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PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS AMEBÍASE PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS AMEBAS Ordem – Amoebida (tipicamente um só núcleo e ausência de fase flagelada). Locomoção por pseudópodes. Gêneros – Entamoeba, Endolimax e Iodamoeba GÊNERO Entamoeba Este gênero apresenta espécies que vivem no intestino grosso do homem ou de animais com raras exceções. É caracterizado por possuir núcleo esférico ou arredondado e vesiculoso. PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS Gênero Entamoeba Entamoeba histolytica Diagnosticada pela primeira vez em 1975 em fezes de um camponês com disenteria aguda; Presença de hemácias no citoplasma de trofozoítos; Quadros amebianos invasivos com produção de antígenos específicos; Sintomatologia: disenteria amebiana, colite amebiana aguda ou crônica, abscessos no fígado, pulmões, cérebro; Ampla distribuição e alta incidência, sobretudo nos trópicos. PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS Gênero Entamoeba Mundo, existe aproximadamente 500 milhões de pessoas infectadas; Brasil, incidência e prevalência variam nas regiões; Nordeste, alta incidência de entamoeba tetranucelada, mas a incidência de abscesso hepático é baixa (OKAZAKI et al., 1988 ). Professora Renata Ramos PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS BIOLOGIA - Morfologia - Entamoeba histolytica: forma não-patogênica e forma patogênica Cistos Entamoeba histolytica (M, N) PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS BIOLOGIA - Morfologia PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS TRANSMISSÃO Ingestão de formas resistentes – cistos – geralmente com água e alimentos contaminados; Veiculação por insetos como moscas e baratas; Falta de higiene domiciliar – disseminação de cistos dentro da família; Manipuladores assintomáticos. PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS CICLO BIOLÓGICO Cistos maduros Excistamento no intestino delgado Trofozoíto no intestino grosso Multiplicação por Fissão Binária Cisto Trofozoíto Fezes Estágio Infectante Estágio de Diagnóstico Colonização n-invasiva Doença Intestinal Doença Extra-Intestinal Ingestão de Cistos maduros em água e alimentos contaminados PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS PATOGENIA Amebíase – infecção humana causada pela E. histolytica, com ou sem manifestação clínica; Virulência variável de acordo com a cepa, passagens sucessivas em diversos hospedeiros; Forma invasiva; Fatores ligados ao hospedeiro: localização geográfica, sexo, idade, resposta imune, dieta, alcoolismo; Bactérias anaeróbias – potencialização da virulência de cepas de E. histolytica; Ação tóxica sobre polimorfonucleares; PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS PATOGENIA Evolução da patogenia – invasão das células epiteliais da mucosa intestinal e ação lítica através de mecanismos de contato; Mulheres portadoras assintomáticas – quadro severo durante a gravidez ou puerpério; Lesões iniciais – epitélio intestino grosso; Degeneração celular nos tecidos parasitados; Processos amebianos com maior freqüência em regiões com trânsito intestinal mais lento (ceco, sigmóide e reto); Macroscopicamente: lesões precoces com pontos avermelhados, formação de pequenas áreas congestas, seguidas de úlceras de bordos nítidos e necrose. PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS PATOGENIA Invasão de Tecidos Movimentos amebóides e liberação de enzimas proteolíticas Multiplicação parasitária Micro-ulcerações com ulceração “botão de camisa” Adesão entre parasito e célula do epitélio intestinal Progressão e pequena reação inflamatória Resposta Inflamatória Proliferativa Ameboma Vasos Sangüíneos Circulação Porta PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS PATOGENIA Invasão tecidual pela Entamoeba histolytica PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS FORMAS CLÍNICAS Assintomática; Sintomática: Amebíase Intestinal - Invasiva: com sinais e sintomas, trofozoítos hematófagos nas evacuações, alterações da mucosa, presença de anticorpos específicos no soro. - Não-invasiva: decurso assintomático, ausência de trofozoítos hematófagos nas fezes, aspecto normal da mucosa, ausência de anticorpos. Amebíase Extra-intestinal, Amebíase Hepática Amebíase Cutânea, Amebíase Pulmonar e Cerebral PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS SINAIS E SINTOMAS Período de incubação – 7dias a 4 meses difícil de ser determinado; Grande maioria das infecções assintomáticas (80 a 90%); Forma sintomática: - Colite não-disentérica - comum com fezes moles ou pastosas, podendo conter muco e sangue – funcionamento normal do intestino; - Colite disentérica – surge de modo agudo com cólicas intestinais e diarréia, evacuações mucossanguiniolentas e febre moderada. Pode haver perfurações do intestino; Complicações em até 4% dos casos de perfurações. PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS DIAGNÓSTICO Clínico: Pode ser confundida, na fase aguda, com disenteria bacilar, salmoneloses, síndrome do cólon irritado; Laboratorial: - Parasitológico: mais utilizado para identificação de cistos e trofozoítos. Aspecto e consistência das fezes bem como se é disentérica e a presença de muco e sangue. Utilização de laxantes – fezes liquefeitas e, em muitos casos a positividade. - Imunológico: ELISA, IFI, Pesquisa de Copro-antígenos. PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS EPIDEMIOLOGIA Ampla distribuição geográfica com altas taxas no Novo Mundo; Brasil – altas prevalências em Manaus, Belém, João Pessoa, Porto Alegre, Salvador e Belo Horizonte; Maiores incidências- África e Ásia; Diferenças regionais da virulência: doença rara ou inexistente em regiões frias ou temperadas, com grande eliminação de cistos tetranucleados nas fezes; Segunda causa de mortalidade, depois da malária;; 48 milhões de casos com cerca de 70 mil óbitos em 1997. PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS PROFILAXIA Programas de controle; Saneamento ambiental; Exame freqüente de manipuladores de alimentos; Educação e engenharia sanitária; Combate a moscas e baratas; Manter os alimentos protegidos; Lavar verduras e frutas cruas. PARASITOLOGIA BÁSICA RENATA RAMOS TRATAMENTO Atuação apenas intestinal: Falmonox e Teclosan; Atuação intestinal e tecidual: associação entre antibióticos e derivados imidazólicos: Tetraciclinas, eritromicina, espiramicina + Metronidazol (Flagil), Tinidazol (Fasigyn), Ornidazol (Tiberal), Senidazol, Nitroimidazol; Falmonox – portadores assintomáticos; Amebíase extra-intestinal – metronidazol.
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