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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6
Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Utilização de práticas permeando a compostagem como método de 
ensino aprendizagem.
Autor: Maria Regina Poloni
Orientadora: Drª Gisele Maria de Andrade de Nobrega 
Resumo: 
Com o desenvolvimento rápido de tecnologias e acessos às mesmas, as 
informações têm sido disseminadas de maneira muito mais acelerada, sendo 
assim as práticas pedagógicas atuais passam a ter de buscar um melhor 
espaço. Outra consequência deste rápido desenvolvimento tecnológico e a 
facilidade e quantidade com que os produtos vieram a ser consumidos, 
trazendo à tona mais uma vez as discussões sobre consumo sustentável, 
ecologia e resíduos. Embrenhada neste contexto, a escola deve tomar partido, 
principalmente através da disciplina de Ciências que tem como funções claras 
criar este ambiente de debate com os alunos e esclarecer tais temáticas. Dado 
o panorama geral, propõe-se então um método de ensino que irá aliar prática e 
teoria, proporcionando maior dinâmica ao processo de ensino – aprendizagem 
e enfatizando a importância dos conteúdos, a compostagem, reciclagem e lixo. 
Para compreender o resultado do trabalho é feita a análise de dois mapas 
conceituais construídos pelos alunos, um antes da pesquisa e outro após a 
mesma.
Palavras-chave: Mapa conceitual, composteira, lixo, reciclagem, aula de 
Ciências.
1- Introdução:
A partir de grande experiência profissional com estudantes do 6º ano do 
Ensino Fundamental, pude observar que cada vez mais se faz necessário 
implementar as aulas de ciências com metodologias diferenciadas para torná-
las atrativas, interessantes, desafiadoras, conquistando assim a atenção dos 
estudantes.
A estratégia pedagógica mais utilizada é a aula expositiva dialogada, que se 
caracteriza pela apresentação do conteúdo com a participação ativa dos 
1
estudantes, onde o professor é o mediador entre o conhecimento do estudante 
e os que serão apresentados. O ponto mais importante dessa estratégia é o 
diálogo entre o professor e estudante, proporcionando espaços para perguntas, 
discussões, reflexões e análises, onde o conhecimento possa ter significado e 
ser internalizado pelos mesmos.
Porém em determinados conteúdos, a aula expositiva e dialogada, não é 
suficiente para que a construção do conhecimento aconteça de forma efetiva, 
faz-se necessário então lançarmos mãos de outros encaminhamentos 
metodológicos que direcionem melhor a apropriação dos mesmos, de forma 
mais dinâmica, pois tão necessário quanto selecionar conteúdos específicos 
para o ensino de Ciências, será a escolha de estratégias, abordagens e 
recursos pedagógicos que sejam adequados a mediação entre professor, 
estudante e conteúdo, unindo assim teoria à prática (PARANÁ, 2008).
Aproveitando-se do fato de que os estudantes nesta fase de transição da 
infância para adolescência ainda tem muita curiosidade em descobrir coisas 
novas, é importante despertar o espírito investigativo típico de um cientista, 
elaborando hipóteses, testando, modificando, enfim construindo o 
conhecimento. 
Considerando os aspectos abordados, a compostagem foi utilizada como 
objeto de estudo por meio da produção de adubo orgânico, aproveitado na 
horta escolar. Dessa maneira mostrou-se aos estudantes o uso dos recursos 
da natureza com responsabilidade, garantindo o uso de conceitos como: 
preservação ambiental, sustentabilidade e exercício da cidadania.
Dessa maneira o ensino pode deixar a condição de ser meramente 
informativo e ilustrativo, passando a contribuir na formação do raciocínio lógico, 
pensamento crítico, trabalho em equipe, autoestima, conscientização 
ecológica, com o objetivo de possibilitar aos estudantes em serem adultos 
melhores, mais conscientes e aplicando os conhecimentos apreendidos na 
escola no seu dia-a-dia, na sua casa, na sua vivência, aproximando cada vez 
mais o ensino escolar de sua realidade.
Para perceber se o conceito a respeito do lixo, a consciência sobre 
preservação da natureza, a ideia de sustentabilidade se modificou nos alunos 
do sexto ano do Colégio Estadual Carlos Massaretto , que participaram da 
pesquisa, foram analisados dois mapas conceituais feitos em grupos em sala 
de aula, um antes da aplicação da pesquisa e outro depois.
2
2- O lixo e o ensino de Ciências
Atualmente a relação entre homem e natureza encontra-se em grande 
desequilíbrio, o que leva nosso planeta a uma crise que parece se ampliar a 
cada dia. Essa crise é provocada, sobretudo pelo impacto das sociedades 
industriais que não se importam com o destino de seus resíduos e é 
dependente dos produtos químicos utilizando-os de maneira abusiva, afetando 
a camada de ozônio e expondo a superfície terrestre a níveis muito altos de 
radiação ultravioleta. Também ocorre a degradação do solo através da 
utilização de fertilizantes químicos e agrotóxicos de maneira descontrolada e o 
uso de combustíveis fósseis podem intensificar o efeito estufa, vilão do 
aquecimento da Terra, que tem afetado animais e plantas provocando a 
extinção de várias espécies e diminuindo a biodiversidade no mundo. 
O homem gera grande quantidade de resíduos domésticos, também 
contamina a atmosfera, devasta florestas, joga lixos em rios, solos, mares, 
contribuindo para a ocorrência de enchentes, deslizamentos, erosão entre 
outros problemas ambientais. Segundo Dias:
No atual contexto de desenvolvimento global, marcado pelo 
grande avanço tecnológico, aumento na produção e consumo, 
ocorrendo de forma desigual e a qualquer custo, 
frequentemente se assiste à degradação ambiental. Essa 
degradação se reflete na perda da qualidade de vida, 
destruição de habitats e consequente redução da 
biodiversidade (DIAS, 2004).
Essas sociedades industriais citadas acima legitimam o modo de vida 
capitalista, o qual todos nós estamos inseridos, nesse modo o consumo e lucro 
são constantemente incentivados e provoca o aumento da quantidade de 
resíduos produzidos. 
Dentre as soluções para o lixo estão a sua redução e o desenvolvimento de 
ações sustentáveis como o aproveitamento do lixo produzido. De acordo com o 
IBGE em 2004 o Brasil já era responsável por uma produção anual de 90 
milhões de toneladas de lixo, onde cada habitante é responsável por produzir 
diariamente em média 0,6 kg de resíduos chegando a 1 kg em determinadas 
faixas de poder aquisitivo. Cada vez mais nos preguntamos: que destino se 
dará ao nosso lixo? A reciclagem pode ser a resposta dessa pergunta. No 
3
entanto, no país somente 2% do lixo produzido é seletivamente coletado e 
apenas 6% das residências são atendidas por serviços de coleta seletiva, uma 
vez que essa coleta existe em apenas 8,2% dos municípios brasileiros (IBGE, 
2004).
De acordo com Valle (1995), reciclar o lixo significa refazer o ciclo, permite 
trazer de volta, à origem, sob a forma de matéria-prima aqueles materiais que 
não se degradam facilmente e que podem ser reprocessados, mantendo as 
suas características básicas. Conforme dados do IBGE (2004), o Brasil é 
recordista mundial em reciclagem de latas de alumínio, porém quanto aos 
resíduos orgânicos estamos muito aquém desse resultado, mesmo sabendo 
que 60% de todo lixo produzido é de matéria orgânica (cascas de frutas, restos 
de comida, dentre outro recursos biodegradáveis). Uma maneira mais simplesde se fazer a reciclagem desses resíduos orgânicos é por meio da 
compostagem.
O Significado de compostagem, conforme o Dicionário Priberam de Língua 
Portuguesa é o processo biológico que consiste em deixar fermentar os 
resíduos agrícolas e urbanos (gorduras domésticas), misturados ou não em 
terra vegetal.
A compostagem é um processo que pode ser utilizado para 
transformar diferentes tipos de resíduos orgânicos em adubo 
que, quando adicionado ao solo, melhora as suas 
características físicas, físico-químicas e biológicas (Ministério 
da Cultura, Pecuária e Abastecimento, BA 2005).
A compostagem é definida como um processo aeróbico 
controlado, desenvolvido por uma colônia mista de 
microrganismos, efetuada em duas fases distintas: a primeira, 
quando ocorrem as reações bioquímicas de oxidação mais 
intensas predominantemente termofílicas; a segunda, ou fase 
de maturação, quando ocorre o processo de humificação 
(PEREIRA NETO, 1989 apud FRITSCH, 2006).
A compostagem pode ser definida como sendo um processo 
controlado de decomposição microbiana de oxidação e 
oxigenação de uma massa heterogênea de matéria orgânica 
no estado sólido e úmido, passando rapidamente por uma fase 
inicial de fitotoxidade ou de composto cru ou imaturo, seguida 
da fase de semicura ou bioestabilização, para atingir finalmente 
a terceira fase, a cura, maturação ou mais tecnicamente, a 
humificação, acompanhada da mineralização de determinados 
componentes da matéria orgânica, quando se pode dar por 
encerrada a compostagem (KIEHL, 2004 apud FRITSCH, 
2006).
4
Sendo assim, podemos utilizar da técnica da compostagem para reciclar 
nossos resíduos orgânicos, mas especificamente o doméstico, do qual 
trataremos nesse trabalho, pois através dessa técnica há beneficio do seu 
produto final, o composto, que pode ser entendido como:
O composto é resultado da degradação biológica da 
matéria orgânica em presença de oxigênio do ar. O composto 
orgânico constitui um material humidificado, com odor de terra, 
facilmente manuseado e estocado, que contribui, 
significativamente, para a fertilidade e a estrutura do solo 
(KIEHL, 1985).
Percebe-se, que a transformação dos resíduos neste composto contribui de 
maneira significativa para o equilíbrio ecológico entre o homem e o meio 
ambiente, pois o composto é uma fonte rica em nutrientes que são 
fundamentais para obtenção de um solo fértil, gerando assim a diminuição de 
problemas ambientais, protegendo e preservando dessa forma a natureza para 
as presentes e futuras gerações.
A investigação deve proporcionar discussões, interpretações que se somem 
aos conteúdos ministrados em sala de aula, não sendo, portanto apenas meros 
momentos de comprovação de leis e teorias ou ainda ilustrações das aulas 
teóricas. Pois, segundo Delizoicov e Angotti (1991, p.22), na aprendizagem de 
Ciências Naturais, as atividades experimentais devem ser garantidas de 
maneiras a evitar que a relação teoria-prática seja transformada numa 
dicotomia.
...o experimento, por si só não garante a aprendizagem pois 
não é suficiente para modificar a forma de pensar dos alunos, o 
que exige acompanhamento constante do professor, que deve 
pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos 
para os resultados encontrados e propor se necessário uma 
nova situação de desafio (Bizzo, 2002, p.75).
A experimentação possibilita o melhor acompanhamento da evolução da 
Ciência e das transformações que ocorrem na natureza, despertando assim o 
raciocínio científico, não sendo apenas informativa, mas sendo extensão da 
sala de aula. Desse modo o professor mediará o conteúdo a ser ensinado, mas 
não de maneira arbitrária, dependendo assim de estratégias, materiais 
didáticos adequados e utilizando conhecimentos já existentes na estrutura 
cognitiva dos estudantes, tudo isso de acordo com a Aprendizagem 
5
Significativa. Uma técnica da Aprendizagem Significativa são os mapas 
conceituais para Souza (p. 797, 2010) o mapa conceitual pode configurar-se 
uma estratégia de ensino/aprendizagem ou uma ferramenta avaliativa – dentre 
outras diversas e multifacetadas possibilidades. E ainda segundo Novak; 
Gowin, 1998:
Os mapas conceituais têm por objetivo representar relações 
significativas entre conceitos na forma de proposições. Uma 
proposição é constituída de dois ou mais termos conceituais, 
unidos por palavras para formar uma unidade semântica.
Dentro da construção dos mapas conceituais os conceitos mais gerais 
devem situar-se na parte superior, e os mais específicos na parte inferior. São 
utilizados nessa construção os conhecimentos prévios dos estudantes 
conjuntamente com os novos, entendendo assim os estudantes como parte 
essencial deste processo. Esta estratégia, juntamente com a representação da 
pesquisa de campo e observação científica, poderá proporcionar uma melhoria 
no aprendizado dos estudantes sobre o tema.
É com base nesse processo que será desenvolvido o presente trabalho, no 
qual utilizaremos da experimentação científica como uma ferramenta de ensino 
e aprendizagem, onde o professor será o mediador que desenvolverá o 
interesse dos estudantes e proporcionará momentos de investigação, formando 
assim conceitos como preservação ambiental, adubo orgânico, compostagem, 
resíduos, como prevê as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de 
Ciências do Paraná.
3- Trabalho Empírico: Compostagem
O trabalho empírico nas aulas de Ciências tem o intuito de aproximá-los da 
investigação científica, deixar a aula mais atrativa e prazerosa, sendo assim foi 
utilizado a prática da compostagem para tratar a temática do lixo e reciclagem, 
permeando a teoria e prática.
A primeira atividade realizada com os alunos foi a confecção de um mapa 
conceitual a partir do conhecimento prévio que os estudantes tinham sobre o 
lixo. Após a confecção do mapa foi assistido vídeos, da série O Lixo Nosso de 
Cada Dia e Consciente Coletivo, disponíveis na página do Dia-a-dia Educação. 
6
O primeiro vídeo aborda a temática consumo e produto de lixo no cotidiano, já 
o segundo trás a temática do consumismo com consciência.
Outras atividades foram realizadas: pesquisas no laboratório de informática 
(Fig. 1), leitura de textos no livro didático, em jornais e revistas, maneiras 
adequadas de dar destino ao lixo, tais como aterro sanitário, reciclagem, 
compostagem, incineração. Foram discutidos também tema acerca do 
consumismo indiscriminado, a contaminação dos solos, doenças provocadas 
por essa contaminação, entre outras. Todas as atividades realizadas foram 
anotadas no diário individual de cada estudante (Fig. 2).
Fig 1. Atividade realizada no laboratório de informática: Poloni, 2014.
Fig. 2. Anotações nos diários: Poloni, 2014.
7
 Foi observado a produção de lixo pela escola, e mais especificamente o 
lixo orgânico na cozinha. Os estudantes também realizaram visita técnica em 
ambientes da escola e também seu entorno, onde foram observados os 
ambientes e como estes estavam sendo cuidados.
Após discutir e apresentar o tema aos estudantes foi feito um debate entre 
os mesmo, onde os itens a serem refletidas eram: o exagero na produção de 
lixo doméstico e coletivo, as informações dos vídeos relacionadas com a 
observação de campo presentes em seu dia-a-dia, o consumismo exagerado X 
aumento da produção do lixo, os impactos que o lixo causa no meio ambiente, 
a importância da destinação correta do lixo, o tratamento adequado parao lixo 
orgânico por meio da compostagem.
A próxima atividade foi à construção de mini composteira coletiva (Fig. 3). 
Para confeccioná-las foi utilizado um vidro transparente de alimentos de 500 
gramas, fita adesiva, arame, elástico, caixa de sapato, lixo orgânico, água e 
terra. O objetivo da construção desta composteira é observar juntamente com 
os estudantes as fases da decomposição dos resíduos e sua transformação em 
composto. Durante trinta dias semanalmente a composteira era levada para 
sala de aula, onde os estudantes faziam anotações em seu diário de bordo, a 
partir da observação das mudanças ocorridas.
Fig. 3. Mini composteira coletiva: Poloni, 2014.
8
Outro elemento trabalhado foi a construção de mini composteiras individuais 
(Fig. 4), confeccionada a partir de duas garrafas pet transparentes de dois 
litros, caneta para retroprojetor, água, terra, lixo orgânico, fita adesiva, tesoura 
e clips. O objetivo dessa fase do trabalho é ensinar os estudantes como 
confeccionar sua própria composteira, as quais foram levadas para casa para 
poderem observar diariamente e usar o composto produzido em suas 
residências.
Fig. 4. Construção de mini composteiras individuais: Poloni, 2014.
Foi confeccionada também com os estudantes uma composteira coletiva 
(Fig. 5), utilizando latão de duzentos litros de plástico, terra, água, lixo orgânico 
da cozinha da escola, esterco, folhas secas, sombrite e tiras de câmera de ar 
de pneu. O objetivo desta atividade é mostrar a transformação do lixo em 
adubo e utilizar o composto produzido na horta escolar.
9
Fig. 5. Construção de composteira coletiva: Poloni, 2014.
Após a construção das composteiras e a formação do composto, ele foi 
utilizado na horta escolar, onde foram feitos dois canteiros de rabanetes, um 
adicionado composto e em outro não, para que os estudantes observassem o 
desenvolvimento dos dois canteiros e percebessem a diferença entre eles. 
Através da observação, percebeu-se que em um primeiro momento os 
rabanetes pareciam estar se desenvolvendo igualmente, pois suas folhas 
apresentavam o mesmo aspecto. Porém, ao ser colhido os rabanetes do 
canteiro com composto estavam maiores que os do outro (dado obtido 
visualmente). É importante ressaltar que todas as fases da pesquisa foram 
anotadas no diário de bordo de cada aluno.
10
Fig. 6. Canteiros de rabanete: Poloni, 2014.
4- Análise de Mapas Conceituais:
O mapa conceitual pode ter vários modelos, o utilizado para o presente 
trabalho foi o do tipo hierárquico, onde a informação apresentada fica em uma 
ordem decrescente de importância. O conceito principal ou mais geral é 
colocado na parte superior do mapa e os outros conceitos relacionados a este 
principal são posicionados a baixo (Tavares, 2007, p.78).
Esse tipo de mapa pode ser utilizado de várias maneiras, uma delas é 
para explorar o que o aluno já sabe (Tavares, 2007, p. 80), sendo assim, antes 
de começar a pesquisa, os alunos em conjunto fizeram um mapa conceitual a 
11
respeito do lixo e o que a palavra os remete, a partir de seus conhecimento 
prévios do assunto (Fig. 7).
Fig. 7. Mapa conceitual Preliminar: Poloni, 2014.
Pode-se observar que a primeira ideia dos estudantes a partir do 
conceito lixo é sujeira, coisa nojenta, rato, barata e mosquito e doenças. O lixo 
é entendido então, enquanto algo ruim, que só traz malefícios a sociedade. 
Outra evidência é que nas casas e comunidades dos estudantes, a reciclagem 
não é praticada, pois eles não ligam a palavra a esta prática.
A partir desta constatação, foi feito o trabalho já relatado no item 3, 
utilização de vídeos com a temática, pesquisas, debates e a construção de 
composteiras utilizando o lixo produzido na cozinha da escola e posteriormente 
adicionando o composto na horta escolar, indicando aos estudantes outros 
destinos e possibilidades do lixo.
Após a pesquisa e todas as outras atividades do projeto, foi 
confeccionado em conjunto na sala de aula, um novo mapa conceitual:
12
Fig. 8. Mapa conceitual 2: Poloni, 2014.
Neste outro mapa (Fig. 8) a partir da palavra lixo, relacionaram maneiras 
de descarte indicando o lixão, a reciclagem, incineração e aterro sanitário. A 
respeito do lixão afirmaram ser um jeito incorreto de descarte, pois atraem 
insetos e animais provocando doenças. Sobre a reciclagem colocaram que 
através da compostagem recicla-se o lixo orgânico, transformando-o em adubo. 
Na incineração apontaram ser a partir do lixo hospitalar, evitando à 
contaminação do solo, água e ar, prevenindo desta maneira as doenças. Do 
aterro sanitário colocaram que sua vantagem é que não polui o meio ambiente, 
pois a técnica isola o lixo.
Constatou-se então que o trabalho feito com os estudantes mudou o 
modo que eles viam e pensavam o lixo e abriu novas possibilidades e 
caminhos para esta temática. Substituíram a sujeira e as doenças causadas 
pelo lixo, por maneiras de descartá-lo, mostrando uma incorreta e outras 
corretas. Dentro das corretas apontaram que utilizando as práticas pode-se 
prevenir doenças e poluição do meio ambiente, além disso, remeteram uma 
prática ao adubo.
O trabalho feito com os estudantes permitiu tornar as aulas de Ciências 
mais proveitosas e atraentes, ao comparar com outro sexto ano em que o 
13
projeto não foi aplicado. Percebe-se um interesse muito maior na turma e a 
diminuição da produção de lixo por eles em sala de aula, além disso, aumentou 
a união da turma e aprenderam a trabalhar em grupo, ajudando-se 
mutuamente. Outro aspecto importante é que alguns alunos continuaram a 
técnica da compostagem em suas casas, construindo canteiros e o utilizando o 
composta para adubá-los.
O conteúdo trabalhado na pesquisa, diferentemente de outros, mesmo 
com a introdução de novos conteúdos não é esquecido pelos estudantes, 
sempre que a compostagem ou o lixo é remetido nas aulas, os estudantes 
mostram interesse e apontam aquilo que foi trabalhado durante a aplicação da 
pesquisa. 
5- Referencias Bibliográficas:
1. BIZZO, Nélio. Ciências: Fácil ou Difícil. São Paulo: Ática, 2002. 
2. DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J.A. Metodologia do Ensino de Ciências. São 
Paulo: Cortez, 1992. 
3. DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 9. ed. São Paulo: 
Gaia, 2004 
4. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de 
Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências- 
Curitiba, SEED, 2008. 
5. FRITSCH, Paulo Roberto Côrrea. A temperatura como parâmetro 
acessível e possível de ser utilizado no controle do processo de 
compostagem em municípios de pequeno e médio porte. RJ, 2006 
6. IBGE, Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, 2004. 
7. Ministério da Cultura, Pecuária e Abastecimento, BA 2005 
8. KIEHL, Edimar José. Preparo do Composto na Fazenda. Brasília: 
EMBRATER; SNAP,1980. 13 
9. MORAN, José. A interação das Tecnologias na Educação, 2007. 
10. NOVAK, J.D.; GOWIN, D.B. Teoria y practica de la educacion. 1998 
11. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendências 
da 
12. SOUZA, Nadia Aparecida de. Mapas Conceituais e Avaliação formativa: 
tecendo aproximações. 2010 
14
13. VALLE, Cyro Eyer. Qualidade ambiental: como ser competitivo 
protegendo o meio ambiente. São Paulo: Pioneira, 1995 
14. www.lixo.com.br/index.php?
option=com_content&task=view&id=147&Itemid=254 
15. www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?
id=19162 
16. www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=18995 
17. ARTIGO: Compostagem. EmidioCantidio Almeida de Oliveira, Raul 
Henrique Sartori, Tiago B. Garcez. USP. Piracicaba Sp- 2008.
18. ARTIGO: Construindo mapas conceituais. Tavares Romero. Ciências e 
Cognição, 2007; vol. 12: 72-85.
15

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