Buscar

TRABALHO DE ECTOPARASITO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Trabalho de Ectoparasito
 
POR
MARCIO M. XAVIER
Rio de Janeiro 12/2016 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Trabalho de Ectoparasito
Trabalho de Parasito. Relativo ao 5º período. Realizado no 2º semestre de 2016 Na Universidade Estácio de Sá, por Marcio Xavier. Matricula: 201402017634 No curso de Ciências Biológicas do campus Norte Shopping e supervisionado pelo professor Manoel Coelho. 
 
 Rio de Janeiro 12/2016 
 1 INTRODUÇÃO 
Os artrópodes são animais invertebrados caracterizados pela presença de exoesqueleto, corpo segmentado e apêndices articulados (do grego: arthron, articulados, e podos, patas). Embora ofereça proteção, o exoesqueleto limita o tamanho do animal, pois não acompanha o crescimento do corpo. Ao se tornar pequeno, ocorre o fenômeno da muda, quando o exoesqueleto antigo se desprende do corpo do animal e é trocado pelo novo, que já está formado. Os artrópodes são subdivididos em classes de acordo com alguns critérios, como a divisão do corpo e o número de apêndices apresentados (patas, antenas, etc). Entre estas, pode-se citar: insetos, aracnídeos, quilópodes, diplópodes e crustáceos. Apenas espécies das duas primeiras classes serão consideradas neste trabalho.Algumas diferenças morfológicas podem ser observadas quando se estuda os insetos e os aracnídeos. Os primeiros possuem o corpo dividido em três partes (cabeça, tórax e abdome), três pares de patas e um par de antenas, enquanto os últimos possuem cefalotórax (fusão cabeça-tórax) e abdome, quatro pares de patas e não possuem antenas.
Dentre todos os artrópodes conhecidos, a classe que apresenta maior número de espécies causando lesão ou transmitindo doenças aos humanos é a Insecta. Sabe-se, entretanto, que as espécies nocivas de insetos são poucas; a grande maioria participa da polinização das flores, da decomposição da matéria orgânica, do equilíbrio biológico, da produção de cera, mel, seda, e é fonte de alimento para peixes, anfíbios, répteis, pássaros etc. Os insetos encontraram, especialmente nos países subdesenvolvidos, um ambiente propício para a sua reprodução: sujeira, promiscuidade, ignorância, uso inadequado de métodos de controle, submissão religiosa e política, desinformação permanente e intencional da imprensa, contribuindo desse modo para o aparecimento e proliferação de diversas pragas.
Os aracnídeos, pela mesma forma, representam parte de um equilíbrio no ecossistema, ao se alimentar de insetos e serem presas de roedores, pássaros, etc. Algumas espécies são de maior importância médica, como aquelas responsáveis por lesões ou doenças.Em vista disto, esse trabalho foi realizado com o intuito de abordar algumas das espécies importantes do ponto de vista médico da classe Insecta moscas sinantrópicas, moscas causadoras de miíases, piolhos e pulgas – e da classe Arachnida – ácaros e carrapatos.
 Rio de Janeiro12/2016 
 MOSCAS SINANTRÓPICAS 
Ecologia:
As moscas pertencem ao reino animal, à classe Insecta e à ordem Díptera. À essa ordem pertencem os insetos que, na forma adulta, possuem um par de asas funcionais e um par de asas vestigiais - os alteres ou balancins. Possuem evolução do tipo holometabólica, isto é, obrigatoriamente passam pelas fases de ovo, larva, pupa e adulto. Constitui uma das maiores ordens de insetos, com cerca de 100 espécie de maior interesse médico/sanitário é a Mosca famílias descritas e 85.000 espécies conhecidas.domestica, e sua ocorrência, distribuição e predominância são fatores de grande importância para a avaliação das condições de saúde de uma população, pois indicam os seus hábitos de higiene e de organização tanto doméstico como empresarial. Assim, o número desta espécie é muito dependente das condições sanitárias vigentes, ocorrendo milhares delas quando há deficiência no serviço de coleta de lixo urbano ou tratamento do esterco dos animais, visto que as fêmeas fecundadas procuram resíduos orgânicos em decomposição (esterco, cadáveres, lixo orgânico, etc.) para a realização da postura.As moscas sinantrópicas podem veicular patógenos pelos seguintes mecanismos: a) pela regurgitação alimentar (alimenta-se em fezes, feridas ou animais mortos e, depois, voando a distância, deposita a saliva contaminada sobre o alimento humano); b) pela veiculação mecânica de patógenos aderidos as patas e cerdas do corpo. Através de dejetos da mosca, dificilmente ocorre infecção humana, pois apesar de suas fezes possuírem patógenos, as moscas usualmente defecam em paredes, tetos, fios etc. Além disso, a M. domestica pode exercer o papel de hospedeiro intermediário de alguns helmintos de importância veterinária (Habronema, Raillietina).
O estudo da Ecologia das moscas sinantrópicas possibilita aperfeiçoar as ações de controle, tornando-as mais eficientes.
8
Ciclo Biológico
Sendo insetos holometabólicos, sua evolução é completa. É variadíssimo o meio escolhido por cada espécie para fazer a postura e o desenvolvimento da larva. Assim, temos vários tipos de matéria orgânica em decomposição (folhas e paus podres), fezes animais ou humanas, cadáveres, lama, água parada ou corrente etc.
O processo ocorre em um período médio de 40 dias (30-45). No desenvolvimento pós-embrionário, dos ovos eclodem as larvas, que são vermiformes e não possuem patas, e estas evoluem por pelo menos três mudas de pele e alimentam-se dos restos orgânicos a sua volta. No prazo médio de uma semana penetram em local seco (normalmente no solo) para empupar, passando então por um grande processo de transformação conhecido como metamorfose, de onde surge a mosca adulta.
 Ovo
Os ovos são geralmente ovais ou esféricos, mas podem ser também, dependendo da espécie, cilíndricos, achatados ou pedunculados. Nos períodos de calor eclodem entre 12 e 24 horas e nas épocas frias entre 3 e 4 dias.colocados nas porções úmidas e sombreadas (frestas) do substrato.
Larva
As larvas passam por três estágios, que, em geral, duram de cinco a oito dias. 
Porém, durante o inverno, o desenvolvimento larvar pode prolongar-se por várias 
semanas. O primeiro estágio mede cerca de 2mm de comprimento e o terceiro de 10 
a 14mm. 
As larvas são claras e movimentam-se ativamente. Alimentam-se de substâncias solubilizadas e bactérias. São vermiformes; ápteros (desprovidos de pernas); as antenas são reduzidas a pequenas papilas; as partes bucais variam com o hábito alimentar. O gênero Mosca desenvolve-se em restos orgânicos em decomposição, lixos domésticos, estercos e fezes, caracterizando-se como coprófagas. Os gêneros quando estão prestes a puparem, deslocam-se para ambientes mais secos (partes mais altas do esterco ou penetram debaixo de folhas, capim, terra fofa etc.). Permanecem imóveis então, iniciando o processo de pupação.
Pupa
As larvas tomam a forma de um pequeno barril de cor clara e, pela quitinização 
progressiva, cerca de algumas horas após já estão de cor castanha-escura. A fase 
de pupa dura cerca de quatro a seis dias no verão e no inverno prolonga-se por 
várias semanas. Após um período de 04 a 05 dias o adulto força com a cabeça a 
abertura de uma calota que lhe permite a passagem ao meio exterior.
Figura 1. Mosca Doméstica Figura 2 Mosca dos Estábulos
10
Os adultos vivem cerca de 30 dias.
 Principais espécies 
As espécies de maior interesse são: Mosca domestica (a mosca doméstica) e Stomoxys calcitrans (a mosca dos estábulos), entre outras. por raramente invadir os domicílios, sendovista frequentemente pousada nas paredes dos estábulos, moirões e fios de cerda.Mosca domestica( Stomoxys calcitrans).Moscas da espécie M. doméstica veiculam patógenos e podem exercer papel de hospedeiro intermediário de alguns helmintos de importância veterinária (Habronema, Raillietina).
Em relação ao S. calcitrans, é sua hematofagia que realmente é grave. A introdução da sua probóscida na pele é bastante dolorosa e, após sua retirada, deixa um pequeno orifício, do qual emerge uma gotícula de sangue. Durante os meses quentes e chuvosos (novembro a março), ocorrem ataques de milhares destas moscas picando animais, como bovinos, equinos, suínos, cães e gênero. Em suma, de modo geral, essas moscas podem transportar agentes patogênicos e parasitários, tais como bactérias, vírus, protozoários e/ou ovos de helmintos para o homem e animais domésticos. Assim, podem se tornar agentes da salmonelose, febre tifóide, paratifo, tuberculose, conjuntivite, tracoma, poliomielite, cólera, etc no homem e desinteria bacilar, carbúnculo hemático, mastite, etc nos animais domésticos. Também transmitem alguns agentes etiológicos de parasitos internos tais como Taenia, Ascaris, Ancylostoma, Necator, Trichuris, Toxoplasma, Entamoeba e Giardia.
Miíase :
Entende-se por miíase a doença parasitária do homem e outros vertebrados causada por larvas de dípteros que completam seu ciclo ou pelo menos parte do seu desenvolvimento dentro ou sobre o corpo do hospedeiro, alimentando-se dos tecidos vivos ou mortos deste.
 Etiopatogenia
São muitas as espécies de moscas envolvidas na etiologia da miíase. Algumas que merecem destaque estão listadas a seguir:
• Cochliomya hominivorax (“mosca varejeira”) é a espécie mais importante nesse contexto em toda a região Neotropical (América Tropical).
Dermatobia hominis, ou mosca do berne, é frequente em certas regiões brasileiras, exceto, por exemplo, na região Amazônica; Espécies da família Sarcophagidae, como a Saecodexia lambens;
• Alouattamyia baeri, um agente habitual do berne em macacos guaribas (bugios), sendo encontrado eventualmente parasitando o homem;
• Anastrepha sp. e outros agentes de miíase quase sempre transitória da luz do intestino.
As miíases são mais freqüentes na zona rural. 
As moscas adultas da espécie Cochliomyia hominivorax têm hábitos diurnos. As fêmeas, durante o período de oviposição, são fortemente atraídas pelo cheiro de sangue derramado ou pelo odor fétido de tecidos vivos em sofrimento. Assim, constituem condições predisponentes à instalação do parasitismo: a falta de asseio, particularmente no período menstrual ou puerperal, lesões vegetantes, ulcerações, supurações, lesões traumáticas abertas, entre outros. Durante a oviposição, ocorre a liberação de 200 a 300 ovos, em massas compactas nas bordas da lesão prévia, se existente. Os ovos eclodem e originam as larvas nas primeiras 24 ou 48 horas 
18
Larvas e pupas de Cochliomyia hominivorax em meio de cultura. 
O máximo de desenvolvimento das larvas ocorre por volta do sexto dia, quando apresentam-se robustas. Rapidamente, essas larvas causam ulcerações e fistulização, com ampla destruição de tecidos moles, podendo levar a graves mutilações, mal respeitando as estruturas ósseas. Estas, quando menos resistente, podem sofrer destruição, como por exemplo, lesões na face e no ouvido médio. As alterações anatomopatológicas são, porém, inespecíficas, de modo que a etiologia somente será reconhecida mediante a demonstração do parasito ao nível da lesão.
Em se tratando de Dermatobia hominis, pode-se destacar o mecanismo curioso que envolve a biologia desta espécie (ciclo de vida) .
do 
 Há sempre a participação de um vetor mecânico, inseto alado de igual ou menor porte (mosquito ou mosca), no qual a fêmea de D. hominis deposita os ovos. A ovoposição ocorre após aprisionamento em forma de cacho de banana, para o qual é necessária a participação de uma substância cimentante. Em seguida, ocorre o desenvolvimento dos embriões até o momento da eclosão dos ovos, quando, aptos para penetrar no tegumento do hospedeiro, são estimulados pelo calor e pelo dióxido de carbono desprendidos do corpo do animal, propiciando a remoção do opérculo em forma de unha e fixando-se no pêlo mais próximo para penetrar na pele circunvizinha.
Larvas de Dermatobia hominis no segundo estágio de desenvolvimento Entretanto, as larvas não causam invasão profunda, instalando-se sobre a pele íntegra e gerando lesões que se caracterizam pelo aspecto furunculóide. A infecção evolui, muitas vezes, para a cura espontânea, posto que quando a larva atinge terceiro estágio, ou seja, a maturidade, abandona naturalmente o hospedeiro para pupar no solo.
A espécie Cochliomyia hominivorax, de distribuição exclusivamente neotropical, é 
um parasito habitual de primatas não humanos. Desconhece-se o mecanismo completo de infecção, mas há estudos que sugerem que macacos ingerem ovos embrionados no momento da alimentação por folhas dos vegetais. Entretanto, esse 
mecanismo não parece elucidar a infecção em humanos.
Os sarcofagídeos são considerados parasitas acidentais em humanos. Suas larvas são elementos constitutivos da fauna cadavérica. Entretanto, as fêmeas vivíparas parecem larvipositar em organismos vivos que possuem como atrativo o odor fétido de lesões necróticas, ou de urina em franca decomposição. Outro mecanismo admitido é a ingestão de larvas dessa espécie que contaminaram alimentos.
As Anastrepha (“bicho-de-goiaba”) e outras espécies causadoras de miíase intestinal são adquiridas em frutos infestados ou no leite.
 Miíases primárias
Na Miíase primária, a mosca deposita os ovos na pele junto às lesões tegumentares simples, como arranhões, picadas de insetos, escoriações, abrasões, lesões ulcerosas, feridas de pé diabético.O ovo adere à superfície da pele e, com a eclosão dele, a larva penetra ativamente pela lesão, digerindo o tecido da pele, e se entoca na derme ou tecido subcutâneo, aí permanecendo para desenvolver-se. Forma-se, então, a lesão furunculóide: um nódulo de pouco aspecto inflamatório, com um orifício central, por onde a larva penetrou e por onde respira, através do qual a mesma se protunde.
Nesse tipo de Miíase, há um vetor intermediário, que, habitualmente, é a mosca. 
 Miíases secundárias:
Na Miíase secundária, os ovos são depositados em ulcerações expostas de pele e orifícios ou cavidades naturais, previamente infectados. Nelas, as larvas desenvolvem-se alimentando-se de tecido morto.
A mosca é atraída pelo odor que exala da lesão e nela deposita seus ovos. Dentro de três semanas estes eclodem liberando as larvas que passam a digerir o tecido necrosado. Dentre as miíases secundárias, destacam-se a anorretal, a vulvovaginal, a otomiíase, a intestinal, a oftalmomiíase, as orais, as pulmonares e as anorretais.
 Aspecto clínico das lesões e tratamento:
21
Oftalmomiíase:
Nesta, incluem-se neste grupo as miíases do globo ocular e as conjuntivais, aquelas determinadas principalmente pela Cochliomyia hominivorax e pela Dermatobia hominis. Os principais sintomas, nos quadros dessa localização, são dor intensa, edema, hiperemia conjuntival, sensação de corpo estranho e abundante secreção lacrimal. Infecções microbianas associadas contribuem para complicações, como conjuntivites intensas, ulcerações da córnea, panoftalmites e até ruptura e destruição do globo ocular.
Miíases Orais :
As lesões dessa localização podem instalar-se primariamente na cavidade bucal ou decorrer da extensão de outras, vizinhas, como por exemplo das fossas nasais. Caracterizam-se por úlceras destrutivas, que drenam secreção serossanguinolenta de odor fétido. Na maioria dos casos são produzidas por fatores predisponentes, constituem forte atrativo para as moscas depositarem seus ovos nessa região.
Miíases Rinofaríngeas. Referidas por Wolffenbüttel (1953)como as mais temidas e 
Comuns das formas de miíases. As larvas aí sediadas quase sempre de cartilagens, o arcabouço nasal e a abóbada palatina, podendo penetrar nos seios paranasais e mesmo atingir a cavidade craniana, levando ao óbito. O prognóstico é, portanto, de considerável potencial de gravidade.
22
Miíases Intestinais. 
A infecção resulta da ingestão de alimentos (verduras, frutas, leite) contaminados com larvas ou ovos de mosca. As secreções digestivas não modificam a vitalidade das larvas; apenas o suco gástrico representa relativa defesa, a que elas, entretanto, ainda assim resistem. As larvas exercem sobre o trato digestivo diferentes tipos de ação: traumática, inflamatória, infecciosa, tóxica e espoliativa. Segundo sua evolução, distinguem-se as formas agudas e crônicas. 
Os sintomas da fase aguda são transtornos dispépticos, acompanhados de diarréia e vômitos que cessam com a expulsão das larvas. Quanto às formas crônicas, há autores que sustentam a possibilidade de larvas de sarcofagídeos e de algumas outras espécies persistirem durante anos (5 a 10) na luz do intestino do hospedeiro, promovendo dor epigástrica, vômitos freqüentes e episódios diarréicos, às vezes com muco e sangue.
Miíases Pulmonares. 
São de ocorrência rara e geralmente decorrem de formas nasais graves, principalmente as determinadas por C. hominivorax. Larvas desta e de outras espécies podem também penetrar através da pleura, valendo-se de empiemas fistulizados ou de feridas que atinjam essa serosa. Entre as miíases dessa localização destaca-se, pelo exotismo da história clínica e por sua etiopatogenia, aquela decorrente do parasitismo por larvas de Alouattamyia baeri. Há apenas 3 casos registrados na literatura, todos amazônicos. Em todos há história de tosse intensa e persistente, e a eliminação do parasito é sempre precedida de uma exacerbação desse sintoma, num acesso violento, acompanhado de sensação de sufocação e "de um bicho subindo pela garganta" ou "mexendo dentro". Pode ocorrer dor torácica, dispnéia, expectoração sanguinolenta, roncos e sibilos expiratórios, pneumotórax, náuseas, vômitos, dor epigástrica, febre e acentuada perda ponderal. O mecanismo de infecção permanece não esclarecido.
Otomiíases. 
 A ocorrência de miíases no aparelho auditivo depende, fundamentalmente, de dois fatores predisponentes: a presença de supuração local e ausência de cerume Os principais sintomas dessa localização são dor local intensa, que exacerba com manobras de compressão da região mastóidea, secreção pio-hemática fétida e, às vezes, otorragia. Podem surgir, ainda, sensação vertiginosa e acessos de tosse, penetração de um inseto no ouvido. As complicações mais comuns são a perfuração timpânica destruição do ouvido médio e invasão das meninges. A visualização otoscópica das larvas é fundamental para estabelecer o diagnóstico etiológico. As espécies mais envolvidas são a Cochliomyia hominivorax e alguns sarcofagídeos.
Miíases Anorretais,
Além das manifestações características da lesão predisponente, é habitual a ocorrência de ulcerações e fistulização, acompanhadas de dor, desconforto, secreção abundante, odor fétido e, evidentemente, a presença das larvas. O agente mais importante das lesões dessa localização é, ainda, a 
Vulvovaginais,
Habitualmente dessa mesma etiologia específica, estas miíases se assestam sobre lesões condilomatosas ou prolapso do útero, embora a simples falta de asseio já possa justificar a atração da mosca adulta. Caracterizam-se, quase sempre, pelo prurido intenso, dores lancinantes As lesões produzidas pelas larvas se caracterizam por úlceras anfractuosas profundas, ou em saca-bocados. A secreção oriunda de tais lesões é serossanguinolenta e extremamente fétida. A dor na região vulvovaginal pode dificultar o ato de sentar e a deambulação. Em alguns casos pode ocorrer febre e adenopatia inguinal.
Berne,
A mosca Dermatobia hominis, cuja fase larval, no Brasil, é denominada por berne, encontra-se distribuída desde o sul do México, na América Central, em algumas 
26
ilhas do Caribe (Antilhas menores, Trinidad e Tobago) e em todos os países das 
América do Sul. dermatobiose (figura ao acima, mostrando no couro cabeludo), que se caracteriza pela formação de nódulos no hospedeiro, com a presença de uma ou mais larvas no interior.
As larvas nos seus diferentes ínstares (1º,2º e 3º) possuem espinhos ao longo do corpo e ao se movimentarem de forma retrátil, alcançando constantemente o orifício de abertura para respirarem, provocam dores e irritação, em que o animal se torna irrequieto e estressado Em infestações altas, há um emagrecimento, perda da capacidade produtiva e eventualmente a morte, principalmente se for jovem.
Processos inflamatórios com pústulas acontecem com freqüência, em alguns casos oriundos de uma reação inflamatória do próprio organismo animal, geralmente após estabelecida a larva ou quando ela morre dentro do nódulo. Em casos raros pode acontecer a instalação de miíases associada a mosca infecciosos.
As miíases furunculóides, principalmente quando localizadas ao nível da face ou do couro cabeludo, podem provocar edema semelhante ao dos traumatismos locais ou das ferradas de insetos himenópteros (vespas, abelhas e marimbondos). 
O berne difere o furúnculo por apresentar menor reação inflamatória e deixar drenar discreta serosidade pelo orifício central, quando levemente comprimido. A exsudação abundante e a dor local que ocorrem nas miíases destrutivas instaladas sobre feridas abertas podem simular, inicialmente uma complicação decorrente de infecção bacteriana da lesão prévia.
Conclusão: 
Muitas espécies de moscas estão associadas a seres humanos e ao seu ambiente modificado, constituindo várias pragas e importantes vetores de doenças, passando a ter importância médica e veterinária. A associação ocorre pelo fato de moscas serem exploradoras de substâncias e resíduos orgânicos produzidos pela atividade humana e animal, especialmente fezes e resíduos vegetais. As moscas, por sua capacidade de dispersão a longas distâncias estão frequentemente implicadas em intoxicações alimentares e podem ser facilmente identificadas no ambiente urbano, atuando como potenciais vetores de mais de 100 diferentes patógenos, desde vírus até formas parasitárias. O controle de moscas sinantrópicas é muito problemático, devido à grande mobilidade dos adultos e à enorme variedade de ambientes que podem ser explorados pelas formas imaturas. No Brasil, o controle das moscas, na maioria dos municípios, é ausente ou executado ineficientemente por meio de métodos inadequados. Entretanto, o controle se faz necessário como método de promoção da saúde e pode ser obtido por meio de boas práticas de armazenagem e de produção de alimentos, adequado acondicionamento e destino final de resíduos sólidos, bem como medidas preventivas capazes de reduzir a taxa de reprodução de insetos municípios, é ausente ou executado ineficientemente por meio de métodos inadequados. Entretanto, o controle se faz necessário como método de promoção da saúde e pode ser obtido por meio de boas práticas de armazenagem e de produção de alimentos, adequado acondicionamento e destino final de resíduos sólidos, bem como medidas preventivas capazes de reduzir a taxa de reprodução de insetos.
 Rio de Janeiro 12/2016
ANOPLURA: PIOLHO
Incluem-se nessa ordem os insetos vulgarmente conhecidos como piolhos. São todos eles hematófagos, com metamorfose gradual e parasitos de mamíferos.
Existem cerca de 532 espécies distribuídas em 15 famílias, duas das quais parasitam humanos: A) Pediculidae: com as espécies Pediculus humanus (Pediculus humanus corporis) e Pediculus capitis (Pediculus humanus humanus).
Pediculus capitis Pediculus humanus 
B) Pthiridae: com a espécie Pthirus púbis.
 Morfologia dos piolhos 
Esses pequenosinsetos, com adultos medindo em torno de 3 mm, pertencem à ordem Anoplura e, como todos os insetos, possuem o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome, e três pares de patas. São ápteros (sem asas) e possuem aparelho picador-sugador, pois são hematófagos obrigatórios de mamíferos, ou seja, alimentam-se exclusivamente de sangue. Em suas fortes patas encontra-se uma espécie de pinça formada por uma garra no tarso que se opõe à tíbia, e é com ela que os piolhos agarram-se firmemente aos pêlos. Essas características explicam muito sobre seus hábitos e modo de transmissão. 
Uma vez que não voam e não saltam como as pulgas, eles só passam de um indivíduo ao outro por contato. O hábito sugador causa a famigerada coceira e suas garras são os mantém firmes nos pêlos, o que justifica a dificuldade para se extrair os piolhos.
Os ovos branco-amarelados de 0,8 por 0,3 mm, conhecidos como lêndeas são colocados fortemente aderidos à base dos pêlos e às fibras das roupas, graças a uma substância acinzentada cimentante secretada por glândulas das fêmeas.
 Ciclo de vida dos piolhos 
Os piolhos que vivem na cabeça e os que vivem no corpo possuem diferenças na postura dos ovos. Os primeiros colocam em torno de 7 a 10 ovos por dia na base dos fios de cabelos (assim como os “chatos”, nos pêlos pubianos), enquanto os outros colocam mais de 100, principalmente nas dobras das roupas. O local de postura é um dos motivos que alguns estudiosos os consideram espécies diferentes, muito embora, em caso de grandes parasitemias os piolhos possam ser encontrados em outras partes do corpo que não as onde comumente vivem. Após um período de incubação de 6 a 9 dias, os ovos eclodem e as ninfas sofrem mais duas sucessivas trocas de exoesqueleto até se tornarem adultos prontos para se reproduzir, levando cerca de 15 dias. Todo esse período de eclosão, maturação e vida irá depender de fatores como temperatura e pH.
É importante saber que, em todos esses estágios os piolhos se alimentam de sangue várias vezes ao dia. Eles vivem em torno de 40 dias, e cada fêmea põe, em média, 250 ovos durante sua vida. 
A reação do hospedeiro à saliva secretada na hora de sugar o sangue resulta em uma dermatite e o prurido leva o indivíduo a coçar a região. Isso leva à formação de uma porta de entrada para microorganismos, aumentando ainda mais a coceira e podendo levar a complicações mais graves.
 Doenças transmitidas por piolhos 
A infestação por piolhos é denominada pediculose. Desse modo, há a pediculose do couro cabeludo e a do corpo, porém quando a infestação é pelo piolho-chato, a denominação passa a ser pitiríase, ftiríase, pitirose ou fitirose.
Em relação ao piolho do couro cabeludo (figura acima), o prurido e a irritação da pele, principalmente na nuca e atrás da orelha, são o primeiro problema e principal sintoma da infestação. A partir disso, surgem as consequências: irritação, nervosismo e falta de concentração são comuns em crianças, causando diminuição do rendimento escolar e, mais raramente, problemas infecciosos ou anemia.
As crianças coçam constantemente a cabeça e, ao o fazerem, arranham, abrindo uma porta de entrada para microorganismos, o que pode gerar infecções, muitas vezes necessitando de um tratamento específico e mais demorado. Há relatos de postura de ovos e crescimento de larvas de mosquitos em feridas originadas deste processo ligadas, inclusive ao desenvolvimento da anemia, mas felizmente são casos raros, atingindo principalmente a população mais carente. Uma dieta pobre, aliada à constante hematofagia dos piolhos pode levar uma criança a um quadro anêmico.
Apesar de serem mais comuns nos infantes, os piolhos não tem preferência por idade, sexo ou classe social. O que favorece a maior prevalência entre as crianças é,justamente, o modo de transmissão: os piolhos não voam, nem pulam e necessitam de contato íntimo para passarem de um indivíduo a outro. O convívio em escolas e creches, as brincadeiras e constante contato físico favorecem o deslocamento. E, embora não seja unânime entre os pesquisadores, acredita-se que fômites, como pentes, escovas, bonés, fronhas, venham a ser outra importante via de transmissão. 
As lêndeas pouco provavelmente poderiam passar do cabelo de uma pessoa a outra, porém as ninfas e os adultos podem facilmente, e estudos apontam que os piolhos podem passar até 2 a 3 dias sem se alimentar.
O piolho do corpo, por sua vez, tem algumas características próprias, pois seus ovos são postos nos fios das roupas, incluindo a roupa de cama. Como necessitam do calor do corpo para sua maturação e eclosão, a troca de roupas infestadas entre as pessoas pode ser um mecanismo de transmissão. A maior prevalência encontra-se nas populações marginalizadas, pois a higienização das roupas é bem menos frequente. Embora na grande maioria dos países não seja considerado um problema de saúde pública, o piolho do corpo já foi responsável por muitas mortes no passado. Ele é o vetor da febre recorrente (causada por Borrelia recurrentis) transmitida pelo esmagamento dos insetos entre os dedos ou dentes, da febre das trincheiras (por onde eles ficam presos ).
O “chato” habita os pêlos da região genital e perianal, e seu modo de transmissão se dá principalmente pelo contato sexual. O ciclo de vida e o os sintomas são muito semelhantes ao do piolho do couro cabeludo, porém na região pubiana. O “chato” pode ser encontrado nos pelos das coxas, axilas, sobrancelhas e barba, podendo, inclusive, ser responsável por casos maciços de infestação na cabeça.
A pediculose 
 É uma infecção parasitária provocada pelos piolhos, que atingem crianças de todos os estratos sociais e não apenas as das comunidades carentes, onde as condições de higiene deixam a desejar.
. O piolho deposita seus ovos na base do folículo piloso. Se os cabelos não forem cortados totalmente, o tratamento pode ser feito com produtos inseticidas, semelhantes aos usados para escabiose. Acontece que as lêndeas resistem à ação desses medicamentos.As lêndeas são visíveis, especialmente se forem muitas. Embora sejam parecidas com descamações comuns na seborréia, estão grudadas no pêlo e não saem se forem puxadas.
42
SIPHONAPTERA: PULGAS
Morfologia das pulgas
São insetos sem asa e achatados lateralmente, medem cerca de 1,5 a 4 mm. São ectoparasitas, hematófagos, holometábolos(metamorfose completa), não tem olhos compostos mais podem ter olhos simples. Possuem pernas longas adaptadas para pular,presença de cerdas projetadas para trás e antenas curtas. Algumas pulgas podem pular mais de 100 vezes o tamanho do seu corpo( 3mm-30cm).
 Principais espécies
Das 8 famílias de pulgas existentes no Brasil, apenas três apresentam espécies de importância médica.
Pulex irritans
A “pulga do homem” é cosmopolita, parecendo ser originária da Europa, de onde dispersou-se por todo mundo. Viver no domicílio humano, onde se alimenta de sangue de seus moradores, mas pode ser encontrada no cão e, menos freqüentemente, no gato, no porco, nos ratos domésticos, ou sobre vários outros animais. De um modo geral, Pulex irritans vive fora do corpo de seus hospedeiros. Procurando-os somente para os repastos sanguíneos. Em conseqüência, pode ser encontrada sobre os mais diversos hospedeiros. Está muito bem adaptada às habitações humanas, onde chega a ser abundante, e tem preferência pelo sangue do homem.
43
Apesar de molestar por sua picada, causando insônia, à noite, nos pacientes mais sensíveis, sua participação na transmissão de doença é praticamente nula. Na transmissão da peste comporta-se com um mau vetor. Nos países de clima temperado, a reprodução das pulgas e sua agressividade contra as pessoas é maior no verão, parecendo que no inverno ataca mais freqüentemente os pequenos mamíferos. Em regiões subtropicais, porém, pode sucedero contrário.
O caráter molesto desses insetos parece relacionado, em larga medida, com um processo de sensibilidade dos pacientes à secreção salivar da pulga. No local da picada forma-se, em pessoas hipersensíveis, um halo eritematoso e com pequeno edema acompanhado, por vezes, de prurido e dor. Outras pessoas nada mais sentem que a cócega provocada pelo deambular do inseto sobre a pele.
O controle requer o uso de inseticidas e a limpeza dos locais, a fazer-se, quando possível, com aspiradores de pó.
Xenopsylla cheopis
É a pulga mais encontrada nos ratos domésticos, em quase todo o Brasil. Sua distribuição geográfica abrange as regiões tropicais e algumas áreas temperadas, como nos EUA.
A importância da identificação de X. chepis resulta de ser ela o principal responsável pela transmissão da peste entre os ratos e entre os ratos e o homem.
As três espécies são desprovidas de ctenídeos. Porém, gênero Xenopsylla, as cerdas da região occipital da cabeça dispõem-se em forma de “V”, enquanto Pulex apresenta aí uma única serda. No gênero Xenopsylla, a mesopleura mostra um espessamento interno vertical (a sutura mesopleural) que não existe em Pulex.Para distinguir X. braziliensis, basta considerar que, a segunda espécie tem a cerda antepigidial implantada em um tubérculo saliente, o que não ocorre em X. cheopis; e, nas fêmeas, a diferença mais notável está na forma da espermateca: o corpo desta é muito menor que a cauda, em X. cheopis, e de tamanho equivalente e X. 
braziliensis.
Seu desenvolvimento, através das fases do ovo, larva (três estágios), pupa e inseto adulto, demora cerca de um mês, no verão, e de dois a dois meses e meio no inverno, segundo observações feitas em São Paulo e em diversos outros lugares. A longevidade alcança três meses ou mais. 
Tunga penetrans
É o "bicho-de-pé", também chamado de "bicho-de-porco" e "bicho-de-cachorro". Apesar de ambos os sexos serem hematófagos, apenas a fêmea é que penetra nos tecidos alimentando-se de líquido tissular e sangue e se enchendo de ovos, tomando uma forma hipertrofiada, denominada meosoma. É a menor espécie de pulga conhecida (lmm). Tudo indica que essa espécie é originária da América, tendo posteriormente atingido a África. Os hospedeiros atacados mais frequentemente são: porco, homem, cão e gato. No homem, prefere penetrar principalmente na sola plantar, calcanhar, cantos dos dedos (dos pés e mãos) e raramente no escroto, ânus e pálpebras. Quando as lesões cutâneas são numerosas, próximas entre si e localizadas na borda do calcanhar, recebem a denominação "favo de mel". Machos e fêmeas permanecem em locais secos, próximos de chiqueiros, montes de esterco e no peridomicílio (jardins, hortas).Em geral, a disseminação desta espécie é feita através de dois mecanismos principais:
Ovos, larvas, pupas ou adultos são disseminados com o esterco oriundo de sítios e fazendas, comprado com a finalidade de se adubar hortas e jardins; o esterco, ao chegar no domicílio e contendo as diversas formas da pulga, passa a ser um novo foco da mesma;
 Ciclo de vida
A fêmea bota cerca de 20 ovos por vez e 400-500 ovos ao longo de sua vida. Os ovos ficam na poeira e sujidade e raramente no hospedeiro. As larvas eclodem de 2-16 dias dependendo do ambiente. Consistem de 3 segmentos torácicos e abdominais. São encontradas em fendas em pisos, ninhos, locais de descanso de animais, ao abrigo da luz.A larva dá origem a uma pupa(7-10dias) com casulo aderente que se reveste de resíduos do ambiente.
 Doenças associadas
 Atuando como parasitas, são agentes espoliadores sanguíneos (machos e fêmeas), com várias espécies continuando a exercer a hematofagia, mesmo após repletas; provocam irritação da pele devido à picada, ocasionando dermatite e reações alérgicas de intensidade variada ( ex., prurido de Hebra); causam lesões cutâneas nos locais de parasitismo por Tunga penetrans (bicho-de-pé), com a possível veiculação mecânica do tétano (Clostridium tetani), de gangrenas gasosas (Clostridium perfrigens) e de esporos de fungos (Paracoccidioides brasiliensis).Em altas infestações, alguns animais de pequeno porte podem apresentar-se anêmicos, pelas sucessivas hemato fagias. Antígenos preparados de pulgas podem induzir hipossensibilidade ao hospedeiro, quando injetados intradermicamente em concentrações graduais. Reações cruzadas entre antígenos de Ctenocephalides e mas que picam o homem) podem ocorrer. A tungíase apresenta alta prevalência .
Atuando com transmissores ou vetores Como viroses (Mixoma mollitor, agente da mixomatose em coelhos); Em doenças bacterianas: Yersinia pestis, agente da peste bubônica; Francisella tularensis, agente da tularemia; Salmonella enteritidis e Salmonella typhimurium,agentes de salmoneloses. Rickettsia mooseri, agente do tifo murino, que atinge humanos também.
Recentemente usando-se técnicas moleculares, Rickettsia felis foi diagnosticada em pulgas Ctenocephalides, em Minas Gerais. Esta espécie de bactéria é agente etiológico de uma nova riquetsiose que infecta humanos no México, EUA e Brasil.A técnica da PCR tem também permitido reconhecer DNA de Leishmania chagasi em Ctenocephalides, retiradas de cães naturalmente infectadas, levantando, assim, a possibilidade da transmissão mecânica do calazar canino por meio de pulgas.
Atuando como hospedeiros intermediários:
• Protozoa: Trypanosoma lewisi, com evolução em roedores sinantrópicos;
• Cestoda: Dypilidium caninum, com evolução no cão (ou acidental no homem); 
posteriormente no homem elou roedores;
• Nematoda: Dipetalonema reconditum, verme filaria1 com posterior 
desenvolvimento em cães.
47
Peste bubônica
A peste bubônica também é conhecida como peste negra. Tal denominação surgiu graças a um dos momentos mais aterrorizantes da história da humanidade protagonizado pela doença: durante o século 14, ela dizimou um quarto da população total da Europa (cerca de 25 milhões de pessoas).A peste é causada pela bactéria Yersinia pestis e apesar de ser comum entre roedores, como ratos e esquilos, pode ser transmitida por suas pulgas (Xenopsylla grande número de animais contaminados. Deste modo, o excesso de bactérias pode entupir o tubo digestivo da pulga, o que causa problemas em sua alimentação. Esfomeada, a pulga busca novas fontes de alimento (como cães, gatos e humanos). Após o esforço da picada, ela relaxa seu tubo digestivo e libera as bactérias na corrente sangüínea de seus hospedeiros.
A doença leva de dois a cinco dias para se estabelecer. Depois surgem seus 
primeiros sintomas, caracterizados por inflamação dos gânglios linfáticos e uma leve 
tremedeira. Segue-se então, dor de cabeça, sonolência, intolerância à luz, apatia, 
vertigem, dores nos membros e nas costas, febre de 40oC e delírios. O quadro pode 
se tornar mais grave com o surgimento da diarréia e pode matar em 60% dos casos não tratados.Atualmente o quadro de letalidade é mínimo devido à administração de antibióticos, como a tetraciclina e a estreptomicina. Também existem vacinas específicas que podem assegurar a imunidade quando aplicadas repetidas vezes. No entanto, a maneira mais eficaz de combate à doença continua a ser aprevenção com o extermínio dos ratos urbanos e de suas pulgas.
48
 ACARI: CARRAPATOS
Os carrapatos são descritos em Zoologia na Ordem dos Acarina, e encontram-se 
difundidos por toda a Terra, e concomitantemente à sua atividade hematófaga, intervém também como transmissores de muitos outros agentes causadores de doenças, como vírus, bactérias, protozoários e riquétzias, funcionando portanto como vetores de doenças, tanto aos animais como ao homem.
Geralmente têm a forma oval, e quando em jejum são planos no sentidodorso-ventral, porém quando repletos de sangue de seus hospedeiros, pois é o sangue seu alimento, apresentam-se então convexos e até esféricos. Algumas espécies podem ter até 25 mm de diâmetro, e sua carapaça quitinosa de revestimento, verdadeiro exoesqueleto, é firme e resistente, relativamente à sua pouca espessura. Algumas espécies permanecem toda vida adulta sobre seus hospedeiros, e por isso classificados como parasitas permanentes, outros abandonam-no após haverem sugado sangue e então são classificados como parasitas temporários, melhor dizendo, ecto-parasitas temporários, pois vivem na cobertura pilosa dos mamíferos, seus hospedeiros, apenas parte de seus ciclos biológicos de vida.
 Principais Espécies
Os carrapatos verdadeiros estão compreendidos na subordem Ixodida, são acarinos de porte relativamente grande, ectoparasitos sugadores de sangue de vertebrados.
A subordem Ixodida tem duas famílias de interesse médico e veterinário: Argasidae e Ixodidae. 
Os Argasidae têm um aspecto coriáceo, praticamente sem dimorfismo sexual. 
Durante sua evolução, têm pelo menos dois estágios ninfais. Tanto os machos quanto as fêmeas, de hábitos noturnos, sugam várias vezes em sua longa vida. 
A Anocentor nitens
É a única espécie do gênero Anocentor descrita no Brasil. Parasita o pavilhão da orelha e divertículo nasal de equinos, menos frequentemente parasita bovinos.
 Rhipicephalus sanguineus
É conhecido como “carrapato vermelho” do cão, que é seu principal hospedeiro. Pode transmitir a Babesia uma espécie de três hospedeiros. Já foi encontrado parasitando o homem, tendo sido descritos vários casos de Ehrlichia canis neste hospedeiro. Sendo reservatório e vetor de erliquiose canina, o Rhipicephalus poderá provocar o aumento da incidência desta doença entre os humanos. Macerados de R. transmitiram o protozoário para hamster experimentalmente inoculados. Esse achado mostra a possibilidade desse carrapato ser transmissor mecânico do calazar entre cães, pois esse animal ingere carrapatos.
As fêmeas, 4 a 5 dias depois de alimentadas,começam a ovipor. Em duas semanas, pôe 1.000 a 3.000 ovos, que eclodem em três semanas, a 25ºC. Decorridos mais 4 ou 5 dias, estão aptas a instalarem-se sobre seu primeiro hospedeiro. O ciclo vital completa-se em dois a três meses, porém nas regiões temperadas pode haver hibernação, seja na fase ninfal, seja na fase adulta. A longevidade dos adultos é de um ano, aproximadamente, prolongando-se nas regiões de clima frio.
 Boophilus microplus
Caracteriza-se pelo rostro curto, tendo os palpos mais curtos que as quelíceras. O capítulo tem base hexagonal. Os olhos estão presentes e os estigmas são circulares. Placas adanais em número de dois pares.
52
É o mais ectoparasito de bovinos na América do Sul. Pode ser também encontrado em outros hospedeiros domésticos e silvestres. Esta espécie causa enorme prejuízo a pecuária, através da espoliação sanguínea, inoculação de toxinas e transmissão doenças, entre elas a babesiose, que é uma hemoprotozoose que infringe sérias perdas aos rebanhos, podendo atingir também humanos.
 Amblyomma cajennense
Possivelmente esta é, entre as dezenas de espécies no Brasil, a mais comum e mais importante na transmissão de doenças para os humanos. Ataca os equídeos, porém tem pouca especificidade parasitária, principalmente nos estágios de larva e ninfa. Suas larvas são conhecidas por "carrapatinhos" ou "micuins" e atacam o homem vorazmente. Os adultos são conhecidos por "carrapato-estrela" ou "rodoleiro". Durante a estação seca, as larvas desta espécie são comuns nas pastagens. Acumulam-se aos milhares nas extremidades dos galhos de arbustos, dos campos e cerrados, e aderem imediatamente aos animais e aos indivíduos que passem roçando nas vegetação.exigem três hospedeiros para completarem seu ciclo. No fim de cada estágio de desenvolvimento, o carrapato abandona o hospedeiro para realizar muda de cutícula. As fêmeas fazem posturas de 6 a 8 mil ovos. As picadas desta espécie provocam ferimentos, às vezes, de cura demorada. Pode reter o vírus da febre amarela e é, em nosso meio, a mais importante transmissora da febre maculosa (Rickettsia rickettsi). Essa riquétsia pode ser mantida em reservatórios silvestres e domésticos (cão), bem como no próprio carrapato, onde ocorre transmissão transovariana. Além disso,é o principal transmissor do tifo exantemático de São Paulo. O A. cajennense é também o provável vetor da doença de Lyme no Brasil. No Mato Grosso do Sul, foram encontradas formas espiraladas semelhantes a Borrelia única capaz de infectar aves e mamíferos, o que, certamente, pode facilitar a transmissão desse patógeno.
Ciclo de um hospedeiro
O ciclo de monoxeno ocorre quando, em todos os três estágios, os parasitas se alimentam no mesmo hospedeiro, onde também se realizam as ecdises.
As fêmeas, após serem fecundadas, ingurgitam e caem no solo, onde depositam ovos. Os machos permanecem no corpo do hospedeiro, por um período maior de tempo, onde acasalam-se com outras fêmeas. Nos climas tropicais úmidos o ciclo se completa sem interrupção, porém mostrando uma sazonalidade distinta dos estádios.
O Boophilus microplus
 com seu ciclo biológico curto, completa duas a três gerações por ano em regiões onde a temperatura é mais amena (sul do país) e ao redor de cinco gerações em locais mais quentes (sudeste).
Ciclo de dois hospedeiros
Ocorre quando, nos estágios de larva e ninfa, se alimentam no mesmo hospedeiro, onde também se realiza a primeira ecdise; a segunda ecdise se realiza no solo e o ixodídeo adulto procura um segundo hospedeiro para se alimentar.
Este ciclo está presente em algumas espécies de Hyalomma e Rhipecephalus encontradas em estepes ou savanas onde ocorre uma longa estação seca e pouca chuva. A larva alimentada não cai no solo, ficando presa no hospedeiro.Após a primeira muda, as ninfas escapam da exuvia larval e movem-se a uma curta distância antes de fixar-se ao mesmo animal. As ninfas engurgitadas caem no solo, realizam a segunda muda, agora para o estágio adulto,e procura um segundo hospedeiro, geralmente maior, para se alimentar. As fêmeas alimentadas caem no solo e ovipositam antes de morrer.
Ciclo de três hospedeiros
Neste ciclo, para cada estádio corresponde um hospedeiro e todas as mudas são realizadas fora dos hospedeiros.É o tipo de ciclo que ocorre com mais frequência entre os ixodideos. Cerca de 600 a 650 espécies deste grupo apresentam este tipo de ciclo biológico. 
Dermacentor andersoni e os sintomas desaparecem, em geral, quando os carrapatos são removidos.
Febre Maculosa
As rickettsioses do grupo da febre maculosa apresentam características clínicas semelhantes e são causadas por rickéttsias estreitamente relacionadas.Nas Américas, Rickettsia rickettsii é o agente etiológico; no sul da Europa, na África e na ndia, R. Conorii é responsável pela febre botonosa; e na Austrália, R. Autralis.
A doença é conhecida também pelo nomes de tifo exantemático de São Paulo, febre maculosa das Montanhas Rochosas ou febre maculosa do Novo Mundo. Em outras regiões recebe nomes diferentes, como febre botonosa, tifo africano, tifo da Índia, febre exantemática do Mediterrâneo etc.A febre maculosa no Novo Mundo caracteriza-se por seu início súbito, com febre moderada a alta, que pode chegar a 40°C nos dois primeiros dias, e dura em geral duas a três semanas. Acompanha-se de mal-estar, cefaléia intensa, dores musculares e prostração.Por volta do terceiro ou quarto dias, aparece exantema característico e muito útil para o diagnóstico, começando pelas extremidades (punhos e tornozelos), que logo invade a palma das mãos, a planta dos pés e se estende centripetamente para quase todas as partes do corpo. São máculas róseas, de limites irregulares e mal definidos, com 2 a6 mmde dinâmetro; nos dias que seguem o exantema torna-se macropapular e depois petequial. As lesões hemorrágicas podem tornar-se coalescentes e formar grandes manchas equimóticas.
Os pequenos vasos são os primeiros locais de ataque das rickéttsias, sofrendo tumefação, proliferação e degeneração das células endoteliais, com formação de trombos e oclusão vascular. As fibras musculares lisas também podem ser envolvidas. As lesões vasculares conduzem a alterações nos tecidos vizinhos, especialmente na pele, no cérebro, na musculatura esquelética, nos pulmões e rins.Nos casos mais graves, podem surgir delírio, choque e insuficiência renal. A falência circulatória pode levar a anóxia e necrose dos tecidos, com gangrena das extremidades.
Na ausência e tratamento específico, a letalidade é de cerca de 20%; mas a morte é rara nos casos diagnosticados e tratados prontamente.Ainda assim, nos EUA, têm-se registrado 4 a 6% de óbitos entre os casos notificados em anos recentes.
A febre botonosa do Mediterrâneo, África e Índia costuma ser mais benigna (letalidade inferior a 3%, mesmo sem tratamento) e se inicia, no ponto da picada do carrapato, com uma lesão ulcerativa, de 2 a 5 mm, e negra na parte central (“tache noire”). O diagnóstico é feito com provas de fixação do complemento ou com imunofluorescência, feitas com antígenos específicos para o grupo da febre maculosa. Os resultados tornam-se positivos a partir da segunda semana. O tratamento consiste na administração de antibióticos de amplo espectro, como o cloranfenicol ou as tetraciclinas, sem esperar a confirmação laboratorial do iagnóstico, que proporcionam excelentes resultados.
Febre Q
É outra rickettsiose, devida à Coxiella burnetti, e pode ser transmitida por carrapatos, nos EUA e em várias outras regiões do mundo. Ainda não foi diagnosticada no Brasil.
58
O C. brunetti 
E um microrganismo particularmente resistente, em estado livre, às condições do meio ambiente, podendo disseminar-se pela poeira dos lugares contaminados. Epidemias explosivas tiveram lugar entre pessoas que trabalhavam em currais e na indústrias de processamento de carnes e derivados. Também afeta laboratoristas que se ocupam de isolamento do agente e do diagnóstico da doença.Os reservatórios da infecção compreendem o gado bovino, ovino e caprino, bem como alguns animais silvestres (marsupiais), sendo que em geral eles tê infecções assintomáticas. Nos carrapatos a Coxiella burnetti propaga-se por via transovariana.
A presença desse agente patogênico no organismo humano conduz à hipertrofia macrófago-linfóide do baço e do fígado e, nos casos mais graves, a uma pneumonite com infiltrado de células mononucleares. Há febre alta, que dura de uma a quatro semanas, mas sem exantema. Nos indivíduos com lesões valvulares ou próteses assume um curso crônico.
O período de incubação é de duas a três semanas e a letalidade baixa, respondendo a doença muito bem aos antibióticos (tetraciclinas). A infecção confere imunidade.
Febre Recorrente
Esta doença é causada por um espiroquetídeo, a Borrelia recurrentis, podendo ser transmitida tanto por piolhos (forma epidêmica) como carrapato (forma endêmica).
Diversas raças de B. Recurrentis já foram descritas, segundo as regiões ou seus transmissores, sem que apresentassem diferenças biológicas intrínsecas. Nos casos de recaídas têm sido isoladas variedades antigênicas distintas das do ataque anterior.Várias espécies de Ornithodoros veiculam a Borrelia duttoni, que produz uma variedade de febre recorrente encontrada na África.
Trata-se de uma enzootia própria de roedores silvestres, macacos e outros mamíferos frequentados pelos Ornithodoros.
59
Os carrapatos, depois de infectados apresentam espiroquetídeos em todas as partes do corpo e os passam aos descendentes, por via transovariana, razão pela qual permanecem infectantes em qualquer fase evolutiva.
A infecção dos mamíferos faz-se pela picada, ou pela contaminação da lesão com a secreção das glândulas coxais. O homem é raramente afetado, sendo esporádicos os casos de febre recorrente devidos à Borrelia duttoni.
A patologia e a sintomatologia são as da febre recorrente epidêmica (transmitida por piolhos), e a profilaxia, como nas outras doenças transmitidas por carrapatos.
 
60
Conclusão:
Os ixodideos, mais comumente conhecidos como carrapatos, são acarinos de porte relativamente grande, ectoparasitos sugadores de sangue de vertebrados. Têm grande resistência ao jejum e podem transmitir vários patógenos (protozoários, bactérias, espiroquetas, riquétsias, vírus e filárias). Alguns destes patógenos podem ser transmitidos transovarianamente a sua progênie, funcionando simultaneamente como vetores e reservatórios.
Encontram-se difundidos por toda a Terra, tanto no campo como na cidade, pois o principal motivo de sua ação é o ser humano ou animal de cujo sangue se alimenta, sendo por isso considerados hematófogos. Existem espécies microscópicas até 25 mm de diâmetro. Vivem em touceiras, capim, no chão, entre as madeiras em climas úmidos ou secos.
Deve ser salientado que os ixodídeos superam todos os outros artrópodes em número e variedade de doenças que transmitem aos animais domésticos e são, depois dos mosquitos, os mais importantes vetores de doenças humanas. Além da espoliação sanguínea, algumas espécies de carrapatos injetam, juntamente com sua saliva, toxinas debilitantes e paralisantes (tick paralisis), as vezes fatais aos hospedeiros, incluindo o homem.
Devido a sua importância na produção animal, vários programas, em todo o mundo, têm sido incorporados ao manejo dos animais, visando diminuir os efeitos adversos dos carrapatos. O uso de carrapaticidas sobre o corpo dos animais, através de banhos, aspersões, polvilhamento etc., é ainda o mais amplo e disponível método no combate aos ixodídeos.
62
Sarna ou Escabiose:
A sarna sarcóptica é causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei, ordem Astigmata. Pode afetar o ser humano e vários outros animais. Entretanto, há evidências de que os ácaros desta espécie apresentem certa especificidade em relação ao hospedeiro. Este ácaro faz túneis logo abaixo da superfície da pele. 
O sintoma mais característico é a vermelhidão da área infectada, acompanhada de prurido. Na primeira ocasião em que uma pessoa é infestada, no geral os sintomas só aparecem cerca de um mês depois. Nas infestações subseqüentes, aparecem poucas horas mais tarde, por estar a pessoa já “sensibilizada”.
Devido ao prurido, o homem ou outro hospedeiro se coça, ferindo ainda mais o tecido e facilitando a incidência de patógenos, que então causam infecção do local. Não é necessário que a população do ácaro seja alta para que sintomas expressivos sejam observados. É freqüentemente difícil constatar-se a presença do ácaro na área afetada. No combate a este tipo de ácaro, há que se considerar que não apenas estes organismos devam ser combatidos, mas também os patógenos. O contágio se dá principalmente pelo contato entre pessoas e, por isso, são comuns surtos que se espalham por alunos nas escolas ou entre pacientes em hospitais.
63
 Rio de Janeiro 12/2016
 REFERÊNCIAS Bibliograficas 
Bases da Parasitologia Médica.2ª Edição. Rey, Luiz
http://en.wikipedia.org/wiki/Arthropod
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sarna
15
1
 Rio de Janeiro 12/2016
INTRODUÇÃO...........................................................03
MOSCAS................................................................................04
MIIASE.........................................................................................07
.Conclusão.......................................................................................12Anoplura Piolho.........................................................................................13
Siphonaptera (Pulga)......................................................................................11 
Carrapatos.........................................................................................................18 
Conclusão..........................................................................................................22 
Sarna.........................................................................................................22 e 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................24
 Rio de Janeiro 12/2016

Outros materiais