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TEORIA DOS CUSTOS Marina Szapiro 15.05 Tópicos para discussão • Medição de custos: quais custos considerar? • Custos no curto prazo • Custos no longo prazo • Curvas de custo no longo versus no curto prazo Introdução • A tecnologia de produção representa a relação entre os insumos e a produção. • Dada a tecnologia de produção, os administradores da empresa devem decidir como produzir. Introdução • Para determinar os níveis ótimos de produção e as combinações de insumos, é necessário transformar as medidas físicas inerentes à tecnologia de produção em unidades monetárias ou custos. Medição de custos: quais custos considerar? Custos econômicos versus custos contábeis • Custos contábeis – Estão mais preocupados com os demonstrativos financeiros. • Custos econômicos – Custos incorridos pela empresa ao usar recursos econômicos na produção (inclusive custos de oportunidade). Custos de oportunidade – Custos associados às oportunidades deixadas de lado, caso a empresa não empregue seus recursos da maneira mais rentável (não faça o melhor investimento). – O custo de oportunidade indica se uma atividade produtiva deve continuar ou não. Medição de custos: quais custos considerar? Custos irreversíveis – São despesas que já ocorreram e não podem ser recuperadas. – Esses custos não deveriam afetar as decisões da empresa. Medição de custos: quais custos considerar? • Custos fixos e custos variáveis – A produção total é uma função de insumos variáveis e insumos fixos. – Logo, o custo total de produção é igual ao custo fixo (custo dos insumos fixos) mais o custo variável (custo dos insumos variáveis): CVCFCT ?? Medição de custos: quais custos considerar? • Custo fixo – Não depende do nível de produção. A única maneira de acabar com os custos fixos é deixando de operar. • Custo variável – Depende do nível de produção. Medição de custos: quais custos considerar? Custos fixos e custos variáveis Custos fixos e custos variáveis • Para saber quais custos são variáveis e quais são fixos é necessário saber com qual prazo estamos lidando. • No CP (um ou dois meses), a maioria dos custos são fixos. • No LP (dois ou três anos), a maioria dos custos é variável. Se a empresa deseja reduzir sua produção, pode reduzir sua força de trabalho, comprar menos matérias primas e até vender seu capital. • No caso de computadores pessoais, a maior parte dos custos é variável – Componentes, trabalho • No caso de software, a maior parte dos custos é irreversível – Custo de desenvolvimento do software Medição de custos: quais custos considerar? Exemplo: Custos fixos, variáveis e irreversíveis: computadores, software e pizzas • No caso da fabricação de pizza – Os custos fixos são os componentes de custo mais significativos Medição de custos: quais custos considerar? Custos fixos, variáveis e irreversíveis: computadores, software e pizzas 0 50 0 50 --- --- --- --- 1 50 50 100 50 50 50 100 2 50 78 128 28 25 39 64 3 50 98 148 20 16,7 32,7 49,3 4 50 112 162 14 12,5 28 40,5 5 50 130 180 18 10 26 36 6 50 150 200 20 8,3 25 33,3 7 50 175 225 25 7,1 25 32,1 8 50 204 254 29 6,3 25,5 31,8 9 50 242 292 38 5,6 26,9 32,4 10 50 300 350 58 5 30 35 11 50 385 435 85 4,5 35 39,5 Nível de Custo Custo Custo Custo Custo Custo Custo produção fixo variável total marginal fixo variável total (CF) (CV) (CT) (CMg) médio médio médio (CFMe) (CVMe) (CTMe) Custos de uma empresa no curto prazo – Custo marginal (CMg) é o custo de aumentar a produção em uma unidade. Dado que o custo fixo não afeta o custo marginal, este pode ser escrito da seguinte forma: q T q VCMg ? ?? ? ?? CC Custo médio e custo marginal – Custo total médio (CTMe) é o custo por unidade de produção, ou a soma do custo fixo médio (CFMe) e do custo variável médio (CVMe): q CVT q CFTCTMe ?? Custo médio e custo marginal – Custo total médio (CTMe) é o custo por unidade de produção, ou a soma do custo fixo médio (CFMe) e do custo variável médio (CVMe): q CTCVMeCFMeCTMe ??? Custo médio e custo marginal Custo médio Custo total médio, com freqüência chamado simplesmente de custo médio, é o custo total dividido pela quantidade produzida do produto. CTMe = CT/Q O custo fixo médio é o custo fixo por unidade de produto. CFMe = CF/Q O custo variável médio é o custo variável por unidade de produto. CVMe = CV/Q • Tem formato em U porque o CFMe e o CVMe se movem em direção oposta à medida em que o produto cresce. • À medida em que o produto aumenta, o custo fixo se espalha por mais unidades de produto (e decresce). • À medida em que o produto aumenta, o CVMe aumenta em função dos retornos decrescentes do insumo variável. • Ou seja, o aumento do produto tem dois efeitos sobre o CTMe. Custo Total Médio Curva de Custo Médio A curva de custo total médio de Botas Ben tem formato em U. A níveis mais baixos de produção, o custo total médio cai porque o custo fixo médio decrescente, o “efeito de o custo fixo se espalhar por mais unidades de produto”, domina o “efeito dos retornos decrescentes”, que faz com que aumente o custo variável médio. A níveis mais altos de produção, acontece o inverso, e o custo médio total aumenta. Custos no curto e no longo prazo • Os custos que são fixos num prazo muito curto (por exemplo, salários de trabalhadores temporários) podem não ser fixos num horizonte de tempo maior. Da mesma forma, os custos de capital fixos referentes a instalações e equipamentos se tornam variáveis se o horizonte de tempo é longo o bastante para permitir à empresa comprar novos equipamentos ou montar novas instalações. Custos no curto prazo • Conseqüentemente (a partir da tabela): – CMg inicialmente diminui devido à ocorrência de rendimentos crescentes • Entre 0 e 4 unidades de produto – CMg aumenta devido à ocorrência de rendimentos decrescentes • Entre 5 e 11 unidades de produto Determinantes de custos no curto prazo Custos no curto prazo 0 50 0 50 --- --- --- --- 1 50 50 100 50 50 50 100 2 50 78 128 28 25 39 64 3 50 98 148 20 16,7 32,7 49,3 4 50 112 162 14 12,5 28 40,5 5 50 130 180 18 10 26 36 6 50 150 200 20 8,3 25 33,3 7 50 175 225 25 7,1 25 32,1 8 50 204 254 29 6,3 25,5 31,8 9 50 242 292 38 5,6 26,9 32,4 10 50 300 350 58 5 30 35 11 50 385 435 85 4,5 35 39,5 Nível de Custo Custo Custo Custo Custo Custo Custo produção fixo variável total marginal fixo variável total (CF) (CV) (CT) (CMg) médio médio médio (CFMe) (CVMe) (CTMe) Custos de uma empresa no curto prazo Custos no curto prazo Produção Custo (dólares por ano) 100 200 300 400 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 CV O custo variável aumenta com o nível de produção a uma taxa que varia, dependendo da ocorrência de rendimentos crescentes ou decrescentes. CT O custo total é a soma vertical de CF e CV. CF50 O custo fixo não varia com o nível de produção Curva de custo da empresa Custos no curto prazo Produção (unidades/ano) Custo (dólares por ano) 25 50 75 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 CMg CTMe CVMe CFMe Curva de custo da empresa Custos no curto prazo • Custos unitários – CFMe diminui continuamente – Quando CMg < CVMe ou CMg < CTMe, CVMe & CTMe diminuem – Quando CMg > CVMe ou CMg > CTMe, CVMe & CTMe aumentam Produção (units/ano.) Custo ($ por ano) 25 50 75 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 CMg CTMe CVMe CFMe Formatos das curvas de custo Custos no curto prazo • Custos unitários – CMg = CVMe e CTMe nos pontos de mínimo de CVMe e CTMe – O CVMe mínimo ocorre num nível de produção mais baixo que o CTMe mínimo, devidoao CF Produção (units/ano.) Custo ($ por ano) 25 50 75 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 CMg CTMe CVMe CFMe Formatos das curvas de custo Custos no curto prazo • Determinantes de custos no curto prazo – A relação entre a produção e o custo pode ser exemplificada com os casos de rendimentos crescentes e decrescentes. Custos no curto prazo – Rendimentos crescentes e custos • Na presença de rendimentos crescentes, o nível de produção aumenta em relação ao insumo; logo, o custo variável e o custo total caem em relação à produção. – Rendimentos decrescentes e custos • Na presença de rendimentos decrescentes, o nível de produção diminui em relação ao insumo; logo, o custo variável e o custo total aumentam em relação à produção. Determinantes de custos no curto prazo Custos no curto prazo • Exemplo: suponha que a taxa de salário (w) seja fixa relativamente ao número de trabalhadores contratados. Logo: Q VCVMe C? LCV w? Determinantes de custos no curto prazo Custos no curto prazo • Prosseguindo: Q LCVMe w? Determinantes de custos no curto prazo Custos no curto prazo • Prosseguindo: L M L QeP ? L 1 Q L PMe ? Determinantes de custos no curto prazo (Lembrando do capítulo 6...) Custos no curto prazo • Logo: • …de modo que um produto médio (PMe) baixo implica um custo médio (CMe) elevado, e vice- versa. Ou seja, existe uma relação inversa entre CVMe e o PMeL. LPMe CVMe w? Determinantes de custos no curto prazo Custos no longo prazo • Escolha de insumos e minimização de custos • Premissas – Dois insumos: trabalho (L) e capital (K) – Preço do trabalho: salário (w) – Preço do capital • r = taxa de depreciação + taxa de juros Custos no longo prazo • Linha de isocusto – C = wL + rK – Isocusto: Linha que descreve todas as combinações de L e K que podem ser compradas pelo mesmo custo (não necessariamente indicam o mesmo nível de produção). Custos no longo prazo • Reescrevendo C como uma equação linear que relaciona K e L: – K = C/r - (w/r)L – Inclinação da linha de isocusto: • É a razão entre o salário e o custo do capital. • Mostra a taxa à qual podemos substituir trabalho por capital sem alteração do custo. ? ?rwLK ???? Linha de isocusto • Escolha de insumos • Veremos agora como minimizar o custo de produzir determinado nível de produto. – Isso será feito por meio da combinação de isocustos e isoquantas. Custos no longo prazo Custos no longo prazo Trabalho por ano Capital por ano A quantidade q1 pode ser produzida com as combinações K2L2 ou K3L3. Entretanto, essas combinações implicam custo maior relativamente à combinação K1L1. q1 A q1 é uma isoquanta para o nível de produção q1. A curva de isocusto C0 mostra todas as combinações de K e L que custam C0. C0 C1 C2 CO C1 C2 são três linhas de isocusto A K1 L1 K3 L3 K2 L2 Produção com custo mínimo
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