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Unidade 1: Bases Legais para a Enfermagem na Saúde da Mulher 1 Profª Eva de Fatima Marcos Evolutivos da Política de Saúde da Mulher: 1974 à 2004 2 1974/1978 1984 2004 Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil (PNSMI) Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher(PAISM): diretrizes e ações programáticas Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e diretrizes Compromisso: com as demandas relativas à gravidez e ao parto Com as ações educativas, preventivas, de diagnóstico e tratamento Com a implantação de ações de saúde que contribuam para a garantia dos direitos humanos das mulheres e, reduzam a morbi-mortalidade população materno-infantil que representava 74,8 % da população brasileira A mulher nas diversas etapas do ciclo de vida Estabelece parcerias com movimento de mulheres, de negros, sociedades científicas, pesquisadores, gestores de saúde, ONGs e agencias de cooperação internacional Objetivos das Políticas de Saúde da Mulher Brasil: 1974 à 2004 1974 • Reduzir os altos índices de morbi-mortalidade materno- infantil; • Incluir as seguintes atividades: Assistência materna (gestação, parto, puerpério); Assistência à criança e adolescente; Expansão da assistência materno-infantil; Capacitação de recursos humanos; Assistência no pré-concepcional e pré-nupcial. 3 Objetivos das Políticas de Saúde da Mulher Brasil: 1974 à 2004 1984 • Ampliar a rede de serviços face a necessidade de extensão do atendimento; • O modelo inclui as seguintes atividades: Assistência clínico-ginecológica; Assistência pré-natal; Assistência ao parto e puerpério imediato. 4 Objetivos das Políticas de Saúde da Mulher Brasil: 1974 à 2004 2004 – 2007 • Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica; • Estimular a implantação e implementação do Planejamento Familiar; • Promover a atenção obstétrica e neonatal qualificada e humanizada; • Promover a atenção as mulheres vítimas de violência; • Reduzir a morbi-mortalidade por câncer na população feminina; • Implantar um modelo de saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero; • Implantar e implementar a atenção à mulher no climatério; • Promover conjuntamente com o PN DST/AIDS a prevenção e controle das DST/HIV/AIDS na população feminina; • Fortalecer a participação e o controle social na definição e implementação das políticas de Atenção Integral à Saúde das Mulheres. 5 Saúde da Mulher: a transversalidade com outras Políticas de Saúde 6 Doenças Crônico Degenerativas, Cardiovasculares e Diabetes Mellitus Câncer cérvico- uterino e mamário Transtornos Mentais Violência doméstica e sexual Discriminação racial e social Abortamentos em condições inseguras Jornadas e condições de trabalho Saúde da Mulher SUS Infecção por DST/HIV/AIDS Enfermeiro na Atenção Básica • Consulta de Enfermagem de Pré-Natal; • Consulta de Enfermagem no Puerpério; • Solicitação de exames laboratoriais e de imagem; • Educação em Saúde; • Grupo de gestantes; • Grupos de amamentação….. 7 Enfermeiro na Atenção Básica • DST • Planejamento familiar • Violência • Consulta ginecológica • Preventivo….. 8 Inserção do Enfermeiro • Primeiras escolas de enfermagem; • Atuação das parteiras; • Diminuição da morbimortalidade materno-infantil; • Baixo custo hospitalar; • Melhoria do padrão de vida das mulheres; • Pressões internacionais; 9 Inserção do Enfermeiro • Humanização da assistência à mulher; • Aumento do número de partos normais; • Aproximação do pai e dos familiars do nascer; • Casas de parto e parto domiciliar; • Desmedicalização; • Inserção nas políticas públicas. 10 Bases Legais • Lei 7498/86, que dispõe sobre a regulação do exercício da Enfermagem: • Art. 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe: • I – Privativamente: • i) consulta de Enfermagem; • j) prescrição da assistência de Enfermagem; 11 Bases Legais • Lei 7498/86, que dispõe sobre a regulação do exercício da Enfermagem: • Art. 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe: • II - como integrante da equipe de saúde: • c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde; 12 Bases Legais • Lei 7498/86, que dispõe sobre a regulação do exercício da Enfermagem: • Art. 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe: • II - como integrante da equipe de saúde: • g) assistência de Enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; • h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; • i) execução do parto sem distocia; 13 Bases Legais • Lei 7498/86, que dispõe sobre a regulação do exercício da Enfermagem: • Parágrafo único - às profissionais referidas no inciso II do Art. 6º (Enfermeiros Obstetras) desta Lei incumbe, ainda: • a) assistência à parturiente e ao parto normal; • b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico; • c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária. 14 Bases Legais • Portarias do MS 281/98; • 163/98; • 985/98, • 569, 570, 571 e 572 • Assembléias Mundiais e determinações internacionais (OPAS/OMS) 15 Consulta de Enfermagem • NANDA • Histórico de enfermagem; • Exame físico obstétrico; • Diagnóstico de enfermagem; • Prescrição de Enfermagem; • Evolução de Enfermagem; • Avaliação dos Resultado 16 17 Unidade 2: Anatomofisiologia do Aparelho Reprodutor Feminino Profª Eva de Fatima 18 Desenvolvimento Feminino O crescimento e desenvolvimento feminino começa, ainda, na gestação, onde os gametas femininos estão sendo formados. Durante os primeiros meses de vida, a única diferença anatômica entre meninos e meninas é a genitália. 19 Desenvolvimento Feminino • Por volta dos 12 meses de idade essa diferença entre meninos e meninas começa a ser percebida entre as crianças. • As crianças desenvolvem consciência sobre os estranhos e o desejo de exploração surge. • Entre 2 e 3 anos elas começam a identificar as funções sexuais. 20 Desenvolvimento Feminino • Entre 3 e 4 anos a criança fica curiosa sobre a formação da vida e sexo e frequentemente se masturba. • Entre 4 e 5 anos inicia-se a forte identificação com o pai ou a mãe, dependendo do sexo da criança. • As meninas começam a ser protetoras com as outras crianças - instinto maternal. 21 Desenvolvimento Feminino • Na fase entre os 6 e os 9 anos de idade a criança inicia sua vida escolar e as relações de amizade fazem com que a menina se relacione, quase que exclusivamente, com outras meninas. • Entre 9 e 10 anos o interesse pelo mesmo sexo se mostra fortemente presente e a criança escolhe um amigo especial. 22 Desenvolvimento Feminino • Após os 10 anos de idade a imagem corporal e o auto-conceito são frágeis por causa das rápidas alterações corporais, emocionais e sociais. • O estímulo sexual em estado latente é controlado e reprimido. • Na fase de pré-adolescência, entre 10 e 12 anos, o interesse pela sexualidade retorna pela proximidade com a puberdade. 23 Desenvolvimento Feminino • É na puberdade que as noções de sexo estão maisfundamentadas para meninas e meninos e com isso aumenta o interesse pelo sexo oposto. • Estas alterações, tanto físicas quanto emocionais da puberdade, são associadas ao início da ação hormonal no organismo feminino. 24 Desenvolvimento Feminino • O hipotálamo aumenta a sua secreção de GRH - Gonadotrofina, que por sua vez estimula a liberação de LH - hormônio luteinizante, bem como a liberação de FSH - hormônio folículo- estimulante. • O LH e o FSH estimulam as gônadas a produzir e liberar os hormônios sexuais. 25 Liberação FSH e LH 26 Desenvolvimento Feminino • O hormônio gonadal liberado em maior quantidade neste momento pelo ovário é o estrogênio. • As ações do estrogênio resultam no desenvolvimento das características sexuais secundárias e na maturação sexual. 27 Desenvolvimento Feminino • Estas alterações orgânicas e emocionais vão criando a identidade feminina e a formação de uma mulher na idade adulta. • O corpo adulto possui quase nenhuma alteração quando comparado ao corpo púbere da mulher. Sistema Reprodutor Feminino • Mamas: estruturas complexas constituídas por tecido glandular rodeado de gordura e tecido de sustentação. • As unidades básicas de tecido glandular são os alvéolos, cujas células produzem o leite. • Os alvéolos são rodeados por tecido mioepitelial. • A pele que cobre a mama modifica-se no centro para formar o mamilo onde os ductos terminam em pequenos orifícios. • Em volta do mamilo existe a aréola, onde se situam as glândulas de Montgomery que produzem um líquido oleoso que mantém os mamilos suaves e limpos. 28 29 Sistema Reprodutor Feminino 30 Ovário Tuba uterina Útero Bexiga Canal Vaginal Pequenos Lábios Grandes Lábios Vulva Sistema Reprodutor Feminino 31 Sistema Reprodutor Feminino 32 Sistema Reprodutor Feminino •Vulva ou Genitália Externa: representa a entrada do canal vaginal. •Sua porção externa está coberta por um epitélio rico em folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas. •Em sua porção interna, a partir dos pequenos lábios, é recoberta por mucosa que apresenta umidade acentuada. 33 Sistema Reprodutor Feminino •Monte de Vênus ou monte pubiano ou monte púbico •Pequenos lábios – pregas cutâneas lisas e rosadas de aspecto mucoso, medem de 4 a 6 cm de comprimento, sua largura pode oscilar de 0,5 a 2 cm. •Grandes lábios - pregas cutâneas de 6 a 10 cm de comprimento e cerca de 1 a 2 cm de largura. 34 Sistema Reprodutor Feminino •Glândulas vulvovaginais ou de Bartholin - Estão situadas de cada lado da vulva, na parede posterior do vestíbulo. Possui a função de efetuar a lubrificação do canal vaginal, preparando-o para o ato sexual. •Glândulas para-uretrais - pequenas glândulas, cujo canal excretor se abre de cada lado do meato urinário. •Clitóris - localiza-se na parte superior dos pequenos lábios, logo acima da uretra. O ápice do clítoris é bulboso, chamado de glande, onde encontram-se a maior parte dos terminais nervosos responsáveis pela sensação de prazer. 35 Sistema Reprodutor Feminino •Logo acima do clítoris encontra-se uma película conhecida como capuz, ou prepúcio, que cobre total ou parcialmente o clítoris quando em repouso. •Como a maior parte das estruturas do corpo humano, o clítoris varia em tamanho e constituição de mulher para mulher. 36 Sistema Reprodutor Feminino •Espaço interlabial ou fenda vulvar: vestíbulo, meato uretral, intróito vaginal e himem •O vestíbulo – Espaço elíptico internamente aos grandes lábios que acomoda os orifícios uretral, vaginal, as glândulas de Bartholin e para-uretrais. •O hímen – posiciona-se na base do vestíbulo, pode apresentar-se parcial ou reduzido a simples arredondamento. •Uretra – a uretra feminina é bem mais curta e simples do que a masculina. É retilínea para baixo e para diante, a partir do seu óstio interno da bexiga; atravessa os diafragmas pélvico e urogenital. Corre anteriormente à vagina e termina no vestíbulo por seu óstio externo 37 Sistema Reprodutor Feminino •Vagina - É um tubo fibro-muscular que, do vestíbulo, se alonga para cima e para trás, pelo períneo, até a pelve. •È receptora do pênis no ato sexual, dá saída ao fluxo menstrual e, com a cavidade uterina forma o canal do parto. •A parte alta da vagina embainha a cérvix uterina na altura do istmo, com ela formando um recesso ou fórnix da vagina (fundo de saco de Douglas). 38 39 Sistema Reprodutor Feminino •Vagina - Canal flexível de tamanho variável que vai do colo do útero até ao exterior. •A vagina, tal como o colo do útero, tem uma grande capacidade de dilatação, pois permite a passagem da criança no momento do parto. 40 Sistema Reprodutor Feminino •Ovários - são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona (hormônios sexuais femininos). •No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. 41 Sistema Reprodutor Feminino •Ovários - Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gameta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. •Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. •O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias. 42 43 Sistema Reprodutor Feminino •Tubas uterinas - são dois ductos que unem o ovário ao útero, são formados por ampola, infundíbulo e fímbrias. Seu epitélio de revestimento é formado por células ciliadas. •Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero. 44 45 Sistema Reprodutor Feminino •Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. •É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio. 46 47 Sistema Reprodutor Feminino •Útero: a cavidade revestida por uma mucosa, o endométrio, aumenta de volume no momento da ovulação por influência do corpo lúteo. •O útero é constituído por fundo, corpo e colo. Denomina-se istmo o ponto de junção entre corpo e colo. O canal vaginal se dispõe em torno do colo, permitindo que ele se projete formando os fundos de saco. •A porção superior do corpo uterino constitui o fundo, com ângulos denominados cornos, onde estão inseridas as tubas uterinas. 48 49 Endocrinologia da gestação •Hipofisários: •FSH – Folículo Estimulante; •LH – Luteinizante; •Prolactina; •Ocitocina. • Placentário: • β-HCG – Gonadotrofina Coriônica. • Ovariano: • Estrogênio; • Progesterona. Endocrinologia da gestação •FSH age no ovário e estimula o desenvolvimento do folículo, a secreção de estrógeno e a ovulação; • O LH – também com ação ovariana – estimula a ovulação e o desenvolvimento do corpo amarelo. •O β-HCG, tem ação no corpo lúteo e estimula a produção de progesterona e estrógeno; inibe a menstruação e nova ovulação. 50 51 Endocrinologia da gestação•De início, manutenção da gravidez depende da progesterona produzida pelo corpo amarelo ou corpo lúteo, responsável por mudanças significativas na mucosa endometrial que a tornam apta para a nidação e desenvolvimento inicial do ovo. Endocrinologia da gestação •O estímulo para a manutenção do corpo lúteo, através do β-HCG; •A partir da 8ª semana de gestação essa função passa a ser da placenta. •Além disso, este hormônio estimula a produção de progesterona e estrógeno; •Inibe a menstruação e nova ovulação. 52 Endocrinologia da gestação •A prolactina é um hormônio que prepara o organismo materno para o aleitamento, produzindo a secreção láctea. •A progesterona – produzida pela placenta – é o hormônio fundamental na manutenção da gestação, pois inibe a atividade muscular do útero, inibindo assim a contração uterina pré- matura. Nas mamas estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias para secreção láctea. 53 Endocrinologia da gestação 54 Endocrinologia da gestação •Outro hormônio também produzido pela placenta, a partir da 8ª semana de gestação, é o estrogênio, que atua nas adaptações cardiovasculares do organismo materno, aumentando o volume de sangue. •O estrogênio atua também na produção de prolactina e na hiperplasia e hipertrofia do miométrio. 55 Endocrinologia da gestação •A ocitocina inicia sua ação no início do trabalho de parto. •Secretado em quantidades moderadas durante a última fase da gravidez e em grande quantidade durante o parto. Promove a contração do útero para a expulsão da criança. •Promove a ejeção do leite durante a amamentação 56 Endocrinologia da gestação •Hormônio lactogênio placentário humano ou Somatomamotropina coriônica humana: é um hormônio protéico. É encontrado no plasma da gestante a partir da 4ª semana de gestação. •Tem efeito lipolítico, aumenta a resistência materna à ação da insulina, ajudando no crescimento fetal, pois proporciona maior quantidade de glicose e de nutrientes para o feto em desenvolvimento. Ao mesmo tempo promove uma mobilização aumentada de ácidos graxos dos tecidos adiposos da mãe, de modo que possa usar essa gordura para sua própria energia, em lugar da glicose. 57 Endocrinologia da gestação •Hormônio melanotrófico: atua nos melanócitos para liberação de melanina, aumentando a pigmentação da aréola, abdomên e face. 58 Unidade 3: Assistência de Enfermagem em Ginecologia Profª Eva de Fátima 59 Consulta de Enfermagem • Etapas: • Anamnese • Exame Clínico das Mamas • Exame Colpocitológico • Exames Complementares • Evolução e registros 60 Anamnese Ginecológica • Durante a anamnese devemos abordar: • Idade, profissão; • Menarca, sexarca, pubarca; • Motivo da consulta: sinais e sintomas; • Ciclo menstrual (duração, regularidade, queixas) • Antecedentes ginecológicos; • Antecedentes obstétricos; 61 Anamnese Ginecológica • Durante a anamnese devemos abordar: • Estudo dos elementos não ginecológicos que podem estar associados (fadiga, palidez, temperatura); • Antecedentes familiares; • Doenças prévias; 62 Exame Clínico das Mamas • O exame das mamas possibilita identificar alterações teciduais precocemente. • O profissional desenvolverá as mesmas etapas do auto exame, atentando para a inclusão da área axilar no momento da palpação. • Esse procedimento tem por finalidade investigar a presença de infartamento ganglionar, sugerindo processo inflamatório. 63 Exame Clínico das Mamas • Tem como Fases: • Inspeção Estática 64 • Inspeção Dinâmica 65 Exame Clínico das Mamas • Palpação 66 Exame Clínico das Mamas • Palpação 67 Expressão Exame Colpocitológico • Exame especular • Toque vaginal • Palpação abdominal 68 Exame Colpocitológico Exame especular • Sua utilização permite inspecionar o tônus muscular e a anatomia da vulva e canal vaginal. • Implica também na coleta de material para exames. 69 Exame Colpocitológico Exame especular • A coleta do material deve ser dupla, ou seja, acontece na endocérvice e ectocérvice. 70 70 71 Exame Colpocitológico Exame especular • O material é coletado na ectocérvice fazendo uma volta completa com a espátula. 72 Na endocérvice utiliza- se uma escovinha, que é introduzida levemente no orifício externo do colo uterino, sendo realizada uma volta completa. 73 Exame Colpocitológico • Toque vaginal: deve ser combinado com a palpação abdominal e supra-púbica, permitindo exploração dos anexos, bem como as alterações de forma, tamanho, consistência e posição do útero. • Pode ser complementado pelo toque retal ou toque bidigital. 74 Exame Colpocitológico • Palpação abdominal: permite identificar lesões capazes de interferir com o aparelho genital, cujo volume ultrapasse a pequena pelve. 75 75 Exames Complementares • Verificação do pH vaginal: 6,5 e cervical 7,5; • Pesquisa microbiológica; • Teste de Lamm-Schiller; • Biópsia; • Colposcopia; • Punção de fundo de saco; 76 77 Unidade 4: Assistência de Enfermagem em Ginecologia – Parte 2 Anatomia da Mama 78 Câncer de Mama • Primeira causa de morte por câncer entre as mulheres; • Aumento na incidência e redução na mortalidade; • Relação com hábitos de vida: • Idade, menarca precoce e menopausa tardia, primeira gestação após os 30 anos, nuliparidade, uso regular de álcool, radiação ionizante antes dos 35 anos. 79 Câncer de Mama Grupos populacionais com risco elevado; Risco relacionado a histórico familiar – cerca de 10% História familiar de 1º grau com diagnóstico de neoplasia de mama, abaixo dos 50 anos de idade; Histórico familiar de 1º grau com diagnóstico de câncer de mama ou ovário; Mulheres com história familiar de neoplasia mamária masculina; Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ. 80 Câncer de Mama Ações que visam o diagnóstico precoce Exame clínico das mamas em todas as consultas a mulher, independente da idade; Mamografia na faixa etária entre 50 e 69 anos, com intervalo máximo entre os exames de dois anos; Em mulheres com risco elevado para o câncer de mama, mamografia anual a partir dos 35 anos. 81 Câncer de Mama • Diagnóstico • Exame clínico das mamas • USG • Mamografia 82 83 Câncer de Mama • Tratamento • Cirurgia • Radioterapia • Quimioterapia • Hormonioterapia 84 Câncer de Mama • Quadrantectomia • Mastectomia 85 86 Câncer de Mama • Mastectomia Radical • Dor e restrição do movimento do ombro; • Edema do dimídio operado (linfedema) • Falta de sensibilidade na parte superior e interna do braço. 87 Câncer de Mama • Cuidados de Enfermagem pós-mastectomia ou quadrantectomia 88 89 Câncer Ginecológico Representa cerca de 24% de todos os tumores malignos na mulher. 1 – Câncer de Vulva 2 – Câncer do Colo do Útero 3 – Câncer de Ovário 90 Câncer do Colo Uterino • Doença progressiva, que se inicia com transformações intra- epiteliais, que podem evoluir para um processo invasor, num período que varia de dez a vinte anos. 91 92 93 94 Câncer do Colo Uterino •O Ministério da Saúdeprioriza em suas ações educativas, de controle e investigação a faixa etária de 25 a 60 anos, com ênfase naquelas mulheres que nunca realizaram exame citológico. •Sabe-se que a faixa etária entre 35 a 49 anos é de maior risco para o desenvolvimento do câncer do colo. 95 Câncer do Colo Uterino •É importante destacar que esse tipo de câncer é um dos tumores malignos que podem ser prevenidos e que, quando detectado precocemente, pode ser curado em aproximadamente 100% dos casos (evolução lenta / Papanicolau com alta eficácia para o diagnóstico precoce). •Apesar disso, continua sendo a segunda causa de morte por câncer entre brasileiras, superada apenas pelo câncer de mama. 96 Câncer do Colo Uterino •Relação entre o benefício direto da detecção precoce do câncer do colo e a estimativa de sobrevida: 100 NIC III 100 NIC II <10% Além da pelve 30-60 Restrito à pelve 70-85 Restrito ao colo 100 NIC I % DE SOBREVIDA EM 5 ANOS ESTÁGIO DA DOENÇA 97 Câncer do Colo Uterino – Fatores de risco •Início precoce da vida sexual; •Multiparidade; •Multiplicidade de parceiros sexuais; •Parceiro sexual com múltiplas parceiras; •Lesão genital por papiloma vírus humano-HPV; •Tabagismo; •Condições sócio-econômicas precárias; •Infecções genitais de repetição. 98 99 Câncer do Colo Uterino – Classificação • O desenvolvimento da neoplasia do colo uterino a partir do epitélio escamoso normal ocorre seguindo fases bem definidas. • Fase pré-invasora; • Fase invasora . 100 Câncer do Colo Uterino – Fase pré-invasora • A doença está restrita ao epitélio escamoso cervical, não ultrapassando a sua membrana basal. •Essa fase compreende, do ponto de vista histopatológico, os 3 graus iniciais das chamadas neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC). •Embora denominadas neoplasias intra-epiteliais, as displasias leves e moderadas são lesões reversíveis, se devidamente reconhecidas e tratadas. 101 Câncer do Colo Uterino – Fase pré-invasora • NIC I: displasia leve (que atinge apenas o terço inferior a profundo do epitélio). 102 Câncer do Colo Uterino – Fase pré-invasora •NIC II: displasia moderada (que compromete até dois terços da espessura do epitélio). 103 Câncer do Colo Uterino – Fase pré-invasora •NIC III: displasia acentuada (alterações de quase toda a espessura do epitélio, poupando as células mais superficiais) e carcinoma in situ. 104 Câncer do Colo Uterino – Fase invasora • Ultrapassando os limites da membrana basal, a neoplasia passa para a fase invasiva de tecidos vizinhos ao epitélio (mas ainda restrita ao colo), órgãos próximos (vagina, paramétrios, linfonodos pélvicos e mucosas da bexiga e do reto) ou distantes (pulmões, fígado, ossos e linfonodos principalmente). 105 Câncer do Colo Uterino – Fase invasora • Estádio I – carcinoma confinado ao colo. • Estádio IA – a invasão do estroma deve ser considerada em profundidade até 5mm e extensão de 7mm. Subclassificado em IA1 (<3mm); IA2 (entre 3 a 5 mm). • Estádio IB – lesões confinadas ao colo maiores que IA. Subclassificado em IB1(até 4 cm) e IB2(>4 cm). 106 Câncer do Colo Uterino – Fase invasora • Estádio II – extende-se além da cérvice, sem atingir a parede pélvica. Pode envolver os dois terços superiores da vagina. IIa envolvimento não-evidente de paramétrio. IIb envolvimento endometrial evidente. • Estádio III – carcinoma acometendo parede pélvica e/ou terço inferior da vagina. • Estádio IV – lesão invadindo as mucosas do reto e/ou bexiga, ou acometendo áreas além da pelve (metátases em linfonodos, pulmões, fígado e ossos) 107 Câncer do Colo Uterino – Manifestações clínicas • Sangramento ou hemorragia pós-coito; • Leucorréia; • Micro hemorragia sem causa aparente. 108 109 Câncer do Colo Uterino – Tratamento • Cirúrgico (laparotomia, histerectomia total, linfadenectomia, conização) •Quimioterapia • Radioterapia 110 111 Unidade 5: Assistência de Enfermagem em Ginecologia: Doenças Não Neoplásicas Endometriose • Endometriose é uma doença ginecológica definida pelo desenvolvimento e crescimento de estroma e glândulas endometriais fora da 112 cavidade uterina, o que resulta numa reação inflamatória crônica. Endometriose • Fatores de Risco: • Idade reprodutiva (25 a 35 anos); • Ter filhos em período avançado da vida; • Nuliparidade; • Histórico familiar; • Ciclo menstrual mais curto (inferior a 27 dias); • Período menstrual superior a 7 dias; • Menarca precoce; 113 Endometriose • Etiologia: • Fluxo retrógrado da menstruação através das tubas uterinas, incluindo a deficiência de macrófagos peritoneais; • Disseminação de células endometriais através da rede linfática e venosa; • Mecanismo de implantação operatória. 114 Endometriose • Manifestações Clínicas • Infertilidade; • Dor pélvica – dismenorreia, dispareunia; • Dor pleurítica, hemoptise, cefaleias ou convulsões, lesões dolorosas em cicatrizes cirúrgicas com dor, edema e sangramento local; • Dor ao evacuar. 115 Endometriose • Diagnóstico • Clínico; • Laparotomia exploratória; 116 Endometriose • Tratamento • Analgésicos; • Contraceptivo hormonal; • Cirurgia para retirar os endometriomas; • Histerectomia com ooforectomia; 117 Miomatose Uterina • Formações nodulares que se desenvolvem na parede muscular do útero e comumente são chamados de tumores benignos. • Estima-se que entre 40 a 80% das mulheres na idade reprodutiva são portadoras de miomas, destas, pelo menos um terço requer tratamento devido a presença de sintomas. • A incidência é mais alta em mulheres 30 e 40 anos e a raça negra é considerada um fator de risco. 118 • Etiologia: • Estímulo do estrogênio; • Geralmente regridem espontaneamente quando a mulher chega ao climatério; Miomatose Uterina 119 120 121 122 123 Miomatose Uterina • Manifestações Clínicas: • Metrorragia; • Dismenorréia; • Anemia; • Distensão Abdominal e dor; • Dispareunia; • Incontinência e urgência urinária; • Constipação, fezes em fita; • Infertilidade. 124 Miomatose Uterina • Diagnóstico: • É realizado durante o exame ginecológico de rotina, sendo baseado na história clínica (sinais e sintomas), no toque vaginal bimanual e na ultrassonografia; 125 Miomatose Uterina • Tratamento: • Sintomático; • Medicamentoso (contraceptivos hormonais orais, antiinflamatórios não esteroides); • Cirurgia (histerectomia, miomectomia); • Embolização da artéria uterina; 126 127 Ovários Policísticos • É uma das desordens endocrinológicas mais comuns afetando aproximadamente 6% da população feminina em idade reprodutiva. • A síndrome se inicia na puberdade e é progressiva. • Caracterizada por hiperinsulinemia. 128 INFERTILIDADE HIRSUTISMO ELEVAÇÃO PROLACTINA PELE OLEOSA ACNES CISTOS OVARIANOS OBESIDADE IRREGULARIDADE MENSTRUAL SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS 129 130 Hirsutismo e Acne Ovários Policísticos • Etiologia: • Aumento da resistência periférica a insulina; • Excesso de androgênios; 131 Ovários Policísticos • Manifestações Clínicas: • Amenorréia; • Hirsutismo (androginismo);• Aumento dos ovários; • Irregularidades menstruais; • Alopécia; • Acne; • Acantose nigrans. 132 133 Ovários Policísticos • Diagnóstico: • Clínico e de imagem. 134 Ovários Policísticos • Tratamento: • Mudanças no estilo de vida; • Contraceptivos orais; • Hipoglicemiantes orais; 135 Alteração Funcional Benigna da Mama • Comumente chamada de displasia mamária; • Caracterizam-se por dar o espessamento mamário, geralmente com reforço pré- menstrual cíclico. • Aparecem depois da adolescência, tendem a melhorar na gestação e lactações e desaparecem no climatério. 136 Alteração Funcional Benigna da Mama • É uma alteração comum na mulher moderna, provavelmente em decorrência de ação hormonal continuada pelos estrogênios ovarianos, em pessoas que engravidam poucas vezes e quase não amamentam. 137 Alteração Funcional Benigna da Mama • Manifestações Clínicas: • Aparecimento de desordens fisiológicas do desenvolvimento e da involução da mama. • Clinicamente se manifesta através de mastalgia, adensamentos e cistos mamários. • Não existe correlação com o câncer de mama, ou seja, não aumenta o risco de desenvolver o câncer. 138 Alteração Funcional Benigna da Mama • Tratamento • Sintomatológico; • Contraceptivo hormonal; • Analgésicos; • Uso de sutiãs de sustentação (atléticos). 139
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