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CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS GLICEMIA CAROLINI PONTARA FAÉ DAIANA LOPES SOFIATI MARLI DE OLIVEIRA SARA SPONFELDNER TURMA: CB3M VILA VELHA – ES JUNHO, 2017 INTRODUÇÃO A glicose é o principal substrato metabólico para a atividade normal do ser humano ao longo do seu ciclo de vida. A sua principal fonte no organismo corresponde aos glícidos provenientes da dieta. Os glícidos da dieta, essencialmente polissacarídeos, são digeridos enzimaticamente a unidades mais simples, os monossacarídeos (maioritariamente glicose, galactose e frutose), antes da sua absorção no intestino delgado ao nível dos enterócitos das vilosidades intestinais. O corpo humano tem uma necessidade obrigatória de glicose de aproximadamente 200 g por dia, sobretudo para satisfazer as necessidades metabólicas do cérebro. Se a concentração de glicose no sangue se situar abaixo de 40 mg/dL (2.2 mol/L) pode ocorrer coma, convulsões ou até mesmo morte. (ARAÚJO R. J & MARTEL F, 2009). Por outro lado, níveis que excedam os 180 mg/dL (10 mmol/L) (correspondendo a hiperglicemia) podem estar associados a complicações a curto e a longo glicose, ou de outros monossacarídeos, para realizar a prazo. Como tal, a regulação da concentração de sua função de transporte. Na maioria dos países desenvolvidos, a diabetes é uma das principais causas de morte e existe uma evidência substancial de que está a alcançar proporções epidémicas em muitos países em desenvolvimento e países recém-industrializados. Estima-se que 246 milhões de pessoas no mundo inteiro sejam diabéticas. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, prevê-se que em 2025 haja 300 milhões de doentes diabéticos em todo o Mundo. ( ARAÚJO R. J & MARTEL F, 2009). Depois de uma refeição, a glicemia aumenta em relação direta com o conteúdo de carboidratos da refeição e com o nível de absorção intestinal. O aumento da glicemia e a concomitante libertação de hormonas gastrointestinais promove a secreção de insulina. A insulina favorece a utilização de glicose por parte dos tecidos periféricos, favorecendo também os processos anabólicos e opondo-se aos processos catabólicos. ( BODEN G, 2004).A determinação da concentração de glicose no sangue total ou no plasma é utilizada para diagnóstico e controle do Diabetes Mellitus (DM) e também para o diagnóstico da hipoglicemia.A concentração de glicose em fluidos biológicos pode ser determinada através de métodos enzimáticos, por meio de reações catalisadas pela hexoquinase ou a glicose-oxidase. No procedimento que utiliza a glicose oxidase (GOD) a glicose é oxidada enzimaticamente, formando ácido glucônico e peróxido de hidrogênio. O peróxido em presença de peroxidase (POD) causa a ligação do fenol com a 4-aminoantipirina, formando um cromógeno vermelho, que é medido espectrofotometricamente. A determinação de glicose possui um valor clínico importante, pois o aumento desta está relacionado à obesidade e a doenças crônico-degenerativas a ela associadas tais como doenças metabólicas, hipertensão, aterosclerose, dislipidemia e Diabetes Mellitus tipo 2. Este conjunto de doenças tem sido denominado Síndrome Metabólica. Nesse contexto, a monitorização regular dos níveis glicêmicos passa a ser um requisito importante para evitar que os pacientes evoluam para essas patologias. MATERIAIS E MÉTODOS I - PRINCÍPIO Ao adicionar-se glicose a uma solução tampão de fosfatos, contendo p-Hidroxibenzoato, 4-Aminoantipirina (4-AAP), Glicose Oxidase e Peroxidase processam-se as seguintes reações: Glicose oxidase Glicose + O2 + H2O →→→→→→→→→→ Ácido glicônico + H2O2 Peroxidase 2 H2O2 + 4-Aminoantipirina →→→→→→→→ 4-Antipirilquinonimina + 4H2O O produto formado pela oxidação de 4-Aminoantipirina (4- Antipirilquinonimina) é de coloração avermelhada e sua intensidade diretamente proporcional à concentração de glicose na solução. A cor avermelhada, formada pela reação, é medida em espectrofotômetro ou fotocolorímetro, com absorção máxima em 510nm, ou filtro verde. II – METODOLOGIA Marcar 3 tubos de ensaio: B (Branco), A (Amostra), P (Padrão) e proceder como a seguir: Branco Padrão Amostra Amostra (soro) -- -- 10µL Solução Padrão -- 10µL -- Reagente de cor 1mL 1 mL 1 mL Misturar por agitação e incubar por 05 minutos em banho maria, a 37ºC. Proceder à leitura das absorvâncias em espectrofotômetro ou fotocolorímetro, em 510nm ou filtro verde, zerando o aparelho com o branco. A cor final da reação permanece estável por 20 minutos, à temperatura ambiente (20 - 30ºC). III - CÁLCULOS Absorvância teste Glicose (mg/dL) = Absorvância Teste x 100 Absorvância Padrão Como a reação corada segue estritamente a lei de Beer, basta que se determine um fator (F) para cálculo dos resultados. 100 Fator (F) = ___________________ Absorvância Padrão IV – Valores de Referência Plasma:(jejum de 8 horas) 70 - 99 mg/dL Líquor: 40 - 70 mg/Dl RESULTADOS Foram obtidos uma absorbância de 0,303 do padrão e 0,293 da amostra. Após o cálculo foi obtido o valor de glicemia de 96,697mg/dL. 100mg____0,303 X ____0,293 x= 96,697mg/dL. DISCUSSÃO A glicose após sofrer reação de oxidação pela glicose produz ácido glicônico e peróxido de hidrogênio, que reagir com a 4-aminoantipirina através da peroxidase formando 4-Antipirilquinonimina. Esta substância apresenta coloração avermelhada com intensidade diretamente proporcional a concentração de glicose no sangue. Através do espectrofotômetro é possível determinar a absorbância, isso ocorre, pois, a luz visível atravessa a solução, fica então parte da energia retida na amostra, essa energia retida é a absorbância calculada pelo espectrofotômetro. Para que não haja erros é feita uma amostra padrão contendo apenas o reagente de cor, para que ele seja calibrado no aparelho a fim de evitar que sua absorbância seja contabilizada. Após a obtenção do valor da absorbância, é possível calcular a glicemia por meio da comparação de 100mg de glicose para o padrão de absorbância, obtendo o valor da glicemia. A absorbância da glicose é contabilizada no comprimento de onda de 510nm, pois este valor gera uma maior absorbância da glicose. REFERÊNCIAS ARAÚJO R. J, MARTEL F. Regulação da Absorção Intestinal de Glicose. Arq Med v.23 n.2 Porto mar, 2009. Boden G. Gluconeogenesis and glycogenolysis in health and disease. J. Invest Med 52:375-378, 2004. Lehninger, A. L.; Nelson, K. Y.; Cox, M. M. Princípios de Bioquímica. 6. ed. SãoPaulo: Sarvier, 2014. 189-192p.
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