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Aula União Estável Apontamentos 2017

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Aula - União Estável - Apontamentos
Prof. Fábio Viana Oliveira
União Estável
Histórico
No passado não era admitido, tampouco conhecido o casamento civil, o qual só foi instituído em 1890, pelo Decreto n.º 181.
A partir de 1890, formalizou-se a constituição da família. 
Deixou-se de reconhecer efeitos jurídicos às relações familiares de fato, bem como ao casamento exclusivamente religioso e ao contrato particular de casamento.
Mais tarde foi admitida a modalidade informal de casamento, bem como o casamento religioso e ao contrato particular, assinado por 2 testemunhas.
O casamento civil era indissolúvel, sendo afastada a indissolubilidade com a EC 9/77, que possibilitou o divórcio no Brasil, levado a cabo com a Lei 6515/77.
A exclusividade do casamento civil com forma válida de constituir família veio a ser afastada coma CF de 1988, que introduziu a União Estável como entidade familiar (art. 226, § 3º).
O Código Civil/1916, não reconhecia as uniões de fato, as quais só começaram a receber atenção nas leis extravagantes, em especial a referente à filiação.
Denominação:
Concubinato
- Próprio; Puro e
- Impróprio; Impuro ou Adulterino.
O concubinato adulterino sempre foi repudiado nas legislações em geral, inclusive no Brasil.
Antes do Código Civil /1916, já havia a previsão da possibilidade de a esposa legítima ou de os herdeiros anularem as doações feitas à concubina do adúltero.
No entanto, o concubinato puro era considerado um casamento de fato entre um homem e uma mulher por um período de tempo, o que ensejava a meação dos bens adquiridos na constância da relação. 
A jurisprudência, em um momento inicial, não admitia qualquer direito às uniões de fato.
Mais tarde, a tutela baseou-se nos fundamentos de indenização e sociedade de fato, ou seja, pela vedação do enriquecimento ilícito.
Hoje a sociedade de fato não é mais tratada como concubinato (Súmula 380, STF).
Esta sociedade de fato diferencia-se pelo fato de não possuir um objeto social definido, que só vem a surgir no curso do tempo. 
União Estável
O momento da constatação da affectio societatis é ao final do relacionamento.
A ação cabível para o reconhecimento da União Estável é a declaratória, com efeitos constitutivos de alterar a titularidade do direito de propriedade de determinados bens.
Os alimentos eram, a priori, negados por falta de fundamento legal, salvo quando previstos contratualmente.
Havia partilha dos bens adquiridos pelo esforço em comum, ou indenização pelos serviços prestados.
Após a CF/88, as Leis 8971/94 e 9278/96 passaram a regular a matéria.
Com o NCC, restou estabelecido o reconhecimento da União Estável entre homem e mulher como entidade familiar, configurada na: convivência pública, contínua, duradoura e estabelecida com objetivo de constituição de família.
Começa a surgir distinção entre concubina e companheira.
O concubinato difere da união estável por aquele constituir relação não eventual entre homem e mulher impedidos de casar.
Hoje, só há o concubinato impróprio ou adulterino.
Neste, não há o direito a alimentos, salvo se no âmbito da sociedade de fato restar configurada a prova do esforço em comum para a aquisição dos bens.
Já a sociedade de fato é prevista no direito das obrigações e não no direito de família.
Na união Estável, em sendo reconhecida a comunhão parcial, cessa a discussão sobre se a contribuição é ou não absoluta.
O TJRGS possui posição majoritária no 4º Grupo Civil de que é necessária a vida em comum sob o mesmo teto, restando caracterizado o namoro qualificado quando não configurada a coabitação.
As causas suspensivas do casamento não impedem a caracterização da União Estável, nem se aplica analogia quanto ao regime de bens. Entretanto, não pode ser dito o mesmo com relação aos impedimentos, salvo se a pessoa casada estiver separada de fato ou judicialmente.
União Estável.
Perante terceiros que acreditam na existência da relação, aplica-se a Teoria da Aparência, respondendo pelas conseqüências os que se passar por companheiros. O terceiro de boa fé tem legitimidade para demandar visando o reconhecimento da união estável.
A companheira pode exercer a inventariança, sendo necessário o reconhecimento de sua situação em ação própria, salvo se todos os herdeiros concordarem com a habilitação desta. O direito sucessório dos companheiros é regulado pelo artigo 1.790, do NCC. Há posição de inferioridade do companheiro, que herda somente os bens adquiridos em comum, não é herdeiro necessário e concorre com os colaterais.
A conversão da união estável em casamento é prevista no NCC, mas há silêncio quanto aos seus efeitos. O Des. Luiz Felipe Brasil Santos afirma a irradiação dos efeitos ex nunc da data da conversão.
A união estável entre pessoas do mesmo sexo não foi regulada pelo NCC, nem é reconhecida pela maioria. O Des. José Carlos Teixeira Giorgis reconheceu a união homossexual como união estável (AC 70001388992, 7ª Câmara do TJRGS), mas prevalece a vedação por imposição constitucional.
Em 05/05/2011 – Os Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, reconheceram a União Estável Homoafetiva.
Em 26/04/2013 – O TJ/RO – Provimento n° 02/2013 – PR/CG – autorizou o Casamento Homoafetivo.
Em 16/05/2013 – O CNJ na Resolução n° 175 autorizou o Casamento Homoafetivo.
União Estável Putativa.

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