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Trabalho sobre NBR 7182

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Complementos de Mecânica dos Solos / Engenharia Civil
NBR 7182:1986
	Nome
	Matrícula
	Turma
	José Adilson Cabral Júnior
	B993758
	EC8R15
Prof.ª Juliana
Bauru
11/10/2017
INTRODUÇÃO
A norma regulamentadora NBR 7182 fala sobre ensaio de compactação dos solos, explica o procedimento para a determinação da relação entre o teor de umidade e a massa específica aparente seca de solos compactadas. A explica 4 tipos de procedimentos para obtenção dos resultados.
OBJETIVO
Estudar a NBR 7182:1986 e explicar de maneira resumida os seguintes itens:
Procedimentos de ensaio;
Para que serve o ensaio;
Por que o ensaio é importante
DESENVOLVIMENTO
A norma tem como principal objetivo prescrever o método de determinação da relação entre o teor de umidade e a massa específica aparente seca de solos compactados. 
Execução dos ensaios
Temos 5 tipos diferentes de ensaios que podem ser realizados, assim como segue:
Ensaio realizado com reuso de material, sobre amostrar preparadas com secagem prévia até a humidade higroscópica;
Ensaio realizado sem reuso de material, sobre amostrar preparadas com secagem prévia até a humidade higroscópica;
Ensaio realizado com reuso de material, sobre amostrar preparadas a 5% abaixo da umidade ótima presumível;
Ensaio realizado sem reuso de material, sobre amostrar preparadas a 5% abaixo da umidade ótima presumível;
Ensaio realizado sem reuso de material, sobre amostrar preparadas a 3% acima da umidade ótima presumível;
Ensaio realizado com reuso de material, sobre amostrar preparadas com secagem prévia até a humidade higroscópica
Realização da montagem do cilindro de Proctor ou cilindro CBR, acoplando-os em suas bases, cilindros complementares e disco espaçador (caso utilize o cilindro CBR), caso necessário colocar uma folha de papel filtro com diâmetro igual ao molde utilizado, afim de evitar aderência do solo compactado com a superfície metálica da base ou disco espaçador. A seguir exemplo imagem do cilindro de Proctor:
Imagem 1: Cilindro de Proctor.
	
	
	
	
Após montagem do molde coletar amostra conforme NBR 6457, depois com auxílio da proveta de vidro adicionar água destilada aos poucos e mexendo o material até se obter teor de umidade em torno de 5% abaixo da umidade ótima presumível. Em caso de dificuldade na execução dessa etapa, recomenda-se que após adição de água e o revolvimento do material, a amostra seja colocada em um saco plástico vedado e mantida em processo de cura numa câmara úmida durante 24 horas, posteriormente, antes da compactação o material deve ser mexido novamente. Já quando o ensaio é realizado sem reuso do material, proceder de forma análoga, para cada uma das porções a serem ensaiadas. Quando esse procedimento for adotado, deve ser explicado junto com os resultados.
Após a homogeneização completa do material, para iniciar a compactação é necessário ter em mãos o soquete, número de camadas e número de golpes por camada correspondente a energia desejada. Para saber esses dados consultar a tabela a seguir:
Tabela 1: Características inerentes de cada energia
Os golpes do soquete devem ser aplicados perpendicularmente e distribuídos uniformemente sobre a superfície de cada camada, sendo que as alturas das camadas compactadas devem ser aproximadamente iguais. A compactação de cada camada deve ser precedida de uma ligeira escarificação da camada subjacente.
Imagem 2: Soquete de compactação.
	
	
Depois da compactação da última camada, escarificar o material em contato com a parede do cilindro complementar com auxílio de uma espátula e retira-se o mesmo. Após remoção do cilindro complementar o excesso de solo compactado deve ser, no máximo, 10 mm acima do molde, sendo removido e rasado com auxílio da régua biselada. Depois, remover o molde cilíndrico de sua base e, se estiver utilizando o cilindro pequeno, rasar também a outra face.
Em seguida, realizar a pesagem do conjunto, na balança de resolução de 1g, subtraindo o peso do molde cilíndrico, obtém o peso úmido do solo compactado, Ph.
Utilizando o extrator, retirar o corpo de prova do molde e do centro do mesmo, tomar uma amostra para determinar a umidade, h, de acordo com a NBR 6457.
Imagem 3: Extrator para cilindro de proctor.
Desmanchar o material, com auxílio da desempenadeira e da espátula, até que passe integralmente a peneira de 4,8 mm ou na 19 mm, respectivamente, conforme a amostra, após preparada, tenha passada ou não integralmente na peneira 4,8 mm.
Em seguida, o material obtido é juntado com o remanescente na bandeja e é adicionado água destilada, revolvendo o material, de forma a incrementar o teor de umidade de aproximadamente 2%.
Depois repetir o procedimento de montagem e preparo do cilindro e realizar compactação do solo com o soquete, até se obter cinco pontos, sendo dois no ramo seco, um próximo à umidade ótima, preferencialmente no ramo seco e dois no ramo úmido da curva de compactação.
Ensaio realizado sem reuso de material, sobre amostras preparadas com secagem prévia até a umidade higroscópica 
Coletar a amostra preparada para ensaios sem reuso do material, de acordo com NBR 6457 e dividi-la em cinco porções iguais e repetir os mesmos procedimentos do item 3.1.1. até a extração do material do molde. Lembrando que a primeira porção de solo deve estar com o teor de umidade em torno de 5% abaixo da umidade ótima presumível, a segunda com umidade de 2% superior a primeira e assim por diante.
As porções ensaiadas devem ser desprezadas e dos cincos pontos obtidos ao final do ensaio, dois devem estar no ramo seco, um próximo à umidade ótima, preferencialmente no ramo seco, e dois no ramo úmido da curva de compactação.
Ensaio realizado com reuso de material, sobre amostras preparadas a 5% abaixo da umidade ótima presumível
Coletar a amostra preparada para ensaios com reuso de material de acordo com a NBR 6457. Em seguida, realizar os procedimentos explicados anteriormente, exceto a homogeneização do solo.
Ensaio realizado sem reuso de material, sobre amostras preparadas a 5% abaixo da umidade ótima presumível
Coletar a amostra preparada para ensaios sem reuso do material, de acordo com NBR 6457 e dividi-la em cinco porções iguais e repetir os mesmos procedimentos do item 3.1.2. A única diferença é que a segunda parte deve estar com teor de umidade 2% superior a primeira e assim por diante.
As partes ensaiadas devem ser desprezadas e dos cincos pontos obtidos no final do ensaio, dois devem estar no ramo seco, um próximo à umidade ótima, preferencialmente no ramo seco, e dois no ramo úmido da curva de compactação.
Ensaio realizado sem reuso de material, sobre amostras preparadas a 3% acima da umidade ótima presumível
Repetir os mesmos procedimentos do item anterior, porém nesse caso a segunda parte deve estar com teor de umidade 2% inferior a primeira e assim por diante. As condições de umidade preconizadas devem ser obtidas por secagem das porções ao ar.
As partes ensaiadas devem ser desprezadas e dos cincos pontos obtidos no final do ensaio, dois devem estar no ramo seco, um próximo à umidade ótima, preferencialmente no ramo seco, e dois no ramo úmido da curva de compactação.
Aparelhagem necessária 
A seguir a aparelhagem necessária para execução dos ensaios:
Duas balanças, sendo uma com capacidade de 10 kg e resolução de 1g e outra com capacidade de 200g e resolução de 0,01 g;
Peneiras de 19 e 4,8 mm (de acordo com a NBR 5734);
Estufa capaz de manter a temperatura entre 105ºC a 110ºC;
Capsulas metálicas com tampa, para determinar a umidade;
Bandejas metálicas de 75 cm x 50 cm x 5 cm;
Régua de aço biselada com comprimento de 30 cm;
Espátulas de lâmina flexível com aproximadamente 10 cm e 2 cm de largura e 12 cm de comprimento;
Cilindro metálico pequeno (cilindro de Proctor);
Cilindro metálico grande (cilindrode CBR);
Soquete pequeno;
Soquete grande;
Provetas de vidro com capacidade de 1000 cm3, 200 cm3 e 100 cm3 e com graduações de 10 cm3, 2cm3 e 1 cm3;
Desempenadeira de madeira com 13 cm x 25 cm;
Extrator de corpo de prova;
Conchas metálicas com capacidade de 1000 cm3 e 500 cm3;
Base rígida (preferencialmente de concreto, com massa superior a 100 kg);
Papel filtro com diâmetro igual ao do molde empregado;
Cálculos
Para determinação da massa especifica aparente seca, utiliza-se a fórmula abaixo:
Fórmula 1: Massa especifica aparente seca.
Onde:
= Massa específica aparente seca, em g/cm³;
Ph = Peso úmido do solo compactado, em g;
V = Volume útil do molde cilíndrico, em cm³;
h = Teor de umidade do solo compactado, em %.
Já para determinar a curva de saturação (relação entre a massa específica aparente seca e o teor de umidade, para grau de saturação do solo igual a 100%), recomenda-se a fórmula:
Fórmula 2: Massa especifica aparente seca para curva de saturação.
Onde:
= Massa específica aparente seca, em g/cm³;
S = Grau de saturação, igual a 100%;
h = Teor de umidade, arbitrado na faixa de interesse, em %;
 = Massa específica dos grãos do solo, determinada de acordo com a NBR 6508 ou NBR 6458, em g/cm²;
 = Massa específica da água, em g/cm³ (considerar igual à 1 g/cm³).
Resultados
Os resultados obtidos com esse ensaio são:
Curva de compactação: Com os dados obtidos, desenha-se a curva de compactação, que consiste na representação da massa específica seca em função do teor de umidade, como se mostra na imagem 4, geralmente, associa-se uma reta aos pontos ascendentes do ramo seco, outra aos pontos descendentes do ramo úmido e unem-se as duas por uma curva parabólica. Como se justificou anteriormente, a curva define uma massa específica seca máxima, à qual corresponde um teor de umidade ótimo.
Imagem 4: Curva de compactação.
Massa específica aparente seca: Valor correspondente à ordenada máxima da curva de compactação, expresso com a aproximação de 0,01 g/cm³;
Umidade ótima: Valor da umidade correspondente à massa específica aparente seca máxima na curva de compactação, expresso com aproximação de 0,1%;
Curva de saturação: Deve ser traçada no mesmo diagrama da curva de compactação;
Características de ensaio: Indicar o o processo para preparação da amostra, energia o cilindro de compactação utilizados e o processo de execução do ensaio.
CONCLUSÃO
Muitas vezes o solo não atende as condições necessárias para a realização da obra, a compactação do solo é uma possibilidade de melhorar essas condições de engenharia do solo local. Os resultados obtidos no ensaio apresentado anteriormente são importante para saber como o solo reagirá as ações de compactação, quanto sua massa especifica aumentará com a retirada de ar nas interpartículas do solo.

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