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UNISALESIANO 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Curso de Fisioterapia 
 
 
 
 
Clarice Akemi Kurebayashi 
Clarice Yoshie Sugitani 
 
 
 
 
EFICÁCIA DA BANDAGEM ELÁSTICA PARA O 
GANHO DE FLEXIBILIDADE CERVICAL 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Lins-SP 
 
 
 
 
 
LINS – SP 
2015 
 
 
Clarice Akemi Kurebayashi 
Clarice Yoshie Sugitani 
 
 
 
 
 
 
 
EFICÁCIA DA BANDAGEM ELÁSTICA PARA O GANHO DE FLEXIBILIDADE 
CERVICAL 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Banca Examinadora do 
Centro Universitário Católico Salesiano 
Auxilium, curso de Fisioterapia, sob a 
orientação do Prof. Dr. Paulo Umeno 
Koeke e orientação técnica da Profª Ma. 
Jovira Maria Sarraceni. 
 
 
 
 
LINS – SP 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFICÁCIA DA BANDAGEM ELÁSTICA PARA O GANHO DE FLEXIBILIDADE 
CERVICAL 
 
Kurebayashi, Clarice Akemi; Sugitani, Clarice Yoshie 
Eficácia da Bandagem Elástica para ganho de flexibilidade cervical / 
Clarice Akemi Kurebayashi; Clarice Yoshie Sugitani – Lins, 2015. 
50p. il. 31cm. 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano 
Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Fisioterapia, 
2015. 
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Paulo Umeno Koeke 
 
1. Flexibilidade. 2. Bandagem Elástica. 3. Coluna Cervical. 4. 
Fisioterapia. I Título. 
CDU 615.8 
 
K98e 
 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, 
para obtenção do título de Graduação em Fisioterapia. 
 
Aprovada em: / / . 
 
 
Banca Examinadora: 
Prof. Orientador: Paulo Umeno Koeke 
Titulação: Dr. em Fisioterapia pela UFSCar 
 
Assinatura:___________________________________ 
 
 
1º Prof. (a):______________________________________________________ 
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
Assinatura:___________________________________ 
 
 
2º Prof. (a):______________________________________________________ 
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
Assinatura:___________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Não há saber mais ou saber menos: 
Há saberes diferentes”. 
Paulo Freire 
 
 
 
Agradeço a Deus por tudo que tenho alcançado e pelo que 
sou atualmente, à minha família maravilhosa que é a razão do meu 
viver, aos meus amigos que dão um colorido especial à minha vida. 
 
Clarice Akemi Kurebayashi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus 
Pоr ser essencial еm minha vida, autor dе mеυ destino, mеυ guia, 
socorro presente nа hora dа angústia. 
 
Aos meus pais: Kazumi e Toquico Sugitani 
Por serem à base de tudo. O meu sincero agradecimento a vocês 
que me deram a vida e sempre lutou para que os filhos tivessem 
uma profissão. E aqui estou dedicando todo o meu esforço e 
transformando o sonho de vocês em realidade. 
 
A minha filha: Ana Carolina 
Um grande tesouro que Deus me concedeu nesta vida. Sem você 
minha vida não faz sentido. 
 
Clarice Yoshie Sugitani 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus 
Senhor não existe neste mundo palavras para expressar o 
quanto nossos corações são agradecidos por todas as 
oportunidades e conquistas que colocou em nossa vida. Obrigada 
por nos mostrar sempre o caminho certo, por iluminar sempre os 
nossos passos e nunca nos abandonar nos momentos de maior 
dificuldade. 
 
Aos mestres e professores que nos acompanharam nesta 
jornada. Com todo o nosso respeito, por essa pessoa que vocês 
representam na vida de todos os alunos. Pela dedicação, paciência 
e amor com que executam seus trabalhos. Obrigada, Paulo, Ana 
Claudia, Aninha, Junior, Massarote, Francisco, Cristiane, Marco 
Aurélio, Jonathan e Jovira. 
 
A todas as voluntárias deste estudo, queremos dizer o quanto 
vocês foram importantes para nós. 
 
 
Clarice Akemi Kurebayashi 
Clarice Yoshie Sugitani 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Estudos realizados nos últimos tempos tem mostrado que a bandagem 
elástica têm bons resultados na melhora da função muscular. Através da 
manipulação das fáscias com a bandagem elástica é possível encontrar efeitos 
terapêuticos em diversos tipos de lesões. O presente estudo teve por objetivo 
avaliar a eficácia da bandagem elástica, aplicada na área das fibras superiores 
do músculo trapézio, para ganho de flexibilidade no movimento cervical. Para o 
estudo foram selecionadas 30 jovens do gênero feminino, na faixa etária de 
18 a 30 anos de idade, sedentárias. Divididas em 03 grupos, 10 voluntárias 
formaram o grupo controle, 10 com a bandagem sem tensão e as 
outras 10 com a bandagem tensionada a 25%. Os três grupos foram avaliados 
com o teste de flexão-lateral com o flexímetro para avaliar o grau de 
flexibilidade e o teste de mobilização fascial. Nos grupos que receberam a 
intervenção foram aplicadas a bandagem elástica durante três semanas 
consecutivas, sendo que a cada aplicação era de cinco dias de permanência 
com a bandagem e dois dias de descanso. O grupo controle não recebeu 
nenhuma intervenção. Após quatro semanas as voluntárias dos três grupos 
foram submetidas novamente ao teste de flexibilidade com flexímetro. As 
avaliações e as intervenções fisioterapêuticas foram realizadas nas 
dependências do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium durante 
quatro semanas. Após análise estatística dos dados obtidos com as voluntárias 
dos três grupos, foi comprovado que houve uma evolução significativa no 
ganho de flexibilidade cervical no grupo que recebeu intervenção com 
bandagem elástica. 
 
Palavras-chave: Flexibilidade. Coluna cervical. Bandagem elástica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 Studies in recent years have shown that elastic bandage have good 
results in improving muscle function. Through manipulation of the fascia with 
the elastic bandage is possible to find therapeutic effects in various types of 
lesions. This study aimed to evaluate the effectiveness of elastic bandage 
applied in the area of the upper trapezius muscle fibers to gain flexibility in 
cervical movement. For the study were selected 30 young females, aged 18-30 
years old, sedentary. Divided into 03 groups, 10 volunteers formed the control 
group, 10 with no pressure bandage and the other 10 with a bandage tensioned 
to 25%. The three groups were evaluated with the test flexion-side with 
fleximeter to assess the degree of flexibility and fascial mobilization test. The 
groups that received the intervention were applied to elastic bandage for three 
consecutive weeks, and each application was five days spent with the bandage 
and two days of rest. The control group received no intervention. After four 
weeks the volunteers of the three groups were subjected again to the flexibility 
test fleximeter. Evaluations and physical therapy interventions were carried out 
on the premises of the Catholic Salesian University Center Auxilium for four 
weeks. After statistical analysis of the data obtained with thevolunteers of the 
three groups, it was proven that there was a significant increase in cervical 
flexibility gain in the group that received intervention with elastic bandage. 
 
Keywords: Flexibility. Cervical spine. Elastic bandage. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura1: Bandagem elástica..............................................................................17 
Figura 2: Músculos do pescoço e tronco...........................................................24 
Figura 3: Músculo trapézio.................................................................................24 
Figura 4: Fáscia...............................................................................................26 
Figura 5: Fáscias cervicais superficial, pré-traqueal e pré-vertebral.................30 
Figura 6A: Tensegridade...................................................................................31 
Figura 6B: Modelo de constituição da tensegridade..........................................32 
Figura 6C: Tensegridade do ser humano..........................................................32 
Figura 7: Materiais utilizados.............................................................................35 
Figura 8: Posicionamento do flexímetro para a realização do teste..................36 
Figura 9: Teste de flexibilidade cervical com flexímetro....................................37 
Figura 10: Bandagem elástica e o tipo de corte................................................38 
Figura 11: Aplicação da bandagem elástica sobre o músculo trapézio.............38 
Figura 12: Bandagem elástica aplicada.............................................................39 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: 1ª e a 2ª avaliação, do Grupo Controle..............................................40 
Tabela 2: Percentual da evolução do Grupo Controle.......................................40 
Tabela 3: 1ª e a 2ª avaliação e o percentual, do Grupo Bandagem sem 
tensão................................................................................................................41 
Tabela 4: 1ª e a 2ª avaliação e o percentual, do Grupo Bandagem com 
tensão................................................................................................................41 
Tabela 5: Percentual da evolução, voluntárias do Grupo Bandagem sem tensão 
e Grupo Bandagem com tensão........................................................................42 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ADM: amplitude de movimento 
CROM: Cervical Range of motion 
ECR: Estudo Clínico Randomizado 
KT: Kinesio Taping 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14 
 
1 CONCEITOS PRELIMINARES ........................................................... 16 
1.1 História da bandagem elástica ............................................................ 16 
1.1.1 Características da bandagem elástica ................................................ 17 
1.1.2 Princípios básicos da bandagem elástica ........................................... 18 
1.1.3 Funções da bandagem elástica........................................................... 19 
1.1.4 Função dérmica ................................................................................... 19 
1.1.5 Função muscular ................................................................................. 19 
1.1.6 Função linfática .................................................................................... 19 
1.1.7 Função articular ................................................................................... 20 
1.1.8 Efeitos fisiológicos da bandagem elástica ........................................... 20 
1.1.9 Contraindicações e precauções da bandagem elástica...................... 20 
1.2 Anatomia e fisiologia muscular ............................................................ 21 
1.2.1 Mecânica muscular .............................................................................. 21 
1.2.1.1 Mobilidade ........................................................................................... 22 
1.2.1.2 Flexibilidade ......................................................................................... 22 
1.2.2 Músculo Trapézio ................................................................................ 23 
1.3 Movimentos ativos da coluna cervical ................................................. 25 
1.4 Fáscia Muscular ................................................................................... 25 
1.4.1 Anatomia da Fáscia ............................................................................. 26 
1.4.1.1 A fáscia superficialis ............................................................................ 27 
1.4.1.2 Aponeurose superficial ........................................................................ 27 
1.5 Tecido conjuntivo ................................................................................. 27 
1.5.1 A função fascial ................................................................................... 28 
1.5.2 Patologia da fáscia .............................................................................. 28 
1.5.3 Fáscia Cervical .................................................................................... 29 
1.6 Tensegridade ....................................................................................... 30 
1.6.1 Memória fascial .................................................................................... 32 
 
2 O EXPERIMENTO ............................................................................... 33 
2.1 Casuística e Métodos .......................................................................... 33 
 
 
2.1.1 Condições Ambientais ......................................................................... 33 
2.1.2 Sujeitos ................................................................................................ 33 
2.1.3 Materiais .............................................................................................. 33 
2.1.4 Testes .................................................................................................. 34 
2.1.5 Procedimentos ..................................................................................... 36 
2.1.6 Mensuração da bandagem e tensões ................................................. 38 
2.1.7 Técnica da bandagem elástica ............................................................ 39 
2.2 Resultados ........................................................................................... 39 
2.3 Discussão ............................................................................................ 41 
2.4 Conclusão ............................................................................................ 43 
 
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 44 
APÊNCICES ....................................................................................................... 47 
ANEXOS............................................................................................................50 
 
 
 
 
 
 
14 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
De acordo com Kisner e Colby (2009), a mobilidade é definida como 
capacidades das estruturas e segmentos do corpo de se moverem ou movidos, 
permitindo que haja amplitude de movimento para atividades funcionais, ou 
como a capacidade de uma pessoade iniciar, controlar e manter movimentos 
funcionais do corpo para conseguir efetuar tarefas motoras simples e 
complexas. Ela esta associada a integridade articular e a flexibilidade, “as quais 
são necessárias para que os movimentos do corpo ocorram sem dor e sem 
restrições durante as tarefas funcionais da vida diária”. (KISNER E COLBY, 
2009). 
Vários problemas podem levar a um comprometimento da mobilidade, 
que podem ser um dos seguintes exemplos: uma imobilização prolongada de 
um segmento, um desalinhamento postural, um desempenho muscular 
comprometido acompanhando a um distúrbio musculoesquelético ou 
neuromuscular, um trauma tecidual que resulte em inflamação e dor e 
deformidades congênitas ou adquiridas que limitem a mobilidade, que cause 
diminuição ou aumento da extensão dos tecidos moles que podem 
comprometer a musculatura (KISNER e COLBY,  2009). 
 A flexibilidade de um corpo é uma das variantes da capacidade física 
da saúde, sendo definida como a máxima amplitude fisiológica passiva em um 
movimento articular que irá depender da elasticidade muscular e da mobilidade 
articular, sem que ocorram lesões anatômicas e patológicas. ”As fibras 
colágenas são capazes de um leve grau de extensibilidade, sendo os principais 
constituintes dos ligamentos e tendões que são submetidos a uma força de 
tração”. (FRANKEN apud ALTER, 1999). 
As fáscias são membranas do tecido conjuntivo, que variam em 
espessura e densidade de acordo com as exigências funcionais de cada 
músculo ou órgãos e encontra-se, na maior parte, na forma de folhas 
membranosas. Pode ser dividida em três tipos: a fáscia superficial (pele); 
 a fáscia profunda,  normalmente mais rígida, mais firme e mais compacta, 
 que além de proteger, ele divide o corpo separando os músculos e os órgãos 
viscerais internos; a fáscia suberosa é mais profunda em volta das cavidades 
15 
 
do corpo formando a camada fibrosa das membranas serosas que cobrem e 
sustentam as vísceras. (FRANKEN apud ALTER, 1999). 
A função da fáscia é fornecer uma estrutura que liga o músculo e 
assegura o alinhamento adequado das fibras musculares, vasos sanguíneos, 
linfáticos  e nervos, além de permitir que as forças sejam transmitidas por todo 
o tecido de forma segura e eficaz e também fornecer as superfícies lubrificadas 
entre as fibras musculares e os feixes de fibra muscular, que permitem que o 
músculo mude sua forma. (FRANKEN apud ALTER, 1999). 
Dentro da Bandagem Funcional temos a Correção Fascial com a 
finalidade de sustentação, nutrição e proteção tissular (MORINI, 2014). 
O princípio básico da bandagem funcional utiliza a técnica de 
correção fascial a fim de conduzir ao longo de uma direção desejada ou um 
alinhamento. As aplicações fisiológicas incluem a correção de atividades 
muscular, melhorar a amplitude de movimento ativa, melhorando a circulação 
sanguínea e linfática, diminuindo a dor pela supressão neurológica e 
reposicionamento das articulações (MORINI, 2014). 
O principal propósito desse estudo é avaliar a eficácia da bandagem 
elástica, aplicada na área das fibras superiores do músculo trapézio, para 
ganho de flexibilidade no movimento cervical. E como objetivos específicos, 
proporcionar ganho de flexibilidade no movimento de flexão-lateral cervical. 
O estudo se norteia na seguinte questão: O uso da bandagem elástica 
ajuda no ganho de flexibilidade cervical? 
Em resposta a este questionamento pode-se levantar a seguinte 
hipótese: que o uso da bandagem elástica sobre a área das fibras superiores 
do músculo trapézio pode aumentar a flexibilidade cervical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
1 CONCEITOS PRELIMINARES 
 
1.1 História da bandagem elástica 
 
 Segundo Morini (2014), não é de hoje que as bandagens são 
empregadas para tratamento. Em 460 a 377 a.C, Hipócrates empregava 
bandagem para manter o posicionamento após manipulação para corrigir pé 
torto congênito. No ano de 1575, Ambroise Paré também realizava seus 
tratamentos de correção articulares com bandagem após manipulação e, em 
1743, Nicolas Andry se aproveitava de bandagens umedecidas para tratar 
ligamentos articulares. 
 Para Morini (2014), no Egito antigo utilizavam-se as bandagens de outra 
maneira, a conservação de corpos após a morte, nos processos de 
mumificação. 
 
Pode-se considerar bandagem todo material flexível utilizado 
como auxílio externo ao corpo humano. As bandagens podem 
ser classificadas como rígidas ou inelásticas (deformam 
plasticamente) e elásticas. São exemplos de bandagem rígida: 
esparadrapo, micropore, faixa crepe de gesso. Já as 
bandagens elásticas são as que possuem a capacidade de se 
esticar e voltar ao seu estado de repouso (deformação elástica) 
(MORINI, 2014, p.2). 
 
 De acordo com Morini (2014), muitas pessoas desconhecem que, para 
fazer o uso da aplicação da bandagem (rígida ou elástica), necessita-se ter 
conhecimento aprofundado de anatomia e biomecânica. Nas aplicações para 
tratamentos ortopédicos ou neurológicos, a técnica não deve ser realizada por 
pessoas que não sejam profissionais da área da saúde, e mesmo estes devem 
possuir qualificação adequada e o entendimento das propriedades físicas da 
bandagem, e também noções dos critérios de utilização. 
 Para Morini (2014), uma grande maioria dos terapeutas faz o uso da 
bandagem elástica visando tratar condições ortopédicas, como traumas, lesões 
e principalmente algias. E a utilização em pacientes com comprometimento 
neurológico tem aumentado de forma considerável. 
 Segundo Kase, Lemos e Dias (2013), em 1973 Dr. Kenzo Kase 
desenvolveu uma técnica de bandagem elástica com o intuito de propor ao 
17 
 
paciente um recurso terapêutico onde auxiliasse o corpo a busca da 
homeostase entre as sessões de quiropraxia. Dr. Kenzo entendeu que os 
tecidos contráteis e outros tecidos moles, como fáscias, ligamentos e tendões, 
quando submetidos a estímulos gerados por um suporte externo, 
consequentemente buscavam suas funções de normalidade. 
 A partir deste fato, Dr. Kenzo desenvolveu mais de vinte tipos de 
bandagens, chegando à bandagem atual, a qual apresenta elasticidade 
semelhante à pele (KASE, LEMOS e DIAS 2013). 
 De acordo com Kase, Lemos e Dias (2013), a utilização da bandagem 
elástica cresceu rapidamente devido a sua grande aceitação entre os 
profissionais da saúde, além de evidenciar, após a sua aplicação, vantagens 
que a fez tornar o padrão ouro das bandagens para as intervenções em 
paciente atualmente. São empregados nos diversos níveis de assistência, seja 
primário (prevenção de lesões), secundário (tratamento agudos e subagudos) 
ou terciário (situações crônicas de incapacidades funcionais), com resultados 
resguardados e com mínimos de efeitos colaterais. 
 
1.1.1 Características da bandagem elástica 
 
 Figura 1: Bandagem elástica. 
 
 Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
 
18 
 
 Para Kase, Lemos e Dias (2013), a bandagem elástica apesar de ser um 
adesivo hipoalergênico, é a prova d'água, não possui qualquer substância 
medicamentosa aderida e é composta de 100% algodão com adesivo 100% 
acrílico termoativo. 
 
Ela foi desenvolvida para permitir uma elasticidade longitudinal 
com cerca de 40% a 60% de alongamento do seu comprimento 
em repouso, tendo espessura e textura similares às da pele. 
Não apresenta elasticidade no sentido transversal. Contêm 
linhas que representam a distribuição da cola adesiva à 
imagem de impressões digitais, a fim de similar os diversos 
sentidos da elasticidade da pele humana. (KASE, LEMOS e 
DIAS, 2013, p.15). 
 
1.1.2 Princípios básicos da bandagem elástica 
 
Segundo Kase, Lemos e Dias (2013), a bandagemelástica pode agir na 
musculatura, nas articulações, na circulação linfática, nas fáscias, na derme, 
em tendões e ligamentos. Deste modo, é primordial o diagnóstico do 
componente específico envolvido na causa da disfunção, que pode ser de 
origem neurológica, muscular, articular, fascial ou aponeurótica, dérmica, 
circulatória e linfática. O sucesso da aplicação está diretamente relacionado 
com esses conhecimentos semiológicos e da aplicação correta da bandagem. 
De acordo com Kase, Lemos e Dias (2013), a bandagem é constituída 
por âncoras ou pontos fixos, nos quais devem ser aplicadas a zero% de tensão, 
que, em geral, estão localizadas nas extremidades da bandagem. Entre elas, 
localiza-se a zona terapêutica, local que recebe a tensão de tratamento para o 
tecido alvo. 
 
Recomenda-se não ser econômico nas ancoragens, pois 
âncoras pequenas tracionam as extremidades da bandagem 
sobre a pele, podendo causar irritações, microlesões, aumento 
do edema e até mesmo de hemorragias. Geralmente, indicam-
se âncoras de 2,5 a 5 cm nas aplicações abaixo de 40% de 
tensão. Acima de 50% de tensão, são necessárias âncoras 
maiores. Além da tensão empregada, outro fator que determina 
ou o tamanho da âncora é o comprimento da zona terapêutica. 
Portanto quanto maior a zona terapêutica, maior a ancoragem. 
Toda ancoragem, inicial ou distal sempre deve possuir 0% de 
tensão (KASE, LEMOS e DIAS, 2013, p.18). 
19 
 
 
1.1.3 Funções da bandagem elástica 
 
 Segundo Morini (2014), o objetivo na utilização da bandagem elástica, 
será proporcionar um desenvolvimento neuropsicomotor e buscar a integração 
sensorial corporal para melhor adaptação dos pacientes ao ambiente. 
 
1.1.4 Função dérmica 
 
 Para Kase, Lemos e Dias (2013), a bandagem elástica, possui uma 
função dérmica de analgesia do resultado da ação sensorial da bandagem 
sobre mecanoreceptores através das pressões, tensões, elevações, 
descompressões e trações da pele. 
 
1.1.5 Função muscular 
 
 De acordo com Kase, Lemos e Dias (2013), a função muscular 
desencadeia efeitos diretamente sobre a musculatura, estimulando e ativando 
o músculo durante o movimento, onde será possível melhorar a contração 
sinérgica de um músculo enfraquecido, inibido, hipotônico e desequilibrado, 
diminuindo episódios de fadiga, contraturas, espasmos e lesões musculares. 
Por outro lado, também podem ser observados em condições em que os 
músculos se encontram hiperativos, hipertônicos e excessivamente fortes. A 
bandagem agirá de forma inibitória, diminuindo as atividades musculares que 
estão em excesso. 
 
1.1.6 Função linfática 
 
 Segundo Kase, Lemos e Dias (2013), a propriedade elástica da 
bandagem proporciona a elevação da pele por meio das circunvoluções e 
beneficia a massagem suave da região por meio das trações e tensões 
superficiais, gerando uma drenagem dos fluidos corporais, assim com os 
movimentos corporais promove trocas de pressão entre a primeira camada 
superficial da epiderme e derme, a hipoderme e a fáscia superficial. Levando à 
20 
 
abertura e ao fechamento dos vasos linfáticos e sanguíneos devido aos seus 
diversos filamentos aderidos às suas camadas superficiais da pele. 
 
1.1.7 Função articular 
 
Para Kase, Lemos e Dias (2013), a bandagem age na função articular 
melhorando o desalinhamento biomecânico e instabilidade das estruturas 
osteomusculares, desenvolvidos frequentemente por disfunções de 
movimentos, em que, estão envolvidas a uma atividade constante e repetitiva, 
a manutenção elástica e a desequilíbrios musculares como: encurtamento, 
fraqueza, tensão, perda da rigidez, distonias, entre outras condições. A 
bandagem atua diretamente sobre o alinhamento articular, promovendo o 
equilíbrio entre os músculos agonistas, antagonista e sinergistas, permitindo o 
controle dos movimentos patológicos e a reeducação motora. 
 
1.1.8 Efeitos fisiológicos da bandagem elástica 
 
 Para Kase, Lemos e Dias (2013), a bandagem elástica proporciona 
efeitos relacionados de acordo com as suas funções e os objetivos com a 
aplicação da mesma seriam: 
 a) Aliviar a dor e as sensações anormais da pele e músculos; 
 b) Harmonizar o equilíbrio e suporte aos músculos durante os 
movimentos; 
 c) Deslocar edemas linfáticos e sanguíneos; 
 d) Corrigir os desalinhamentos articulares e biomecânicos; 
 e) Criar mais espaços nos níveis epidérmicos, dérmicos e hipodérmicos. 
 
1.1.9 Contraindicações e precauções da bandagem elástica 
 
 De acordo com Kase, Lemos e Dias (2013), é contraindicado realizar a 
aplicação da bandagem elástica em regiões com atividade malignas ativas, 
trombose venosa profunda ativa, sobre celulites, feridas abertas, infecções 
ativas de pele e em pacientes que possuam alergias à bandagem. 
 
21 
 
As precauções ou as situações que necessitam de um cuidado 
maior são: diabetes, doenças renais, sensibilidade apresentada 
por outras bandagens, insuficiência cardíaca congestiva, pele 
frágil ou em processo de cicatrização, e condições em que não 
foi detectada uma causa clara da disfunção em questão (KASE, 
LEMOS E DIAS, 2013, p. 28). 
 
1.2 Anatomia e fisiologia muscular 
 
 Segundo Dangelo e Fattini (2002), os músculos são os elementos ativos 
e os ossos são elementos passivos do movimento (alavanca biológica), dentro 
do aparelho locomotor. Porém, a musculatura não assegura só a dinâmica, 
mas também a estática do corpo humano. A musculatura não apenas torna 
possível o movimento como também mantém unidas as peças ósseas 
determinando a posição e postura do esqueleto. 
 A morfologia muscular descrita por Neumann (2010), tem o contorno 
básico de um músculo como um todo. Eles podem apresentar diversos 
formatos, influenciando a função final, sendo o mais comum o fusiforme e o 
penado. Sendo que os penados apresentam fibras que chegam obliquamente 
ao tendão central, contendo maiores números de fibras e gerando mais forças. 
 
1.2.1 Mecânica muscular 
 
 Para Dangelo e Fattini (2002), a contração do ventre muscular vai 
produzir um trabalho mecânico, visto pelo movimento de um segmento do 
corpo. O ventre muscular não é preso ao esqueleto para que possa contrair-se 
livremente. As extremidades do músculo são fixados em pelo menos dois 
ossos, de maneira que cruza a articulação, e ao contrair-se há um 
encurtamento do músculo e o deslocamento do membro movimentado. As 
fibras musculares podem reduzir seu comprimento em cerca de um terço ou a 
sua metade, em relação ao estado de repouso. 
 A potência do músculo esta relacionada com o tipo de fibras e o número 
de fibras do ventre muscular, e a amplitude de contração depende de seu grau 
de encurtamento (DANGELO e FATTINI, 2002). 
 
22 
 
1.2.1.1Mobilidade 
 
De acordo com Kisner e Colby (2009), a mobilidade é definida como 
capacidades das estruturas e segmentos do corpo de se moverem ou serem 
movidos, permitindo que haja amplitude de movimento para atividades 
funcionais, ou como a capacidade de uma pessoa de iniciar, controlar e manter 
movimentos funcionais do corpo para conseguir efetuar tarefas motoras simples 
e complexas. Ela esta associada a integridade articular e a flexibilidade, “as 
quais são necessárias para que os movimentos do corpo ocorram sem dor e 
sem restrições durante as tarefas funcionais da vida diária” (KISNER e COLBY, 
2009). 
 Vários problemas podem levar a um comprometimento da mobilidade, 
que podem ser um dos seguintes exemplos: uma imobilização prolongada de 
um segmento, um desalinhamento postural, um desempenho muscular 
comprometido acompanhando a um distúrbio musculoesquelético ou 
neuromuscular, um trauma tecidual que resulteem inflamação e dor e 
deformidades congênitas ou adquiridas que limitem a mobilidade, que cause 
diminuição ou aumento da extensão dos tecidos moles que podem 
comprometer a musculatura (KISNER e COLBY,  2009). 
 
1.2.1.2 Flexibilidade 
 
 A flexibilidade de um corpo é uma das variantes da capacidade física 
da saúde, sendo definida como a máxima amplitude fisiológica passiva em um 
movimento articular que irá depender da elasticidade muscular e da mobilidade 
articular, sem que ocorram lesões anatômicas e patológicas. ”As fibras 
colágenas são capazes de um leve grau de extensibilidade, sendo os principais 
constituintes dos ligamentos e tendões que são submetidos a uma força de 
tração” (FRANKEN apud ALTER, 1999). 
 
1.2.2 Músculo Trapézio 
 
 O músculo trapézio é uma camada plana de fibras musculares, 
localizado na parte superior das costas. Sua origem fica na base do crânio, no 
23 
 
osso occipital, no ligamento do pescoço e a série de processos espinhosos das 
vértebras, desde a sétima cervical até a décima segunda torácica, e a sua 
inserção fica no terço externo da borda posterior da clavícula, no acrômio e na 
borda superior da espinha da escápula. A primeira porção descendente sai da 
base do crânio e se insere no terço distal na clavícula, e sua ação é quando a 
cabeça está livre para mover. A sua contração deprime a parte posterior do 
crânio fazendo com que este se volte para o lado; “como o crânio se articula 
livremente sobre um pivô, em sua base, esta ação inclinará o queixo para cima 
e girará para o lado oposto” (BURKE, RASH, 1991). Quando as primeiras 
porções do lado direito e esquerdo se contraem ao mesmo tempo, impedem a 
rotação da cabeça e levantam o queixo com força. 
 “Estudos eletromiográficos indicam que o trapézio funciona, em tais 
movimentos, como um músculo acessório; e só é incluído no movimento 
quando este se processa contra uma forte resistência” (BURKE, RASH, 1991). 
 O trapézio superior, o elevador da escápula e as digitações superiores 
do serrátil anterior formam uma unidade que proporciona sustentação passiva 
do ombro, elevação do mesmo e o componente superior do par de forças 
necessárias para a rotação escapular (BURKE e RASCH, 1991). 
 Segundo Neusmann (2010), a maioria dos músculos do complexo do 
ombro se encaixa em uma das duas categorias funcionais: estabilizadores 
proximais ou mobilizadores distais. Sendo que o trapézio inclui-se nos 
estabilizadores proximais, que são músculos que se originam na coluna, nas 
costelas e no crânio e se inserem na escapula e na clavícula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 Figura 2: Músculos do pescoço e tronco. 
 
 Fonte: http://auladeanatomia.com/sistemamuscular/ombro.html 
 
 Figura 3: Músculo trapézio. 
 
 Fonte: https://lilianfisio.wordpress.com 
25 
 
1.3 Movimentos ativos da coluna cervical 
 
 São vários movimentos que a coluna cervical consegue realizar. Os 
movimentos de flexão, extensão, flexão lateral direita e esquerda, rotação 
direita e esquerda, movimentos combinados, movimentos repetitivos e 
posições sustentadas. A amplitude na flexão é de no máximo de 80º a 90º; na 
extensão é limitada a 70º; na flexão lateral é de 20º a 45º e na rotação é de 70º 
a 90º. Sendo que o músculo trapézio atua somente nas extensões da cabeça e 
pescoço, rotação da cabeça e flexão lateral da cabeça (MAGEE, 2005). 
 
1.4 Fáscia Muscular 
As fáscias são membranas do tecido conjuntivo, que variam em 
espessura e densidade de acordo com as exigências funcionais de cada 
músculo ou órgãos e encontra-se, na maior parte, na forma de folhas 
membranosas. Pode ser dividida em três tipos: a fáscia superficial (pele); 
 a fáscia profunda,  normalmente mais rígida, mais firme e mais compacta, 
 que além de proteger, ele divide o corpo separando os músculos e os órgãos 
viscerais internos; a fáscia suberosa é mais profunda em volta das cavidades 
do corpo formando a camada fibrosa das membranas serosas que cobrem e 
sustentam as vísceras (FRANKEN apud ALTER, 1999). 
A função da fáscia é fornecer uma estrutura que liga o músculo e 
assegura o alinhamento adequado das fibras musculares, vasos sanguíneos, 
linfáticos  e nervos, além de permitir que as forças sejam transmitidas por todo 
o tecido de forma segura e eficaz e também fornecer as superfícies lubrificadas 
entre as fibras musculares e os feixes de fibra muscular, que permitem que o 
músculo mude sua forma (FRANKEN apud ALTER, 1999). 
 Segundo Dangelo e Fattini (2002), a espessura da fáscia muscular varia 
de músculo para músculo, dependendo de sua função. Às vezes a fáscia 
muscular é muito espessada e pode contribuir para prender o músculo ao 
esqueleto. Para que os músculos possam exercer eficientemente um trabalho 
de tração ao se contrair, é necessário que eles estejam dentro de uma bainha 
elástica de contenção, papel executado pela fáscia muscular. 
 Os princípios básicos da bandagem funcional utilizam a técnica de 
correção fascial a fim de conduzir ao longo de uma direção desejada ou um 
26 
 
alinhamento.  Suas aplicações fisiológicas incluem a correção de atividades 
musculares melhorando a amplitude de movimento, ativa a circulação 
sanguínea e linfática, diminuição da dor pela supressão neurológica e 
reposicionamento das articulações (MORINI, 2014). 
 
 Figura 4: Fáscia. 
 
 Fonte: Myers, 2003, p.9. 
 
1.4.1 Anatomia da fáscia 
 
Duas grandes fáscias envolvem mais ou menos por completo o 
corpo humano: a fáscia superficialis e a aponeurose superficial. 
Constitui parte da blindagem tissular, o invólucro humano é 
mais ou menos comparável em qualquer região corporal. Ele 
compreende a pele, um panículo adiposo de espessura 
variável, a fáscia superficialis, o tecido subcutâneo no qual 
caminham os vasos e nervos assim como suas ramificações, a 
aponeurose superficial (BIENFAIT, 1999, p. 25). 
 
 
27 
 
1.4.1.1 A fáscia superficialis 
 
 A fáscia supercialis dá origem no ápice do crânio pela aponeurose 
epicraniana, que vai dos músculos frontais aos occipitais e, lateralmente, da 
inserção aos auriculares. Ela está ligada a aponeurose temporal ou uma faixa 
de tecido conjuntivo frouxo que se modifica, sob arcada zigomática, em fáscia 
supercialis, após ter-se inserido nos dois lábios do bordo superior dessa arcada. 
Não existe fascia superficialis na face, os músculos ligam-se diretamente a pele. 
Ela recobre todo o ombro e a região axilar. E uma fascia frouxa que se 
interrompe nas regiões de tensão que são as mesmas de ocorrência de 
escaras. É o ponto de partida de todos os vasos linfáticos periféricos. As 
queimaduras superficiais extensas são graves por causa da lesão dessas 
fáscias (BIENFAIT, 1999). 
 
1.4.1.2 Aponeurose superficial 
 
 A aponeurose superficial é o invólucro do corpo, ele recobre toda a face 
externa. De espessura e textura variáveis, está presente em todas as regiões, 
sendo a mais importante de toda a anatomia. É o conjunto de todas as 
aponeuroses. É o ponto de partida de todas as aponeuroses musculares. Tem 
espessura variável porque tem a capacidade de desdobrar-se. A aponeurose 
anterior se prolonga e envolve os trapézios na parte posterior (BIENFAIT, 
1999). 
 
1.5 Tecido conjuntivo 
 
 Segundo Bienfait (1999), a palavra fáscia no singular não representa 
uma entidade fisiológica, mas um conjunto membranoso, muito extenso, no 
qual tudo esta ligado, em continuidade, uma entidade funcional. Esse conjunto 
de tecidos que constitui uma peça única trouxe noção de globalidade, sobre a 
qual se apoiam todas as técnicas de terapia manual. Abase de todas essas 
técnicas, é que o menor tensionamento, seja ativo ou passivo repercute sobre 
o conjunto. Todas as peças anatômicas podem dessa forma, ser considerada 
mecanicamente ligada entre si, em todos os campos da fisiologia. 
28 
 
 O tecido conjuntivo representa 70% dos tecidos humanos. Assim como 
todos os tecidos, o conjuntivo e formado por células conjuntivas: os blastos. 
Sua função é apenas a secreção de duas proteínas de constituição: o colágeno 
e a elastina. O envelhecimento do homem é uma densificação progressiva de 
seu tecido conjuntivo, chegando com frequência a uma ossificação, a artrose. 
Mediante da produção de novas fibras colagenosas, a densificação reduz o 
volume dos espaços lacunares e a circulação dos fluidos. O tecido conjuntivo 
desempenha papel considerável na circulação dos fluidos. Sendo o principal 
agente dessa circulação, por suas continuas mobilidade. O papel mais 
importante seria a de proteção do músculo contra si mesmo. As aponeuroses 
mantém suas contrações em seus limites, evitando rupturas (BIENFAIT, 1999). 
 
1.5.1 A função fascial 
 
 Para Bienfait (1999), a aponeurose superficial é o órgão mecânico 
principal da coordenação motora. A mobilidade dessas aponeuroses é o agente 
mecânico da circulação de retorno. Uma função mecânica utiliza diversos 
órgãos e esses órgãos encontram-se ligados entre si pelo tecido conjuntivo, as 
fáscias e aponeuroses. As solicitações mecânicas vão acompanhar conforme a 
sua função e os órgãos em questão. Um órgão pode ser utilizado para várias 
funções, uma mesma fáscia pode ser usada por várias cadeias. A fisiologia da 
locomoção é composta por duas subfunções mecanicamente independentes 
que são a função mecânica e a função estática. A função mecânica é a do 
movimento, dos deslocamentos segmentares, eventual e fásica, enquanto que 
a estática é da fixação dos segmentos que servem de pontos de apoio aos 
movimentos ou que controlam os efeitos da gravidade, permanente e reflexa. 
Sendo que as duas funções são globais. 
 
1.5.2 Patologia da fáscia 
 
 De acordo com Bienfait (1999), não podemos considerar toda a 
patologia do conjuntivo, a da propagação do vírus, a das afecções de nutrição 
e eliminação, e sim as patologias mecânicas desse tecido conjuntivo fibroso, 
que podem ser combatidas por meios de tratamentos fisioterapêuticos. 
29 
 
 É pela circulação de fluídos em seu feixe conjuntivo que ocorrem as 
mudanças de densidade do meio interno e as possibilidades de osmose. É no 
líquido lacunar que se inicia a função de eliminação linfática. Ficando fácil de 
entender que toda imobilidade da fáscia, todo bloqueio de sua mobilidade 
acarreta uma estase líquida. A maioria dos problemas dolorosos é decorrente 
de tensões anormais que a fáscia suporta. Duas das regiões que são atingidas 
com mais frequência são a coluna dorsal inferior e a coluna cervical (BIENFAIT, 
1999). 
 A patologia mecânica mais importante do tecido conjuntivo fibroso é a 
artrose. Pode assumir duas formas: a densificação-calcificação e a 
degeneração da cartilagem (BIENFAIT, 1999, p. 63). 
 Sendo que essa densificação é acompanhada por perda de elasticidade 
que provoca tensões. O envelhecimento do homem é em grande parte a 
densificação do seu conjuntivo. Para essa defesa do tecido, a mucina de 
ligação entre seus feixes conjuntivos fixa sais minerais e pode ir até a 
calcificação, surgindo assim a artrose articular, os osteófitos e os bicos de 
papagaios (BIENFAIT, 1999). 
 Os encurtamentos e as retrações são responsáveis pela maioria dos 
desequilíbrios estáticos, sobretudo pela evolução e fixação desse e de todas as 
estases tissulares, impedindo a mobilidade da fáscia. Sendo responsável por 
70% dos fenômenos de artroses; a densificação do tecido conjuntivo pode 
chegar facilmente á calcificação (BIENFAIT, 1999). 
 
1.5.3 Fáscia Cervical 
 
 A fáscia cervical tem basicamente 03 lâminas: superficial, pré-traqueal e 
pré-vertebral. Na parte anterolateral do pescoço, onde estas lâminas estão 
intimamente associadas entre si, elas formam a bainha carótica. Sendo que a 
lâmina superficial reveste todas as estruturas superficiais do pescoço, a lâmina 
pré-traqueal circunda as principais vísceras, traqueia e esôfago, e a pré-
vertebral a coluna vertebral e os músculos estreitamente relacionados com ela. 
A lâmina superficial prende-se nos processos espinhosos cervicais e ligamento 
nucal, logo se divide para revestir ambas as faces do músculo trapézio. 
(DANGELO e FATTINI, 2002). 
30 
 
 
 Figura 5: Fáscias cervicais superficial, pré-traqueal e pré-vertebral. 
 
 Fonte: http://es.slideshare.net/afg77alex/anatomia-de-cabeza-y-cuello 
 
1.6 Tensegridade 
 
Segundo Myers (2009), a geometria que aplicamos ao corpo tem sido 
geralmente limitada a alavancas, ângulos e planos inclinados, com base na 
teoria do "músculo isolado". Quanto à linha de investigação sobre a mecânica 
newtoniana de força que sustenta nossa compreensão atual da cinesiologia, 
ainda não produziu modelos convincentes de movimentos tão fundamentais 
como os da caminhada humana. Uma nova compreensão da mecânica da 
biologia celular está prestes a expandir o pensamento da cinesiologia e 
proporção ideal do corpo humano. 
A Tensegridade ou integridade tensional foi criada e utilizada pelo 
designer R. Buckminster Fuller, arquiteto, onde se refere às estruturas que 
mantêm a sua integridade devido a um equilíbrio de forças de tensão 
entrelaçadas contínuas através da estrutura em oposição a forças 
compressivas contínuas. Ela descreve uma relação estrutural em que a forma é 
de acordo com os desempenhos tensionais finitamente fechados, com um 
31 
 
amplo e sistema contínuo, e não comportamentos do membro descontínuo e 
exclusivamente local (MYERS, 2009). 
 A integridade depende da força tensional aplicada aos feixes de 
contenções, componentes miofasciais, e não da força compressiva ou do 
equilíbrio estático dos ossos. “A tensegridade tem em sua constituição uma 
relação entre fáscias, músculos e estruturas ósseas (DAVIS, 2006)”. 
 
Toda estrutura animal em movimento, incluindo a nossa, deve 
ser “finitamente fechada”, ou seja, autônoma e capaz de ficar 
coesa, independentemente de estarmos de pé apoiados nos 
pés, de pé apoiado sobre a cabeça ou voando pelos ares em 
um mergulho de cisne (MYERS, 2009, p.45). 
 
 Há duas formas de suportar objetos no nosso universo são 
tensão ou compressão e suspensão ou escoramentos. As 
paredes seguram e dão sustentação a um tijolo em cima do 
outro criando uma estrutura de compressão contínua. Um 
guindaste suspende objetos através da tensão no cabo 
(MYERS, 2009, p.47). 
 
 Para Myers (2009), a tensegridade fascial implica paridade do tônus, 
com concessões para diferentes tipos de fibras musculares e alterações na 
densidade desde a superfície até locais profundos. Conforme as informações 
clínicas elas sugerem que a indução desta paridade do tônus produz um 
aumento do comprimento, facilitação do movimento e adaptabilidade para o 
cliente tanto nos aspectos somáticos quanto psicossomáticos. 
 
 Figura 6A: Tensegridade 
 
 Fonte: http://universoef.com.br 
32 
 
 Figura 6B: Modelo da constituição de 
 tensegridade da pelve. 
 
 Fonte: http://universoef.com.br 
 
 Figura 6C: Tensegridade do ser humano. 
 
 Fonte: http://universoef.com.br 
 
1.6.1 Memória fascial 
 
 Conforme Davis (2006), as memórias dos eventos outraumas passados 
pelo nosso corpo, estão enraizadas na estrutura, principalmente no sistema 
fascial. Essas emoções armazenadas podem bloquear ou dificultar seu 
processo de cura. Todas as células do corpo, não somente a estrutura fascial, 
33 
 
tem uma consciência, que armazena memórias e emoções. Muitas pesquisam 
sugerem que a mente e o corpo atuam um sobre o outro de forma notável. Os 
pesquisadores estão conseguindo demonstrar com a ajuda de sofisticados 
equipamentos laboratorial, que as emoções podem ser a causa das respostas 
alteradas do sistema imune, do conjunto das glândulas e células que formam o 
mecanismo de defesa do organismo. 
 
Tem sido demonstrado repetidamente que, quando um 
bloqueio fascial é desfeito pela liberação miofascial, ou quando 
uma pessoa assume uma postura significativa durante o 
alongamento miofascial, os tecidos são liberados e uma 
memória ou emoção vem à tona. Esse evento eletrofísico 
produz uma alteração positiva e melhora o estado do paciente. 
A liberação e o alongamento miofasciais não são lineares, mas 
resultam em um efeito corporal total capaz de produzir grande 
variedade de efeitos físicos, emocionais e mentais (DAVIS, 
2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
2 O EXPERIMENTO 
 
2.1 Casuística e Métodos 
 
2.1.1 Condições Ambientais 
 
 O ensaio clínico randomizado controlado com um assessor cego, foi 
realizado nas dependências do Centro Universitário Católico Salesiano 
Auxilium de Lins residente na Rua 9 de julho, n°1010 Centro, Lins SP. Os 
testes e as intervenções foram realizados no período de 16 de setembro a 20 
de outubro de 2015, após aprovação do comitê de ética e pesquisa do 
Unisalesiano. 
 
2.1.2 Sujeitos 
 
 No estudo participaram 30 jovens do gênero feminino, estudantes do 
curso de fisioterapia Unisalesiano Lins-SP, na faixa etária de 18 a 30 anos de 
idade, sedentária. As voluntárias foram divididas em três grupos, dez dessas 
voluntárias formaram um grupo sem a aplicação da bandagem, dez com a 
bandagem sem tensão e as outras dez com a bandagem tensionada a 25%. 
 Sendo que a primeira pesquisadora realizou o teste para flexibilidade 
sem o conhecimento dos grupos com tensão e sem tensão, que foram 
escolhidas aleatoriamente e sem conhecimento pelas voluntárias das tensões 
nas aplicações pela segunda pesquisadora, e revelados somente após o 
término da avaliação final. 
 
2.1.3 Materiais 
 
Os materiais utilizados foram: bandagem elástica; câmera digital; 
flexímetro; tesoura; álcool 70%; cadeira com encosto e fixador de cabelos em 
spray para aumentar a adesão da bandagem na pele. 
 
 
 
35 
 
 Figura 7: Materiais utilizados. 
 
 Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
 
2.1.4 Testes 
 
 Foi realizado teste para flexibilidade utilizando o flexímetro: Teste de 
flexão-lateral da cabeça ativo. A pessoa a ser avaliada permaneceu sentada 
em uma cadeira, a coluna ficando apoiada e com a postura ereta. O flexímetro 
foi colocado com a tira ao redor da cabeça, com o mostrador posicionado na 
face anterior da cabeça (testa), voltado para o avaliador. Estabilizou-se a 
cintura escapular, evitando a flexão lateral do tronco. Os ombros mantiveram a 
mesma linha, quando realizado o movimento da cervical. O queixo posicionado 
para frente, o qual evitou a rotação da cervical. 
 As voluntárias receberam a aplicação da bandagem quando os testes do 
flexímetro e mobilização de fáscia foram positivos. 
 O teste do flexímetro foi positivo quando a voluntária apresentou 
assimetria na flexibilidade do movimento de flexão-lateral cervical. 
 O teste de mobilização de fáscia aplicado bilateralmente do movimento 
de flexão-lateral cervical. Neste teste a face palmar da mão do examinador 
permaneceu em contato com a superfície da região das fibras superiores do 
36 
 
músculo trapézio. A partir daí o examinador mobilizou a fáscia em duas 
direções (medial e lateral), e observou se em alguma das duas mobilizações de 
fáscia havia aumento da flexibilidade do lado onde o movimento de flexão-
lateral cervical foi menor. 
 Nos grupos com bandagem elástica, sem tensão e tensionada a 25%, a 
reação elástica da bandagem seguiu a mesma direção da mobilização de 
fáscia que proporcionou o aumento da flexibilidade. 
 O teste flexibilidade foi realizado nos três grupos antes e depois de 
quatro semanas, tempo utilizado para as aplicações de bandagem elástica nos 
grupos experimentais. 
 
 Figura 8: Posicionamento do Flexímetro 
 para realização do teste. 
 
 Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
 
37 
 
 Figura 9: Teste de flexibilidade cervical 
 com o flexímetro. 
 
 Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
 
2.1.5 Procedimentos 
 
 Antes da aplicação da bandagem elástica foi realizada a assepsia da 
região com álcool 70% e aplicação do spray de cabelos para aumentar a 
adesão à pele. A participante foi posicionada sentada com a cervical em flexão-
lateral. Durante o procedimento foi importante que a área estivesse desnuda, 
devendo avaliar a integridade da pele antes da aplicação da bandagem elástica 
e aplicada o spray de cabelo sobre a pele para aumentar adesão da bandagem. 
 
 
38 
 
 Figura 10: Bandagem elástica e o tipo de corte. 
 
 Fonte: Kase, Lemos e Dias, 2013 p.38.·. 
 
 Figura 11: Aplicação da bandagem 
 elástica sobre o músculo trapézio. 
 
 Fonte: elaborados pelos autores, 2015. 
 
 
39 
 
 Figura 12: Bandagem elástica aplicada. 
 
 Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
 
2.1.6 Mensuração da bandagem e tensões 
 
 O cálculo de tensão da bandagem elástica para mensuração da 
aplicação na zona terapêutica foi realizada utilizando uma amostra de 25 cm de 
bandagem elástica, onde é fixada em um plano para aferição, sendo 5 cm de 
comprimento de âncoras para cada lado com tensão zero e 15 cm de 
comprimento de zona terapêutica ou zona móvel. Utilizando-se uma tensão 
máxima de 100% nos 15 cm de zona terapêutica a bandagem passa a ter um 
comprimento total de 40 cm, ou seja, a zona terapêutica foi aumentada em 15 
cm. Utilizando regra de três simples foi encontrado o valor para 25% de tensão. 
Sendo assim para que a bandagem tenha 25% de tensão seu comprimento 
total contando zona terapêutica e as âncoras passam a ser de 28,75cm de 
comprimento. 
 
40 
 
2.1.7 Técnica da bandagem elástica 
 
 A técnica para aplicação da bandagem foi de acordo com a facilidade do 
movimento da fáscia cervical. A aplicação consiste em um corte de 25 cm de 
bandagem em forma de I, aplicada durante três semanas consecutivas, sendo 
que a cada aplicação a permanência da bandagem sobre a pele foi de 5 dias e 
depois um intervalo de descanso de 2 dias entre cada aplicação. Após a última 
aplicação foi realizado o teste com o flexímetro 07 dias após a retirada da 
bandagem. 
 
2.2 Resultados 
 
Tabela 1: 1ª e a 2ª avaliação, do Grupo Controle. 
VOLUNTÁRIAS 
GC 
1ª AVALIAÇÃO (º) 
D E 
2ª AVALIAÇÃO (º) 
 D E 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
50 42 
55 50 
60 52 
60 50 
35 45 
45 30 
45 35 
45 40 
45 35 
55 52 
 47 54 
 51 51 
 53 54 
 52 50 
 45 50 
 40 4537 35 
 37 37 
 40 44 
 43 46 
Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
Nota: D= Direito, E= Esquerdo; GC= Grupo Controle. Foi considerada a média de ambos os 
lados 
 
Tabela 2: Percentual da evolução do Grupo Controle 
VOLUNTÁRIAS LADO DIREITO (%) LADO ESQUERDO (%) 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
-06 
-07 
-12 
-13 
29 
-11 
-18 
-18 
-11 
-22 
29 
02 
04 
- 
11 
50 
- 
-08 
26 
12 
Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
41 
 
 Na Tabela 1, estão descritas os graus de flexibilidade cervical do lado 
direito e esquerdo do grupo controle e na Tabela 2, o percentual realizado entre 
a primeira avaliação e a segunda avaliação da flexibilidade deste mesmo grupo. 
 
Tabela 3: 1ª e a 2ª avaliação e o percentual, do Grupo Bandagem sem tensão. 
VOLUNTÁRIAS 
(GBST) 
1ª AVALIAÇÃO 
(º) 
2ª AVALIAÇÃO 
(º) 
Δ% 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
E 57 
E 32 
E 53 
D 38 
D 30 
E 28 
D 35 
D 40 
E 45 
D 40 
E 55 
E 40 
E 54 
D 36 
D 35 
E 36 
D 42 
D 35 
E 49 
D 45 
-04 
25 
02 
-05 
17 
29 
20 
-13 
09 
13 
Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
Nota: GBST= Grupo Bandagem sem tensão 
 
Tabela 4: 1ª e a 2ª avaliação e o percentual, do Grupo Bandagem com tensão. 
VOLUNTÁRIAS 
(GBCT) 
1ª AVALIAÇÃO 
(º) 
2ª AVALIAÇÃO 
(º) 
Δ% 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
E 50 
D 45 
E 35 
D 35 
D 45 
E 40 
E 45 
E 38 
D 45 
E 38 
E 32 
D 45 
E 43 
D 32 
D 54 
E 49 
E 54 
E 42 
D 53 
E 48 
-36 
- 
23 
-09 
20 
23 
20 
11 
18 
26 
Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
Nota: GBCT= Grupo Bandagem com tensão 
 
Na tabela 3, demonstra os graus de flexibilidade na primeira e segunda 
avaliação do lado de menor flexibilidade e o seu percentual no referido Grupo 
Bandagem sem tensão. 
Na tabela 4, demonstra os graus de flexibilidade na primeira e segunda 
avaliação do lado de menor flexibilidade e o seu percentual no referido Grupo 
Bandagem com tensão. 
 
42 
 
Tabela 5: Percentual da evolução, voluntárias do Grupo Bandagem sem tensão 
e Grupo Bandagem com tensão. 
VOLUNTÁRIAS GBST (%) GBCT (%) 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
-4 
25 
2 
-5 
17 
29 
20 
-13 
9 
13 
-36 
- 
23 
-9 
20 
23 
20 
11 
18 
 26 
Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
 
 Na Tabela 5, faz uma comparação do percentual de flexibilidade entre os 
grupos bandagem sem tensão e o grupo bandagem com tensão. 
 
2.3 Discussão 
 
 A mensuração da amplitude de movimento cervical é importante na 
avaliação funcional e na intervenção fisioterapêutica. Portanto, neste trabalho 
foi utilizado o Flexímetro, que é um equipamento simples que dispensa 
calibrações, apresenta baixo custo operacional e facilidade no seu manuseio, 
informando uma medida direta em graus de amplitude de movimento (ADM) na 
flexão-lateral da cervical. 
De acordo com as pesquisas de Florêncio et al. (2010), que compararam 
o Flexímetro com o Cervical Range of Motion (CROM), para analisar ADM 
cervical, chegaram aos mesmos valores obtidos na avaliação e concluíram que 
ambas as ferramentas apresentam confiabilidades aceitáveis para a prática 
clínica. 
Baseando-se nos princípios de que o movimento e a atividade muscular 
são indispensáveis para a manutenção de um estado saudável, a utilização da 
bandagem elástica segue esse princípio não restringindo ou limitando seus 
movimentos (VIEGAS apud VILLAR et al., 2011). 
Na área desportiva, a sua utilização é muito bem vista pelos atletas pelo 
fato de não restringir o movimento e pela sua aderência à pele. Apesar da 
popularidade e da crescente utilização na prática clínica, principalmente na 
43 
 
área do desporto, a evidência que tem por base a sua utilização é escassa e de 
qualidade metodológica questionável (VIEGAS apud NAKAJIMA e 
BALDRIDGE, 2013). 
De acordo com Lemos et al. (2014), no caso de retração fascial, tensões 
fasciais ocorrem juntamente com variações anormais de mobilidade do tecido e 
flexibilidade, o que consequentemente leva à degradação do movimento. 
Sendo que a terapia feita com Kinesio Taping, utilizando a correção fascial 
descrita por Kenzo Kase visa criar e direcionar o movimento fascial, a fim de 
conduzi-lo a uma direção desejada ou em um alinhamento, com isso libertar a 
fáscia de quaisquer limitações de movimento através do movimento da pele em 
relação ao músculo alvo por meio de uma tensão mecânica gerada pela 
bandagem elástica. 
Conforme Souza (2009), o estudo clínico randomizado (ECR) é uma das 
ferramentas mais poderosas para a obtenção de evidências para o cuidado à 
saúde. Baseiam-se na comparação entre duas ou mais intervenções 
controladas pelos pesquisadores e aplicadas de forma aleatória em um grupo 
de participante. 
Em uma pesquisa de Iglesias et al. (2009), para verificar efeitos a curto 
prazo de Kinesio taping na dor e na melhora da ADM de movimento cervical, 
em pacientes com lesões cervicais aguda, em um ensaio clínico randomizado, 
observou-se logo após as primeiras vinte e quatro horas da aplicação que o 
uso da bandagem diminuiu o quadro álgico e aumentou a ADM. O teste foi 
realizado em 41 pessoas (sendo 21 mulheres), foram divididos aleatoriamente 
em 02 grupos, sendo que o grupo experimental recebeu aplicação de Kinesio 
taping na coluna cervical, aplicado com tensão e o do grupo placebo recebeu a 
aplicação sem tensão. O resultado foi estatisticamente significativo para a dor e 
aumento de ADM, para todas as direções da amplitude de movimento cervical. 
Karatas et al. (2011), estudou 32 cirurgiões (entre 27 a 44 anos) que 
trabalham no Hospital Universitário, com queixas de dor cervical e lombar e 
após o quarto dia de permanência com a bandagem observou-se que os 
indivíduos tiveram melhoras no quadro álgico, da performance funcional e 
tiveram aumento da ADM. 
Artioli e Bertolini (2014), pesquisaram a sua aplicação e os resultados 
sobre a dor em 10 ensaios clínicos referentes à dor com Kinesio taping, 
44 
 
avaliados por meio da escala PEDro. Sendo que seus resultados foram 
semelhantes ou inferiores a outros grupos e que esse não seria o principal 
tratamento de escolha, sendo ela considerada técnica adjunta ou 
complementar. O que justificaria o efeito hipoalgésico seria a teoria das 
comportas. 
O presente estudo reforça o de Lemos et al. (2014). Eles pesquisaram o 
efeito da bandagem elástica sobre as fáscias da região da coluna vertebral 
lombar para o aumento da flexibilidade. Participaram 39 indivíduos do gênero 
feminino com idade entre 18 a 27 anos, foram divididos em três grupos 
(controle, tratados sem tensão e tratados com tensão). Nos dois grupos 
tratados observaram mudanças na mobilidade da fáscia lombar. No entanto, 
estes dois grupos não apresentaram diferenças significativas entre eles. Já no 
presente estudo, os dois grupos que receberam aplicação de bandagem 
obtiveram diferenças significativas quando comparados com o grupo controle, e 
diferenças significativas também quando comparados entre os grupos que 
receberam a aplicação da bandagem. Sendo o grupo tratado com tensão com 
maior ganho de flexibilidade. 
Luz Junior et al. (2015), relata em seu estudo que o Kinesio Taping não 
é melhor que o Micropore, mas que ambos os grupos apresentaram diferenças 
significantes quando comparadas ao grupo controle (não houve aplicação denenhuma bandagem). 
Tanto os resultados do estudo de Lemos et al. (2014) como os 
resultados de Luz Junior et al (2015) demonstram assim como o deste estudo, 
resultados que a aplicação de uma bandagem é eficaz para o aumento de 
flexibilidade. No entanto, a presença de tensão na bandagem não interfere 
neste ganho de flexibilidade. 
Por isso, estamos de acordo com Yazici et al. (2015), sobre o efeito de 
melhora sensorial local que a presença da bandagem provoca. A melhora da 
informação sensorial pode ser suficiente para aumentar a flexibilidade do 
segmento estimulado. 
 
2.4 Conclusão 
 
45 
 
 Conforme visto na discussão, várias pesquisas com a utilização da 
bandagem elástica nos mostraram bons resultados, e nesta pesquisa o seu uso 
trouxe benefícios com a melhora da flexibilidade no músculo trapézio. Sendo 
evidente, no presente experimento, que as aplicações das bandagens elásticas 
obtiveram melhores resultados comparados com o grupo controle, mesmo 
sendo avaliados 07 dias após a sua retirada. No entanto, a realização de 
outros estudos será necessária para observar se o aumento da flexibilidade é 
mantido após um longo período. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
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49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNCICES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
APÊNCICE A 
 
Gráfico1: Percentual da evolução da flexibilidade cervical das voluntárias do 
Grupo Controle. 
 
 Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-30 
-20 
-10 
0 
10 
20 
30 
40 
50 
-6 -7 
-12 -13 
29 
-11 
-18 -18 
-11 
-22 
29 
2 
4 
0 
11 
50 
0 
-8 
26 
12 
Lado direito Lado esquerdo 
51 
 
APÊNCICE B 
Gráfico 2: Percentual da flexibilidade cervical do grupo bandagem 
sem tensão. 
 
 Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
 
Gráfico 3: Percentual da flexibilidade cervical do grupo bandagem 
com tensão. 
 
 Fonte: elaborado pelos autores, 2015. 
-15 
-10 
-5 
0 
5 
10 
15 
20 
25 
30 
-4 
25 
2 
-5 
17 
29 
20 
-13 
9 
13 
-40 
-30 
-20 
-10 
0 
10 
20 
30 
-36 
0 
23 
-9 
20 
23 
20 
11 
18 
2652 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
ANEXO A – Termo de consentimento livre e esclarecido 
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP / UNISALESIANO 
(Resolução nº 466 de 12/12/12 – CNS) 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL LEGAL 
1. Nome do Paciente: 
Documento de Identidade nº Sexo: Data de Nascimento: 
Endereço: Cidade: U.F. 
Telefone: CEP: 
 
II – DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA 
1. Título do protocolo de pesquisa: 
Eficácia da Bandagem Elástica para o Ganho de Flexibilidade Cervical. 
2. Pesquisador responsável: PAULO UMENO KOEKE 
Cargo/função: 
Docente 
Inscr.Cons.Regional: Unidade ou Departamento do Solicitante: 
Pedagógico 
3. Avaliação do risco da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano como 
consequência imediata ou tardia do estudo). 
 SEM RISCO RISCO MÍNIMO RISCO MÉDIO RISCO MAIOR 
Algumas pessoas poderão apresentar algum tipo de alergia à bandagem elástica e com isso 
deverá ser eliminado do grupo em estudo. 
4. Justificativa e os objetivos da pesquisa: 
Segundo Milazzotto et al (2009) a flexibilidade é um componente fundamental para o 
funcionamento das atividades normais do ser humano, quando comprometida ou limitada 
predispõe os indivíduos a várias lesões musculoesqueléticas. 
Estudos evidenciam que a bandagem funcional contribui para um aumento da amplitude de 
movimento e na evolução dos componentes (SILVA; TONÚS, 2014, P. 543). 
OBJETIVO GERAL 
Avaliar a eficácia da bandagem elástica, aplicada na área das fibras superiores do músculo 
trapézio, para ganho de flexibilidade no movimento cervical. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Proporcionar ganho de flexibilidade no movimento de flexão-lateral cervical. 
5. Procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a identificação dos 
procedimentos que são experimentais: 
Aplicação da bandagem elástica de acordo com a avaliação realizada previamente para verificar a 
flexibilidade cervical. 
6. Desconfortos e riscos esperados: 
Algumas pessoas podem apresentar algum tipo de alergia à bandagem elástica. 
7. Benefícios que poderão ser obtidos: 
Ganho da flexibilidade no movimento de flexão-lateral cervical. 
8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo: 
Não se aplica. 
9. Duração da pesquisa: 
4 semanas. 
10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética para análise de projetos de 
pesquisa em 18/06/2015. 
54 
 
 
III - EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU REPRESENTANTE LEGAL 
1. Recebi esclarecimentos sobre a garantia de resposta a qualquer pergunta, a qualquer dúvida 
acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa e o 
tratamento do indivíduo. 
2. Recebi esclarecimentos sobre a liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e 
deixar de participar no estudo, sem que isto traga prejuízo à continuação de meu tratamento. 
3. Recebi esclarecimento sobre o compromisso de que minha identificação se manterá 
confidencial tanto quanto a informação relacionada com a minha privacidade. 
4. Recebi esclarecimento sobre a disposição e o compromisso de receber informações obtidas 
durante o estudo, quando solicitadas, ainda que possa afetar minha vontade de continuar 
participando da pesquisa. 
5. Recebi esclarecimento sobre a disponibilidade de assistência no caso de complicações e danos 
decorrentes da pesquisa. 
 
IV – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO 
Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido (a) pelo pesquisador responsável e 
assistentes, conforme registro nos itens 1 a 5 do inciso IV da Resolução 466, de 12/12/12, 
consinto em participar, na qualidade de participante da pesquisa, do Projeto de Pesquisa 
(colocar o nome do projeto de pesquisa). 
________________________________ Lins, / / . 
 Assinatura 
 
 
_________________________________ 
 Testemunha 
Nome: 
 
Endereço: 
 
Telefone: 
 
R.G.: 
 
 
_________________________________ 
 Testemunha 
Nome: 
 
Endereço: 
 
Telefone: 
 
R.G.: 
 
 
 
 
 
55 
 
ANEXO B – Parecer Consubstanciado do CEP 
 
 
56

Outros materiais