Buscar

Análise dos art. 141 154 do ECA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE VALE DO GORUTUBA- FAVAG
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
DÉBORA STEFANY MEDEIROS
ELISÂNGELA APARECIDA DA SILVA
GABRIEL LADEIA SANTANA
KAREN TALIA RODRIGUES BRITO
MÁRCIA ELLEN LOPES
PAULA JOANE SILVA RIBEIRO
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: ARTIGOS 141-154 
Nova Porteirinha
2017
ANÁLISE DOS ARTIGOS 141 A 154 DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
O título VI da Lei n. 8069 de 1990 traz nos artigos 141 a 154 as disposições gerais que tratam do acesso à Justiça à criança e ao adolescente no contexto brasileiro. A leitura atenta destes artigos revela a inspiração da doutrina da proteção integral perpassando a parte especial (livro II) do Estatuto da Criança e do Adolescente de maneira a garantir que não haja violação aos direitos e garantias fundamentais neste campo tão peculiar que é o judiciário.
Inicia-se o título com a afirmação do artigo 141 de que é garantido o acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos, entendendo-se estes como aqueles enumerados no artigo 92 da Constituição Federal (Supremo Tribunal Federal, Conselho Nacional de Justiça, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais, Tribunais e Juízes do Trabalho, Tribunais e Juízes Militares e Tribunais e Juízes dos Estados, do Distrito Federal). Com vistas a evitar que questões de ordem econômica interfiram no acesso, garante-se o direito à assistência judiciária e a isenção de custas e emolumentos nas ações de competência da vara da infância e do adolescente, ressalvado neste último caso a hipótese da litigância de má-fé. 
Além do acesso, verifica-se nas disposições gerais a necessidade de resguardar que a criança e o adolescente sejam representados ou assistidos, visto que, carecem de capacidade processual. Os menores de dezesseis anos devem ser representados e os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anos assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da legislação civil ou processual, devendo ainda, a autoridade judiciária dar curador especial à criança ou ao adolescente, se houver interesses conflituosos com os de seus pais ou responsável, ou quando carecer de representação ou assistência legal ainda que eventual. 
No viés da doutrina da proteção integral, o estatuto veda divulgações de atos (judicial, policial ou administrativo) se o autor da infração é criança ou adolescente e permite a criação de varas especializadas e exclusivas da infância e da juventude com juiz para o exercício da autoridade legal e especializada em matéria de infância e juventude. Em Cury (2001, p. 471), encontra-se a afirmação do desembargador Antônio Fernando do Amaral e Silva diz que “o juiz da infância e da juventude é o indicado na organização judiciária local para julgar as causas decorrentes da invocação das normas da Lei 8.069”. O autor faz uma importante distinção entre a atuação deste juiz ao contexto da Justiça Menorista afirmando que o “o novo juiz não é aquele que, para assegurar o pretenso “melhor interesse da criança – o que é por demais subjetivo -, podia decidir livremente, sem limites, mas o magistrado, jungido às regras da Epistemologia e da Hermenêutica Jurídica, ao princípio da legalidade (Cury, 2000, p. 471/472).
Na esteira da legalidade, o juiz, nos termos dos artigos 146/149, observará as regras que determinam a competência para sua atuação, em especial a regra do domicílio dos pais ou responsáveis ou do lugar onde se encontre a criança ou adolescente à falta dos pais ou responsáveis; as competências da justiça da infância e juventude, descritas no art. 148 e sua peculiar autoridade de disciplinar a edição de portaria ou autorização para a entrada, permanência e a participação de criança e adolescente em determinados eventos, conforme art. 149. O desembargador Antônio Fernando, em Cury (2000, 477), esclarece quanto ao art. 149, que não se trata de exercício legislativo, visto que, o juiz não é legislador, e sim de uma decisão sobre uma realidade concreta em que se concede ou nega autorização e sobre a qual se atenta para a peculiaridade local e o tipo de frequência habitual, entre outros importantes fatores considerados para a proteção da criança e do adolescente. 
Ao entender pela necessidade de integração dos serviços necessários ao exercício da jurisdição da infância e juventude, mister-se faz que o Poder Judiciário conte com recursos para manutenção de equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiça da Infância e da Juventude, cuja competência é descrita no artigo 151. 
Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a imediata subordinação à autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico.
Ao findar a parte geral que trata do acesso à justiça se alude à necessidade de aplicação ao Estatuto, subsidiariamente, das normas gerais da legislação processual, ou seja, do Código de Processo Civil, do Código de Processo Penal, do Código de Defesa do Consumidor e de outras leis processuais. Assegurando-se ainda a prioridade absoluta tanto na tramitação dos processos e procedimentos como na execução de seus atos e diligências. 
Referências Bibliográficas
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em nov. 2017. 	
BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Disponível em: Dsiponível em www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm . Acesso em nov. 2017. 	
CURY, Munir. (org). Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado. 3ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2000.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes