Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO FIC DO CEARÁ BACHARELADO EM PSICOLOGIA PSICODIAGNÓSTICO A REALIZAÇÃO DO PSICODIAGNÓSTICO Francisco José Pinheiro de Souza António Lucas Ozória Maria Oliveira Freitas Ms. Joan Rios Orientadora FORTALEZA 2017 Questão 01: Organize etapa e etapa de que forma você faria o Psicodiagnóstico do caso abaixo desde o primeiro encontro até o encerramento do processo. Como seria o seu planejamento? Explanei sobre cada etapa apresentada e sua importância. Dados coletados na triagem: Sexo: Masculino Idade: 26 anos Escolaridade: Concludente de Engenharia Civil Estado civil: Casado Filhos: 01 filho de 02 anos de idade. Dados coletados na triagem: A.G.M. veio para processo psicodiagnóstico encaminhado pelo médico da família diante de comportamentos de extrema timidez o que, sendo A, vem atrapalhando a consolidação de sua carreira. Sua atitude mais introspectiva teve inicio em torno de três anos atrás quando muitos aspectos de sua vida se transformaram rapidamente: sua namorada engravidou, casou-se, teve de parar seu curso superior para trabalhar e “sustentar a família” (SIC). A. “afirma que ama sua esposa e filho e que faria tudo novamente, mas percebe que não é o mesmo “alega ter medo do futuro e de que algo aconteça a ele”.“ como ficarão minha esposa e filho sem mim?”(SIC)”. Esse é o questionamento que ele faz. Além da timidez apresenta ainda crises de insônia, perda de apetite e sensação de estar perdido nos locais (SIC). Etapas do Psicodiagnóstico - FORMULAÇÃO DAS PERGUNTAS BÁSICAS OU HIPÓTESES É um processo cientifico e como tal, parte de perguntas específicas cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo. Temos um ponto de partida que é o encaminhamento. Qualquer pessoa que encaminha um paciente o faz sob a pressuposição de que ele apresenta problemas que tem explicações psicológicas. Existe uma preocupação que por meio de uma pergunta vaga, como por exemplo: será que A não aprende por causa de um problema de ordem psicológico? O psicólogo precisa de mais dados sobre o caso para desdobrar as perguntas vagas de um leigo, numa série de perguntas formuladas em termos psicológicos. Será que A não aprende por interferência de problemas emocionais? Ainda não são perguntas precisas, mas a história de A vai permitir que cheque as alternativas de explicação, como: a) A tem um nível de inteligência dentro dos parâmetros para sua faixa etária, b) A tem um nível de inteligência “normal”, mas seu desempenho intelectual atual está limitado, por que sofreu um trauma emocional recente. Tais alternativas de hipóteses, que serão testadas através do psicodiagnóstico. Esse exemplo é de um caso muito simples, mas demonstra que as questões iniciais sejam precisas, podendo, então, formular suas hipóteses. O esclarecimento e as questões pressupostas num encaminhamento são tarefas de responsabilidade do psicólogo. - CONTRATO DE TRABALHO Geralmente o contrato de trabalho é feito no primeiro contato com o paciente/cliente, mas o momento mais adequado para o estabelecimento de um contrato de trabalho é variável, pois tanto depende de precisão das questões iniciais e dos objetivos ,como da experiência do psicólogo. Por certo, há outras variáveis em jogo, associada a uma sintomatologia do paciente ou responsável muitas vezes desejarem apressar o contrato, em termos definidos, depois de o psicólogo se familiarizar como o desempenho do paciente. O contrato de trabalho envolve um comprometimento de ambas as partes de cumprir certas obrigações formais. O psicólogo se compromete – se a realizar um exame, durante certos números de sessões, cada uma com duração prevista em horário predeterminado definindo com o paciente ou responsável os tipos de informações necessários e quem terá acesso aos dados do exame. Eventualmente, tal informação já está determinada pelo encaminhamento, mas sempre convém examinar se existe uma aceitação tácita de um interessado a respeito. Ao considerar a duração do processo, muitos profissionais incluem o tempo previsto ou conferências com outros profissionais (embora nunca o tempo despendido em supervisão). Entretanto, quando são necessários vários tipos de informes ou laudos mais elaborados, o tempo estimado para a sua confecção deve ser computado na duração do processo. - ESTABELECIMENTO DE UM PLANO DE AVALIAÇÃO Deve permitir obter respostas confiáveis para as questões colocadas e ao mesmo tempo atender aos objetivos propostos, contudo, a testagem de uma hipótese, por vezes, pode ser realizada com diferentes instrumentos específicos, além de eventualmente ficar delimitada pelo objetivo do exame, deve ser feita tanto pela consideração das características demográficas do sujeito (sexo, idade, nível sócio – cultural, etc), como por suas condições especificas (comprometimentos pertinentes e temporários de ordem sensorial, motora cognitiva etc). Também deve – se levar em conta fator situacionais, como hospitalização do paciente e uso de determinadas medicações que podem ter reflexos nos correlatos comportamentais, ao teste. - ADMINISTRAÇÃO DE TESTES E TÉCNICAS: PARTICULARIDADES DA SITUAÇÃO DA INTERAÇÃO COM O EXAMINANDO E DO MANEJO CLÍNICO É importante salientar que o foco da testagem deve ser o sujeito, e não os testes. Para que o psicólogo possa concentrar a sua atuação no paciente, deve estar perfeitamente seguro quanto a adequabilidade dos instrumentos, para o acaso em estudo, estar bem familiarizado com as instruções e o sistema de escore, saber manejar o material pertinente e ter em mente objetivos a que se propõe para a administração de cada instrumento. Há, pois algumas questões básicas que devem ser considerados: 1. mesmo que o psicólogo tenha estabelecido seu plano de avaliação com cuidado previamente á sua administração, é importante revisar certas particularidades referentes aos instrumentos e as características do paciente. 2. O psicólogo deve estar suficientemente familiarizado com instrumentos, jamais utilizando uma técnica em que não esteja treinado o suficiente para estar seguro do seu manejo . 3. Antes, da entrada do paciente, o psicólogo deve organizar todo o material que pretende , utilizar de maneira acessível e o manejo seja facilitado. 4. É importante ter em mente os objetivos para a inclusão de cada técnica de bateria. O psicólogo está utilizando seus instrumentos para colher subsídios para testar hipóteses e deve tê-las bem presente de forma a estar atento a qualquer indicio sugestivo e conseguir introduzir as perguntas adequadas, no momento oportuno, se for o caso. - LEVANTAMENTO, ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS DADOS Nesse momento o psicólogo já possui um acervo de observações que constitui uma amostra do comportamento do paciente durante várias sessões em que transcorre o processo diagnostico, desde o contato inicial até a utilização técnica. Em resumo, é capaz de descrever o paciente, uma revisão das observações feitas é indicada para melhor entendimento da maneira como respondeu á situação do psicodiagnóstico. Convém também fazer um exame da história clínica, cujas informações poderão contribuir para atribuir significação a alguns dados e interpretar conteúdo do material da testagem. É necessária recapitular, então as hipóteses levantadas inicialmente e no decorrer do processo, tendo em mente os objetivos do exame. As hipóteses levantadas servirão de critérios para a análise e seleção dos dados úteis enquanto os objetivos fornecerão um enquadramento para a sua integração. - DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO Nem sempre o psicólogo precisa chegar, obrigatoriamente, ao nível mais elevado de inferência para obter uma hipótese diagnóstica ou o diagnóstico mais provável. Principalmente em casos mais graves, frequentemente apenas o quadro sintomáticos e a história clínica contêm informações suficientes para que o profissional possa enquadrar o transtorno numa categoria nosológica. Esta modalidade de processodiagnóstico seguiria mais um modelo médico do que psicológico , o que não significa do paciente , o psicólogo muitas vezes é convocado para identificar déficits ou funções preservadas, enfim para coletar dados mais substancias como base para um prognóstico. - COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS A comunicação dos resultados é logicamente deve realizar como último passo seguido apenas pelas recomendações pertinentes e pelo encerramento. É da responsabilidade do psicólogo definir seu tipo de conteúdo e forma. Os tipos de comunicações dos resultados ou do informe são definidos basicamente pelos objetivos do exame. Os laudos por exemplo geralmente respondem a questão como; “o que” “quanto”” como "," porque" e "quando" , enquanto os pareceres se restringem á análise de problemas específicos colocados por determinado profissional que seja dispõe de várias informações sobre o sujeito. Dependendo dos objetivos, podem ser necessários vários tipos de comunicação, como por exemplo, entrevista de devolução com os pais e com o sujeito, laudos encaminhar ao pediatra, laudos encaminha a escola especial e parecer para o serviço de orientação de uma escola, que faz a sugestão inicial. Referências Bibliográficas CUNHA, Jurema. (2000) psicodiagnóstico V (5 ed.rev.). Porto alegre: Artmed. .
Compartilhar