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TEORIA GERAL DO PROCESSO SOCIEDADE E DIREITO Nos primórdios da civilização, o que se tinha como pré-direito era a lei do m ais forte, onde, como o próprio nome diz aquele que se superasse em relação aos demais tinha as melhores oportunidades, mulheres, bens etc. Ubi societas ubi jus (não há sociedade sem o direito). Relação entre direito e sociedade, porque o homem sentiu a necessidade d e se organizar para viver. Depois de instituído, o direito se tornou a mais importante e eficaz forma de controle social. CONFLITOS E INSATISFAÇÕES Os conflitos e insatisfações são fatores antissociais, porque são esses fa tores que causam problemas entre o s homens e surgem n o momento que uma pessoa, querendo um bem para si, seja bem material ou qualquer direito, não consegue por que: Aquele que poderia satisfazer su a pretensão, não sa tisfaz (ex.: quando uma pessoa não entrega um bem que o outro quer); Quando o próprio direito proíbe a satisfação voluntária dessa satisfação (ex.: quando a pessoa pretende algo defeso pelo Direito ). Formas de Resolução de conflitos Para a eliminação desses fatores antissociais po dem existir açõe s que as reso lvam provenientes de uma das pessoas e nvolvidas no conflito, ou p or a to das duas pessoas envolvidas, ou po r ato de terceiro estranho a relaçã o. Qu ando a resolução do problema é realizada, vamos dizer de fo rma amigável, por ato de uma das partes ou pelas duas partes, estamos diante da forma chamada de AUTOCOMPOSIÇÃO. Quando po r ato d e uma dessas partes que impõe seu d ireito sobre o d ireito da ou tra p arte estamos diante da forma de resolução de conflitos chamada AUTODEFESA ou AUTOTUTELA. Quando a resolução se dá por ato d e terceiro estran ho a relaç ão, p odemos e star diante da DEFESA DE TERCEIRO, a CONCILI AÇÃO, a MEDIAÇÃO e o PROCESSO . DA AUTOTUTELA À JURISDIÇÃO AUTOTUTEL A: Atualmente quando estamos em f rente a um problema, ajuizamos um processo e o E stado, na pessoa do Juiz, nos dá a solução do conflito. Contudo p rimordialmente não existia a presença do Estado na resolução dos conflitos, porque o Estado não tinha fo rca imperativa para conseguir impor suas vontades (leis) sobre os ímpetos das pessoas. Dessa fo rma aquele que quisesse fazer valer uma vontade sua teria que fazê -lo pela força. Nessa época, a título de exemplo, era permitida inclusive a VINGANÇA PRIVADA. A esse regime damos o nome de AUTOTUTELA. Características da AUTOTUTELA: 1 – Falta de um juiz imparcial na tomada das decisões; 2 – imposição da vontade de uma parte sobre a outra. AUTOCOMPOS IÇÃO: Após a AUTOT UTELA surge a AUTOCOMPOS IÇÃO pela qual as p artes, mediante acordo, compunham suas diferenças abrindo mão parcial ou total de seu direito. São três as formas de AUTOCOMPOSIÇÃO: 1 – Desistência (renuncia a pretensão); 2 – Submissão (renuncia a resistência oferecida a pretensão); 3 – Transação (concessões recíprocas). Todas elas dependem da ação de uma ou ambas as partes MEDIACÃO OU ARBITRAGEM: Após esses períodos, a so ciedade f oi percebendo que a melhor forma de composição d e seus co nflitos era confiar a decisão d a solução a u ma terceira pessoa que era d e conf iança de ambos. A princípio a s p essoas confiadas eram os sacerdotes que se acreditava exprimir a vontade dos deuses ou os anciãos que conheciam os co stumes locais do grupo social onde os interessados viviam. Na me dida em que o Estado f oi tomando as réde as do poder de julgamento, as partes passaram a submeter seus problemas a pessoa do PRETOR, que era a pessoa encarregada de resolver o problemas posto a sua frente em nome do Estado. Portanto na época do direito roman o o pro cesso de resolução dos problemas da sociedade seguia d ois caminhos alternativos: ou perante o magistrado ou pretor ou perante o arbitro o u judex. Nesse período passava a fase da arbitragem facultativa para a fase da arbitragem obrigatória. Para evitar julgamentos arbitrários surge a Lei das XII Tábuas, um marco do Direito. Junto com a Lei das XII Tábuas surge o legislador. Com a elaboração da Lei das XII Tábuas e da transferência do po der de decidir os conf litos ao Estado (pretor) encerra -se o período de t ransição entre a JUSTICA PRIV ADA p ara a JUSTICA PÚBLICA, surge ai a J urisdição. Depois disso a resolução dos conf litos passa a ser exclusivamente competência do Estado, cabendo as partes p rovocar somente o Estado-Juiz para a resolução do seu problema. Surge o PROCESSO que será visto depois. CONCILIACÃO Durante o surgimento do processo foi-se descobrindo que esse siste ma é extremamente formal e oneroso o que o torna m uito demorado e inacessível p ara certa f aixa da p opulação. Diante d isso, as partes começam a utilizar a s f ormas de conciliação e arbitramento para dirimir seus problemas. A con ciliação, sem duvida é u ma das fo rmas mais eficientes de solução dos problemas, por ela as partes e ntram em acordo sob re seus problemas pondo fim as suas angústias. Tanto é verdade que é o meio mais eficiente que até hoje nossas leis adotam de f orma obrigatória a tentativa de conciliação, p. ex., nos processos Trabalhista s, nos Juizados Espe ciais, etc. Na mediação ou arbitra mento os interessados utilizam um terceiro, partic ular, idôneo, para que este dê a solução às partes. Diferença entre os dois é que há uma decisão na mediação enquanto na conciliação não há. FUNÇÕES DO ESTADO NA ATUAÇÃO DO PROCESSO Função social: pacificação entre todos, uma vez que se relaciona com o re sultado do Função social: pacificação entre todos, uma vez que se relaciona com o re sultado do Função social: pacificação entre todos, uma vez que se relaciona com o re sultado do exercício da jurisdição perante a sociedade e sobre a vida gregária dos seus membros e felicidade pessoal de cada um Função política: quando visa à preservação d o valor liberdade, a oferta de meios de participação n os destinos da nação e do Est ado e a preservação do ordenamento jurídico e da própria autoridade deste; Função jurídica: quando assegura a concretização dos direitos. PROCESSO E DIREITO PROCESSUAL Legislação e jurisdição O processo, como vimos, surge a partir do momento em que o Estado passa a ter poder sobre os particulares na resolução de seus p roblemas. O p rocesso, como m eio, esta ligado ao escopo jurídico d o Estado. E é p or meio deste instrumento que o Estado, na pessoa do juiz, toma as decisões com intuito de resolver os conf litos postos as seu julgamento. Para a solução dos conflitos postos no processo, o juiz segue parâmetros para so lucionar os casos de forma mais justa, imparcial e equânime possível. Esses parâmetros é a legislação, que ditará as regras de Direito abstrato sobre o que será lícito e o que será ilícito, permitido ou proibido. Portanto por meio da legislação o Direito tem seus parâmetros de condutas, direitos e obrigações que serviram de suporte para o juiz decidir seus processos. O ato de aplicar e fazer valer as normas é chamado de jurisdição, por meio da qual o juiz utiliza na prática as normas da legislação para impor o dever ser ditado pelo Estado. DIREITO MATERIAL E PROCESSUAL Dentro do processo existem dois tipos de direito aoque recorremos para instrui r um processo. Pelo direito processual temo s os caminhos de trabalho dentro do processo e como será o seu procedimento, p. ex., o Código de P rocesso Civil que d ita no rmas de como o processo civil se desenvolverá, ou o CPP no âmbito penal. Pelo direito material teremos o direito a ser a plicado ao caso concreto, no direito mate rial é que buscamos os fundamentos que se rão utilizados dentro do processo para ganhar uma ação, p. ex., o Código Civil, o Código Penal, a Consolidação das Leis Trabalhistas, etc. Porta nto pelo d ireito material usamos a lei para ter o direito , p elo direito processual usamos a lei para fazer valer a lei material. INSTRUMENTALIDADE DO PROCESSO Ao mesmo tempo em que o processo é o principa l escopo jurídico do Estado, ele é o instrumento a serviço da paz social. Pelo processo o Estado impõe su as normas e mandamentos utilizando assim do seu instrumento de atuação para fazer valer as leis. DIREITO PROCESSUAL Divisão e posição O direito processual, Civil, Penal, Trabalhista, Tributário, etc. , apesar de se rvirem para a utilização ou efetivação do direito material, são au tônomos como todos os demais ramos do direito. Contudo ape sar d e estar em intimamente ligado s aos demais ramos do direito, ele s se inserem na divisão clássica de direito publico ao invés do privado como os demais. Isso porque seus ditames estão intimamente ligados e d isciplinados pelo direito constitucional, que é o principa l ramo d o direito pú b lico, a ssim como os princípios do processo: devido processo legal, ampla defesa e contra ditório, princípio do juiz na tural, etc. Não po derá existir norma de direito processual contrariando a Constituição Federal. DIVISÃO DO DIREITO PROCESSUAL Direito processual Civil e Penal Apesar de muitos princípios e conceitos serem comuns a a mbos os ram os o direito processual se divide em Processual Civil e Processual P enal. As demais áreas de direitos processuais existentes: Processual Trabalhista , Processual Tributário, são decorrentes do Processo Civil. Contudo, a grande divisão existente diz respeito a: Civil e Penal. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL Princípios São aqueles f undamentos que servem pa ra regular as relações entre as p essoas. São proposições que se colocam na base da Ciência Jurídica Processual e auxiliam na compreensão do conteúdo e extensão do comando inserido nas normas jurídicas e em ca so d e lacuna da norma, servem como fator de integração. Como dito o direito processual segue parâmetros e ditames do direito constitucional. Tais parâmetros são chamados de princípios. Em cada ramo do Direito existem princípios próprios , p. ex., Direito do T rabalho: in dúbio pro misero, Direito Penal: in dubio p ro reu, mas todos os ramos seguem primeiro a os princípios comuns a todos os ramos, chamados de princípios gerais do Direito. De acordo com a Constituição Federal os princípios gerais são: PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL ( Art. 5°, LIV, CF/88): Este Princípio é a base de todos os demais princípios. No processo, na solução do conflito, o Estado tem que respe itar o devido processo legal. O Art. 5°, LI V, da Constituição federal diz que ninguém será privado da sua liberdade ou dos seus bens sem o devido processo legal. 2. PRINCIPIO DA IMP ARCIALID ADE DO JUIZ OU DO JUIZ N ATURAL ( Art. 5 º, LIII , CF/88): o processo tem que ser dirigido por um juiz que não tenha tendência a julgamento. O desenvolvimento do processo depende d a capacidade su bjet iva do juiz. Por esse princípio podemos ainda ter du as garantias: só é juiz aquele investido de jurisdição, impede que o legislador (deputados e se nadores) crie m leis que lhes d eem poder de julgam ento; impede a criação de tribuna is de e xceção , ou se ja, todos têm direito de serem julgados p or um juiz im parcial e independente . Para que seja preservada a imparcialidade do juiz a Con stituição Fede ral, no a rt. 95, lhe gara nte alguns direitos, e também impõe algumas vedações, que são: Direitos do Magistrado I. VITALICIEDADE: após 02 anos, o juiz não poderá ser exonerado do cargo, salvo por sentença judicial, transitada em julgado; II. INAMOVIBILID ADE: o juiz não poderá ser removi do de sua Comarca, salvo a pedido do próprio juiz, ou até mesmo ser promovido sem a sua autorização; III. IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS: o juiz não pode ter seus vencimentos reduzidos, n o entanto n ada obsta que impostos retidos na fon te, como o imposto de renda , p. ex., sejam aplicados ao seu ordenado. Vedações ao Magistrado (art. 95, parágrafo único, CF) I. Exercer outra função, exceto de magistério; II. Receber custas ou participações em processos; III. Dedicar-se à atividade político-partidária; IV. Receber auxílio ou contribuição de pessoas físicas ou jurídicas; V. Exercer advocacia, no Juízo ou T ribunal do qual se afa stou, a ntes de decorridos três anos do afastamento do cargo, aposentadoria ou exo neração. 3. PRINCIPIO DA IGUALD ADE OU ISONOMIA: todos são iguais perante a lei (ar t. 5º, caput, CF) da mesma forma que m erecem a aplicação igual da lei, no entanto na aplicação d as normas d o Direito deve mos levar em conta as partes que integram o litígio, para que não ocorram injustiças, d eve-se ter como ba se a célebre frase de Rui Barbosa: “tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam”; 4. PRINCIPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFES A: através de ste princípio à s partes é a ssegurado o mais amplo desenvolvimento d os seus direitos e defe sas na solução do caso concreto, p. ex., pode o correr d e o próprio juiz ou tribunal d eclarar a falta ao principio da ampla defesa e do contraditório; 5. PRINCIPIO DA AÇÃO -INQUISITIVO E ACUSATÓRIO: principio da ação indica a atribuição que tem a parte de provocar o exerc ício da atividade jurisdicional. Isso porque no direito brasileiro o E stado -juiz é inerte e não age se não for procurado pela parte. Antigamente existiu o processo inquisitivo pelo qual o próprio juiz instaurava o processo, produzia as provas e julgava a o final, o que levava a um julgamento parcial. O processo a cusatório a dotado no Brasil é m ais ou menos o que vivemos atualmente pelo qual as partes procuram a tutela e disputam a causa em pé de igualdade. PRINCIPIO D A DISP ONIBILID ADE E D A INDISPONIBILID ADE : a dispon ibilidade aqui tratada diz respeito ao poder que o individuo tem de ajuizar ou n ão a a ção e até de desistir d a ação. Somente sofre restrição quando o p róprio direito material é indisponível, p. ex., D ireito Ci vil é d isponível, ma s a pensão alimen tícia que é civil é indisponível. Já no Processo Penal prevalece a indisponibilidade ou obrigatoriedade. A apuração do crime, regra geral, é im perdoável e deve ser processado e julgado não podendo o Ministério Público dispor da ação penal; 7. PRINCIPIO DISPOSITIVO E PRINCIPIO DA LIVRE INVESTIGAÇÃO D AS PROV AS, VERDADE FOR MAL E VERDADE RE AL: principio dispositivo segundo o qual o juiz depende da instrução do processo que é obrigação das pa rtes naprodução das provas para fundamenta r sua de cisão. Poder de dispor de todos os meios para produzir provas no processo jud icial. Livre investigação d ita que o juiz pode valorar as provas produzidas no s autos da forma que lhe bem aprouver, na busca da verdade formal ou real. Verdade formal, aquela que é trazida pelas partes no processo, aquilo que o juiz tem nas mãos para analisar o caso. Verdade real, aquilo que realmente aconteceu e que nem sempre pode ter sido trazido aos auto s pelas p artes, p. ex., um fato que não foi colocado no processo; 8. PRINCIPIO DO IMPULSO OFICI AL: por ele o juiz é obrigado a m over o processo fase a fase até o julgamento da causa, obviamente depo is de provocado pela parte inicialmente; 9. PRINCIPIO DA OR ALIDADE: o proce dimento pode ser oral e se reduz a texto somente os atos mais importantes; 10. PRINCIPIO DA PERSU ASÃO RACION AL DO JUIZ: segundo o qual o juiz deve fo rmar livremente seu convencimento na analise das provas. Os sistemas de apreciação de provas são o da prova legal pe lo qual as provas tê m valores fixos e inalterados aplicados mecanicamente. O segundo sistema é o secundum conscientiam pelo qual o juiz pode julgar mesmo contra as provas, de acordo com sua consciência, p. ex., tribunal do júri os jurados julgam de acordo com sua convicção e não d e acordo com provas produzidas; 11. PRINCIPIO DA EXIGÊNCIA DE MOTIV AÇÃO D AS DECISÕES JUDICIAIS: a princípio a verdade ira função era garantir que as partes tivessem uma decisão f undamentada, até para possibilitar uma reforma posterior, pois não dá p ra recorrer de uma decisão sem saber os motivos que a levaram ser. Depo is passou a se observar que a fundamentação das decisões dos juízes também deve servir como esteio para a comunidade se pautar sobre aquele caso posto ao juízo função política das d ecisões; 12. PRINCIPIO DA PUBLICID ADE: garantia ao jurisdiciona do. A possib ilidade de vistas dos processos, audiências e todos os atos do processo são a garantia de f iscalização do processo por parte da so ciedade, com exceção dos processos com segredo de justiça; 13. PRINCIPIO DA LE ALDADE PROCESS UAL: é dever das partes agir d e forma leal no processo. Àquele que usar do processo para obter vantagem indevida po r m eios ardis há de serem aplicadas as penas da lei (art. 14 a 18, do CPC); 14. PRINCIPIO DA ECONOMI A PROCES SUAL E D A INSTRUMENTALIDADE D AS PROVAS: a economia processual prega a maior inst rução processual em busca da solução d a lide com o menor emprego possível de atividades proce ssuais. A instrumentalidade diz que o proce sso, assim co mo a s provas são formais, ou seja, dependem de um procedimento para sua produção sob pena de nulidade; 15. PRINCIPIO DO DUPLO GR AU DE JURISDIÇ ÃO: po ssibilidade de revisão das decisões d e primeiro grau por um colegiado de juízes , desembargadores, por meios de recursos. Garantia de revisão de d ecisão proferida por um juiz , ou seja, p or p essoas de grau hierarquicam ente supe rior com competência para refazer a decisão , p. ex., TJ, TRF, TRT. incapaz que é definido pelo CC. Portanto usamos este m étodo quando analisamos uma lei levando em conta outra lei; III. MÉTODO HISTÓRICO: como a lei é criada durante a nossa h istória, analisamos a lei de a cordo com a vontade do legislador no m omento em que criou a lei a tendendo aos anseios da sociedade da época, p . ex., atualmente as leis criad as sobre a criminalidade levam em consideração a violência vivenciada pela sociedade em tempos passados; IV. MÉTODO COMPARATIVO: os diversos ramos do direito podem enfrentar problemas idênticos ou analógicos, logo a lei e a decisão a serem aplicados são usadas em comparação para solucionar o caso con creto; V. MÉTODO DECLARATIVO: é aquele que atribui à lei o exato signif icado das palavras que a expressam; VI. MÉTODO E XTENSIVO: quando a interpretação da lei leva a aplicação em casos que não estão expressamente em seu texto; VII. MÉTODO RESTRITIVO: é a interpretação que limita o âm bito de ap licação da lei a um círculo mais estrito de casos do que o indicado pelas suas palavras; VIII. MÉTODO AB-ROGANTE: diante de uma incompatibilidade absoluta e irredutível entre dois preceitos legais ou entre um dispo sitivo d e lei e um princípio geral do ordenamento jurídico, conclui pela inaplicabilidade da lei interpretada. INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO Lei e ordenamento jurídico são coisas d iferentes. Enquanto no ordenamento não existem lacunas, ha ja vista qu e se mpre em algum ram o do direito haverá uma n orm a aplicável ao caso concreto, no entanto, a Lei não é igual. Por mais criativo e imaginário que o legislador pu desse ter sido ao criar uma de terminada lei ele não poderia prever todas as situa ções a que ela teria de disciplinar. Mas se num caso concreto acontece uma lacuna o que acontece? Fica sem julgamento? Extingue o processo? O art. 126 do CPC diz que o juiz não se exime de sentenciar o u despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. Po r isso para preencher as lacunas d eixadas pelo legislador o direito processual utiliza a analogia e os princípios gerais de direito. Consiste a analogia em reso lver um caso não previsto em lei, mediante a utiliza çã o de regra jurídica relativa à hipótese semelhante (interpretação comparativa). Quando a analogia não pe rmite ou n ão consegue resolver o problema d eve-se reco rrer aos princípios gerais de direito, que compreendem não apenas os p rincípios decorrentes do p róprio ordenamento jurídico, como ainda aqueles que o informam e lhe informam e lhe sã o anteriores e transcendentes. JURISDIÇÃO CONCEITO É u ma das f unções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, bu scar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça. Caráter substitutivo: exercendo a jurisdição o Estado substitui as atividades daqueles que estão envolvidos no conflito trazido à apreciação. A ú nica atividade p ermitida pela lei ao particular quando surge um conflito é provocar o Esta do para resolver o problema, por conta da exclusividade do poder do Estado em processar e julgar. Escopo da jurisdição é a busca da realização do direito material. CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇ ÃO: I. Lide ou li tigio: a a tuação da jurisdição pressupõe a existência de um a lide /litígio. O problema é apresentado pelo particu lar para que o Estado atue no processo e julgamento. II. Inércia: os órgãos jurisdicionais são inertes. Fica a critério do particular a provocação do E stado-Juiz a o exercício d a f unção jurisdicional. O titular d e uma pretensão vem a juízo pedir a prolação de um provimento que satisfa ça a sua pretensão e com isso elimine o estado de insatisfação. (2º CPC e 24 do CPP); III. Imutabilidade dos atos jurisdicionais: somente os atos judiciais podem ser atingidos pela imutabilidade. A coisa julgada é a imutabilidade dos ef eitos de u ma sentença em virtude da qual n em as partes p odem repropor a m esma demanda em juízo ou comportar-se de modo diferente da quele preceituado,nem o s juízes podem voltar a decidir a respeito, nem o próp rio legislador pode e mitir preceitos que contrariem, para as partes, o que já ficou definitivamente julgado. PRINCÍPIOS INERENTES À JURISDIÇÃO: 1. Investidura: a jurisdição só se rá exercida por quem tenha sido regularmente investido na autoridade de juiz; 2. Ad erência ao território: as auto ridades só tem autoridade nos lim ites territoriais do Estado, cada juiz só e xerce a sua a utoridade nos limites do território sujeito por lei à sua jurisdição; 3. Indelegabilidade: é vedado ao juiz de legar atribuições. Não pode juiz algum delegar funções a o utro órgão ou Poder. Isso porque o Juiz não age em n ome próprio e sim como um agente do Estado; 4. Inevitabilidade: a autoridade dos órgãos jurisdicionais se impõe, independente da vontade das partes. A posição de ambas as partes perante o ju iz é de su jeição. As partes não podem se eximir da autoridade Estatal na aplicação da jurisdição; 5. Inafastabilidade: garante a todos o ace sso ao judiciário, art. 5º , XXXV, CF. O p oder judiciário não pode deixar de processar e atender alguém a quem venha a juízo deduzir uma pretensão fundada no direito e pedir solução ao caso concreto; 6. Juiz natural: ninguém pode ser privado de ser julgado p or um juiz im parcial e independente, indicado pelas normas constitucionais e legais; 7. Inércia: o Estado-Juiz é inerte e aguarda a provocação da parte para atuar Por conta d essa relação seria inviável um juiz ser c ivil e outro ser penal. Mais exemplos: A chamada suspensão p rejudicial do processo -crime. Se alguém esta sendo processado criminalmente e para o julgamento desse processo é relevante o deslind e de uma questão civil, suspende-se o proce sso criminal à espera da solução do caso no cível , CPP 92-94, p. ex.: num caso de falsidade documental, ao mesmo tem po em que é crime pode ser objeto de outro processo civil. O processo criminal depende de comprovação para a condenação. Se no processo civil tem perícia marcada suspende -se o criminal até a realização da perícia pa ra depois usar a mesma prova no crime. Outra relação é o a rt. 91, I do CP que dá efeito secundá rio da sentença penal condenatória “tornar certa a obrigação de indenizar o dano resultante do crime”. JURISDIÇÃO ESPECIAL E COMUM Existem justiças que exercem justiça comum, p. ex.: justiças estaduais e federais. Existem justiças que exercem justiça especial, p. ex.: justiça militar, eleitoral e trabalhista. JURISDIÇÃO SUPERIOR E INFERIOR Jurisdição inferior é a 1ª instancia e superior ou 2ª instancia são os tribunais. JURISDIÇÃO DE DIREITO E DE EQUIDADE Jurisdição de direito é a quela que segue a lei. Decidir po r equidade significa decidir sem as limitações impostas pela regulam entação legal. Afastar se da lei para ap licar um julgamento igual para as partes (CC 127 e 400 1456). Sua admissibilidade é excepcional. LIMITES DA JURISDIÇÃO Limites onde a jurisdição não pode atuar. Leis dos Estados que não se aplicam aos casos. Existem as limitações internas e internacionais. Limitações Internacionais são ditadas pelas próprias leis internas de cada Estado em busca da possibilidade de convivência pacifica entre os países. As limitações se dão por causa de conveniência e viabilidade. As leis brasileiras sã o regidas pelo principio d a territorialidade. Isso porque as próprias leis brasileiras limitam a atuação da jurisdição. Por isso em matéria civil os conflitos consideram -se ligados ao nosso território: a) o réu tiver domicilio no Brasil b) versar a pretensão do autor sobre obrigação a ser cumprida no Bra sil c) originar-se de fato aqui ocorrido d) for objeto da pretensão um imóvel situado no Brasil e) situarem-se no Brasil os bens que constituam objeto de inventário. Limitações Internacionais de caráter pessoal p or respe ito a soberania de outros Estados algumas pessoas são imunes a no ssa legislação. Ex.: a) os Estados estrangeiros; b) os ch efes de Estados estrangeiros; c) os agentes diplomáticos. Limites internos A princípio tudo pode ser objeto do crivo judicial. Mas existem casos em que nossa jurisdição não se aplica a um conflito. Mas às vezes o Estado-Administração é o único a se manifestar sobre um caso, sem intervenção do judiciário. Outro exemplo existe em alguns países a p ossibilidade de causas de valor ínfimo não serem julgados pelo judiciário. CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇ ÃO JURISDIÇÃO CONTENCIOSA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA Há controvérsia (litígio) Não há controvérsia (litígio) Há coisa julgada Não há coisa julgada Há Processo (a solução do conflito é através do processo) Há procedimento, e não processo Há partes (autor e réu) Há interesses (não há réu, mas sim interessados) ÓRGÃOS DA JUSTIÇA BR ASILEIR A S.T.F. – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL É o órgão máximo d o p oder jurisdicion al do Brasil, existe desde 1890. Por ser i nstância máxima, sua compe tência seria para julgar apenas matérias de direito e não questões de f ato, porém, a caba o STF se manifestando, em alguns casos, sobre questões de fato , pois ta mbém lhes são atribuídos tais co mpetências, diferentemente do que ocorre em ou tros países, como, p. ex., Itália, EUA, etc. , onde o tribunal máximo do país aprecia apenas matérias constitucionais. O STF tem o objetivo primordial (possui outros) de ser o guardião da Constituição Federal. CARACTERÍSTICAS DO STF I. T em sede em Brasília; II. É a instância máxima do Direito Brasileiro; III. É guardião da Con stituição Federal , a função maior do STF é velar pela Constituição Federal; IV. Possui controle concentrado d a constitucionalidade – O controle difuso é a quele que qualquer jui z do país pode d ecidir pela constitucionalidade ou inconstitucionalidade de um p receito legal, mas sua de cisão terá abrangência apenas naquele caso concreto (ex.: um juiz de Mallet pode decidir que uma lei m unicipal é inconstitucional, ma s essa decisão só vale para este ca so concreto), enquanto o con trole concentrado da constitucionalidade significa que a partir do momento em que o STF decide pela constitucionalidade ou inco nstitucionalidade de uma lei, aquela de cisão , após aprovação do CN, pa ssa a ter aplicação em todo âmbito nacional e não apenas no caso concreto. COMPOSIÇÃO DO STF (Art. 101, CF) O STF é composto por 11 Ministros nome ados pelo Presidente da República , após aprovação do Senado Federal e gozam de todas as garantias e impedimentos da LOMAN. REQUITOS PARA OCUPAR A FUNÇÃO DE MINISTRO DO STF I. Estar em pleno gozo dos direitos políticos; II. Ser brasileiro nato (Art. 12, 3°, IV, CF); III. Ter entre 35 e 65 anos de idade; IV. Possuir notável saber jurídico V. Possuir reputação ilibada. COMPETÊNCIAS DO STF (Art. 102, CF) As competências do STF podem ser definidas em quatro graus, quais sejam: 1. COMPETÊNCIA ORI GINÁRIA: Significa que, excepcionalmente, o p rocesso pode ter origem no STF, p. ex., A DIN - Ação Direta de In constitucionalidade; ADC - Ação Declaratória de Constitucionalidade . (Ler Art. 103 da CF para saber quem pode ingressar co m a ADIN e a A DC). As hipóteses de Competência Originária do STF constam do Art. 102 da CF. 2. COMPETÊNCIA DE 2° GR AU (Recurso Ordinário): O STF julga recurso ordiná rio quando o proce sso tem origem nos Tr ibunais Su periores, p. ex., quando o processo tem origem no STJ, TST, etc. 3. COMPETÊNCIA DE 3° GRAU ( Recurso Extraordinário) : Esta prevista no Art. 102, III, CF. O STF julga o recurso extraordinário quando, p. ex., alguém ingressa co m ação em Mallet alegando inconstitucionalidade de uma lei. O juiz não acolheu a ação, por isso houve recurso ao Tribunal de Justiça (2° grau). O tribunal de Justiça também decidiu desfavoravelmente, havendo, assim, o Recu rso Extraordinário para o STF (3° grau). O Recurso Extraord inário é com plexo, difícil de ser admitido ou até mesmo de ser interposto, cabendo apenas nos caso s constantes do Art. 102, III, alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, da CF. c. Com postos p or no mínimo 07 juízes (auto d enominados desembargadores) com mais de 30 e menos de 65 anos de idade e com mais de 05 anos de exercício profissional; d. 1/5 (quinto Constitucional) d os membros do TRF e stão divididos e ntre Advogados e Membros do Ministério Público ; e. Têm competência Originária e competência também Recursal (Art. 10 8, CF). Originalmente têm competência pa ra julgar os Juízes Fede rais n os crimes comuns e de responsabilidade e têm competência recursal para julgar decisões dos juízes fe derais. SEÇÃO JUDICIÁRIA É equivalente nos Estados às Comarcas. O Juiz Federal f az pa rte de uma Seção Judiciária. O Art. 110 CF estabelece a obrigatoriedade de haver, no mínimo , uma Seção Judiciária em cada Estado da Federação. JUÍZES FEDERAIS I. O ingresso n a carreira é mediante concurso público; II. T êm competência principal (têm outras) para julgar qualquer pr ocesso movido pela o u contra a União, autarquia federal ou empresa pú blica federal (art. 109, CF). OBS.: Nas ações movidas contra a Previdência Social, não existindo na Comarca Seção da Justiça Federal, a competência é da Justiça Estadual, mas ap enas em 1ª Instância, porque o recurso para a 2ª Instância será julgado pelo TRF. JUSTIÇA MILITAR DA UNI ÃO Julga apenas os crimes militares d efinidos em lei, pouco importando se p raticados por militar ou por civil. É regulada pela Lei Orgânica da Justiça Militar da União (Lei 8 .457/92). A Justiça Militar é dividida em: 1. STM – SUPERIOR TRIBUNAL MILIT AR: É o órgão de 2 ª Instância (e tam bém de cúpula) da Justiça Militar, tem sede em Brasília e é composto de 15 Ministros, sendo 10 Militares (0 4 do E xército, 03 da Marinh a e 0 3 da Aeronáutica) e 05 Civis (03 Advogados e 02 Membros do Ministério P úblico ). A competência do STM é apenas Penal, p. ex., se o Militar quiser ingressar com ação contra a União terá que procurar a Ju stiça Comum, mas se cometeu um crime militar ele será julgado pela Justiça Militar; 2. CONSELHO DE JUSTIÇA MILIT AR: T em sed e na respectiva Região Militar (são 12). É o órgão de 1° grau da Justiça Militar. É um órgão colegiado (mais de um julgador). Dependendo d o crime e da m atéria a ser julgada o Conselho de Justiça Militar é dividido em: I. Conselho Especial de Justiça: Ju lga os militares com patentes acima de subtenente; II. Conselho Permanente de Justiça: Julga os civis e os militares até a patente de subtenente. COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA BRASILEIRA Há vários órgãos do Pod er Judiciário no Brasil, mas a Ju risdição (o pode r que tem o Estado de resolver conflitos) é uma só. Entretanto, como é impossível através de um só órgão o Estado julgar todos os Processos do Brasil ? Por isso, ele divide esta Jurisdição (ou seja, atribui competências), no sentido de que cada um dos órgãos julgue d eterminadas matérias e processos, o que é chamado de competência. COMPETÊNCIA É o poder conferido pela lei (Princípio d o Juiz Natural) ao órgão de jurisdição para proferir julgamentos para solução de conflitos. Julgamentos por órgãos que não têm competê ncia são nulos. JURISDIÇÃO É o poder de exercer a Ju risdição nos limites estabelecidos pe la lei. Cada órgão só exerce a Jurisdição dentro das medidas fixadas pela lei. JUIZ NATURAL Na Ju stiça Brasileira prevalece o Princípio do Juiz Natural , ou seja, aquele juiz que recebe competência pa ra jul gar determina conflito d e int eresse, só ele pode julgar. Se o processo for julgado por quem não tem competência, esse processo pode ser (po rque existe co mpetência relativa ou absoluta) nulo ou anulado. COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA REL ATIV A COMPETÊNCIA ABSOLUTA A Competência Absoluta tem as seguintes características: I. Leva em conta o interesse público : É a prime ira e maior característica da competência a bsoluta. A Competência Materia l é absoluta , p. ex., o Jui z do Trabalho não pode julgar matéria criminal porque o interesse público faz com que a matéria criminal não seja da sua co mpetência, sob pena de nulidade do processo; II. Não pode ser prorrogada: a Competência A bsoluta não pode ser prorrogada, nem mesmo por vontade das partes, ou se ja, se o juiz não tem competência não pode ele passar a ter a competência para julgar a matéria diferente daquela pa ra a qual ele recebeu competência, p. ex., num litígio em razão d e um acidente de carro as partes não podem, por qualquer ra zão, levar a açã o para se r julgada pelo Juiz do Trabalho; III. Pode (deve) ser declarada de ofício ( Art. 113, do CPC): o juiz deve reconhecer sua incompetên cia mesmo que as partes não alegue m , sem requerimento de nenhum a das partes. Sob p ena de nulidade do processo, o Juiz DEVE declarar sua incompetência , p. ex., se u ma questão relacionada a um a cidente de carro f or levada para julgamento na justiça do trabalho o juiz tem a obrigação de declarar sua incompetência; IV. Pode ser arguida em qualquer momento process ual (Art. 1 13, do CPC): Em qualquer grau de jurisdição, em qualquer momento processual e sem formalidade específica, podendo ser alegada até mesmo juntam ente com a defesa, na própria contestação (Preliminar de Contestação) o réu pode a legar a Incompetência do juiz. Não há prazo para isso, mas o réu responde pelas custas em razão da demora para a alegação (pode o réu ter interesse em demo rar alegar a incompetência); V. É estabelecida em razão da matéria: Con cessão de competência espe cializada ao juiz, p. ex., competência outorgada ao juiz de Família; da Pessoa envolvida na lide, p. ex., o Governador do Estado obrigatoriamente tem que ser julgado pelo STF em caso de crime comum ; e em razão da função do Juiz no processo, p. ex., não se pode p rotocolar uma ação relativa a uma batida de carro diretame nte no Tribunal; VI. Permite o ingresso de ação rescisória ( Ar t. 485, do CPC): A Ação Rescisória tem por objetivo rescind ir uma ação (só para os casos previstos no Art. 485 d o CPC) já transitada em julgado, p. ex., se uma ação foi julgada por juiz incompetente . O prazo para ingressar com a Ação Rescisória é de 02 anos após ser proferida a sentença. DIFERENÇA DA ARGÜIÇÃO NA COMPETÊNCIA RELATIVA PARA A ABSOLUTA Na Competência Absoluta a incompetência pode serarguida em qualquer grau de jurisdição, em qualquer m omento processual (não há prazo) e sem fo rmalidade e specífica, podendo ser alegada até m esmo juntamente com a defesa, na própria contestação (Prelimina r de Contestação), enquanto na Competência Relativa o réu tem prazo (que é o prazo de defesa) e forma para alegar a incompetência (chamada de Exceção de Incompetência), o u seja, o réu tem que alegar a incompetência dentro do seu prazo de defesa e tem que f aze r p or meio de Exceção de Incompetência, que é peça processual própria. OBS.: Se a Incompetência Absoluta for a rguida através de Exceção de Incompetência ela pode ser reconhecida porque não há formalidade p rópria, m as se e la fo r relativa só pode ser arguida por meio da Exceção de Incompetência. PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA Significa a outorga de competência ao juiz, quando e ste, em princípio, era inco mpetente para o julgamento. Ocorre somente em alguns casos. A Prorrogação ocorre de duas formas: VOLUNTÁRIA: Ocorre po r vontade da s partes. A prorrogação voluntária o corre na s seguintes hipóteses: a. Foro de eleição (Art. 111, do CPC): Quando as partes elegem um foro para o julgamento de um conflito. T em quer ser expressa (por meio de co ntrato escrito). Só pode ocorr er se a Competência for Rela tiva, p. ex., não posso em u ma questão sobre batida de carro escolher o Foro de Eleição , e normalmente Eleição de Foro trat a -se de Competência Territorial. Competência em razão da Matéria e da Hierarquia Funcional é inderrogável (não pode ser negociada) en tre as partes, mas em razão do Valor e Território pode s er estabelecida entre as partes; b. Aus ência de oposição (Art. 114, do CPC): Se o réu não opuser exceção a competência é prorrogada, p. ex., o juiz em uma ação de separação só vai se tornar com petente se a mulher voluntariamente não opuser exceção. 2. LEGAL: Oco rre p or força de lei, o u seja, a lei determina qual o juiz será compete nte para determinado julgamento: a. Ar t. 108 , do CPC: Estabelece que a Ação Assessória e a Ação Cautelar têm que ser propostas no mesmo foro da Ação Principal; b. Ar t. 800 , do CPC: Estabelece que a Ação Assessória e a Ação Cautelar têm que ser propostas no mesmo foro da Ação Principal. AÇ ÃO ASSESSÓRIA E AÇÃO CAUTELAR São ações que preexistem à ação principal, o u seja, elas a ntecedem a ação principal. Duas ações têm que ser propostas no mesmo f oro. Exemplo: A mulher quer separar do ma rido e ingressa com a ação de separação, só que o marido é violento, à agride f isicamente, por isso ela precisa de uma p roteção e isso pode se dá com a separação d e corpos. Assim, a mulher ingressa com uma Ação Cautelar pedindo uma Medida Liminar p ara que o m arido seja retirado da casa e essa A ção Cautelar tem que ser proposta no mesmo foro da Ação de Separação que é a ação principal. CRITÉRIOS DE DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA Estão contidos no Art. 12 da LI NDB, Lei de Introdução ao Direito Brasileiro, reprodu zido pelos Artigos 88 e 89, do CPC. A Competência da Justiça Brasileira está assim dividida: 1. COMPETÊNCIA INT ERNACIONAL DA J USTI ÇA BRASILEIRA (Art. 88/89, do CPC): É a competência que tem a Justiça Brasileira para julgar estrangeiros: I. Se o réu f or domiciliado no Brasil, qualquer que seja a nacionalidade (Art. 88, I, do CPC); II. Se a obrigação tiver que ser cumprida no Brasil (Art. 88, II, do CPC); III. Se a ação surgir d e ato ou fato praticado no Brasil , e também a pessoa jurídica estrangeira que tenha filial n o Brasil (Art. 88 , III, d o CPC). Ex.: um americano estiver passeando n o Brasil e cometer um crime aqui, ele será processado no Brasil. IV. Im óveis situados no Brasil (Art. 89, I, do CPC); V. Inventário de bens situados no Brasil (Art. 89, I, do CPC); 2. COMPETÊNCIA INTERN A DA JUSTIÇ A BR ASILEIR A: É a competência que têm os ó rgãos de jurisdição para proferir julgamentos dentro do te rritório bras ileiro. Para definir a competência e ntre os órgãos da justiça brasileira são utilizados os seguintes critérios: I. Critério Objeti vo: Leva em conta elementos da lide, ou seja, leva em conside ração os elementos do próprio proces so, Dependendo da matéria, da p essoa ou do valor da causa o julgamento vai ser realizado por um juiz distinto (diferente): a. Em razão da matéria: Dependendo da matéria en volvida na lide o procedimento é diferenciado (A rt. 91, do CPC), p. ex., se a matéria é trabalhista o julgamento será por u m juiz do traba lho, se a ma téria é de Família o julgamento será por um juiz de uma Vara de Família, etc. b. Em razão da pessoa: Dependendo da pe ssoa envolvida na lide o procedimento é diferen ciado. Por e xemplo, se um crime for cometido por um Governador de Estado, o julgamento será julgado pelo T J e não pelo juiz do loca l, diferentemente se o crime fosse cometido por pe ssoa comum; Art. 102, I, b, Constituição Federal que outorga competência ao STF para julgar Minist ros de E stado; Art. 109, I, CF, que outorga competência especial para cau sas envolvendo a União. c. Em razão do valor da causa (Art.132, do CPC): O valor da causa, critério utilizado para determinar qual juiz fará o julgamento. Por exemplo, as causas com valor d e até 40 sa lários mínimos pode (por opção do autor) ser julgado pelo Juizado Especial Civil (lei 9099/95). II. Critério Funcional (Art. 1 32, do CPC): O Legislador parte do pressuposto que num mesmo processo (não no m esmo instante, mas em instâncias distintas) mais de um juiz pode proferir d ecisão. Por esse critério o le gislador estabe lece quando começa e até onde vai a competência de cada juiz no processo. A competência é estabe lecida de acordo com a função do julgador (mais de um juiz pode ter f unção em determinados processos, p. e x., no Tribunal a competência do julgamento é de mais de um juiz e em primeiro grau é julgamento monocrático). III. Critério Territorial: A competência é esta belecida levando em conta elemento geográfico, ou se ja , o Juiz de Porto União só tem competência d entro da Com arca de Po rto União, o de União da Vitória só tem competência d entro da Comarca de Uniã o da Vitó ria, e assim sucessivamente. O Legislador atribuiu competência para o julgamento dentro do T erritório nacional. Por esse critério são estabelecidas regras para definir a competência de cada juiz dentro do território nacional. Por esse critério as regras para julgamento são as seguintes: 1. FORO GE RAL (art. 94, do CPC); I. Ações Pessoais e Ações Reais Sobre Bens Móveis - O jul gamento será no loca l de domicílio do réu; II. Réu com vários domicílios (Art. 94, § 1°, do CPC): O julgamento pode ser em qualquer um dos endereços; III. Réu com domicílio incerto (Art. 94, § 2 °, do CPC): O julgamen to será onde o réu f or encontrado ou no domicílio do Autor; IV. Réu sem domicílio (Art. 94, § 3°, do CPC): O julgamento será no loca l de domicílio do Autor, ou em qualquer foro; V. Ação contra vários réus com domicílios diversos (Art. 94, § 4°, do CPC): O julgamentoserá no local de domicílio d e qualquer um dos r éus, por opção do Autor da Ação. 2. FORO ESPECIAL: São critérios especiais estabelecidos pelo Legislador para determinados julgamentos, que são (alguns): I. Foro de ações de b ens reais imobiliária s (Art. 9 5, do CPC): O local d e julgamento será aquele onde está situado a coisa, podendo o auto r optar pelo For o de Eleição, aquele estabelecido pelas partes em contrato ; II. Foro de sucessões (Art. 96, do CPC): O loca l de julgamento será o local de d omicílio do autor da herança; III. Foro de incapazes (Art. 98, do CPC): O local de julgamento será no local de domicílio do representante do incapaz; IV. Foro de pessoas jurídicas (Art. 100, IV, "a", "b", " c" e "d", do CPC): Existem 04 hipóteses: 1. Loca l da sede da empresa; 2. Local onde a obrigação foi contraída, se filial; 3. Local da atividade principal se a empresa carece de pe rsonalida de jurídica; 4. Local do cumprimento da obrigação se houver exigência para tal; V. Contra a União (Art. 109, § 2º, CF): Existem 04 opçõe s, a critério dos autores: 1. Distrito Federal; 2. Domicílio do autor; 3. Local do bem; 4. Local dos fatos. VI. Contra Estados, Municípios e Pesso as Jurídicas Privadas (Art. 100, IV, "a " e "b", do CPC):O foro é o local da sede da Pessoa Jurídica; VII. Foro de separação e divórcio (Art. 100, I, CPC): O foro será o local de domicílio da mulher; VIII. Foro de a ções de alimentos (Art. 100, II, do CPC): será o loca l de dom icílio do alimentando (aquele que vai receber os alimentos); IX. Foro d e a cidente de veículos (Art.100, § único, do CPC): O foro será o loca l de domicílio do autor ou local do fato. COMPETÊNCIA PARA JULG AMENTO NO PROCESSO PENAL Em regra, a competência é do Juiz do lugar do fato (Art. 70, do CPP). Na tentativa, a competência é do juiz do local de realização do último ato (Art. 72, do CPP). COMPETÊNCIA PARA JULG AMENTO DE AÇÕES TR ABALHISTAS Em regra, é competente pa ra julgar causa s trabalhistas o juiz d o local da prestação dos serviços, independente do domicílio do empregado (Art. 651, da CLT). A exceção é para ações de empregados que prestam serviços em locais diversos , p. ex., os viajantes. Nesse caso o julgamento é no local da sede da empresa ou no local onde esta possuir filial. AÇ ÃO Quando surge um conf lito de interesses cabe ao Estado, não havendo composição entre as partes, resolver esse conf lito e é somente por meio da Ação que o Estado é p rocurado para resolver o conflito. Direito de A ção é o Direito ao exercício da atividade jurisdicional. A Ação é dirigida ao Estado, não é dirigida diretamente à pessoa. TEORIAS QUE EXPLICAM A NATUREZA JURÍDIC A DE AÇÃO Através do s te mpos, o Direito Processual se pa utou em algumas teorias sobre o direit o de ação, conforme a seguir: 1. TEORIA IM ANENTISTA: Segundo esta teoria, havia uma correlação entre Direito Material e Direito de Ação, esses Direitos estavam intimamente ligados e estão ligados de tal modo que só tinha Direito de Ação quem tivesse o Direito Mate rial e vice-versa. Esta Teoria é incompleta e inaplicável hoje porque qualquer um tem o Direito de Ação, independentemente de estar certo ou errado, de ter ou não o Direito Material, o Direito de Ação é livre, não pode ser impedido pelo Estado; 2. TEORIA DE WINDSCHEID E MUTHER: Estes dois Juristas alemães chegaram a um consenso. Para eles, contrariamente à Teoria Imanentista, h á uma d istinção entre o Direito Mate rial e o Direito de Ação. Pas saram a adm itir que as partes tivessem o Direito d e Ação sem que tivessem o Direito Material. A polêm ica entre os dois consistia nos seguintes aspectos: a. Muther: Segundo Muthe r, quando há uma quebra de norma de conduta, surgem dois Direitos: 1 - Direito do ofendido de obter do Estado uma Tutela Jurídica, direito de acionar o Estado, p. ex., se alguém b ateu n o meu carro, eu te nho o direito de obter do Estado uma tutela; 2 - Direito do Estado, na qualidade de detentor do Poder Jurisdicional, de e liminar a lesão e resolver o conflito, o direito de acionar aquele que transgrediu a norma. b. Windscheide: Defendia que quando há transgressão da norma o ofendido não tem todos os direitos (como defendia Muther), o direito é um só. 3. TEORIA D A AÇÃO COMO DIREI TO AUTÔNOMO E CONCRETO : Por esta t eoria, defendida pelo Jurista Che ovenda, cont inuava a distinção entre Direito Material e o Direito de Ação, porém, para ela o Direito de Ação somente se concretizaria quando a Ação obtivesse uma sentença favorável; 4. TEORIA D A AÇ ÃO COMO DIREITO AU TÔNOMO E ABSTRATO: Houve uma evolução, com esta Teoria d efendendo que o Direito de Ação era independente do Direito Material e independente de uma sentença favorável. 5. TEORIA DE LIEBMAN: Jurista Italiano Judeu que veio f oragido para o Brasil, fugindo do Nazismo, fo i Professor d a USP e inf luenciou o Direito Proc essual Brasileiro. Liebman defendia que a Ação é um Direito sub jetivo instrumental, ou seja, a Ação é um Instrumento utilizado pelo E stado para pacificar o s co nflitos de interesse. NATUREZA JURÍDICA D A AÇÃO A Ação é d irigida ao E stado, tem efeitos na esfe ra jurídica da outra pessoa, ou seja, o Estado interfere na esfera jurídica da outra pessoa. NATUREZA CONSTITUCIONAL DA AÇÃO O Direito de ação foi alçado ao texto constitucional, passando, portanto a ter natureza constitucional, ou seja, a Constituição ga rante a todos o direito de ação, conforme dispõe Art. 5° XXXV. AÇ ÃO PENAL No campo penal a ação também goza de m esma natureza jurídica. É o Estado, por meio do Ministério Púb lico, o detentor da titu laridade da ação pe nal, é o Promotor Público que ingressa com a ação. Se alguém p ratica um crime o Estado só pode punir ingressando com uma ação, porque todos têm direito ao devido processo legal e o amplo direito de defesa. CONDIÇÕES DA AÇÃO O Direito de a ção é livre, porém, para ingressar com a Ação algumas c ondições têm que ser respeitadas. Portanto, somente p ode ingressar com a ação a quele que tem as seguintes condições LEGITIMIDADE (Art. 6°, do CPC): Som ente o titular do Direito e o devedor da obrigação são partes legítimas da Ação, salvo previsto em lei, co mo, por exemplo, no caso de Ação Popular, Ação Civil Pública, etc. porque o moderno Processo Civil, visando maior eficiência, busca aumentar o número de pessoas envolvidas no Processo por meio de Açõ es Coletivas; legitimidade é diferente d e capacidade; 2. POSSIBILIDADE JURÍDICA – O Direito de A ção é livre, mas o Estado só vai prestar tutela jurídica se o que se busca na Ação fo r juridicamente possível e juridicamente é aquilo que é previsto como legal n o o rdenamento jurídico , p. ex., dívida de jogo não pode ser objeto de Ação. No caso do e xemplo a A ção é julgada sem análise do mérito porque falta possibilidade jurídica; 3. INTERESSE DE AGIR : esse interesse se configura em duas modalidades: a. Necessidade: significa que a pessoa só tem interesse na Ação quando se fa z necessária a intervenção do Estado porque sozinha não consegue resolvero conflito, p. e x., numa Ação d e cobrança, o credor tem que demonstrar para o juiz que voluntariamente o devedor não quer pagar, do contrário não há Interesse de Agir porque não há necessidade; b. Adequação : Significa que o p rovimento que se vai buscar no Judiciário te m que ser adequado p ara a solução do co nflito , p. ex., o marido não po de ingressar com uma Separação Judicial e nessa Ação pleitear que a mulher seja condenada a pagar uma dívida que ela lhe devia; numa ação envolvendo um acidente de carro não pode a pessoa pleite ar o divórcio. Faltando o Interesse de Agir a Ação não tem nem o julgamento do mérito. ELEMENTOS DA AÇÃO As Ações possuem elementos que têm como objetivo identificá-las e com isso evitar repetição em juízo. Este s e lementos têm obrigatoriamente que ser iden tificados na Ação (Art. 282, II, II e IV, do CPC), portanto, são os seguintes os requisitos obrigatórios da Petição Inicial: 1. Partes: autor, réu e juiz; 2. Causa de pedir: Fato jurídico que ampara a pretensão deduzida em juízo; 3. Pedido (objeto): É aquela pretensão que a parte busca com a Ação. OBS.: Havendo na mesma Ação Causa de Pedir ou Objeto, ocorre a Conexão das Ações. INÉPCIA DA INICIAL (Art. 295, I e II, § ÚNICO, do CPC) Os três Elementos da Açã o são o brigatórios Pa rtes, Causa de Pedir e Pedido. A ausência de qualquer desses elemento s acarreta a INÉPCIA D A PETIÇ ÃO INICIAL, ou seja, a Petição Inicial não a tendeu os requisitos legais, portanto, o Processo também não vai ter análise de mérito, será extinto. CARÊNCIA DA AÇÃO Quando faltar qualquer uma da s Condições da Ação (Po ssibilidade Jurídica, Interesse de Agir, Legitimidade), o Processo é extinto sem julgamento do m érito, conforme prev ee m os artigos 295, II e III e 267, VI, do CPC. A FALTA DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO ACARRETA CARÊNCI A DE AÇÃO A FALTA DE ELEMENTOS DA AÇÃO ACARRETA A INÉPCIA DA INICIAL A FALTA DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO ACARRETA CARÊNCI A DE AÇÃO A FALTA DE ELEMENTOS DA AÇÃO ACARRETA A INÉPCIA DA INICIAL A FALTA DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO ACARRETA CARÊNCI A DE AÇÃO A FALTA DE ELEMENTOS DA AÇÃO ACARRETA A INÉPCIA DA INICIAL CAUSAS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO CARÊNCI A DA AÇÃO Falta de um a ou todas as condições da ação (legitim idade, inter esse processual, possibilida de jurídica). O processo será exti nto LITISPENDÊNCI A: Duas ou m ais Ações idênticas (mesm as partes, mesma causa de pedir ou mesm o objeto (pedido). O processo será exti nto, no entanto a ação que continuará é aquela em que o réu teve conhecim ento primeiramente (atra vés de citação) COISA JULG ADA Ação já apreciada pe lo judiciário, com julgam ento de mérito (Coisa Julgada Material) ou sem julgam ento de mérito (Coisa J ulgada Form al) O processo será exti nto, contud o quando ao se tratar d e Coisa Julgada Form al a ação poderá ser apreciada novam ente pelo judiciário. PEREMPÇ ÃO Ação ingressa pela 4ª vez em juízo, sem julgamento de mérito O processo será exti nto definitivamente (Co isa Julgada Material) e não poder á ser leva do a juízo novamente. INÉPCI A DA INICIAL Falta de um ou mais elementos da Ação (partes, causa de pedir e objeto (pedido) O processo será exti nto. LITISPENDÊNCIA Quando a Ação é repetida, ou seja, mesmas pa rtes, mesma causa de pedir ou mesmo objeto (pedido), ocorre o fenômeno chamado LITISPENDÊNCIA (Art. 301, § 3°, do CPC). CAUSAS DE REUNIÃO DAS AÇÕES Um dos Princípios básicos do Proce sso é o da Economia Processual no sentido de que o Processo tem que ser julgado o mais rápido possível. Baseado ne sse Princípio, algumas causas são julgadas conjuntamente para evitar julgam entos divergentes e também evitar que os Processos se perpetuem através d o tempo, assim, a ções que de alguma fo rma tê m relação entre elas, quando alguns Elementos da Ação são coinci dentes, o julgamento da s ações passa a ser em conjunto. CONEXÃO (Art. 103, do CPC): Pa ra serem conexas, as Ações têm que ter apresentar os seguintes requisitos: Comum o objeto ou a causa de pedi r: Sã o Conexas duas Ações quando for em comum o Pedido ou a Causa de P edir. Portanto, toda vez que o estes elementos da petição inicial forem iguais essas Ações são anexadas para um só julgamento. Exemplo: em um contrato de Locação há um conflito de inte resses. O Locador entra com uma Ação de Despejo e o Locatário e ntra com uma Ação de Consignação em Pagamento. São d uas Ações que têm em comum o Objeto (Pedido), portanto serão julgadas em conjunto; Ambas a s ações têm que estar no mesmo grau de jurisdição. OBS.: As Ações conexas são distribuídas por dependência (Art. 253, do CPC). II. CONTINÊNCIA: Também há uma identidade d e a lguns elementos da açã o. As Ações que tenham a mesma Parte e a me sma Caus a de P edir (só que n o objeto uma Ação abrange o objeto d a outra) são julgadas em conjunto, p. ex., “A” ingressa com A ção de Cobrança contra “B” alegand o que emprestou R$ 10.000,00 e não recebeu. No dia seguinte “A” percebeu que errou, po is na verdade deveria co brar R$ 5.000,00 a título de Juros e Multas e entra com uma segunda Ação cobrando esses juros e multa. COMPETÊNCIA PARA JULG AMENTO DAS AÇÕES EM CONJUNTO Para ser d efinido qual o Juiz é competente para julgar as Ações em conjunto su rge o fenômeno da PREVENÇÃO. O Juiz Prevento é aquele que tem com petência para julgar Ações que foram reunidas em uma só. JUIZ PREVENTO É o juiz competente para o julgamento, que é aquele que p rimeiro conheceu da causa e para isso serão observadas as seguintes regras: 1. Mesma circunscrição: Se os dois processos tiverem tramitando na mesma Circunscrição, será o Juiz Prevento aquele que prime iro despa chou no Proce sso (Art.106, do CPC); 2. Circunscrições diferentes: Se os Processos a serem anexados são de Circunscrições diferentes, será o Juiz Pre vento aquele que prime iro efetuou a citação válida (Art. 219, do CPC). OBJETIVOS DA IDENTIFIC AÇÃO DAS AÇÕES Evitar que haja julgamentos em duplicidade do mesmo Processo, para ser ca racterizado o fenômeno da Coisa Julgada PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO
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