Buscar

CLÍNICA DE GRANDES 1 N2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO N2 CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS 1 
NEIMAR 
SISTEMA RESPIRATÓRIO
SINUSITE
Sinusite primária - acúmulo de exsudato dentro das cavidades sinusais => infecções bacterianas, virais ou fúngicas do trato respiratório superior
Sinusite secundária - do seio maxilar geralmente esta associada a distúrbios nos dentes.
Histórico – descarga nasal (mucopurulenta) unilateral, crônica.
Sinais clínicas – corrimento nasal, dispnéia, odor fétido na expiração, além de sinais sistêmicos como: hiporexia, febre, perda de peso, distorção do contorno facial (raro). Deve-se inspecionar a cavidade oral para detecção de possíveis alterações dentárias, além da percussão dos seios que pode revelar macicez sonora. 
Diagnóstico - exame endoscópico e radiológico.
Tratamento – antibioticoterapia (ex.: Penicilina), lavagens repetidas através de uma sonda, utilizando-se solução fisiológico aquecida acrescida de soluções anti-sépticas (PVP-iodo) e antibióticos. Em casos graves com envolvimento dentário é necessário o encaminhamento cirúrgico.
GARROTILHO
Causa - Streptococus equi (bactéria Gram +) . Animais de 4 ou 5 anos de idade, doença endêmica, de alta morbidade e baixa mortalidade. Normalmente o agente é inalado ou ingerido em secreções muco-purulentas de animais doentes.
Histórico – acometimento de muitos animais jovens, depressão, inapetência, descarga nasal e inchaço da região submandibular.
Sinais clínicas – depressão, descarga nasal mucosa ou muco-purulenta, febre (> 39,5ºC), inchaço dos linfonodos submaxilares ou retrofaríngeos (linfoadenopatia), 
Linfonofos submaxilares (doloridos e firmes) -----> Flutuantes -----> Rompem (sec. purulenta). Inchaço da região faringeana (tosse e disfagia)
Diagnóstico - sintomatologia clínica típica e na cultura das secreções drenadas dos linfonodos.
Tratamento – antibióticos e antiinflamatórios, além do isolamento dos animais doentes. Penicilina na dose correta, durante 5 a 7 dias. Quando existe a abscedação de linfonodos (Curativos). Caso febre (Dipirona).
GRIPE EQUINA (INFLUENZA EQUINA [Aequi 1 e Aequi2] E HERPES VÍRUS TIPO 1 E 4)
Rinites, faringites e traqueítes. 
A influenza equina (2 a 3 anos), contaminação por contato direto, aerosol e fômites
Herpes vírus (tipo 1 e 2), sendo o tipo 1 também relacionado a afecções como abortamento, mieloencefalite e morte neonatal (potros e animais até 1 ano de idade) 
Histórico – Inapetência, depressão, tosse . Em atletas (queda de rendimento). Planteis de criação (histórico de abortamento).
Sinais clínicas – Normalmente apatia, febre, corrimento nasal, tosse profunda e seca (faringite e/ou laringite)
Tratamento – sintomáticas, manter hidratação e inibindo fatores de estresse ( repouso), antiinflamatórios (processos álgicos e febre e inflamatórios das vias aéreas anteriores).
Prevenção – Imunoprofilaxia vacinal.
VIAS AÉREAS POSTERIORES
PNEUMONIA BACTERIANA – + comum (adultos), mesmo sendo de baixa frequência. * *Gram + mais importantes: Streptococcus zooepidemicus, Staphylococcus aureus.
*Gram - mais isolados são: Escherichia coli, Pasteurella, Klebsiella e Bordetella. Normalmente acompanha infecções virais ou outros fatores de estresse.
Histórico – estresse, aglomeração de animais e histórico de doenças respiratórias virais.
Sinais clínicas – febre intermitente, taquipnéia ou desconforto respiratório, corrimento nasal, tosse e inapetência, intolerância ao exercício e perda de peso. 
Diagnóstico - história e sintomas clínicos. A auscultação pulmonar(ruídos ásperos, chiados e crepitações [estertores]; auscultar líquido na traquéia, lavado traqueal ou broncoalveolar
(análise citológica e bacteriológica), hemograma(leucocitose e hiperfibrinogenemia).
Tratamento – antibioticoterapia específica OU antibiótico de largo espectro (Gentamicina, Ceftiofur, Sulfadiazina + Trimetoprim, Penicilina, etc.); caso haja suspeita da presença de agentes anaeróbicos (descarga nasal de odor fétido) deve-se utilizar o Metronidazol. Broncodilatadores, mucolíticos, antiinflamatórios não esteroidais, fluidoterapia e repouso.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Animais velhos (acima de 8 anos), mantidos em baias, como resultado de bronquites ou bronquiolites alérgicas. 
Causa - reação de hipersensibilidade a poeira ou fungos comumente encontrados no feno ou palha utilizada para as camas. É praticamente inexistente o aparecimento desta afecção em animais mantidos no pasto. Existem fatores predisponentes como infecções virais, infecções por vermes pulmonares e fatores genéticos. 
A afecção se caracteriza por períodos de obstrução da vias aéreas (principalmente dos brônquios) por contração do músculo liso e acúmulo de secreção mucosa, fragmentos celulares e exsudato. A inalação do alérgeno pode induzir uma imunorreação do tipo I ou do tipo III.
Histórico – tosse crônica (matutinos e noturnos), intolerância ao exercício e apatia.
Sinais clínicas – aumento do esforço respiratório, dispnéia e tosse principalmente associada ao exercício e alimentação. 
Exame clínico - revela expiração bifásica e em casos graves linha de esforço respiratório. Na auscultação torácica (estertoração sibilante principalmente ao esforço respiratório). Endoscópia, presença de secreção mucupurulenta excessiva no interior da traquéia, assim como na colheita de material broncoaoveolar comprova-se reação inflamatória asséptica.
Tratamento – Alterações de manejo, deixar o animal solto o maior tempo possível. Redução dos agentes irritantes como poeira, molhar o feno quando do fornecimento, etc. Broncodilatadores (Clembutero), corticóides (prednisolona).
SISTEMA TEGUMENTAR
EXAME DA PELE
1. História clínica – a raça, idade, sexo, utilização do animal, tipo de criação, manejo dos animais, materiais e instalações, além das condições climáticas, logicamente além da queixa principal.
2. Exame físico – Inspeção e Palpação .Portanto uma avaliação meticulosa em relação ao tipo, tamanho, localização das lesões, além da presença ou não de secreção, etc. baseada na inspeção pode ser fundamental para um bom diagnóstico.
3. Exames complementares – Raspado de pele (exame direto, culturas para bactérias e fungos) biópsia (histopatológico). Processos neoplásicos(Punção Aspirativa) avaliação citológica.
PRINCIPAIS PROBLEMAS DE PELE
Problemas granulomatosos
Problemas nodulares
Problemas não pruriginosos e alopécicos.
PROBLEMAS GRANULOMATOSOS
1. TECIDO DE GRANULAÇÃO EXUBERANTE – membros nas regiões distais, devido a pouca mobilidade da pele e alta mobilidade da região resultando em contração limitada da ferida, portanto favorecendo a inibição de uma importante fase da cicatrização que é a contração da ferida.
História – ferida prévia, normalmente profunda, ou seja, atingindo tecidos subcutâneos, além de volume exacerbado da ferida, vulgarmente denominada de carne esponjosa.
Sinais clínicos – SEM irritação local, SEM prurido e dor, tecido de granulação com cicatrização inadequada,aparenta coloração rósea e sangra facilmente quando manipulado.
Exames complementares – biópsia (neoplasia, habronemose cutânea, etc). Há grande presença de fibroblastos e vasos neoformados.
Tratamento – Cauterização química ou cirúrgica, além da retirada cirúrgica. Não existe inervação neste tecido, portanto o único cuidado a ser tomado é quanto à hemorragia que pode ser dramática. Quimicamente pode-se utilizar substâncias causticas como Formol, Licor de Villate® (sulfato de cobre e sulfato de zinco) ou mesmo pomadas ou cremes que contenham corticóides em sua formulação.
2. HABRONEMOSE (FERIDA DE VERÃO) 
Causa - por algumas espécies de nematóides (Habronema muscae e Habronema majus ou Draschia megatoma), larvas infectantes são depositadas pelo hospedeiro intermediário (espécies de Musca e Stomoxys) nas feridas, podendo também penetrar na pele intacta. Supõe-se que exista uma reação de hipersensibilidade à presença das larvas mortas. Doença sazonal (aumento do número de moscas na primavera e verão), sendo a ocorrência esporádica, sem preferência por idade, sexo ou raça.História – ferida que não cicatriza, exuberante e que se desenvolve no verão, mas facilmente confundível com tecido de granulação exuberante.
Sinais clínicos – lesões em membros, ventre, canto do olho, prepúcio, processo uretral ou no local de uma ferida prévia (locais parasitados por moscas, vetor de transmissão). Pode-se observar pápulas ou nódulos na formação exuberante, ulceração, exsudação e prurido, mas assemelham-se ao tecido de granulação exuberante.
Exames complementares – biópsia, formas larvais do parasita, eosinofilia, que traz a diferença para uma granulação simples após uma ferida.
Tratamento – redução das lesões, do processo inflamatório e evitar as reinfestações. Excisão cirúrgica ou cauterização química, cáusticos químicos na lesão, corticoterapia oral (prednisolona), vermifugação (ivermectina), além do controle de moscas no ambiente.
3. SARCÓIDE – tumor não sendo maligno e tendo supostamente etiologia viral. O mais importante e preocupante do tratamento é o seu caráter recidivante intenso desta lesão. Mais comum em animais com menos 4 anos de idade, tendo preferência em se localizar nas regiões de membros, orelhas e cabeça.
História – lesão granulomatosa progressiva e história de recidiva após tratamento.
Sinais clínicos – lesões granulosas de aspecto variado, existindo quatro apresentações básicas: plano, verrucoso, fibroblástico e misto, dependendo de sua aparência ou apresentação.
Exames complementares – biópsia (proliferação fibroblástica da derme (o que difere das verrugas) e hiperplasia epidérmica)
Tratamento – a excisão cirúrgica pode ser a primeira escolha, mas a recidiva dos quadros pode não incentivar esta forma de tratamento. Nas lesões de grande dimensão a criocirurgia pode ser eletiva. A imunoterapia através da infiltração com o BCG (bacilo Calmette-Guérin) intralesional ou em volta da lesão pode trazer bons resultados inclusive regressão das formações.
PROBLEMAS NODULARES
1. DERMATITE POR PICADA DE INSETOS OU HIPERSENSIBILIDADE A INSETOS E CARRAPATOS 
Um grande número de insetos pode causar : mosquitos, vespas e abelhas, carrapatos . Pode causar doença de diferentes maneiras, primariamente pela lesão direta à picada, e em segundo lugar, alguns insetos maiores podem causar a formação de erupções e nódulos doloridos ou pruriginosos, além de serem vetores da contaminação secundária por bactérias, fungos e outros parasitas da pele. A maioria destes insetos parasita regiões como membros, tórax e baixo ventre, que são regiões onde o cavalo tem dificuldade de espanta-los.
História – pápulas em várias partes do corpo; Alteração comportamental do cavalo – mostrando irritação pela dor ou coceira das picadas e consequente reação alérgica.
Sinais clínicos – presença de pequenas pápulas em várias regiões do corpo e em grande número.
Tratamento – administração de corticoides (Dexametasona). Isolamento do animal em baias fechadas e teladas, utilização de repelentes como a Citronela ou Canela, assim como a utilização de venenos ou armadilhas para moscas.
2. PAPILOMATOSE (VERRUGAS) 
Provavelmente por um DNA vírus (papovavírus). Animaisjovens (- de 3 anos). A transmissão pode ser por contato direto.
História – animais jovens (- de 3 anos) e com pequenas formações verrugosas nos focinhos, membros ou outra região acometida.
Sinais clínicos – formações bastante características, sendo comumente múltiplas.
Exames complementares – biópsia (proliferação epitelial)
Tratamento – Remoção cirúrgica dos nódulos maiores, cauterização química (Iodo ou Formol) ou ainda utilizar as auto-vacinas ou mesmo a auto-hemoterapia. 
PROBLEMAS NÃO PRURIGINOSOS E ALOPÉCICOS
1. DERMATOFILOSE (QUEIMADURA DE CHUVA) – 
+ mais comuns de pele dos animais criados a pasto (soltos).
* Gram. + ( actinomiceto – Dermatophilus congolensis). O desenvolvimento das lesões depende da umidade crônica e de ferimentos na pele.
História – exposição às chuvas constantes, lesões crostosas de pele, acometendo apenas animais de pasto ou estabulados, mas que são banhados frequentemente.
Sinais clínicos – Emaranhado de pêlos crostosos e úmidos que lembram pequenos
pincéis, principalmente na região do dorso e garupa, que podem ser facilmente arrancados. A pele úmida, amarelada e exsudativa. Não há prurido 
Diagnóstico - se faz pelo histórico e aparência clínica (lesão em forma de pincel).
Exames complementares – raspado de pele e crostas para exame citológico através da coloração de Gram.
Tratamento – higienização, remoção cuidadosa das crostas e banhos com xampus. Antissépticos (peróxido de benzoíla ou clorexidina). Em casos mais graves com lesões extensas pode-se prescrever antibioticoterapia (Penicilina) . Em animais que demonstrem grave dermatite, febre, letargia, hiporexia (comumente observada em animais jovens) a alteração de manejo, como protegê-los em baia fechada, pode auxiliar no tratamento.
2. DERMATOFITOSE (TINHA) 
Zoonose, auto-limitante, contagiosa, causada por duas espécies fúngicas principalmente: Microsporum (M. gypseum e M. canis) e Trichophyton (T. equinum e T. Mentagrophytes). Transmissão - contato direto ou indireto através de fômites contaminados. 
Causas - Má nutrição, superpopulação de animais e situações estressantes. Os esporos podem permanecer na pele incapazes de causar a doença, até que tenham as condições adequadas.
História – queda do pêlo de forma circular.
Sinais clínicos – pápulas com perda dos pêlos com sensibilidade ao toque, presença de crostas (epiderme aumenta o movimento das células para remoção mecânica dos fungos). Alopecia, classicamente circular.
Exames complementares – raspado de pele dos bordos das lesões, exame direto, além da cultura para fungos.
Tratamento – Terapia tópical. Xampus anti-sépticos como peróxido de benzoíla ou clorexidina, soluções a base de iodo podem ser utilizados diariamente na forma de solução ou em banhos

Outros materiais