelo princípio do favor rei, do qual se extraem inúmeros subprincípios e conseqüências práticas na dinâmica da persecução penal.
Assinale a alternativa que não se ajusta, plenamente a esse princípio.
a) A proposta legislativa de eliminação do protesto por novo júri, além de vir de encontro às modernas tendências do direito processual penal, fere, de modo frontal, o princípio do duplo grau de jurisdição, também derivado do favor rei;
b) A presunção de inocência (ou de não-culpabilidade) não impede que se utilizem algemas na condução do acusado preso, no percurso entre a viatura policial e a sala de
audiências;
c) A proibição da reformatio in pejus para o acusado não veda a que, no segundo julgamento, realizado por força de provimento das apelações interpostas por ambas as partes, com o objetivo comum de anular a sentença condenatória, o acusado receba sanção criminal mais grave;
d) Ao prover recurso exclusivo da acusação tendente a elevar a reprimenda fixada na sentença, o Tribunal de Justiça pode fixar regime de pena mais gravoso em relação ao que fora imposto ao réu na decisão impugnada, em virtude da nova sanção concretizada, mesmo sem pedido expresso do Ministério Público;
e) O ônus da prova no processo penal recai sobre a acusação, inclusive para a eliminação de dúvida razoável surgida no momento de sentenciar, acerca da ilicitude da conduta e da culpabilidade do autor.
07) (DELEGADO DE POLÍCIA DO DISTRITO FEDERAL - 2005)
Segundo o Pacto de São José da Costa Rica (Decreto 678/1.992), é incorreto afirmar que:
a) ninguém pode ser privado de sua liberdade física, salvo pelas causas e nas condições previamente fixadas pelas constituições políticas dos Estados-Partes ou pelas leis de acordo com elas promulgadas;
b) toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo, não podendo sua liberdade ser condicionada a garantias;
c) toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este decida, sem demora, sobre a legalidade de sua prisão ou detenção e ordene sua soltura se a prisão ou a detenção forem ilegais; nos Estados-Partes cujas leis prevêem que toda pessoa que se vir ameaçada de ser privada de sua liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente a fim de que este decida sobre a legalidade de tal ameaça, tal recurso não pode ser restringido nem abolido; o recurso pode ser interposto pela própria pessoa ou por outra pessoa;
d) toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não se comprove legalmente sua culpa;
e) toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.
08) (DELEGADO DE POLÍCIA DO DISTRITO FEDERAL - 2005)
De acordo com a recente orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal sobre a possibilidade de decretação do sigilo do inquérito policial, assinale a alternativa correta:
a) é possível a decretação alcançando o investigado e seu defensor, tendo em conta a supremacia do interesse público;
b) é possível a decretação alcançando o investigado, tendo em conta a supremacia do interesse público;
c) não é possível a decretação, sendo toda forma de sigilo abolida pela Constituição da República;
d) é possível a decretação alcançando o investigado e seu defensor, por força do art. 20 do Código de Processo Penal;
e) não é possível a decretação alcançando o defensor, por força dos arts. 5o, LXIII, CRFB, e 7o, XIV da Lei 8.906/94.
09) (DELEGADO DE POLÍCIA DE SÃO PAULO - 20/01/2002)
O ingresso do protegido no programa previsto na Lei 9807/99 é decisão
a) da autoridade judiciária competente.
b) do conselho deliberativo.
c) da autoridade policial.
d) do representante do Ministério Público.
10) (DELEGADO DE POLÍCIA DE SÃO PAULO - 20/01/2002)No que pertine ao prazo de duração, a interceptação telefônica:
a) terá um prazo fixado livremente pelo juiz, dependendo das circunstâncias do fato investigado.
b) não poderá exceder o prazo de 10 dias, renovável por igual tempo.
c) não poderá exceder o prazo de 15 dias renovável por igual tempo.
d) terá a duração necessária para atingir os objetivos propostos. 
11) (DELEGADO DE POLÍCIA DE SÃO PAULO - 28/09/2003)
A Lei n.º 9296/96 (Interceptação de Comunicações Telefônicas) 
a) autoriza a autoridade policial a inutilizar a gravação que não interessar a prova, comunicado o Ministério Público.
b) não se aplica à interceptação do fluxo de comunicações, em sistemas de informática e telemática.
c) admite a interceptação de comunicação telefônica, mesmo que não haja indícios suficientes da autoria ou participação na infração penal, desde que o crime investigado seja apenado com reclusão.
d) exige que, já no pedido de interceptação de comunicação telefônica, sejam indicados os meios a serem empregados para sua consecução.
G A B A R I T O:
�
01) E; 02) D; 03) C; 04) C; 05) E; 06) A; 07) B; 08) E; 09) B; 10) C; 11) d.
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES ? D. PENAL ? 22.02.2006
PROF. SILVIO MACIEL
AULA de 22.01.06
1) A primeira questão exige saber qual dos enunciados é CORRETO. Vejamos um a um para saber qual deles é correto.
A) O delito de estupro não admite a co-autoria. Errado. Autor é aquele que realiza a conduta típica prevista no tipo penal. Realiza a conduta prevista no verbo (núcleo do tipo penal). Co-autoria ocorre, portanto, quando mais de uma pessoa realiza a conduta típica prevista no tipo penal. Pois bem.
O estupro está definido no artigo 213, ?caput?, da seguinte forma: ?constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça?. Ao contrário do que muitos pensam, a conduta punível no art. 213 não é praticar a conjunção carnal com a mulher e sim constranger a mulher a praticar conjunção carnal não querida. Constrangimento que ocorre mediante violência ou grave ameaça.
Conclusão: a co-autoria é perfeitamente possível no crime de estupro. Duas ou mais pessoas podem constranger, mediante violência ou grave ameaça, uma mulher a ter conjunção carnal com um homem. 
ATENÇÂO: Até mesmo uma mulher pode ser co-autora do crime de estupro, embora ela não possa manter conjunção carnal com a vítima. Ex. uma mulher, mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, constrange outra a ter conjunção carnal com um homem. Subjuga a vítima enquanto o homem realiza a conjunção carnal.
B) O delito de sedução tem como objeto jurídico principal a família. Errado. O crime de sedução não estava previsto entre os crimes contra a família, constantes do Titulo VII da Parte Especial do CP (art.s 235 a 249). O crime de sedução estava previsto entre os crimes contra os costumes no Título VI, da parte Especial do CP. 
Se não era crime contra a família e sim, crime contra os costumes, obviamente o principal bem jurídico protegido pelo crime de sedução não era a família. Eram os bons costumes, a honra sexual da mulher, a virgindade da mulher inexperiente.
Atenção: o mais importante, a saber, é que o crime de sedução, que estava descrito no art. 217 do CP foi revogado pela Lei 11.106/05. A lei 11.106/05 também revogou os crimes de rapto violento e consensual (arts. 219 e 220 CP), o crime de adultério (art. 240), além de trazer outras alterações em relação aos crimes contra os costumes.
C) A súmula 608 do STF se aplica ao estupro presumido. Errado. ?No crime de estupro, praticado mediante violência real, a ação penal é pública incondicionada?. A sumula não se aplica, portanto, às hipóteses de estupro com violência presumida. As hipóteses de violência presumida estão no art. 224 do CP: a) quando a vítima não é maior de catorze anos; b) é alienada ou débil mental e o agente conhecia esta circunstância ; c) não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência. Esta súmula do STF se aplica quando a vitima é estuprada mediante violência real (física) e sofre lesões corporais leves. Quando a vítima sofre lesões graves ou morte a ação já é publica incondicionada, de acordo com o CP.
D) O delito de estupro seguido de morte é um crime preterdoloso hediondo. Correto. O estupro qualificado pela morte está definido no art. 213, ?caput? c/c art. 223, parágrafo único, do CP. 
1º) é um crime exclusivamente preterdoloso: só resta caracterizado se a morte da vitima ocorreu por culpa do agente. Ele tinha o dolo de estuprar e por culpa causou a morte da vítima. Dolo no antecedente (estupro) e culpa no conseqüente (morte): crime preterdoloso. Porque se o agente tiver o dolo de estuprar a vítima e também de matá-la, responde por estupro simples e homicídio em concurso material. Haverá concurso de crimes e não crime único se o agente estuprar e depois matar a vítima.
2º) é crime hediondo previsto no art. 1º, V, da Lei 8072/90 (LCH). Está no rol dos crimes hediondos.
E) Errado. O termo ?mulher honesta? é um elemento normativo do tipo (que exige uma valoração cultural) e não elemento subjetivo do tipo (que indica uma finalidade específica do agente). Mas o que é importante saber é que a expressão ?mulher honesta? foi abolida de nossa legislação penal, pela citada lei 11.106/05. A expressão constava nos crimes de rapto violento e consensual, que foram revogados, conforme já mencionado. E constava no crime de posse sexual mediante fraude (art. 215, CP) sendo substituída pela expressão ?mulher? e no crime de atentado ao pudor mediante fraude (art. 216, CP), sendo substituída pela expressão ?alguém?. Andou bem o legislador, porque o conceito de mulher honesta era muito relativo, devido a evolução dos costumes; a expressão era muito criticada pela doutrina. A colocação de elementos culturais no tipo penal enfraquece a objetividade e clareza que devem ter os tipos penais incriminadores, conferindo uma margem de discricionariedade e subjetivismo muito grande ao intérprete. 
RESPOSTA: D
2) Nesta questão é preciso apontar a opção incorreta. Vejamos qual delas é incorreta. 
A) Crime omissivo próprio ou puro é aquele em que a conduta descrita no tipo penal é uma omissão, um não-fazer (um comportamento negativo). Ex. crime de omissão de socorro, em que a conduta punível é deixar de prestar socorro. Crime comissivo é aquele em que a conduta descrita no tipo penal é uma ação, um agir (um comportamento positivo). Ex. furto ? conduta punível é subtrair.
Pois bem. No crime de prevaricação, descrito no art. 319 do CP, há três condutas puníveis: retardar ato de ofício; deixar de praticar ato de ofício; praticar ato de ofício contra disposição expressa de lei. 
Há duas condutas omissivas (retardar e deixar de praticar) e uma comissiva (praticar). O crime de prevaricação pode mesmo ser tanto um crime omissivo próprio ou puro, como um crime comissivo.
B) Crime de consumação antecipada ou crime formal é o que se consuma com a simples prática da conduta típica prevista no tipo penal, ainda que o resultado naturalístico não ocorra. A consumação ocorre antes e independentemente da ocorrência do resultado naturalístico. Antes: daí a expressão crime de consumação antecipada. 
Ex. concussão (art. 316, CP) crime praticado por funcionário público, que consiste em exigir vantagem indevida para si ou para outrem. O crime se consuma no momento da exigência; com a simples conduta de exigir. O recebimento da vantagem indevida (resultado naturalístico), se chegar a ocorrer, é mero exaurimento de um crime já consumado (antecipadamente consumado pela prática da conduta). O recebimento da vantagem indevida é considerado uma circunstância judicial desfavorável - ?conseqüências do crime? ? (art. 59, CP), que influencia na fixação da pena base.
C) O peculato-apropriação, definido no art. 312, ?caput, do CP, ocorre quando o agente se apropria de dinheiro, valor ou bem móvel, publico ou particular, de que tem a posse em razão do cargo ? a posse prévia do bem é elementar do tipo penal, necessária para suaconfiguração, portanto. O peculato-furto, descrito no art. 312, § 1º, ocorre quando o funcionário não tem a posse do bem, dinheiro ou valor, mas o subtrai ou concorre para sua subtração , valendo-se da facilidade que a qualidade de funcionário lhe proporciona.
D) O crime de corrupção passiva, praticado por funcionário público (art. 317, CP) prevê três condutas típicas puníveis: solicitar, receber ou aceitar vantagem ou promessa de vantagem indevida. O crime de corrupção ativa, praticado por particular (art. 333, CP), prevê duas condutas típicas: oferecer ou prometer vantagem indevida. Analisando tais condutas, é possível verificar que pode ocorrer o crime do art. 317 sem a existência do delito do art. 333 e vice-versa. Um crime não depende necessariamente da existência do outro (os crimes de corrupção ativa e passiva não são crimes bilaterais. Não há bilateralidade entre esses crimes). Ex. o particular oferece ou promete vantagem indevida ao funcionário que não aceita. Houve apenas o crime de corrupção ativa do particular. Mas nas condutas de receber e aceitar, aí sim os crimes são bilaterais. Nessas condutas, o crime de corrupção passiva pressupõe, necessariamente, a existência do crime anterior de corrupção ativa do particular. Porque o funcionário só pode receber ou aceitar uma vantagem que foi oferecida ou prometida anteriormente, pelo particular. Este é o entendimento do STF: no HC 74373/GO o Min. Aposentado Moreira Alves consignou a relação de bilateralidade entre o 317 e 333 quando a conduta é ?receber?. E recentemente, no HC 83658/RJ, rel. Joaquim Barbosa (DJ 16/12/05) a 1ª Turma do STF reconheceu a bilateralidade dos crimes dos arts. 317 e 333 no caso da conduta de ?receber?, praticada pelo funcionário público. No mesmo sentido HC 80161/RJ (Sepúlveda Pertence)
E) O crime de emprego irregular de verbas ou rendas publicas está definido no art. 315, do CP. Norma penal em branco é aquela cuja descrição da conduta no tipo penal está incompleta e precisa ser complementada por outra norma. Quando o complemento é feito por outra lei fala-se em norma penal em branco homogênea ou em sentido lato; quando é feito por norma jurídica de outra natureza (decreto, portaria, regulamento etc) fala-se em normas penal em branco heterogênea ou em sentido estrito. O art. 315 é uma norma penal em branco homogênea ou em sentido lato, porque precisa ser complementada por outra lei (ou leis) que diga qual é a destinação que deve ser dada às verbas e rendas públicas.
3) Essa questão é muito interessante, porque: 1º) envolve várias leis especiais (aspectos peculiares); 2º) há uma pegadinha; 3º) envolve uma questão atual sobre a liberdade provisória nos crimes do Estatuto do Desarmamento. A questão exige saber quantos enunciados estão corretos. Vejamos: 
I ? CORRETA. O art. 10 da LCP é expresso em dizer que a duração da pena de prisão simples, aplicada nas contravenções, em hipótese alguma pode perdurar por mais de 5 anos. Veja, ela pode ser aplicada acima de 5 anos, mas só pode ser cumprida até o limite de 5 anos. O que o art. 10 impõe é o limite de cumprimento da pena e não o limite de fixação na sentença, que pode ser superior. O art. 10 da LCP é semelhante ao art. 75, do CP, que dispõe que o tempo máximo de cumprimento das penas privativas de liberdade no caso de crimes é de 30 anos, embora a pessoa possa ser condenada a tempo superior. Então: prazo máximo de cumprimento de pena: contravenções 5 anos; crimes 30 anos. E qual a utilidade prática, então, do juiz fixar pena maior na sentença, se o condenado só pode cumprir a sanção até tais limites? R.: porque os benefícios da execução (progressão de regime, livramento condicional etc) são calculados sobre a pena aplicada e não sobre esse limite máximo de cumprimento imposto pela lei. Súmula 715 do STF. Ex. se o agente for condenado a 7 anos de prisão simples em regime semi-aberto (a prisão simples pode ser cumprida em regime aberto ou semi-aberto ? art. 6º LCP), o cálculo de progressão para o regime aberto será feito sobre os 7 anos de condenação e não sobre o limite de cumprimento de 5 anos, previsto no art. 10, da LCP. 
II ? INCORRETA. A calúnia é a imputação falsa de fato definido como crime e a difamação é a imputação (falsa ou verdadeira) de fato ofensivo à reputação da vítima. Atingem a honra objetiva da vitima (reputação social, perante terceiros). A injuria é a ofensa à dignidade ou ao decoro da pessoa (xingamentos que atingem a honra subjetiva da vitima; o que ela pensa de si mesma). Por isso é possível o agente se retratar da calúnia e da difamação, ou seja, desmentir os fatos imputados e restabelecer a honra objetiva (perante a sociedade) da vítima. Mas não é possível retratação da injúria, uma vez que não há imputação de nenhum fato, mas de ofensas pessoais, morais. Por esta razão o CP só permite a retratação nos crimes de injúria e difamação (art. 143, CP), não a permitindo na injúria. Ocorre que na Lei de Imprensa é diferente. Os arts. 20, 21 e 22 da Lei 5250/67 (Lei de Imprensa) definem, respectivamente, os crimes de calúnia, difamação e injúria. E o art. 26 da Lei diz que a retratação espontânea, expressa e cabal, feita antes de iniciado o procedimento judicial excluirá a ação penal contra o responsável pelos crimes previstos nos arts. 20 a 22 . Na Lei de Imprensa é possível, portanto, a retratação, inclusive, no caso de crime de injuria, tendo em vista o disposto no citado art. 26. 
OBS.: Há um julgado do Min Sepúlveda Pertence, do STF (RT 652/367) e outros julgados de Tribunais Estaduais, não admitindo a retratação no crime de injuria de imprensa, malgrado a literalidade do art. 26 da Lei 5250/76, que a permite. 
III ? CORRETA. O art. 1º, I e II e § 1º , Lei 9455/97 define os crimes de tortura praticados por ação (crimes comissivos) e o parágrafo 2º define o crime de tortura praticado por omissão (omissivo próprio ou puro), que é o crime praticado por aquele que não impede ou não apura o crime de tortura, tendo tal dever. E após definir tais crimes, dispõe no § 5º do próprio art. 1º, que a condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. Tal efeito aplica-se, portanto, a todas as formas do crime de tortura, inclusive na forma omissiva do parágrafo 2º. 
IV ? INCORRETA. Realmente não é necessário o recebimento da vantagem para que o crime de extorsão mediante seqüestro esteja consumado. O recebimento é mero exaurimento do crime já consumado (Súmula 96 do STJ). O crime de extorsão mediante seqüestro é, portanto, crime formal ou de consumação antecipada e não crime material, como está no enunciado. Além disso, o crime se consuma no momento em que a vítima é seqüestrada e não no momento do pedido de pagamento do resgate. Ainda que o pedido de resgate não chegue a ser feito o crime já está consumado, com o seqüestro da vítima. Ex. os agentes seqüestram a vítima e antes de conseguir contato com a família são presos (pegadinha de concurso).
V ? INCORRETA. Essa conduta está tipificada no art. 15 do Estatuto do Desarmamento. E o parágrafo único dispõe que tal crime é inafiançável. OBSERVAÇÃO: O Estatuto do Desarmamento, em alguns crimes proíbe a fiança e em outros proíbe a liberdade provisória (com ou sem fiança). Mas o posicionamento da jurisprudência, inclusive do STJ e do STF, é o de que essa proibição não pode ser absoluta, sob pena de ofender o princípio da presunção (ou estado) de inocência, previsto no art. 5º, LVII, CF/88. Se não estiverem presentes os motivos (pelo menos um) da prisão preventiva (art. 312 CPP) a liberdade provisória deve ser concedida, porque a prisão provisória (processual) só se justifica quando tem caráter cautelar (quando é necessária). Conclusão: embora o Estatuto do Desarmamento proíba a liberdade provisória, o STF, STJ e demais tribunais estão concedendo-a, quando não há necessidade da prisão provisória, ou seja, quando não estão presentes os requisitos da prisão preventiva. Nesse sentido: 8ª Turma, do TRF da 4ª Região que assimentendeu ?na linha dos recentes julgamentos do STF? e ainda STJ HC 43420/SP (que cita precedentes do STF); HC 31917; HC 34674, RHC 18024, todos recentes. 
4) Esta questão envolve várias leis especiais:
A) Errada. O jornalista que noticiou o ato infracional, divulgando o nome, idade e endereço do adolescente praticou infração administrativa prevista no artigo 247, § 1° do ECA e não infração penal (crime). Art. 247, § 1º: ?...ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta ou indiretamente?. Ao divulgar o nome, o endereço e a idade do adolescente infrator ele permitiu sua identificação. A pena para essa infração é de multa de 3 a 20 sm de referência, aplicada em dobro no caso de reincidência. E como a infração (administrativa) foi praticada por órgão de imprensa (jornal de grande circulação), prevê o § 2° que o juiz ainda pode determinar a apreensão da publicação. A parte final do § 2°, ?...ou a suspensão da programação...? foi declarada inconstitucional na ADin n° 869-2 de 4 de agosto de 1999.
B) Certa. O agente praticou, em tese, o delito descrito no artigo 89 da Lei 8666/93 (Lei de Licitações e Contratos). A lei 8666/90 permite a dispensa de licitação em algumas hipóteses emergências. Mas a situação de emergência na verdade não existia. Não havia a situação de emergência (a situação legal) que justificasse a inexigibilidade de licitação. O agente, portanto, inexigiu (deixou de exigir) licitação fora das hipóteses previstas em lei.
C) Certa. A conduta de imputar falsamente a alguém fato definido como crime, constitui o delito de calúnia. Pois bem. Pedro praticou a calúnia por meio de um jornal periódico que é considerado meio de informação, conforme art. 12, § único, da Lei de Imprensa ? Lei 5250/67. Sua conduta caracteriza, portanto, o crime de calúnia da Lei de Imprensa (descrito no art. 20, da Lei 5250/67). Por outro lado, a calúnia foi praticada durante o período de campanha eleitoral, contra Pedro que era candidato. O Código Eleitoral também prevê o delito de calúnia (art. 324, da Lei 4737/65). Ocorre que esse delito só se caracteriza se for praticado na propaganda eleitoral ou para fins de propaganda eleitoral. Na propaganda eleitoral direta (horário gratuito no rádio ou na TV, faixas etc) ou para fins de propaganda eleitoral. E o enunciado da questão nada fala a esse respeito. O prof. Alberto Silva Franco, na obra coletiva ?Leis Penais Especiais e Sua Interpretação Jurisprudencial?, citando vários julgados, explica a diferença entre o crime de calúnia da Lei de Imprensa e o do Código Eleitoral: só haverá crime eleitoral se a ofensa tiver a finalidade de propaganda eleitoral; tiver fim eleitoral; a finalidade de influenciar no resultado das eleições (e for eficaz para isso). Se a ofensa visa ofender mais a honra pessoal do que a do candidato propriamente dito haverá crime de calúnia da Lei de Imprensa (STJ, RT 701/736). E segundo o enunciado da questão foi justamente o que João fez: atacou a honra pessoal de Pedro. 
D) Errada. É posição pacífica no STJ que o delito de associação para o tráfico de entorpecentes, do art. 14, da Lei 6368/76 é delito autônomo em relação ao crime de tráfico do art. 12 da Lei, ou seja, não é considerado delito de tráfico. E não sendo considerado crime de tráfico não é equiparado aos crimes hediondos. Cabe, portanto, progressão de regime no crime do art. 14, da Lei 6368/76, ou seja, a pena não deve ser cumprida em regime integralmente fechado. Nesse sentido HC 50040/DF (DJU 01/02/06, 5ª T); HC 47467/DF (DJU 06/02/06, 6ª T); HC 48072/DF (DJU 01/02/06, 5ª T); HC 45368/SC (DJU 01.02.06, 5ª T). 
OBS.: O STF está prestes a declarar a inconstitucionalidade do art. 2°, § 1° que estabelece que a pena dos crimes hediondos e equiparados deve ser cumprida integralmente em regime fechado. Inconstitucional por ofensa ao princípio da individualização da pena (art. 5°, XLVI, CF/88).
E) Errada. Neste caso o motorista praticou o crime de injúria qualificada, descrito no art. 140, § 3°, do CP. O agente ofendeu a dignidade do pedinte (atingiu sua honra subjetiva, pessoal), utilizando expressões referentes à cor da vítima (ao dizer ?preto vagabundo?) e à raça da vítima (ao dizer ?negro salafrário?). 
O art. 20, da Lei 7.716/89 (que é a lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor) pune a conduta de praticar discriminação ou preconceito de raça ou de cor . Mas esse crime se caracteriza quando o agente se refere a todas as pessoas de determinada raça ou cor indistintamente; quando o agente faz uma referência generalizada contra uma raça ou pessoas de determinada cor. Quando o agente ofende, individualmente, a honra pessoal de uma vítima específica, utilizando na ofensa elementos de raça ou de cor comete o crime do art. 140, § 3°, CP. Obs: a pena do artigo 140, § 3º, do CP permite a prisão em flagrante.
F) Errada. A conduta de Nilo pode caracterizar o crime de constrangimento ilegal (art. 146, CP: constranger alguém, mediante grave ameaça, a deixar de fazer algo que a lei não proíbe (celebrar um contrato de trabalho); ou pode caracterizar o crime de extorsão, do art. 158 do CP se a intenção dele era obter indevida vantagem econômica com tal conduta ? constranger alguém, mediante grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a deixar de fazer alguma coisa. O crime de atentado contra a liberdade de trabalho está descrito no art. 197, I e II, do CP. O tipo penal dispõe: ?Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça: I ? a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria, ou a trabalhar ou não trabalhar durante certo período ou em determinados dias. À primeira vista parece que a conduta de Nilo caracteriza este crime, porque ao impedir a vítima de celebrar contrato de trabalho, está constrangendo-a a não trabalhar. Mas não é isso que diz o enunciado. O agente constrangeu a vítima a não celebrar contrato com uma determinada empresa, mas isso não significa que o agente impediu fisicamente a vítima de trabalhar durante certo período ou em determinados dias (não está mencionada, no enunciado, essa finalidade específica, necessária para a caracterização do crime do art. 197, do CP). 
G) Certa. O agente, mediante violência física constrangeu a vítima a fazer algo (preencher um cheque nominal em favor dele), com o intuito de obter indevida vantagem econômica . Sua conduta se amolda perfeitamente ao tipo penal do art. 158, do CP, que define o delito de extorsão.
H) Errada. O testamento particular, para fins penais, é considerado documento público, conforme expressamente dispõe o § 2° do art. 297, que define o crime de falsificação de documento público. O agente, portanto, praticou crime de falsificação de documento público (art. 297) e não falsificação de documento particular (art. 298).
I) Certa. O artigo 9°, da Lei 9034/95 (Lei do Crime Organizado ou Lei das Organizações Criminosas) dispõe expressamente no artigo 9° que ?o réu não poderá apelar em liberdade nos crimes previstos nesta Lei?. Esta é a letra da lei, sem embargo do entendimento do STJ e STF de que toda prisão provisória só se justifica se presentes os motivos (pelo menos um) da prisão preventiva, ou seja, se a prisão provisória for necessária, tiver natureza cautelar.
J) Certa. Segundo entendimento do STJ e também da doutrina, os crimes contra a ordem tributária absorvem os de falsidade material e ideológica, além do crime de uso de documento falso, mas somente quando o falso foi o meio de execução do delito fiscal (princípio da consunção ou da absorção ? uma infração fica absorvida por outra quando funciona como meio de execução - necessário ou normal - da infração final). No HC 34441/PB, o Min. Gilson Dipp, da 5ª T, do S.T.J., deixou consignado que se os crimes de falsidade são absolutamente autônomos dos crimes contra a ordem tributária, não havendo nenhuma relação de subordinação entre as condutas, não é aplicável o princípio da consunção.
5) Nos termos do parágrafo 1º, do artigo156, do CP, o furto de coisa comum é crime de ação publica condicionada à representação. O crime de furto do artigo 155 e §§, do CP (simples, noturno, privilegiado, qualificado) é, em regra, de ação penal publica incondicionada. Mas excepcionalmente a ação será condicionada a representação também: nas hipóteses do art. 182, I a III (as chamadas imunidades relativas nos crimes patrimoniais). Imunidades que não se aplicam (no caso do furto), ao estranho que participa do crime e também se o crime é praticado contra idoso (art. 183, II e III).
6) O tipo do artigo 12 é tipo misto alternativo, ou crime de ação múltipla ou de conteúdo variado. É assim chamado porque descreve várias condutas puníveis. Se o agente praticar várias condutas previstas no tipo penal, mas envolvendo o mesmo objeto material (mesmo entorpecente) haverá crime único (princípio da alternatividade). Ex. o agente adquire, mantém em depósito e depois vende certa quantidade de entorpecente ? crime único. 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES ? D. PROC. PENAL ? 23.02.2006
PROF. ROGÉRIO SANCHES CUNHA
(AGU ? PROCURADOR FEDERAL 2ª CATEGORIA ? PROVA OBJETIVA P1 ? 25.04.2004 ? CESPE/UnB)
Considerando os dispositivos da lei processual penal, julgue os itens a seguir.
a) O flagrante provocado é considerado modalidade de crime impossível em razão de absoluta impropriedade do objeto.
b) Considere a seguinte situação hipotética. Márcio atropelou Cláudio, que atravessava via pública fora da faixa de pedestres e veio a falecer. Durante o processo, verificou-se que Márcio tentava impedir a produção de provas, ameaçando testemunhas. Nessa situação poderá ser decretada a prisão preventiva de Márcio, para a conveniência da instrução criminal.
c) Quando forem desconhecidos o lugar onde ocorreu a infração e o domicílio do réu, será competente o juiz que anteceder ao outro igualmente competente, expedindo ordem de prisão temporária.
d) O juiz que considerar errônea a tipificação do fato constante na queixa poderá modificá-la mediante a emendatio libelli
e) Compete à justiça militar julgar o crime de abuso de autoridade cometido por policial militar em serviço.
f) Se o representante do Ministério Público, ao receber os autos de inquérito policial, requer o arquivamento da ação, a vítima poderá oferecer queixa, dando início a ação penal privada subsidiária da pública.
g) Desaparecidos os vestígios da infração penal, o juiz considerará suprida a falta do exame de corpo de delito pela confissão do acusado ou prova testemunhal.
h) É condição específica de procedibilidade da ação penal a requisição do ministro da Justiça.
i) Concedido o protesto por novo júri, no segundo julgamento é defeso ao juiz presidente aplicar pena maior se a decisão for mantida pelo novo conselho de sentença.
j) Considera-se prova ilegítima o depoimento de testemunha obrigada a guardar sigilo por dever funcional.
G A B A R I T O:
ERRADA; b) ERRADA; c) ANULADA; d) CERTA; e) ERRADA; f) ERRADA; g) ERRADA; h) CERTA; i) CERTA; j) CERTA.
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES - D. TRIBUTÁRIO - 25.01.2006
PROF. VINICIUS CASALINO
(PGE/ES - NOV/2004 - CESPE/UnB)
01) Acerca da Constituição da República, assinale a opção correta.
a) A imunidade prevista na Constituição a determinados segmentos da sociedade não pode ser suprimida por meio de emenda à Constituição, por se constituir em cláusula pétrea.
b) A vedação constitucional de cobrança de tributos antes de decorridos 90 dias da data em que tenha sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou, sem prejuízo do princípio da anterioridade, se aplica à fixação da base de cálculo do imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA).
c) Uma lei estadual ou distrital pode determinar que a alíquota do imposto sobre a transmissão causa mortis e doação inter vivos, de quaisquer bens e direitos, de competência dos estados-membros e do Distrito Federal - DF, seja atrelada, para posteriores alterações, ao valor máximo fixado pelo Senado Federal.
d) O imposto sobre produtos industrializados (IPI) não compreende, na sua base de cálculo, o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e inter-municipal e de comunicações (ICMS). 
e) Entre os impostos brasileiros, o princípio da seletividade aplica-se somente ao ICMS.
(TRF 4ª REGIÃO - XI CONCURSO - 2004)
02) Assinalar a alternativa correta.
Art. 150 da Constituição Federal: "Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;"
 I. A imunidade recíproca do art. 150, VI, "c", da Constituição Federal decorre do princípio federativo e do princípio da isonomia das pessoas políticas.
II. A imunidade recíproca beneficia às pessoas políticas também quando exercem atividades econômicas remuneradas por tarifas.
III. Em razão da imunidade do art. 150, VI, "c", da Constituição Federal, os partidos
políticos são imunes à taxa judiciária.
IV. As imunidades tributárias podem ser determinadas por lei complementar desde
que obedecida a repartição da competência do ente tributante.
a) Está correta apenas a assertiva I.
b) Está correta apenas a assertiva IV.
c) Estão corretas apenas as assertivas I e IV.
d) Estão corretas apenas as assertivas II e III.
(TRF 1ª REGIÃO - IX CONCURSO - 2002)
03) É correto afirmar que, por meio da ______________, opera-se a dispensa legal de pagamento do tributo devido, pressupondo crédito tributário regularmente constituído:
a) isenção.
b) anistia.
c) remissão.
d) prescrição.
(TRF 1ª REGIÃO - IX CONCURSO - 2002)
04) Ainda não foi superada, no Brasil, controvérsia doutrinária a respeito da possibilidade da instituição e da majoração de tributos por meio de leis delegadas. A atual Constituição Federal, porém, veda expressamente a utilização de tais normas jurídicas para a criação e a alteração das alíquotas de:
a) contribuições de intervenção no domínio econômico.
b) empréstimos compulsórios.
c) taxas e contribuições de melhoria.
d) impostos extraordinários.
(TRF 1ª REGIÃO - X CONCURSO - 2004)
05) O empréstimo compulsório: 
a) só pode ser instituído por lei federal. 
b) só pode ser instituído pela União, mediante lei complementar. 
c) será instituído para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência e no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. 
d) b e c estão corretas. 
(TRF 1ª REGIÃO - X CONCURSO - 2004)
06) As contribuições sociais de intervenção no domínio econômico: 
a) podem ser instituídas pela União e pelos Estados. 
b) podem incidir sobre receitas decorrentes de exportação. 
c) são de competência exclusiva da União. 
d) não podem incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados. 
(TRF 4ª REGIÃO - XI CONCURSO - 2004)
07) Assinalar a alternativa correta.
I. Partindo da doutrina constitucional atual, como exemplos em Bonavides e Canotilho, bem como na doutrina constitucional-tributária de Roque Carrazza, entre outros, diz-se que os princípios são as linhas mestras do ordenamento jurídico, os vetores da interpretação de um texto legal.
II. Os princípios constitucionais gerais não têm carga normativa, conforme a doutrina contemporânea constitucional.
III. Os princípios constitucionais tributários são núcleos duros do direito e não podem ser derrogados por legislação infraconstitucional.
IV. O princípio da proporcionalidade, na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, tem servido para fundamentar a interpretação do texto constitucional.
a) Está correta apenas a assertivaII.
b) Estão corretas apenas as assertivas I e III.
c) Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV.
d) Todas as assertivas estão corretas.
(TRF 4ª REGIÃO - XI CONCURSO - 2004)
08) Assinalar a alternativa correta.
I. O princípio federativo é o fundamento da autonomia da repartição das competências tributárias.
II. A competência para tributar dos Estados está definida expressamente na Constituição Federal, inexistindo competência tributária residual dos Estados.
III. A União, mediante lei complementar, pode estipular a forma do exercício da competência tributária dos Estados, determinando sobre a criação dos tributos, de competência dos Estados.
IV. O princípio federativo permite que, em casos de urgência, a União crie imposto estadual.
a) Está correta apenas a assertiva III.
b) Estão corretas apenas as assertivas I e II.
c) Estão corretas apenas as assertivas II e IV.
d) Todas as assertivas estão incorretas.
(TRF 4ª REGIÃO - XII CONCURSO - 2005)
09) Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.
I. O princípio da irretroatividade, que a Constituição vigente adota, impede que se aumentem alíquotas do imposto de renda em pleno curso do exercício financeiro, alcançando situações de fato já ocorridas.
II. O estabelecimento de normas gerais em matéria de obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência, em âmbito tributário, somente pode ser feito por lei complementar.
III. A Constituição, ao elencar as espécies tributárias existentes, nada refere sobre a contribuição de melhoria, contemplando apenas as contribuições sociais.
IV. O princípio da capacidade contributiva foi suprimido nas Constituições de 1967 e 1969, e não voltou a ser constitucionalmente contemplado na Lei Maior de 1988.
a) Estão corretas apenas as assertivas I e II.
b) Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV.
c) Estão corretas apenas as assertivas II, III e IV.
d) Todas as assertivas estão corretas.
(TRF 4ª REGIÃO - XI CONCURSO - 2004)
10) Assinalar a alternativa correta.
 I. A capacidade tributária ativa é delegável por lei, enquanto indelegável a competência tributária.
II. Na denominada "sujeição ativa auxiliar" desimporta para quem se dirija o produto da arrecadação.
III. O legislador federal, enquanto cria tributo, não pode fugir da matriz constitucional.
IV. A Constituição Federal, ao repartir as competências tributárias, delimitou em caráter privativo apenas o campo de competência da União Federal.
a) Está correta apenas a assertiva II.
b) Estão corretas apenas as assertivas I e III.
c) Estão corretas apenas as assertivas III e IV.
d) Todas as assertivas estão corretas.
(TRF 4ª REGIÃO - XI CONCURSO - 2004)
11) Assinalar a alternativa correta.
I. A doutrina brasileira e a jurisprudência nacional, em atenção ao direito positivo, apesar das acirradas críticas à expressão "fato gerador", têm-na como expressão apropriada tanto para designar a descrição legal hipotética quanto o acontecimento concreto que lhe corresponda.
II. O fator tempo é irrelevante para distinguir, em todas as situações oponíveis, a evasão fiscal da elisão fiscal.
III. É impossível tributar o produto financeiro resultante de atividades criminosas.
IV. As pessoas jurídicas de direito privado, desde que exerçam função pública e sem fins lucrativos, podem ser sujeitos ativos da relação tributária.
a) Está correta apenas a assertiva I.
b) Está correta apenas a assertiva III.
c) Estão corretas apenas as assertivas I e IV.
d) Todas as assertivas estão corretas.
ITEM 12
(PGE/ES - NOV/2004 - CESPE/UnB)
12) Com referência às obrigações tributárias, julgue os itens abaixo.
I O estado do Espírito Santo pode ser sujeito ativo da obrigação tributária principal de certos impostos ou contribuições federais.
II A hipótese de incidência tributária não pode contemplar um ato ilícito, mas este pode configurar o fato gerador de um determinado tributo.
III O responsável tributário é aquele que, no entender da administração tributária, se revela como o mais apropriado para recolher o tributo devido.
IV O descumprimento de obrigação acessória pode gerar multa punitiva, que deve ser cobrada imediatamente, independentemente de ação executiva fiscal.
V A transferência de responsabilidade do pagamento de determinado tributo tem natureza meramente contratual, não operando efeitos perante o fisco.
A quantidade de itens certos é igual a
a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5.
(XLIII - MPMG - outubro/2003) 
13) Assinale a alternativa correta:
a) A ação ou omissão que venha a ocasionar a violação da legislação tributária (art. 96 - CTN), por inadimplemento de obrigação tributária principal ou acessória, podendo também constituir ilícitos fiscais ou penais, nunca simultaneamente;
b) Existe infração tributária que, pela sua gravidade, pode ser punida exclusivamente pela legislação penal;
c) Impossível a infração tributária culposa, considerando que a lei define como conduta ilícita, e considerando querer o agente aquele resultado.
d) No direito tributário, a correção monetária é considerada uma penalidade, decorrente da falta de pagamento.
e) Inexistem distinção entre a pena de apreensão e a de perda de mercadoria.
(TRF 5ª REGIÃO - 2005 - CADERNO FREVO)
14) No referente a competência tributária, tratados e convenções internacionais, julgue os próximos itens.
a) Considere que o Brasil assinou contrato com o Chile pelo qual não incidirá tributos na importação de salmão e, em compensação, não haverá tributação na exportação de pescada amarela. Nessa situação, tal convenção, apesar de regular procedimento interno que estabeleceu vigência e aplicação, não abrange tributos de competência estadual.
b) Assinada convenção internacional entre países da América do Sul visando à diminuição da carga tributária, sua integração no sistema normativo interno dar-se-á no momento de sua assinatura pelo Estado brasileiro, podendo o exequátur ser exigido perante o Supremo Tribunal Federal (STF).
c) Os tratados internacionais podem ser de natureza normativa - tratado-lei - ou contratual - tratadocontrato -, sendo, o primeiro, hierarquicamente superior ao segundo.
(MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL - 2003)
15) Em matéria de sistema tributário nacional e de limitações ao poder de tributar, julgue os itens abaixo, segundo a Constituição Federal e a jurisprudência do STF. 
I - Emenda constitucional pode excepcionar o princípio da anterioridade para promover a imediata vigência do aumento das alíquotas de imposto.
II - A União pode instituir isenções de tributos municipais e estaduais por meio de medida provisória. 
III - As contribuições da seguridade social são exações fiscais que não possuem natureza tributária.
IV - Lei que estabeleça aumento de alíquota de contribuição previdenciária só poderá ser cobrada, necessariamente, no ano seguinte ao da sua instituição, por aplicação do princípio da anterioridade.
O número de itens corretos é: 
a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4.
G A B A R I T O:
01) D; 02) ANULADA; 03) C; 04) B; 05) D; 06) C; 07) C; 08) B; 09) A; 10) B; 11) A; ITEM 12:12) C; 13) B; 14) a) ERRADA; b) ERRADA; c) ERRADA;15) A
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES – D. CIVIL – 20.02.2006 PROF. MAURO KELLER 
PROF. MAURO KELLER
(MAGISTRATURA FEDERAL - TRF 3ª REGIÃO - XI – 2003) 
01) A lei nova que estabelecer disposições gerais:
a) a par de leis especiais já existentes a estas não revoga;
b) sempre revogará as leis especiais anteriores sobre a mesma matéria;
c) somente pode revogar a lei geral anterior, continuando vigentes todas as leis especiais;
d) apenas revoga as leis especiais às quais expressamente se referiu.
(MAGISTRATURA FEDERAL - TRF 3ª REGIÃO - XI – 2003) 
02) Com objetivo científico ou altruístico pode-se dispor para depois da morte:
a) do próprio corpo no todo ou em parte, a título gratuitoou oneroso, sendo essa disposição revogável;
b) apenas de partes do corpo, a titulo gratuito ou oneroso, sendo essa disposição irrevogável;
c) apenas de partes do corpo, desde que gratuitamente e essa disposição é irrevogável; 
d) do próprio corpo, no todo ou em parte, gratuitamente, sendo essa disposição revogável.
(MAGISTRATURA FEDERAL - TRF 3ª REGIÃO - XI – 2003) 
03) É nulo o negócio jurídico:
a) celebrado por pessoa absoluta ou relativamente incapaz;
b) simulado, mas subsistirá o que se dissimulou se for válido na substância e na forma;
c) realizado em estado de perigo ou quando ficar configurada lesão usurária;
d) a título gratuito ou a título oneroso se realizado pelo devedor insolvente ou que em razão do negócio for levado à insolvabilidade.
(MAGISTRATURA FEDERAL - TRF 3ª REGIÃO - XI – 2003) 
04) Para exigir a pena convencional por descumprimento de obrigação, não é necessário que o credor alegue prejuízo: 
a) por isto é sempre considerada como indenização máxima, sendo inválida a cláusula prevendo ressarcimento suplementar; 
b) porém se o prejuízo exceder ao previsto na cláusula penal sempre o credor poderá exigir indenização suplementar;
c) mas o Juiz deverá reduzi-la se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio;
d) mas não pode exceder a 2% (dois por cento) do valor da obrigação­
(MAGISTRATURA FEDERAL - TRF 3ª REGIÃO - XI – 2003) 
05) Os elementos acidentais do negócio jurídico podem afetar sua validade ou comprometer sua eficácia, em determinadas situações. Assim:
a) sobrevindo condição resolutiva em negócio jurídico de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, ainda que incompatíveis com a natureza da condição pendente;
b) considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico;
c) ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, não é permitida a prática de atos destinados à sua conservação ou execução;
d) não tendo sido estipulado prazo para sua execução, os negócios jurídicos celebrados entre vivos são exeqüíveis trinta dias após a data da celebração.
(MAGISTRATURA FEDERAL - TRF 3ª REGIÃO – XII – 2004) 
06) O Código Civil de 2002 conferiu ao Juiz importante papel na efetivação do conteúdo obrigacional. Assim, por exemplo, ao Juiz é:
a) Lícito corrigir o valor da prestação, independentemente de pedido da parte, quando em decorrência de motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução;
b) Lícito reduzir a penalidade devida a título de cláusula penal, considerando 0 cumprimento parcial da obrigação principal;
c) É licito proceder à escolha da obrigação, nas obrigações alternativas, quando esta couber ao devedor, e este não exercitar seu direito no prazo contratualmente estipulado;
d) Lícito relevar as conseqüências da mora do devedor quando justificável o inadimplemento parcial da obrigação.
(MAGISTRATURA FEDERAL - TRF 3ª REGIÃO - XII – 2004) 
07) Relativamente à validade do negócio jurídico é incorreto afirmar:
a) Quando o negócio jurídico celebrado for nulo poderá ser convertido em outro, desde que satisfaça os requisitos do negócio jurídico sucedaneo, e as partes queiram o efeito prático resultante do negócio em que se converte o inválido;
b) Considera-se anulável a cláusula contratual que preveja o aumento progressivo das prestações sucessivas;
c) O abuso de direito enseja a nulidade do ato ou negócio jurídico por implicar fraude à lei imperativa;
d) A anulabilidade do negócio jurídico não tem efeito antes de declarada por sentença e aproveita tão somente aquele que a alega, salvo o caso de indivisibilidade ou solidariedade.
(MAGISTRATURA FEDERAL - TRF 3ª REGIÃO - XII – 2004) 
08) Assinale a alternativa incorreta:
a) Independentemente de previsão legal, quando a atividade normalmente desenvolvida implicar riscos a terceiros, a responsabilidade do agente causador do dano, independerá de culpa, assim como na hipótese do dano ser ocasionado por produto posto em circulação por empresários individuais ou empresas;
b) Nos casos de responsabilidade pelo fato de outrem, aquele que ressarcir o dano pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for seu descendente, absoluta ou relativamente incapaz;
c) A culpa, além de elemento indispensável à configuração da responsabilidade subjetiva, poderá ter reflexos na determinação da indenização devida, quando houver culpa concorrente da vítima;
d) O gestor de negócios responde pelos prejuízos decorrentes das operações arriscadas que fizer, ainda que o dono costumasse fazê-las, salvo a ocorrência de caso fortuito ou força maior.
(MAGISTRATURA FEDERAL - TRF 3ª REGIÃO - XII – 2004) 
09) Assinale a alternativa incorreta: 
a) A responsabilização pela indenização por danos pode ser influenciada pela natureza da convenção, bem como pela natureza e previsibilidade do dano;
b) Nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal, não se admitem as presunções, salvo as legais;
c) Admite-se a presença da cláusula de não-indenizar em contratos de adesão desde que ambos os contratantes estejam de acordo e não atente contra preceito cogente de lei, ordem publica ou bons costumes;
d) Admite-se obrigação de fazer de natureza indivisível, como, por exemplo, a d prestar fiança.
(MAGISTRATURA FEDERAL - TRF 3ª REGIÃO - XII – 2004) 
10) Assinale a alternativa correta: 
a) A modificação dos estatutos de associação constituída antes da vigência do atual Código Civil continua regida pelas normas do Código de 1916;
b) Não se aplicam aos negócios jurídicos celebrados na vigência do Código Civil anterior o princípio da função social do contrato;
c) Os negócios jurídicos de trato sucessivo celebrados na vigência do Código Civil de 1916 têm seus efeitos jurídicos produzidos atualmente submetidos Código Civil de 2002;
d) Considera-se domicílio da pessoa natural o lugar onde principal. As normas do exercer sua atividade principal.
G A B A R I T O:
A; 02) D; 03) B; 04) C; 05) B; 06) B; 07) B; 08) D; 09) C; 10) C.
Resolução de questões - d. civil
Prof. Osvaldo canela junior
03.02.2006 (16h00 às 17hoo)
01) (MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO NORTE - PROMOTOR DE JUSTIÇA - 2004)
Julgue as seguintes assertivas, atribuindo-lhes (V) verdadeiro ou (F) falso, assinalando a alternativa que contenha a seqüência correta:
I - A lei nova que estabeleça disposições gerais ou especiais, a par das já existentes, revoga a lei anterior;
II - A lei revogadora de outra lei revogadora não terá efeito repristinatório sobre a velha norma abolida, a não ser que haja pronunciamento expresso da lei a esse respeito;
III - As regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome e a capacidade são determinadas pela lei do país de nascimento da pessoa;
IV - O novo Código Civil - Lei n° 10.406/2002, derrogou o antigo Código Civil - Lei nº 3.071/1916, e ab-rogou o Código Comercial - Lei nº 556/1850;
V - A Lei de Introdução ao Código Civil tem aplicação fora do âmbito da legislação civil, pois contém normas de sobredireito ou de apoio que disciplinam a atuação da ordem jurídica.
a) V F V V F
b) V F F V V
c) F V F V V
d) V V V F F
e) F V F F V
02) (MINISTÉRIO PÚBLICO DE GOIÁS - PROMOTOR DE JUSTIÇA - 02.10.2005)
Com o surgimento do novo código civil, ganha relevância o estudo das antinomias. Diante de tal enunciado, assinale a alternativa correta:
a) na antinomia de primeiro grau aparente, havendo conflito entre norma superior e norma inferior, prevalecerá à norma superior, pelo critério da especialidade.
b) na antinomia de primeiro grau aparente, havendo conflito entre norma geral e norma

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