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Gabarito economia

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das
A
Gabarito
utoatividades
ECONOMIA
Prof. André Luiz Kopelke 
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE 
ECONOMIA
UNIDADE 1
TÓPICO 1 
1 Você considera o entendimento da economia importante para a sua 
vida pessoal? De que maneira sua vida é afetada pela economia 
brasileira e mundial?
R.: Sim. A economia é muito importante para a vida de todas as pessoas, 
pois ela afeta as suas vidas de maneira muito profunda. A economia brasileira 
irá determinar vários aspectos que serão fundamentais para a definição da 
qualidade de vida dos brasileiros. O crescimento econômico determinará 
o número de empregos disponíveis na sociedade. Quanto maior o número 
de pessoas empregadas num país, maior será a renda disponível para o 
consumo. Se os consumidores são abundantes num país, os empresários 
se sentem confiantes para investir na produção. Quanto mais investimentos 
produtivos forem feitos, mais bens e serviços estarão disponíveis para 
atender às necessidades da sociedade de maneira geral. Para sobreviver, 
os seres humanos precisam ter atendidas algumas necessidades básicas. 
Essas necessidades são em grande parte atendidas por bens e serviços 
produzidos por empresários e colocados à venda para os consumidores. Se 
esse processo de produção e distribuição de riqueza funciona relativamente 
bem num país, a probabilidade da qualidade de vida de seus habitantes ser 
elevada é muito grande. 
2 Explique o que se entende por atividade econômica.
R.: Atividade econômica é o conjunto de ações dos seres humanos destinadas 
a produzir, distribuir ou consumir riquezas, de forma a satisfazer determinadas 
necessidades, com o objetivo final de criar condições para a perpetuação 
da espécie humana e de sua sociedade. Todo trabalhador, empresário, 
consumidor, estudante ou dona de casa realiza atividades econômicas. 
Toda pessoa que trabalha está produzindo algo (um bem ou serviço), que 
terá uma utilidade (em maior ou menor grau) e que servirá para satisfazer a 
necessidade (prioritária ou supérflua) de alguém.
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3 Como e quando a economia se transforma numa ciência independente?
R.: A economia se transforma numa ciência independente a partir da 
publicação da obra “A Riqueza das Nações: investigação sobre sua natureza 
e suas causas”, por Adam Smith, em 1776. Esse economista é considerado 
hoje o “pai da Economia”.
4 Qual é o objetivo da ciência econômica?
R.: A ciência econômica tem por objetivo realizar um estudo sistemático e 
metódico das ações econômicas, para estabelecer “Leis Econômicas” que 
ajudem a dinamizar, potencializar, racionalizar e tornar socialmente mais 
justo o processo de produção, distribuição e consumo de riquezas. Em outras 
palavras, a ciência econômica é a ciência que estuda as diferentes maneiras 
pelas quais as sociedades se organizam e se relacionam para produzir, 
distribuir e consumir riquezas, de modo a atender às necessidades humanas 
e com isso garantir a sua sobrevivência e perpetuação como espécie e como 
organização social.
5 Por que os recursos produtivos são considerados escassos? 
Explique.
R.: Os recursos produtivos são considerados escassos, pois eles não estão 
disponíveis em quantidade suficiente para atender a todas as necessidades de 
todas as pessoas. Muitas necessidades humanas precisam ser atendidas por 
bens e serviços oferecidos pelo setor produtivo e pelo mercado. A produção 
desses bens e serviços exige a utilização de vários recursos produtivos, 
como a mão de obra, o capital, tecnologia, energia, terra, instalações etc. 
Tais recursos são relativamente escassos, alguns mais, outros menos. No 
entanto, mesmo os recursos relativamente abundantes (como a mão de 
obra de baixa qualificação) não chegam a ser tão abundantes a ponto de 
poderem ser extraídos de forma gratuita da natureza ou da sociedade, ou 
seja, eles possuem um relativo grau de escassez. Alguns são finitos, outros 
são renováveis. Portanto, o seu uso precisa ser realizado com cuidado e 
parcimônia, evitando os desperdícios.
TÓPICO 2
1 Quem são os responsáveis pelas decisões econômicas em um país?
R.: As decisões econômicas são tomadas pelos agentes econômicos. Existem 
quatro agentes econômicos. Num primeiro momento, temos os empresários 
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e consumidores. Em última instância, os empresários decidem se produzem 
uma mercadoria ou não e os consumidores decidem se a compram do 
empresário ou não. A relação entre esses dois agentes ocorre no mercado. 
Nas últimas décadas, o Estado tem se tornado um agente econômico 
muito importante. Muitas das decisões econômicas são tomadas por ele, 
principalmente nas questões que não são adequadamente resolvidas pelo 
mercado. E, finalmente, o setor externo também pode ser considerado um 
agente econômico importante. Com o avanço da globalização, o comércio 
internacional tem sido cada vez mais significativo, fazendo com que 
empresários tomem muitas decisões levando em consideração as demandas 
de clientes externos.
2 De que maneira as decisões das famílias como consumidoras 
influenciam as decisões de produção das empresas?
R.: Um empresário só irá produzir mercadorias se encontrar consumidores para 
elas. Nesse sentido, ele precisa ficar atento aos desejos dos consumidores, 
ou seja, ele precisa perceber adequadamente as reais necessidades dos 
consumidores e produzir mercadorias que venham a atendê-las de forma 
adequada. O empresário que não ouvir adequadamente o seu cliente corre 
o risco de perdê-lo. Se isso acontecer, suas mercadorias não serão vendidas 
e o lucro não será realizado. Muito provavelmente o empresário irá falir e 
será expulso do mercado.
3 As relações de mercado são adequadas para promover a oferta de 
bens e serviços para a sociedade?
R.: Não. As relações de mercado são adequadas para atender a um 
determinado segmento da sociedade: aquele que tem condições de consumir. 
Contudo, parcelas significativas da sociedade, principalmente nos países de 
terceiro mundo, possuem um nível de renda muito baixo, o que desestimula 
vários setores econômicos privados a produzirem bens e serviços para eles. 
Nesse sentido, o mercado não tem condições de oferecer bens e serviços 
para as parcelas mais carentes da população, pois essas pessoas não têm 
condições de pagar por eles.
4 Por que a participação do Estado nas decisões econômicas cresceu 
tanto a partir dos anos 30 do século XX?
R.: A partir dos anos 30 do século XX, houve um significativo incremento da 
participação do Estado nas decisões econômicas. Esse agente econômico 
passou a ser um promotor do desenvolvimento econômico. Ele assumiu a 
responsabilidade em estimular a demanda agregada e, dessa forma, gerar 
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TÓPICO 3
1 O que se entende por sistema econômico?
R.: Sistema econômico é o nome dado ao conjunto de características 
peculiares de uma determinada economia, em relação ao grau de importância 
relativa de cada agente econômico nas decisões econômicas, ao tipo de 
propriedade adotado, aos processos de circulação das mercadorias, aos 
níveis de desenvolvimento tecnológico, ao grau de divisão do trabalho, além 
de vários outros fatores. Existem, atualmente, dois sistemas econômicos em 
funcionamento no mundo: o Capitalismo e o Socialismo.
2 O que determina a participação relativa dos agentes econômicos nas 
decisões econômicas?
R.: Nos sistemas econômicos capitalistas há uma predominância de 
decisões econômicas tomadas por agentes atuantes no mercado (empresas 
e consumidores). Já nos sistemas econômicos socialistas, as decisões 
econômicas são tomadas, predominantemente, pelo Estado.3 Quais revoluções estão ligadas à disseminação dos valores da 
sociedade burguesa?
R.: Entre as principais transformações sociais que irão ajudar a disseminar 
e consolidar os valores da sociedade burguesa estão a Reforma Protestante 
de 1517 na Alemanha, a Revolução Puritana de 1640 e a Revolução Gloriosa 
de 1688, ambas na Inglaterra, e a Revolução Francesa de 1789.
4 Existem diferenças entre o socialismo adotado pela URSS e pela 
China? Explique.
R.: Sim. O socialismo praticado pela antiga União Soviética era caracterizado 
por um modelo de economia planificada, no qual todas as decisões 
econômicas eram centralizadas nos gabinetes do Estado. Nesse modelo 
econômico a iniciativa privada não existia. Toda a produção, toda oferta de 
empregos eram de responsabilidade do governo central. Na China, durante 
os anos 50 e 60 do século passado, o modelo de organização econômica 
empregos. Além disso, o Estado passou a realizar ações no sentido de 
corrigir os desvios do mercado e a estimular uma distribuição relativamente 
equilibrada de renda.
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era praticamente idêntico ao modelo soviético. Todavia, em 1978 iniciou-se 
um processo liberalizante de abertura para a iniciativa privada, dando maior 
autonomia às empresas e incentivando a competição. Tal abertura trouxe 
reflexos imediatos na produtividade do trabalhador chinês e foi fundamental 
para que o destino da economia chinesa fosse muito diferente do da soviética. 
Hoje, a China é o país que mais cresce no mundo.
5 O que se quer dizer quando afirmamos que está havendo uma 
aproximação entre os sistemas econômicos Capitalista e Socialista?
R.: A aproximação entre os sistemas econômicos ocorre porque, em anos 
recentes, o capitalismo tem adotado algumas características típicas das 
economias planificadas dos Estados socialistas. Atualmente, nos países 
capitalistas, o grau de interferência do Estado nos assuntos econômicos 
é muito elevada. Ele retira uma grande parcela da riqueza produzida pela 
sociedade, pela cobrança de impostos, e redireciona esses recursos para 
setores que ele julga prioritários. Portanto, no capitalismo atual, embora ainda 
exista predominância do mercado nas decisões econômicas, o Estado tem 
uma forte participação. Paralelamente, os países socialistas que sobreviveram 
ao século XX são justamente aqueles que se flexibilizaram e permitiram 
uma maior abertura para os empreendimentos privados. A China é o melhor 
exemplo desse fenômeno.
6 Por que o capitalismo e o socialismo, nos seus estados puros, 
isto é, sem intervenção estatal e sem abertura para o mercado, 
respectivamente, não funcionam de forma adequada?
R.: O capitalismo, no seu estado puro, ou seja, com um mínimo de interferência 
estatal, tende a gerar um processo de concentração de renda que culmina 
em crises de superprodução. Isso significa que, caso não exista a figura do 
Estado para corrigir os desvios do mercado, os ricos tendem a ficar cada 
vez mais ricos, enquanto os pobres tendem a permanecer em condições 
pouco dignas de vida. E essa dinâmica, levada ao extremo, acaba sendo 
prejudicial aos próprios empresários, que não encontram mais consumidores 
em quantidades suficientes para vender suas mercadorias. Por outro lado, o 
socialismo, na forma de uma economia totalmente planificada, também não 
funciona de forma adequada. As decisões econômicas, por serem tomadas 
de forma muito centralizada, tendem a apresentar muitos equívocos que 
levam a desperdícios de recursos escassos. Além disso, a inexistência de 
concorrência faz com que as empresas estatais não se preocupem em avaliar 
adequadamente as necessidades reais dos consumidores. A inexistência 
de competição entre empresários não gera o estímulo necessário para o 
aprimoramento de tecnologias utilizadas no processo produtivo. Finalmente, 
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a horizontalização das classes sociais leva muitos trabalhadores a perder o 
estímulo pelo trabalho, reduzindo a sua produtividade.
TÓPICO 4
1 Diferencie o Fluxo Real do Fluxo Monetário no Fluxo Circular da Renda. 
Em qual desses fluxos circula a riqueza real de uma sociedade?
R.: O Fluxo Circular da Renda é uma simplificação esquemática do 
funcionamento de um sistema econômico capitalista. Nesse esquema, 
dois fluxos funcionam paralelamente. O fluxo real representa a troca de 
mercadorias, bens, serviços e recursos produtivos (tangíveis ou intangíveis) 
entre os agentes econômicos (famílias e empresas). O fluxo monetário 
representa a troca de recursos financeiros (moeda) entre os agentes. A riqueza 
real de uma sociedade circula no fluxo real, pois somente os bens e serviços 
têm condições de atender às necessidades humanas. Da mesma forma, 
apenas os recursos produtivos têm condições de atender às necessidades de 
produção das empresas. A moeda, que circula no fluxo monetário, por si só, 
não tem condições de atender, de forma direta, a essas necessidades. Embora 
a moeda possa funcionar como reserva de valor, ela, em si, não satisfaz uma 
necessidade. A moeda pode ser trocada por uma mercadoria, bem ou serviço 
(do fluxo real) e esse bem ou serviço irá satisfazer as necessidades humanas.
2 Por que existe a necessidade da existência do Fluxo Monetário?
R.: A função do fluxo monetário é funcionar como uma contrapartida financeira 
do fluxo real. O fluxo monetário representa a circulação de moeda na economia. 
A moeda nada mais é do que uma tecnologia criada para facilitar o processo 
de troca das riquezas reais entre os vários agentes econômicos. Nesse 
sentido, a moeda não é riqueza real. Ela é uma representação da riqueza, 
um instrumento desenvolvido pelo ser humano para dinamizar as trocas de 
bens e serviços. Até existe comércio sem o uso de moeda (escambo), mas 
as limitações desse tipo de atividade econômica são gigantescas. Quanto 
mais avançada uma sociedade e quanto mais complexas forem suas relações 
econômicas, mais desenvolvido terá de ser o fluxo monetário.
3 O que acontece se as famílias não gastarem toda a sua renda com o 
consumo das mercadorias produzidas pelas empresas?
R.: Caso toda a renda das famílias não seja gasta com o consumo de 
mercadorias, as empresas não terão como vender toda a produção. Com 
a queda na produção, as empresas irão demitir funcionários. A renda 
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total da sociedade será reduzida. Sua capacidade de consumo declinará. 
As empresas venderão menos ainda e estarão inclinadas a demitir mais 
funcionários. Algumas fecharão as portas. A economia entrará numa espiral 
decrescente, em que a queda na renda reduz o consumo, que reduz as 
vendas, a produção, o emprego e assim por diante, levando o país a entrar 
numa recessão econômica.
4 O que são vazamentos do Fluxo Circular da Renda? Como eles podem 
ser corrigidos?
R.: Os vazamentos do Fluxo Circular da Renda são saídas de recursos do 
sistema econômico, que, se não forem adequadamente corrigidos, poderão 
levar a economia a entrar em crise. Existem, basicamente, três tipos de 
vazamentos. Para cada tipo de vazamento corresponde a uma “injeção” de 
recursos capaz de corrigir os efeitos da primeira. O vazamento da poupança 
pode ser corrigido com injeção dos investimentos. O vazamento dos impostos 
pode ser corrigido com os gastos do governo. Finalmente, o vazamento 
dos gastos com importações pode ser corrigido com a injeção de recursos 
decorrentes das exportações.
5 O que pode acontecer com a economia de um país se o governo 
reduzir seus gastos a um valor muito abaixo da arrecadação de 
impostos por um período muito longo de tempo?
R.: Caso o governo venha a reduzir seus gastos num valor muito abaixo da 
arrecadação de impostos, ele terá um efeito positivo, que, tecnicamente,é chamado de superávit fiscal. Esses recursos podem ser usados para 
reduzir o grau de endividamento do Estado. No entanto, se esse processo 
se estender por um período de tempo muito longo, teremos uma situação 
na qual um vazamento de recursos (impostos) do fluxo circular da renda não 
será adequadamente compensado pela injeção de recursos correspondente 
(gastos do governo). Dessa forma, a demanda total da sociedade (demanda 
agregada) será reduzida, gerando risco de recessão econômica.
TÓPICO 5
1 Em que consistia a riqueza para os mercantilistas, para os fisiocratas 
e para os clássicos?
R.: Para os mercantilistas a riqueza estava materializada nos metais preciosos, 
notadamente no OURO e na PRATA. Os fisiocratas julgavam que somente as 
atividades ligadas à terra eram capazes de gerar riquezas. Os economistas 
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clássicos acreditavam que a fonte da riqueza estava no trabalho. Quanto mais 
trabalho for necessário para produzir uma mercadoria, mais valiosa ela será.
2 Quem foi o mais destacado dos economistas clássicos? Quais suas 
principais ideias?
R.: O mais destacado dos economistas clássicos foi Adam Smith. Entre suas 
principais ideias, podemos destacar:
• Liberalismo: a economia funciona segundo uma ordem natural e automática 
regulada pela livre concorrência e pela lei da oferta e da procura (mão 
invisível). O Estado não deve intervir.
• Individualismo: a busca pelo interesse próprio por parte dos indivíduos 
contribui positivamente para o crescimento econômico geral (vícios privados, 
benefícios públicos).
• Fonte de riqueza é o Trabalho. E o desenvolvimento econômico é baseado 
na divisão e especialização do trabalho.
• Smith se preocupava com a elevação do nível de vida e o bem-estar 
econômico de toda a sociedade.
• Pressupõe uma harmonia de interesses entre as várias classes sociais.
3 Por que Smith afirmava que a busca do interesse próprio auxilia o 
processo de crescimento econômico?
R.: Smith julgava que os indivíduos, nas suas relações sociais, apresentam, 
na sua maioria, um comportamento egoísta, no sentido de priorizar seus 
interesses pessoais em detrimento dos interesses dos demais. Contudo, 
para Smith, isso não é necessariamente algo negativo. Para ele, faz parte da 
natureza humana procurar melhorar sua condição material. Isso o estimulará 
a poupar, a se qualificar, para conseguir um bom emprego e ser melhor 
remunerado. Também o empresário age de forma egoísta, pois busca ampliar 
seu capital pelo lucro de sua empresa. Entretanto, para atingir esse objetivo, 
ele produz bens e serviços que colaboram para melhorar a qualidade de vida 
da sociedade.
4 Explique em que consistia o conceito de “Homem Econômico” 
desenvolvido pelos economistas neoclássicos.
R.: O “Homem Econômico” (Homo economicus), na visão dos economistas 
neoclássicos, representa um padrão médio de comportamento dos seres 
humanos nas suas relações econômicas. Segundo esse padrão, os 
seres humanos tendem a ser extremamente racionais nas suas decisões 
econômicas e buscam sempre maximizar seus benefícios e minimizar seus 
prejuízos. Em suma, este homem econômico estaria, a todo o momento, 
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fazendo cálculos de “custo benefício” para verificar se uma ação é vantajosa 
para ele ou não. Na visão dos economistas marginalistas, as pessoas somente 
se dispõem a realizar determinadas ações se elas lhes forem, de alguma 
maneira, vantajosas.
5 O que se entende por neoliberalismo e quais são suas características?
R.: O neoliberalismo é um movimento relativamente recente em Economia, 
que teve sua maior expressão intelectual na figura do economista norte-
americano Milton Friedman (1912-2006), que pregava, entre outras coisas, 
a redução do grau de intervenção do Estado na atividade econômica. Os 
defensores do neoliberalismo argumentam que o Estado, no século XXI, não 
tem mais recursos para realizar os pesados investimentos em infraestrutura 
necessários para conduzir o processo de crescimento num contexto de 
crescente globalização. Por isso, a atividade produtiva deve ser repassada 
à iniciativa privada, mais ágil, mais competente para produzir, e com mais 
recursos para investir. Nesse “novo liberalismo”, o Estado continua tendo 
responsabilidades, e uma das principais é fiscalizar se a iniciativa privada 
está, de fato, atendendo aos anseios dos consumidores e se não estão 
ocorrendo abusos. Essa fiscalização do Estado acontece por meio de 
Agências Reguladoras.
6 Quais foram os períodos econômicos em que houve uma maior 
influência das ideias liberais?
R.: Dentre os períodos econômicos estudados, os que apresentaram maior 
influência das ideias liberais foram: 1º) Escola Fisiocrata; 2º) Escola Clássica; 
3º) Escola Neoclássica; e 4º) Neoliberalismo.
7 Por que o economista John Maynard Keynes é considerado um 
revolucionário? Que tipo de revolução Keynes propunha?
R.: Keynes é considerado um revolucionário, pois ele propunha mudanças 
fundamentais no modo de funcionamento do Sistema Capitalista. Apesar de 
as mudanças propostas serem muito grandes, sua revolução foi considerada 
conservadora, pois tinha o propósito final de manter o capitalismo funcionando. 
Sua revolução tinha por objetivo manter o Capitalismo, ao invés de destruí-lo, 
como tinha proposto Marx no século anterior. 
8 Em que década as ideias de Keynes começaram a ficar famosas e 
qual o fato econômico da época que trouxe consequências sociais 
muito negativas, principalmente nos EUA?
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R.: As ideias de Keynes ficaram famosas durante a década de 30 (do século 
XX) a partir da publicação de sua principal obra (Teoria Geral do Emprego 
do Juro e da Moeda) em 1936. O fato econômico mais relevante do período, 
com graves consequências sociais, foi a Grande Depressão Econômica.
9 Qual era a ideia central de Keynes para a resolução dos grandes 
problemas econômicos de sua época?
R.: A ideia central de Keynes era que, para sair da grande depressão, a 
iniciativa deveria partir do Estado. Este agente econômico deveria realizar 
gastos públicos de forma a estimular a Demanda Agregada, ou seja, ampliar o 
consumo global da sociedade. Os gastos públicos em obras diversas gerariam 
empregos, renda e, por consequência, um aumento gradual no consumo, 
o que estimularia o setor privado a voltar a investir. Adicionalmente, os 
recursos utilizados nos gastos deveriam vir de empréstimos, o que implicava 
a realização de déficits públicos, gerando endividamento do Estado. 
10 As propostas de Keynes foram bem aceitas pelos governantes e 
empresários da época? Por quê?
R.: As ideias de Keynes foram, num primeiro momento, consideradas heresias, 
pois confrontavam diretamente os princípios econômicos em vigor até então. 
Economistas e chefes de Estado julgavam que Keynes estivesse errado. 
Além disso, a ideia de intervenção direta do Estado no sistema econômico 
não agradava às elites políticas norte-americanas de tradição liberal. Por 
isso, Keynes foi considerado por muitos um comunista. 
11 A teoria desenvolvida por Keynes funcionou bem nos países do 3º 
mundo? Por quê?
R.: Como as ideias de Keynes funcionaram para tirar os países de primeiro 
mundo da Grande Depressão, esperava-se que o mesmo poderia ocorrer 
no sentido de tirar os países do terceiro mundo do subdesenvolvimento. 
Assim, muitos empréstimos foram concedidos aos governos desses países 
na esperança de que seus Estados os conduzissem rumo ao crescimento 
e desenvolvimento econômico. Entretanto, a experiência prática mostrou 
que o crescimento e o desenvolvimento econômico não ocorrem de forma 
mágica a partir da realização de gastos públicos. Os países do primeiro 
mundo saíram rapidamenteda crise, pois possuíam recursos produtivos de 
que os países do terceiro mundo não dispunham. Fatores como a falta de 
mão de obra qualificada, falta de capacidade empresarial e política, falta de 
cultura para o trabalho, elevada carga tributária etc. muitas vezes impediam 
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que os investimentos públicos rendessem frutos efetivos e melhorassem a 
qualidade de vida da população destes países. 
12 A Segunda Guerra Mundial afetou de alguma maneira a adoção das 
ideias keynesianas?
R.: A proposta de Keynes implicava a realização de gastos públicos elevados 
para estimular a demanda. Como no princípio as ideias de Keynes sofreram 
muita resistência por parte dos chefes de Estado, os gastos públicos no 
período 1936-1939 foram relativamente reduzidos, pois muitos julgavam que 
o economista britânico estivesse errado. Portanto, os gastos públicos durante 
esse período foram muito tímidos e não resolveram a questão do desemprego. 
Em 1939, antes do início da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos 
ainda tinham 17% da sua mão de obra economicamente ativa desempregada. 
O início da Segunda Guerra Mundial trouxe a urgência do investimento na 
indústria bélica. Muitos recursos públicos foram utilizados para criar novas 
indústrias de tanques, submarinos, aviões, armas, munições e suprimentos 
aos soldados em frente de batalha. Por isso, em 1942, não havia mais 
desempregados nos EUA. Portanto, a Segunda Guerra Mundial mostrou ao 
mundo que as ideias de Keynes realmente funcionavam, embora ele nunca 
tenha proposto investimento público deliberado na indústria de armas. 
UNIDADE 2
TÓPICO 1 
1 Por que os países começaram a se preocupar em fazer registros da 
sua atividade econômica?
R.: A preocupação com o registro adequado da atividade econômica começou 
a tomar corpo nos países do primeiro mundo ao longo dos anos 30 do século 
XX. Durante esse período teve início o processo de incremento do papel do 
Estado na condução dos assuntos econômicos. Para que a ação do Estado 
surtisse os efeitos adequados, era necessário ter dados confiáveis da estrutura 
econômica do país, de forma que fosse possível identificar os pontos fracos 
e os “gargalos produtivos” da economia. Os dados econômicos da realidade 
permitiriam uma ação mais efetiva e pontual nos problemas econômicos de 
determinada nação.
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2 Qual a diferença entre PIB e PNB? Qual é o maior no caso do Brasil? 
Por quê?
R.: O Produto Interno Bruto – PIB – registra o valor total de bens e serviços 
finais produzidos ao longo de um ano, por empresas nacionais e multinacionais 
atuando dentro do território nacional. Já o Produto Nacional Bruto – PNB - 
registra o valor total de bens e serviços finais produzidos ao longo de um 
ano, por empresas nacionais, estejam elas atuando no país ou no exterior. 
No caso do Brasil, o PIB é maior que o PNB, pois a quantidade de empresas 
multinacionais atuando no país é superior ao número de empresas brasileiras 
atuando no exterior. Os lucros que as empresas multinacionais auferem no 
país e enviam ao exterior é superior ao lucro que empresas brasileiras atuando 
no exterior enviam ao Brasil.
3 Por que os insumos e as matérias-primas não devem ser computados 
no cálculo do PIB?
R.: O valor dos insumos e das matérias-primas não deve ser computado no 
cálculo do PIB, para evitar dupla contagem. Por exemplo: a farinha de trigo é 
a matéria-prima do pão. Portanto, o valor da farinha de trigo já está embutido 
no valor do pão. Caso considerássemos, por ocasião do cálculo do PIB, o 
valor do pão e da farinha de trigo, este estaria sendo contabilizado duas 
vezes, o que resultaria num PIB superestimado e incorreto.
4 Cite dois tipos de transações econômicas legais que não são 
contabilizadas no PIB.
R.: Os investimentos financeiros e a comercialização de mercadorias usadas 
são exemplos de transações econômicas legais, que não são contabilizadas 
no cálculo do PIB.
5 Explique como funciona o método do Valor Adicionado.
R.: O método do Valor Adicionado é uma maneira pela qual o PIB de um país 
pode ser medido. Esse método traz a grande vantagem de permitir avaliar o 
grau de contribuição de cada empresa para o valor do PIB. Ele é obtido a partir 
do valor total do faturamento de uma empresa (obtido pela soma de todas 
as notas fiscais de saída emitidas) menos o valor dos bens intermediários, 
ou seja, a matéria-prima utilizada no processo produtivo (valor obtido a partir 
da soma das notas fiscais de entrada emitidas pela empresa). Somando-se 
o valor adicionado por todas as empresas em operação no país, tem-se o 
valor do Produto Interno Bruto.
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6 Por que o PIB e a renda per capita não são considerados bons 
indicadores de qualidade de vida? Existe algum indicador que cumpre 
essa função?
R.: Um PIB elevado não é sinônimo de elevados índices de qualidade de 
vida. Atualmente, a China é a quarta economia do mundo, mas isso não 
significa que os chineses tenham uma qualidade de vida decente. Da mesma 
forma, a renda per capita não leva em consideração se a renda no país é 
bem distribuída ou não. Ela não registra a economia informal e não considera 
eventuais custos sociais decorrentes da poluição, dos congestionamentos, 
da degradação do meio ambiente etc. Um indicador desenvolvido pela ONU, 
para superar essas limitações, é o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. 
Este índice leva em consideração variáveis como: expectativa de vida, nível 
de alfabetização, grau de distribuição de renda, mortalidade infantil, leitos 
hospitalares per capita, consumo de calorias e proteínas per capita etc.
7 Explique qual a diferença entre PIB Real e PIB Nominal.
R.: O PIB nominal representa o valor da produção de um determinado país, 
calculado a partir dos preços praticados em um ano específico. O valor do 
PIB tradicionalmente é divulgado pelos meios de comunicação (jornais, 
revistas, televisão etc.). Contudo, o valor do PIB nominal não é um bom 
indicador a ser utilizado quando se tem por objetivo medir o crescimento 
de uma economia de um ano para o outro. Como o PIB mede o valor total 
de bens e serviços produzidos num determinado país ao longo de um ano, 
se o valor unitário desses bens e serviços se elevar ao longo do ano, o PIB 
também irá subir, mesmo que o volume de produção tenha se mantido estável. 
Em outras palavras, isso significa que o PIB nominal acaba embutindo a 
inflação ocorrida ao longo do ano, fato esse que pode distorcer os cálculos 
e superestimar o crescimento econômico. Para evitar esse erro de cálculo, 
é necessário descontar a inflação ocorrida no período. Isso é feito por meio 
do cálculo de um PIB real. O PIB real sempre será calculado em relação a 
um ano-base. E os preços praticados nesse ano-base serão utilizados para 
estimar o valor do PIB real dos demais anos. A comparação entre o valor 
do PIB real de diferentes anos permitirá um levantamento mais preciso do 
crescimento econômico de um país.
8 Como o valor da cotação do dólar em relação ao real afeta o valor do 
PIB brasileiro?
R.: Ao compararmos o PIB brasileiro com o PIB de outras nações, é preciso 
fazer uso de uma única moeda. Não tem sentido comparar o PIB brasileiro em 
reais com o PIB norte-americano em dólares ou com o PIB britânico em libras 
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TÓPICO 2 
1 Por que motivo o Estado passou a assumir funções sobre a atividade 
econômica a partir dos anos 30 do século XX?
R.: Nos anos 30 do século XX, o sistema capitalista enfrentou uma profunda 
crise econômica, conhecida por “Grande Depressão”. Durante essa crise, 
os governantes, baseados nas teorias econômicasvigentes até então, 
acreditavam que a crise era temporária e se corrigiria automaticamente 
num período de tempo relativamente curto. Por isso, julgavam que o Estado 
não deveria realizar nenhuma atividade que viesse a interferir nos assuntos 
econômicos. Acreditava-se na época que a iniciativa privada, sozinha, teria 
condições de superar a crise. Entretanto, após uma década de espera por 
uma solução milagrosa do mercado, começava a ficar evidente que os 
empresários não teriam condições de ampliar significativamente a oferta de 
empregos. Por isso, a partir da segunda metade da década de 30, muitos 
economistas, entre eles o britânico John Maynard Keynes, propuseram uma 
interferência crescente do Estado na economia, com o objetivo de superar a 
Grande Depressão. Essa interferência seria feita basicamente pela realização 
de gastos públicos, financiados por empréstimos, destinados a estimular a 
geração de empregos e o aumento da demanda agregada.
esterlinas, com o PIB japonês em yens ou, ainda, com o PIB alemão em euros. 
Para ser possível uma comparação adequada do tamanho das diferentes 
economias do mundo, é necessário utilizar uma moeda única. A moeda mais 
comumente utilizada para essas comparações é o dólar norte-americano. Por 
isso, o PIB dos diversos países do mundo é convertido da sua moeda nacional 
para dólar pela cotação média do período. No caso do Brasil, após o cálculo 
do PIB em reais, ele é convertido em dólar, pelo valor médio do câmbio entre 
as duas moedas, praticado ao longo dos anos. Consequentemente, o valor 
do PIB brasileiro em dólar irá depender fortemente do valor do câmbio. Por 
exemplo: em 1997, quando o valor do câmbio médio correspondia a US$ 
1,00 = R$ 1,08, o PIB brasileiro superou os US$ 807 bilhões. Já em 2002, 
com um câmbio médio de US$ 1,00 = R$ 2,93, o PIB brasileiro não chegou 
a US$ 460 bilhões. Aparentemente, se levarmos em consideração o valor 
do PIB brasileiro em dólar, a economia do país “encolheu” o equivalente a 
43%, o que representaria uma crise gigantesca, uma verdadeira depressão 
econômica. Contudo, analisando os dados do PIB (real) nacional, constatamos 
que nesse período ocorreu um crescimento real de quase 9% da produção. 
Portanto, o valor do câmbio médio entre as moedas dos diferentes países 
pode gerar distorções muito grandes de um ano para outro.
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2 Escreva sobre pelo menos três funções realizadas pelo Estado nos 
tempos atuais.
R.: (1) Estímulo à demanda agregada: uma das funções primordiais do Estado 
é incentivar o consumo total da sociedade. Quanto maior o consumo de um 
país, maior será o volume de vendas, consequentemente, mais elevada será 
a produção, o emprego e a renda. (2) Promover o crescimento econômico: 
o Estado é hoje um agente ativo no processo de estímulo ao crescimento 
econômico. Ele é em grande parte responsável pela criação da infraestrutura e 
da estabilidade institucional e social necessárias ao florescimento da iniciativa 
privada nacional e multinacional. (3) O Estado é o ofertante por excelência 
dos chamados bens públicos, de uso coletivo, muitos dos quais não são 
atrativos ao setor privado. (4) O Estado é um agente de distribuição de renda, 
que atua no sentido de evitar concentrações excessivas de riquezas, o que 
poderia gerar crises de superprodução. (5) O Estado administra a conjuntura 
econômica, evitando oscilações muito fortes nos níveis de preços.
3 Quais são as principais variáveis que determinam o produto (PIB) de 
um país?
R.: O PIB de um país depende de sua Demanda Agregada (DA). Quanto 
maior a demanda agregada de um país, maior será o volume de produção 
necessário para atender a esse consumo. E o consumo global da sociedade 
depende de cinco fatores principais. O principal deles é o Consumo privado 
(C), que irá depender do volume de renda disponível das famílias. Quanto 
maior a renda de uma família, maior tende a ser o seu consumo. Um segundo 
fator determinante da Demanda Agregada é o volume de Investimentos (I) 
realizados pelos empresários. Ao contrário das famílias, que gastam sua 
renda com bens de consumo, os empresários, ao realizarem investimentos, 
demandam máquinas, equipamentos, matérias-primas e bens de produção. 
Quanto maior o volume de investimentos por parte dos empresários, maior 
será o estímulo à Demanda Agregada e, por consequência, ao PIB. Os 
investimentos geralmente representam o componente mais instável da 
demanda agregada, pois os empresários só investem quando existe a 
perspectiva de lucro para seus projetos. Caso essa perspectiva seja reduzida 
por algum motivo (guerra, catástrofe natural etc.), os empresários tendem a 
reduzir significativamente o volume de investimentos, diminuindo a demanda 
agregada e, por consequência, o PIB. O terceiro determinante do PIB são 
os Gastos do Governo (G). Os gastos do governo têm a característica de 
funcionar como um estimulante da atividade econômica. Quanto mais o 
governo de um país gastar (na construção de obras públicas, no pagamento 
de funcionários públicos etc.), mais incrementará o PIB. É importante lembrar 
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que nem sempre o governo tem condições de gastar, principalmente quando 
ele se encontra muito endividado, como é o caso do governo brasileiro. O 
quarto fator determinante do PIB são as Exportações (X). Quanto maior 
o volume de exportações, mais estímulo será dado à demanda agregada 
e ao PIB. Finalmente, o último componente são as Importações (M). Este 
componente da demanda agregada é inversamente proporcional, ou seja, 
quanto maiores forem as importações, menor será o PIB. Isso se deve ao fato 
de que a aquisição de uma mercadoria importada não estimula a produção 
interna, mas, ao contrário, representa uma parcela da renda nacional que 
“vaza” para o exterior, estimulando a produção em outros países.
4 O que significa “Welfare State” e onde ele surgiu?
R.: Welfare State significa “Estado do Bem-Estar Social”. Ele surgiu na 
Europa, após a II Guerra Mundial, como uma consequência da aplicação das 
ideias keynesianas. Com o término do conflito mundial, os investimentos na 
indústria bélica foram sensivelmente reduzidos. Para que o Estado pudesse 
continuar com a sua responsabilidade de estimular a demanda agregada, 
era necessário encontrar um outro foco para os gastos públicos. Com o 
crescimento da ameaça comunista no leste europeu, os países capitalistas 
direcionaram os gastos públicos para o setor social. Esse modelo de Estado 
passou a garantir padrões de vida mínimos para os seus cidadãos, por meio 
da execução de programas de moradia, saúde, educação, previdência social, 
seguro-desemprego, além de garantir uma política de pleno emprego.
5 Qual a diferença entre metas estruturais e metas conjunturais?
R.: Metas estruturais são metas que pretendem alterar a estrutura econômica 
de um país. Um exemplo de meta estrutural seria converter um país 
eminentemente agrícola numa economia industrial. Tais metas, em função 
da sua complexidade, somente podem ser atingidas a longo prazo. Já as 
metas conjunturais dizem respeito ao conjunto de circunstâncias econômicas 
nas quais o país se encontra. E as metas conjunturais mais desejáveis são 
o pleno emprego e a estabilidade de preços. Estas metas, em determinadas 
circunstâncias, podem ser atingidas no curto prazo.
6 Por que existe um trade-off entre emprego e estabilidade de preços? 
O que é possível fazer para minimizar esse trade-off?
R.: Trade-off significa escolha conflitante. Isso quer dizer que, quando um 
governo prioriza o estímulo ao emprego, ele pode eventualmente gerar como 
efeito colateral a inflação. E, caso o governo adote por prioridade o combate 
à inflação, o conjunto de medidas adotadas para este fim pode trazer, como 
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reflexo, o desemprego e a recessão econômica. Isso acontece porque, para 
estimular o emprego, é necessário incrementar a demanda agregada. Isso 
pode ser feito por meio do aumento dos gastos do governo. No entanto, 
o aumento exagerado da demanda agregada irá gerar inflação, pois o 
consumo cresce muito repentinamente, de forma que os empresários não têm 
condições de ampliar a oferta de produtos no mesmo ritmo. Nessa situação, 
as mercadorias podem faltar e com isso seus preços tendem a crescer. Além 
disso, à medida que mais pessoas passam a ter emprego, seu consumo tende 
a aumentar, estimulando a inflação. Inversamente, quando o governo prioriza 
o controle da inflação, ele irá tomar um conjunto de medidas que venham 
a reduzir a demanda por bens e serviços na sociedade. Com a queda nas 
vendas, os empresários dificilmente elevarão os preços das mercadorias 
(o que ajuda a combater a inflação), mas poderão, eventualmente, demitir 
funcionários, gerando desemprego e, em casos mais graves, recessão 
econômica.
TÓPICO 3
1 Coloque-se na posição de um Ministro da Fazenda. Que ações de 
Política Fiscal e Monetária você irá tomar para combater a inflação? 
Explique suas decisões.
R.: Um Ministro da Fazenda, que tenha por objetivo controlar a inflação, 
deverá adotar um conjunto de medidas que venha a restringir a demanda 
agregada, ou seja, o consumo global da sociedade. No campo da Política 
Fiscal, ele poderá incrementar os impostos (diretos), reduzindo a renda 
disponível das famílias e reduzir os gastos públicos, paralisando obras ou 
reduzindo o seu ritmo de construção, diminuindo verbas para determinados 
ministérios ou concedendo aumentos reduzidos ao funcionalismo público e 
ao salário mínimo. Na esfera da Política Monetária, várias ações poderão ser 
tomadas, todas no sentido de reduzir a oferta monetária. Entre essas ações, 
podemos citar: a redução da emissão de moeda, o aumento das reservas 
compulsórias do Banco Central, a venda de títulos públicos no Open Market, 
a restrição do crédito e a elevação da taxa de juros. Todas essas ações 
reduzirão a capacidade de consumo da sociedade, diminuindo a demanda 
agregada, forçando o setor privado a manter os preços estáveis, sob pena 
de não terem mais clientes para seus produtos.
2 O que significa “gargalo produtivo”?
R.: Gargalo produtivo significa uma limitação do setor produtivo de uma 
economia. Ele surge quando um elo da cadeia produtiva de um país é mais 
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fraco que os demais. Por exemplo, não existe a possibilidade de instalação 
de novas fábricas de eletrodomésticos num país que tem deficiências no 
fornecimento de energia elétrica. Não é possível instalar empresas de alta 
tecnologia num país com falta de mão de obra qualificada.
3 O que significa e como funciona o Depósito Compulsório do Banco 
Central?
R.: As reservas ou depósitos compulsórios do Banco Central representam 
uma parcela dos depósitos à vista, que os bancos comerciais devem colocar 
à disposição do Banco Central. Ele é um instrumento que traz uma certa 
segurança ao sistema bancário, pois evita que os bancos emprestem volumes 
excessivamente elevados de recursos. É um mecanismo por meio do qual o 
Banco Central evita que a moeda escritural se multiplique muito rapidamente 
no sistema bancário. Essa multiplicação da moeda escritural (depósitos à vista 
de liquidez imediata) deve ser controlada, pois sua expansão desmensurada 
também pode gerar inflação. Ele funciona por meio da retenção, por parte 
do Banco Central, de uma parcela dos depósitos realizados em bancos 
comerciais. Essa retenção de recursos (sem remuneração) não é um imposto. 
Os recursos são devolvidos ao banco comercial quando o cliente do banco 
resolver sacar seus depósitos.
4 Que regime de taxas cambiais um país deve adotar se quiser evitar 
um ataque especulativo? 
R.: O regime de taxas cambiais mais seguro para evitar um ataque especulativo 
é o regime de taxas cambiais flutuantes. Como neste regime as taxas de 
câmbio flutuam, elas têm uma tendência de se autoajustar. Por exemplo, 
quando a moeda do país está muito valorizada em relação às estrangeiras, há 
uma tendência de elevação de importações, em detrimento das exportações. 
Com isso, a saída de divisas é superior à entrada. À medida que as reservas 
de moeda externa forem diminuindo, elas tendem a se valorizar em relação 
à moeda nacional. A escassez de divisas força a sua valorização. À medida 
que a moeda nacional perde valor, a externa se fortalece. Com isso, o volume 
de importações tende gradualmente a diminuir e as exportações a aumentar.
5 Por que o Brasil teve que abandonar o Regime de Taxas Cambiais 
Fixas no início de 1999? 
R.: Durante o período de julho de 1994 a janeiro de 1999, o Brasil adotou o 
regime de taxas cambiais fixas. Todavia, a taxa de câmbio na qual a moeda 
nacional foi fixada era artificialmente elevada. O real foi equiparado ao 
dólar. Esta ação foi tomada como uma estratégia para combater o grande 
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mal da economia nacional até então: a inflação. Com uma moeda nacional 
extremamente valorizada em relação às estrangeiras, os produtos importados 
ficaram muito mais acessíveis. Portanto, os comerciantes, atacadistas e 
varejistas poderiam importar mercadorias caso os produtores nacionais 
quisessem elevar seus preços. Para o consumidor final, essa estratégia foi 
muito boa, pois garantia mercadorias relativamente baratas nas prateleiras 
dos supermercados. Contudo, para o produtor nacional, isso foi muito ruim, 
pois ele passou a enfrentar a concorrência internacional. Como consequência 
desse processo, o Brasil começou a apresentar déficits crescentes em sua 
Balança Comercial. Esse déficit, somado ao déficit da Balança de Serviços, 
gerava um déficit gigantesco em Conta Corrente. Como consequência, 
as reservas cambiais brasileiras diminuíam ano a ano, expondo o país ao 
risco de um ataque especulativo. E foi o que aconteceu em janeiro de 1999, 
quando houve uma fuga maciça de capitais especulativos do país, reduzindo 
dramaticamente o volume de divisas do país, impossibilitando a manutenção 
do regime das taxas cambiais fixas.
6 Quais as possíveis vantagens e desvantagens de uma Política 
Comercial de restrição de importações?
R.: Uma Política Comercial de restrição de importações tem como aspecto 
positivo o fato de que, ao restringirmos a entrada de determinados produtos 
importados, a indústria nacional tem condições de se desenvolver sem se 
preocupar com a concorrência externa, muitas vezes mais poderosa do ponto 
de vista do poder econômico. Essa estratégia já foi adotada várias vezes 
no Brasil, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de determinados 
setores da economia doméstica. Como exemplo, podemos citar a antiga "Lei 
de Informática", de 1984, que garantia reserva de mercado para empresas 
de capital nacional nos oito anos seguintes, para a quase totalidade dos 
produtos e serviços relacionados às atividades de informática. Naquele 
contexto, o governo adotou uma política de proteção ao "similar nacional" 
para os segmentos voltados aos equipamentos de pequeno e médio porte. 
A desvantagem de se adotar esse tipo de política está no fato de que os 
países com os quais o Brasil mantém relações comerciais podem se sentir 
prejudicados e adotar medidas retaliatórias, restringindo a importação de 
produtos brasileiros. Além disso, um excesso de protecionismo do setor 
produtivo nacional pode gerar acomodação dos produtores nacionais, que, 
sem precisar se preocupar com a concorrência internacional, deixam de 
investir em aperfeiçoamentos técnicos e em melhorias da qualidade. No 
caso da “Lei de Informática”, de 1984, o efeito foio contrário do esperado. 
A indústria nacional, que se desenvolveu ao longo do período em que a lei 
estava em vigor era muito frágil e não tinha a menor condição de competir com 
a indústria externa. Ao mesmo tempo, essa lei condenou o país a conviver 
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por muito tempo com equipamentos tecnologicamente defasados e que eram 
comercializados a um preço elevadíssimo.
7 Por que nos dias atuais o Estado reduziu a sua atuação sobre a 
atividade econômica por meio da Política de Rendas? 
R.: Desde 1994, a participação do governo brasileiro na implementação de 
políticas de rendas vem se reduzindo. Isso se deve ao fato de que essas 
políticas, quando utilizadas de forma desmesurada, podem provocar efeitos 
colaterais negativos na economia. Por exemplo: na segunda metade dos 
anos 80, quando o Brasil estava iniciando suas experiências econômicas de 
combate à inflação, o tabelamento de preços foi largamente utilizado. Muitos 
produtores, que se julgaram lesados pelo fato de o preço do seu produto 
ter sido fixado num patamar muito baixo, simplesmente deixaram de ofertar 
o produto. Como consequência, houve um desabastecimento de várias 
mercadorias. Em determinados setores, particularmente no automobilístico, 
as mercadorias até poderiam ser adquiridas mediante o pagamento de “ágio”, 
ou seja, uma diferença a mais sobre o valor oficial do produto. Um outro 
exemplo pode ser observado pela interferência do governo diretamente nas 
negociações salariais. Nos anos 80, durante o Plano Cruzado, foi criado um 
dispositivo legal, que garantia um reajuste automático dos salários de todas 
as categorias trabalhistas sempre que a inflação atingisse 20%. O objetivo 
dessa política era garantir o poder de compra dos trabalhadores contra os 
efeitos da inflação. Entretanto, com o recrudescimento da inflação, o gatilho 
salarial passou a disparar mensalmente, iniciando um processo de indexação 
da economia e gerando um fenômeno conhecido como inflação inercial. 
Portanto, para evitar a volta da inflação inercial e das pressões inflacionárias 
disfarçadas pelos congelamentos de preços, o governo brasileiro tem evitado 
utilizar esses mecanismos de forma exagerada desde meados dos anos 90.
8 Qual é a situação da distribuição de renda no Brasil?
R.: O Brasil é um país que apresenta uma das piores distribuições de renda 
do mundo, a ponto de Edmar Bacha denominá-lo de Belíndia, uma mistura 
entre uma pequena e rica Bélgica e uma imensa e pobre Índia. Em 1999, os 
10% mais ricos detinham 47,4% da renda nacional. O tempo que os 20% mais 
pobres precisam trabalhar para igualar sua renda ao dos 20% mais ricos é de 
2 anos e oito meses, enquanto que em países como a Polônia, os mesmos 
20% mais pobres precisam trabalhar apenas 3 meses para se igualarem aos 
20% mais ricos. Em 1999, o 1% mais rico detinha 13,1% de toda a riqueza 
nacional, enquanto que os 50% mais pobres detinham apenas 14% de toda 
renda nacional, ou seja, quase a mesma coisa.
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TÓPICO 4
1 O que é déficit público?
R.: Déficit público é uma situação na qual o governo gasta mais recursos 
(com obras, folha de pagamento, previdência social etc.) do que arrecada 
com impostos.
2 Quais são os principais instrumentos de cobertura de um déficit 
público?
R.: Quando um governo gasta mais do que arrecada, ele tem normalmente 
duas alternativas para cobrir as despesas. Por um lado, ele pode recorrer à 
emissão de moeda, mas esse recurso tem o inconveniente de gerar inflação. 
A outra alternativa seria a venda de títulos da dívida pública no Open Market, 
para potenciais investidores.
3 Como o governo consegue convencer investidores a “emprestar” 
dinheiro a ele?
R.: Para convencer potenciais investidores a adquirir títulos da dívida pública, 
o governo precisa remunerá-los com uma taxa de juros. O investidor sempre 
levará duas variáveis em consideração na hora de investir: o risco e a 
remuneração. Por isso, quanto mais sólida a economia de um determinado 
país, mais baixos serão os juros que ele terá de oferecer para os títulos 
que emite, uma vez que os mesmos têm fácil aceitação no mercado. Já 
países do terceiro mundo, com um elevado grau de endividamento, como 
é o caso do Brasil, correm o risco de não honrar seus títulos, passando um 
verdadeiro “calote” nos investidores. Para compensar esse elevado risco, 
os investidores somente estarão dispostos a aplicar seus recursos se estes 
países remunerarem seus títulos a uma taxa de juros elevada.
4 Por que o governo tem uma dívida tão elevada?
R.: A elevada dívida pública é resultado de um conjunto de fatores. Um 
deles está no fato de que, durante muito tempo, o governo brasileiro realizou 
gastos públicos num valor muito superior à sua arrecadação de impostos. Até 
1998, os resultados primários do governo eram negativos. A partir de 1999, 
foi iniciada uma política de resultados primários positivos, política esta que 
tem se mantido até os dias atuais. Durante todo esse período (1999 a 2005), 
embora o resultado primário tenha sido positivo, o resultado nominal continua 
negativo, o que significa que a dívida pública brasileira continua aumentando. 
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Um outro fator, muito importante para explicar o elevado valor da dívida, está 
nas taxas de juros praticadas no país. O Brasil possui as taxas de juros reais 
(taxas de juros nominais descontados os juros) mais elevadas do mundo. 
Como boa parte dos títulos públicos emitidos pelo governo é atrelada à SELIC 
(taxa básica de juros), isso significa que o ritmo de crescimento da dívida é o 
mais elevado do mundo, superando significativamente o ritmo de crescimento 
da economia brasileira.
5 Por que a taxa de juros praticada no Brasil é tão elevada?
R.: A taxa de juros no Brasil é bastante elevada em função de um conjunto 
de fatores. O primeiro deles é a inflação. A taxa de juros é utilizada como 
mecanismo de combate à inflação. Juros elevados inibem a demanda 
agregada, pois desestimulam o consumo das famílias e o investimento dos 
empresários. Além disso, os juros são utilizados como um mecanismo para 
atração de capital especulativo externo. Os títulos públicos oferecidos ao 
público podem ser adquiridos por investidores nacionais e internacionais. 
Existem situações em que um país deseja atrair investidores especulativos 
internacionais, pois esses investidores podem trazer divisas (moedas 
externas). É o caso de países que passam por dificuldades no pagamento de 
obrigações externas. Todavia, os investidores internacionais sempre levam 
em consideração duas variáveis na hora de decidir investir em determinado 
país: a rentabilidade (dada pela taxa de juros praticada no país) e o risco (dado 
pela probabilidade de o país vir a dar o “calote” nos seus títulos públicos). 
Essa probabilidade, de um país não honrar seus compromissos externos, 
é medida por meio de índices calculados por bancos internacionais (o mais 
famoso deles é o EMBI + medido pelo J. P. Morgan e também conhecido pela 
expressão “risco país”). Normalmente, os países do terceiro mundo, que se 
encontram altamente endividados, como é o caso do Brasil, possuem elevados 
índices de risco país e, consequentemente, precisam praticar elevadas taxas 
de juros para atrair o capital especulativo externo. Portanto, um dos motivos 
dos juros permanecerem num patamar relativamente elevado no Brasil se 
deve ao fato de ele ainda ser considerado um mercado relativamente instável 
e inseguro para os investidores especulativos internacionais.
6 Quais são as consequências sobre a sociedade de uma taxa de juros 
tão elevada?
R.: Além de atrair capital especulativo externo e servir de instrumento de 
combate à inflação, a manutençãode taxas de juros elevadas provoca vários 
efeitos negativos sobre a economia de um país. O principal deles está na 
inibição do consumo das famílias, principalmente nas de mais baixa renda, 
que precisam fazer uso dos meios de financiamento para a aquisição de 
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bens de consumo duráveis. Além disso, os juros elevados não estimulam 
o investimento do setor privado, o que limita a capacidade de crescimento 
e geração de empregos da economia. Paralelamente a esses efeitos, o 
próprio governo sai prejudicado, pois, como boa parte dos títulos públicos são 
remunerados pela taxa de juros praticada pelo país, é o próprio setor público 
que terá de arcar com as despesas decorrentes do crescimento da dívida 
pública. Consequentemente, o governo provavelmente será forçado a destinar 
boa parte dos recursos arrecadados dos impostos para o pagamento dos 
juros da dívida, ao invés de investi-los em obras e serviços para a sociedade.
7 Com relação às contas públicas, qual a diferença entre resultado 
primário e resultado nominal?
R.: O resultado primário é o resultado obtido pelo governo quando, das 
suas receitas operacionais (provenientes da arrecadação de impostos), 
são descontadas as suas despesas operacionais (investimentos em obras 
públicas, folha de pagamentos do funcionalismo público, gastos com a 
previdência social etc.). Desde 1999, o Brasil tem apresentado um resultado 
positivo nesta conta, num montante que tem variado entre 3,18% e 4,81% do 
PIB. Já o resultado nominal é obtido a partir do resultado primário (seja ele 
positivo ou negativo) deduzido o volume de gastos com os juros da dívida. 
Trata-se do resultado efetivo do setor público de um país. No caso do Brasil, 
este resultado nominal tem sido negativo e seu resultado tem variado de 
2,67% a 5,08% nos últimos anos. Isso significa que o volume de recursos 
poupados pelo governo não tem sido suficiente para pagar por todos os 
gastos com os juros da dívida. 
8 Descreva o ciclo vicioso do Endividamento Público.
R.: A existência de sucessivos déficits nominais leva ao aumento da dívida 
interna. O país entra num círculo vicioso: como o governo gasta mais do que 
arrecada, precisa cobrir suas despesas com a emissão de títulos públicos. 
Como precisa convencer o mercado a comprar seus títulos, mantém uma 
taxa de juros elevada (a mais elevada do mundo). No entanto, quanto mais o 
governo eleva a taxa de juros, mais rapidamente cresce sua dívida interna e 
maior será o volume de juros pagos para honrar seus compromissos. Maior 
será, então, o seu déficit público no ano seguinte e maior será a necessidade 
de emissão de títulos públicos. Conclui-se que a dívida interna do governo 
cresce por dois motivos: pelos juros elevados que precisa praticar para 
torná-los atrativos ao mercado e pela necessidade de emitir novos títulos 
para cobrir o déficit nominal.
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TÓPICO 5
1 Qual a função da emissão de moedas lastreadas em ouro?
R.: A emissão de moeda lastreada em ouro, processo também conhecido 
por “Padrão-Ouro”, foi um princípio de política monetária adotado por vários 
países até o ano de 1971, quando foi definitivamente abandonado. Este 
princípio era um resquício da necessidade de lastro exigida para a emissão 
de moeda-papel pelos primeiros bancos, ou seja, foi uma estratégia utilizada 
pelos governos para dar mais confiança à sua moeda. Essa reserva metálica 
permitia a conversibilidade, ou seja, a transformação de notas de papel em 
ouro monetário. Se alguém se sentisse inseguro em relação à estabilidade da 
moeda, poderia trocar o papel pintado por ouro e se tranquilizar. Esse Ouro 
Monetário era conservado em lingotes ou sob a forma de moedas no Tesouro 
Nacional ou nos Bancos Centrais desses países. Se o governo quisesse emitir 
mais papel-moeda, teria de aumentar seus estoques de ouro. Isso funcionava 
como um freio, pois criava sérias limitações para que um governo emitisse 
mais dinheiro, ou seja, tornava difícil para um governo apelar para a inflação.
2 O que significa moeda fiduciária?
R.: A fidúcia é uma característica das moedas atuais. Fidúcia significa 
confiança. Então, moeda fiduciária é uma moeda, cujo valor depende da 
confiança que a população, de modo geral, tem nela. Atualmente, o valor das 
moedas não depende mais do lastro em ouro. A moeda não é mais conversível 
em ouro. O seu valor depende da aceitação da moeda pela sociedade, de 
sua confiança na solidez das instituições monetárias.
3 Quais são as funções da moeda? Explique.
R.: A moeda possui três funções básicas. A sua principal função é de 
“instrumento de trocas”. Ela foi criada para ser um mecanismo de facilitação 
das trocas de bens, serviços, mercadorias etc., entre os diversos agentes da 
atividade econômica. Uma segunda função para a moeda é a de “denominador 
comum de valores”. Por meio da moeda, é possível comparar os valores de 
diferentes mercadorias. Por exemplo: com quantas sacas de soja um produtor 
agrícola pode comprar um trator? Quantas horas um professor precisa ensinar 
para adquirir um computador? Tudo em nossa sociedade que é objeto de 
compra e venda tem o seu valor quantificado em unidades monetárias. Até 
mesmo o PIB, que mede a produção total de bens e serviços ao longo de um 
ano é quantificado em unidades monetárias. A terceira função da moeda é a 
de “reserva de valor”. A moeda cumpre essa função, porém ela não o faz de 
maneira ideal. Quanto maior for a inflação de um país, mais rapidamente a 
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moeda perde valor, consequentemente, pior é a sua capacidade de reserva 
de valor. Contudo, mesmo assim, pelo fato de ter liquidez imediata, ou seja, 
por sua capacidade de ser universalmente aceita e trocada por outro produto, 
as pessoas decidem manter parte de sua renda na forma de moeda.
4 Quando um governo emite moeda para cobrir suas despesas, que 
tipo de inflação ele está criando? Por quê?
R.: Quando o governo resolve emitir moeda para pagar suas despesas 
operacionais, ele estará gerando uma inflação de demanda. A moeda recém-
emitida, ao ser utilizada para o pagamento de obras públicas ou da folha de 
pagamentos do funcionalismo público, estará colaborando para aumentar 
a renda total da sociedade. O incremento da renda induzirá uma boa parte 
da sociedade a consumir mais, elevando a demanda agregada. Como, a 
princípio, não existiu nenhum incremento da oferta nem da capacidade 
produtiva, o aumento da demanda não poderá ser atendido integralmente 
pelos empresários. Nessa situação, em função da falta de bens e serviços 
para todos, haverá um aumento das pressões inflacionárias.
5 O que significa indexação da economia? Qual o seu efeito sobre a 
inflação?
R.: Indexar a economia significa atrelar preços, salários, contratos, aluguéis 
etc. a determinados índices de mensuração da inflação (IGP-DI, IGP-M, 
IPADI, INCC, INPC, IPCA etc.). O grande inconveniente da indexação da 
economia é que a inflação passada serve de parâmetro para o aumento 
de preços futuros, mesmo que as causas originais da elevação de preços 
(elevação da demanda ou redução da oferta) já tenham desaparecido. Com 
isso, a inflação se retroalimenta, gerando, muitas vezes, uma tendência de 
crescimento exponencial que culmina num processo hiperinflacionário. A 
inflação inercial também é chamada de inflação psicológica.
6 Em que situações a inflação pode ser entendida como um imposto 
inflacionário?
R.: A inflação pode ser entendida como um imposto inflacionário quando ela 
é decorrente da emissão exagerada de moeda por parte de algum governo. 
Quando as despesas do governo são muito superiores às suas receitas, ele 
pode cobrir a diferença emitindo moeda. Isso é muito bom parao governo, 
pois ele cria uma receita artificial para pagar as suas dívidas. No entanto, 
a emissão de moeda gera inflação e a inflação corrói o valor do salário 
do trabalhador. Por isso, a inflação também pode ser entendida como um 
instrumento de transferência de valor do salário do trabalhador (que perde 
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valor à medida que a moeda desvaloriza) para as contas do governo (que 
acumulam valores pela emissão de moeda). É uma forma velada de cobrar 
impostos, justamente da parcela da população mais exposta aos efeitos 
nocivos da inflação.
7 Como uma inflação elevada afeta os investimentos dos empresários?
R.: Num ambiente de elevada inflação, os empresários, de modo geral, têm 
dificuldade em realizar planejamentos financeiros de longo prazo. A inflação 
prejudica a precisão dos cálculos de rentabilidade de projetos de investimentos 
produtivos. Normalmente, os investimentos produtivos possuem um elevado 
prazo de maturação. Isso significa que, quando um empresário decide realizar 
um investimento produtivo, muito tempo irá decorrer até que o projeto fique 
pronto e em condições de entrar em operação. Dependendo do tamanho do 
investimento, o prazo de maturação é de dois anos ou mais (em alguns casos 
muito mais). Num ambiente econômico no qual a inflação oscila em torno 
de 2.500% ao ano, o empresário se sente tentado a desistir do investimento 
produtivo e direcionar seus recursos para as aplicações financeiras, ou seja, 
para os investimentos especulativos. Esse processo é duplamente prejudicial, 
pois, como sabemos, a inflação normalmente é originária de uma situação 
em que a oferta de mercadorias não é suficiente para atender à procura. E 
se os empresários decidem não investir na produção, a capacidade produtiva 
não se amplia, mantendo a inflação num ciclo vicioso.
TÓPICO 6
1 Qual a moeda padrão para o comércio internacional? A partir de 
quando ela passou a ter essa hegemonia?
R.: Nas transações econômicas internacionais são utilizadas moedas que 
têm ampla aceitação no mercado mundial. Atualmente, a principal dessas 
moedas é o dólar. A hegemonia do dólar foi determinada pela reunião de 
Bretton Woods, realizada em julho de 1944, cerca de um mês após a invasão 
das forças aliadas na Normandia, na famosa Operação Overlord, fator que 
determinou o desfecho da II Guerra Mundial. A hegemonia militar das forças 
norte-americanas, no final dessa guerra, possibilitou a estes imporem, aos 
demais países reunidos na conferência, as novas regras do sistema financeiro 
internacional. Até o início desse conflito, a principal moeda utilizada nas 
transações internacionais era a libra esterlina da Inglaterra.
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2 O que um país como o Brasil, que não tem o direito de emitir dólares, 
precisa fazer para importar mercadorias? 
R.: Caso um país como o Brasil queira importar mercadorias, precisará de 
divisas internacionais (preferencialmente dólares) para pagá-las. Por isso, ele 
deverá, antes, exportar, para conseguir os dólares necessários para pagar 
pelas importações. Caso não consiga exportar o suficiente para pagar pelas 
importações, poderá tomar dólares emprestados, porém, ao se endividar em 
moeda estrangeira, terá de pagar os juros dessa dívida também em moeda
estrangeira.
3 Por que a balança comercial brasileira foi negativa no período de 
1995 a 2000?
R.: Durante o período compreendido entre os anos de 1995 e 2000, a balança 
comercial brasileira foi negativa, indicando que ao longo desses anos o Brasil 
importou mais mercadorias que exportou. Este excesso de importações frente 
às exportações foi a consequência de uma estratégia deliberada do governo 
para combater a inflação. Com o valor da moeda nacional artificialmente 
elevado em relação ao dólar, os produtos importados ficaram relativamente 
mais baratos que muitas mercadorias produzidas por empresas nacionais. 
Para sobreviver, muitas empresas tiveram de se reestruturar para cortar 
custos e oferecer produtos de maior qualidade a um preço mais reduzido. 
As empresas que não conseguiram se adaptar à concorrência internacional 
perderam mercado e faliram. Essa estratégia adotada pelo governo foi boa 
para o consumidor final, que teve acesso a uma ampla gama de produtos 
importados a preços relativamente constantes. Contudo, o lado negativo 
está no fato de que essa estratégia desestimulou vários segmentos do 
setor produtivo que não tinham condições de competir com os concorrentes 
estrangeiros, gerando falências e desemprego.
4 Qual tem sido o comportamento da Balança de Serviços? Por que 
ela se comporta dessa maneira?
R.: Em função das características estruturais da economia brasileira e, 
principalmente, em função do fato de o Brasil ter uma grande dívida externa e 
uma grande quantidade de multinacionais instaladas em seu território (aliado 
ao fato de existirem poucas empresas brasileiras atuando no exterior), a 
Balança de Serviços tem sido historicamente negativa no Brasil. A balança 
de serviços registra, entre outras coisas, as chamadas Rendas de Capitais, 
que incluem as despesas com o pagamento de juros da dívida externa e a 
remessa de lucros e dividendos das empresas multinacionais instaladas no 
país. Quanto maior a dívida externa de um país, maior é o chamado serviço 
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da dívida, ou seja, o volume de juros pagos, registrados na balança de 
serviços. Como a dívida externa brasileira é elevada, os gastos com o serviço 
da dívida têm sido significativos. Além disso, nas Rendas de Capitais, são 
registradas as remessas ao exterior de lucros e dividendos das empresas 
multinacionais instaladas no país, assim como as remessas do exterior ao 
Brasil das empresas nacionais instaladas no exterior. Como existem muito 
mais multinacionais estrangeiras atuando no país do que empresas nacionais 
atuando no exterior, o volume de lucros remetidos ao exterior é muito superior 
ao volume de lucros das empresas nacionais enviados ao Brasil. Para que 
esse cenário mude, ou seja, para a realização de um hipotético superávit 
na balança de serviços, a estrutura econômica do país teria de mudar 
significativamente. O país deveria sair da condição de devedor e passar a 
ser um grande credor internacional. Além disso, boa parte de suas empresas 
deveriam instalar filiais no exterior e enviar seus lucros ao país de origem. 
Ambos os cenários não parecem exequíveis no curto prazo.
5 O que são transações unilaterais?
R.: As transações unilaterais tratam das doações a fundo perdido feitas 
entre vários países em casos de catástrofes naturais e das transferências de 
trabalhadores que vivem em outros países. O desempenho do Brasil, nesse 
quesito, tem sido positivo, embora isso não seja motivo de orgulho nacional, 
pois é o reflexo da grande quantidade de trabalhadores brasileiros vivendo 
no exterior e mandando dinheiro para familiares no Brasil.
6 Qual a diferença entre investimentos diretos e investimentos de curto 
prazo? Qual desses dois tipos de investimentos é considerado mais 
saudável para a cobertura de um déficit em transações correntes?
R.: Os investimentos diretos representam investimentos produtivos de 
empresas multinacionais no país ou a compra, por estrangeiros, de uma 
empresa nacional. Esse tipo de investimento gera empregos, produz e, 
portanto, colabora para incrementar o PIB, paga impostos, além de se fixar 
no país, impedindo a sua fuga sem o menor aviso prévio. Já os investimentos 
de curto prazo, também chamados de investimentos especulativos, não são 
investimentos produtivos, portanto não geram empregos. Estes capitais são 
atraídos ao país pela elevada taxa de juros praticada internamente. Eles 
buscam apenas uma remuneração financeira.Além disso, ao menor sinal 
de fraqueza da economia doméstica, estes capitais tendem a deixar muito 
rapidamente o país, provocando um fenômeno conhecido como ataque 
especulativo, o que pode deixar a nação insolvente e sem condições de 
cumprir com suas demais obrigações externas. Por isso, os investimentos 
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diretos são considerados muito mais saudáveis para a economia de um país 
do que os investimentos de curto prazo.
7 O que são reservas cambiais?
R.: Reservas cambiais representam o conjunto de recursos em moeda externa 
com liquidez internacional (divisas internacionais) em poder de determinado 
país, para uso em transações externas, sejam elas comerciais ou financeiras. 
Elas são necessárias, pois nem sempre um país estará gerando (por meio 
de suas exportações de mercadorias, investimentos diretos recebidos e 
empréstimos tomados) um fluxo de divisas suficiente para cobrir os seus 
gastos com importações, pagamentos de serviços da dívida, amortizações etc.
8 O que acontece com um país cujas reservas cambiais chegam ao 
fim?
R.: Quando as reservas cambiais de um país chegam ao fim, ele não tem 
mais recursos para cumprir com suas obrigações externas e é obrigado 
a decretar a moratória, que seria uma espécie de falência do país. Ao 
decretar a moratória, o país perde confiança no mercado internacional e não 
consegue atrair novos investimentos externos, muito menos contrair novos 
empréstimos, pois ninguém empresta para quem não tem perspectivas de 
devolver o que foi emprestado. Assim, para conseguir importar mercadorias 
essenciais, o país terá de pagar à vista, pois seu crédito internacional não 
existe mais. No entanto, como pagar à vista se não existem mais reservas 
cambiais? A solução é desvalorizar dramaticamente o valor da moeda 
nacional em relação às estrangeiras, tornando as mercadorias nacionais 
muito mais baratas e, portanto, competitivas no mercado internacional. Com 
isso, criam-se condições para um aumento nas exportações e para a criação 
de uma pequena reserva emergencial de divisas internacionais. O grande 
problema desse conjunto de ações é que, com a desvalorização da moeda 
nacional, as mercadorias importadas ficarão muito mais caras, dando início, 
ou acentuando, a um processo inflacionário.
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UNIDADE 3
TÓPICO 1 
1 Descreva o comportamento dos consumidores em relação ao preço 
das mercadorias. Quais as causas desse comportamento?
R.: Normalmente, os consumidores tendem a consumir muito de determinada 
mercadoria quando seus preços são baixos. À medida que os preços dessa 
mercadoria aumentam, há uma tendência de que o consumo caia. Por 
isso, a função de demanda é representada graficamente por uma curva 
descendente. As principais razões desse tipo de comportamento são: (1) 
Os preços constituem um obstáculo aos consumidores. Quanto mais altos 
os preços, menor será o número de consumidores aptos e interessados em 
adquirir a mercadoria. (2) Efeito substituição. Quando o preço de determinado 
produto aumenta, os consumidores tendem a procurar por um produto 
similar, cujo preço não tenha aumentado. (3) Utilidade marginal. Quanto 
maiores forem as quantidades disponíveis de um produto qualquer, menores 
serão os graus de sua utilidade marginal. O consumo de uma unidade de 
determinada mercadoria por parte de um consumidor pode trazer a ele um 
nível de satisfação elevado. Entretanto, o consumo de unidades adicionais 
da mesma mercadoria pode reduzir o seu grau de satisfação. Chegará o 
ponto em que o consumidor estará totalmente satisfeito e não terá interesse 
em consumir unidades adicionais.
2 O que significa afirmar que existe um conflito de interesses entre 
empresários e consumidores no mercado? Explique.
R.: Existe um conflito de interesses entre empresários e consumidores, pois 
os primeiros sentem-se mais motivados a produzir quanto maior for o preço 
de venda da mercadoria. Já os consumidores se sentirão mais estimulados a 
comprar quanto mais baixo for o valor da mercadoria. Num patamar elevado 
de preços, o empresário deseja produzir muito, mas o consumidor irá consumir 
pouco. Haverá excesso de produção e elevação dos estoques. Quando os 
preços estão num patamar muito baixo, os consumidores têm interesse em 
adquirir muitas mercadorias, mas o interesse de produção por parte dos 
empresários é muito pequeno.
3 Explique como ocorre o equilíbrio entre os interesses de empresários 
e consumidores.
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R.: O equilíbrio entre os interesses de empresários e consumidores ocorre 
pela interação de seus comportamentos representados graficamente pelas 
curvas de oferta e demanda. Se os preços praticados forem muito baixos, 
os consumidores até têm interesse em adquirir mercadorias, porém os 
empresários têm pouco estímulo para produzi-las. Por consequência, gera-se 
um desequilíbrio de mercado, em que a demanda é maior do que a oferta. 
Nessa situação, os potenciais consumidores do mercado terão que disputar 
as poucas mercadorias produzidas. Os empresários tenderão a elevar o 
preço da mercadoria vendida, pois procurarão vendê-las para quem oferecer 
mais por elas. Por outro lado, se os preços estiverem num patamar muito 
elevado, os empresários terão grande interesse em produzir mercadorias, 
porém existirá um número limitado de compradores dispostos a comprar as 
mercadorias produzidas ou em condições financeiras de efetuar a compra. 
Nesse contexto, os produtores terão de disputar entre eles os poucos 
consumidores disponíveis no mercado e tenderão a fazê-lo por meio da 
redução do preço de venda da mercadoria, pois sabem que, se não reduzirem 
seu preço, correrão o risco de não conseguir vender nada (uma vez que 
outros empresários estarão vendendo a mesma mercadoria a um preço mais 
baixo). Quando existe excesso de oferta, os preços tendem a cair. A queda 
de preços desestimula a produção. Caso o desestímulo seja excessivo, 
irão faltar mercadorias. A falta de mercadorias representa um excesso de 
demanda. Esse excesso de demanda força uma subida de preços. A elevação 
dos preços volta a estimular alguns empresários a produzir um pouco mais. 
Por meio desse mecanismo, os preços tendem a oscilar até atingirem um 
ponto de equilíbrio, em que a demanda se iguala com a oferta. Nesse ponto 
de equilíbrio entre oferta e demanda, o preço tende a permanecer estável, 
sem estimular nenhuma das duas forças.
4 O que Adam Smith quis afirmar com a expressão “mão invisível”?
R.: Adam Smith utilizou a expressão “mão invisível” para designar o 
funcionamento automático do mercado por meio da lei da oferta e da procura. 
Segundo ele, as forças do mercado têm a capacidade de se autorregularem 
por meio da interação entre consumidores e produtores. É como se uma mão 
invisível ajustasse o volume de produção, com as necessidades do mercado 
consumidor.
5 Em que medida a lei da procura e da oferta justifica uma sociedade 
baseada no liberalismo econômico?
R.: Como Adam Smith afirmava que o mercado se autoajustava por meio da 
interação entre a oferta e a procura, como se existisse uma “mão invisível” 
regulando o mercado, o economista acreditava que não havia necessidade de 
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A
intervenção do Estado nos assuntos econômicos. Para Smith, a interferência 
do Estado prejudicava o perfeito funcionamento do mercado. Para que 
houvesse uma alocação ótima dos recursos produtivos, o Estado deveria 
ter uma estrutura mínima, restringindo-se a cuidar de questões tipicamente 
governamentais, como a organização de exércitos, a administração da justiça 
e a realização de obras públicas que não atraem a iniciativa privada.
TÓPICO

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