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Trabalho prescrição e decadencia e

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Discorrendo o tema prescrição e decadência, vemos que a prescrição quando uma pessoa , que teve um direito violado , deixa transcorrer o tempo previsto na lei para ajuizar uma ação para fazer valer esse direito . Sendo assim, entendemos que a prescrição é a perda, em face do decurso do tempo , do direito de o Estado punir ou executar uma punição já imposta , ela seria uma matéria de ordem publica , podendo e devendo ser decretada de oficio , em qualquer tempo e grau de jurisdição . 
 A pessoa que teve um direito violado adquire uma Pretensão, que pode ser exercida em juízo por meio de uma ação judicial . Exemplo: Isaque não pagou o aluguel para Wendel , Wendel teve o seu direito contratual de receber o aluguel violado. Wendel tem o direito de ajuizar uma ação para exercer a sua pretensão em cobrar os aluguei atrasados.
 Se a pessoa não exercer a sua pretensão no prazo exigido na lei, ocorrerá a prescrição e ela perdera o direito á pretensão, sendo assim a pessoa que não exercer a sua pretensão no prazo exigido na lei , não perde o Direito de Ação , mas sim perde a pretensão . A prescrição é uma penalidade (sanção adveniente) para a pessoa que não exerce a sua pretensão no prazo fixado da lei. A pessoa não pode ser negligente e deixar passar muito tempo para ajuizar a ação e exigir os seus direitos. Verifica-se, ainda, que a Prescrição é uma defesa que uma pessoa tem contra a outra pessoa que não exerceu a sua pretensão no prazo legal. 
 Basicamente, a prescrição possui três requisitos, o primeiro seria a violação do direito, o segundo a negligencia ( inércia ) do titular do Direito , que após a violação do direito , não exerceu a sua pretensão no tempo previsto em lei , e a terceira é a observância do prazo ( tempo ) determinado na lei para a prescrição . A prescrição é matéria de ordem pública e de interesse social , pois ela confere segurança ás relações jurídicas . Sendo eles essenciais para uma melhor resolução do caso .
 Se não houvesse a Prescrição, as dividas seriam eternas , o devedor poderia ficar refém do credor eternamente , as pessoas teriam que guardar os comprovantes de pagamento para o resto de suas vidas , sob pena de ter que pagar a divida novamente , teríamos que acumular documentos de nossos pais , avós e etc , alem de que acumularíamos milhares de documentos .Concluindo , prescrição é a defesa ( exceção ) argüida contra a pessoa que após ter seu direito violado , não exerceu sua pretensão no prazo legal .
 Um tema que se confundi muito na área do direito é a decadência e a prescrição, a decadência nada mais é que a perda do direito, porque o seu titular não exerceu o seu direito no prazo fixado na lei ou em um negócio jurídico. Quando a pessoa (natural ou jurídica) tem um Direito, ela deve exercer esse Direito (judicialmente ou extrajudicialmente) dentro de um determinado prazo de tempo. Se a pessoa deixa transcorrer muito tempo para exercer o seu Direito, pode ocorrer a Prescrição ou a Decadência, dependendo do tipo de Direito que estivermos falando. 
 A decadência na verdade é uma penalidade para a pessoa que não exerceu a sua Direito no prazo fixado em lei ou em um negocio jurídico, sendo assim, a pessoa não pode ser negligente e deixar passar muito tempo para ajuizar uma ação e exigir os seus direitos. A decadência pode ser descrita como um direito Potestativo, que seria aquele direito que a pessoa pode exercer sem a concordância da outra parte e, também, sem exigir nenhum dever da outra parte, seria o direito que não exige do Poder Judiciário uma condenação da outra parte, mas apenas uma sujeição. Exemplificando, o divorcio é um direito potestativo do cônjuge, a demissão de um empregado é um direito potestativo do empregador, a anulação de um contrato é um direito potestativo de um dos contratantes, se entender que houve algum vicio ou defeito, a anulação do casamento do menor sem autorização de seu representante legal é um direito potestativo do representante legal e etc. 
 Alguns desses direitos não precisam de um prazo especifico como o do divorcio e o caso do empregador, porem alguns tem sim um lapso temporal para serem exercidos sob pena de decadência, que seria a anulação de um contrato que é um direito potestativo de um dos contratantes que, se entender que houve algum vicio do consentimento, deve ajuizar a ação do prazo de 4 anos ( art 178 do CC ) . A anulação do casamento do menor sem autorização de seu representante legal é um direito potestativo do representante legal , que deve ajuizar a ação no prazo de 180 dias ( art. 1555 CC ) .
 Sendo assim , a decadência seria a perda do direito potestativo , porque o seu titular não o exerceu no prazo fixado na lei ou fixado em um negócio jurídico . Os prazos de decadência podem ser fixados na lei ou fixados pelas partes em um negócio jurídico . TODOS os prazos que constam no Código Civil , exceto os prazos previstos nos art. 205 e 206 ( prescrição ) são prazos de decadência . Exemplo de prazo de decadência voluntário , Wendel aluga uma sala comercial para Isaque . Wendel pretende vender a sala comercial, e notificou Isaque para exercer , no prazo de 90 dias , o direito de preferência para a compra do imóvel . O prazo de 90 dias é voluntario pois foi fixado por Wendel . Se Isaque não exercer o direito de preferência em 90 dias ele decairá desse direito . 
 A decadência é matéria de ordem publica e de interesse social , pois confere segurança ás relações jurídicas , tendo em vista se não fossem os prazos de decadência as pessoas poderiam exercer seus direitos eternamente sem um limite de tempo , por exemplo uma pessoa poderia requerer a anulação de um contrato firmado há mais de 10 anos . Assim que nasce o direito , a pessoa tem um prazo para exercê-lo e se não o exercer nesse prazo perderá o direito pela decadência . 
 Concluindo, a decadência possui basicamente três requisitos, a existência de um direito potestativo , a negligencia ( inércia ) do titular do direito que , após o nascimento do direito , não o exerceu em um determinado tempo , e por fim a observância do lapso temporal determinado na lei ou no negócio jurídico para que se consume a decadência .
Art. 189. Violado o direito, nasce para titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os art. 205 e 206.
A prescrição ocorre quando uma pessoa, que teve um direito violado, deixa transcorrer o tempo previsto na lei para ajuizar uma ação para fazer valer esse seu direito. A prescrição começa quando nasce a pretensão, ou seja, após violado o direito , a pessoa adquire uma pretensão que pode ser exercida em juízo por meio de uma ação judicial . Violado o direito nasce para o titular a pretensão e começa a correr a prescrição . A pretensão deve ser exercida nos prazos previstos nos art. 205 e 206 do CC, ou em outro prazo definido por lei . 
Exemplo: Na data de 02/05/2017 Pedro não pagou o aluguel para João , na data de 03/05/2017 nasceu a pretensão de João cobrar o aluguel em juízo . Na data de 03/05/2017 começou a correr a prescrição. O art. 206 CC determina que o prazo de prescrição para cobrança de aluguel é de três anos. Até o dia 03/05/2017 João poderá exercer a sua pretensão. As 24h do dia 03/05/2020 consumar-se á prescrição e extinguir-se a pretensão .
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão. 
 Exceção á a defesa que cabe contra uma pretensão, em um processo judicial. Por exemplo: uma parte exerce a sua pretensão em juízo e a outra parte alega uma exceção como defesa. O autor quis dizer que pretensão e a exceção prescrevem no mesmo tempo. São também exemplos de exceção (defesa), compensação de dividas, exceção do contrato não cumprido, direito de retenção e etc. Concluindo , se a pretensão de cobrar uma divida prescreve em 3 anos , a exceção de compensação de dívidas , alegada pelo devedor também prescreverá em 3 anos . 
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, esó valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
Essa disposição é de ordem publica e não permite que as partes renunciem a prescrição antes do prazo previsto na lei. È muito importante que a renuncia da prescrição somente possa ocorrer após a sua consumação, pois caso contrário o credor poderia exigir no contrato que o devedor renunciasse antecipadamente a prescrição, sendo que nesse caso a divida poderia se prolongar indefinidamente, o que faria com que a prescrição perdesse a finalidade. Concluindo, a pessoa beneficiada com a prescrição pode renunciar a prescrição, a prescrição somente pode ser renunciada após a sua consumação e a renúncia da prescrição não prejudica terceiros . A renuncia pode ser expressa , quando é clara , não deixa duvidas , e pode ser tácita que é quando é presumida porque o interessado realiza atos incompatíveis com a prescrição . 
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Caso fosse possível as partes alterarem os prazos de prescrição previstos em lei , os direitos e dividas poderiam se prolongar no tempo indefinidamente . Sendo assim , as partes devem obedecer os prazos de prescrição previstos em lei , não sendo possível aumentá-los ou reduzi-los .
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. 
Conclui que a prescrição pode ler alegada em qualquer grau de jurisdição, e que pode alegar a prescrição a parte a quem aproveita , ou seja a parte que vai ser beneficiada pela prescrição . A prescrição não está sujeita a preclusão temporal ou seja , se a prescrição não foi apreciada em primeira instancia ela poderá ser aprovada em segunda instancia . Finalizando , a prescrição pode ser conhecida de oficio pelo juiz ou em grau de curso . A prescrição não pode ser alegada pela primeira vez em grau de recurso especial ou extraordinário. A prescrição não pode ser alegada na fase de execução , sob pena de ofensa a coisa julgada .
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. 
Determina que se o assistente da pessoa relativamente incapaz deu causa á prescrição (permitiu), o relativamente incapaz terá o direito de exigir do seu assistente os prejuízos que sofreu . Vale o mesmo para a pessoa jurídica . Sendo assim , a pessoa relativamente incapaz terá direito de regresso contra o seu Assistente que deixar de alegar oportunamente a prescrição .
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
Determina que se a prescrição já começou a correr contra uma pessoa , se essa pessoa morrer , por exemplo , o prazo de prescrição continuará a correr para o seu sucessor . Sendo assim , o prazo de prescrição não começa a contar do zero . O prazo de prescrição continuará a correr normalmente sem interromper , só que correrá contra o sucessor . O artigo trata também de sucessões decorrentes de atos entre vivos , e também é aplicável as pessoas jurídicas , quando há sucessão . Exemplo : Banco do Brasil é sucessor do BESC , a GOL é sucessora da VARIG , etc .
Art. 197. Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
As causas para o impedimento ou suspensão da prescrição previstas ,são de ordem moral , pois são baseadas no parentesco , nas relações de afetividade , no dever de cuidado , na confiança e na afeição .Para preservar essa harmonia existente entre eles decidiu-se que entre essas pessoas não corre a prescrição.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Baseiam se na condição especial em que se encontra o titular do Direito , são elas por serem absolutamente incapazes , por estar ausente do país a serviço do estado , ou por estar servindo nas forças armadas em tempo de guerra .
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I - pendendo condição suspensiva;
II - não estando vencido o prazo;
III - pendendo ação de evicção.
Enquanto está pendente uma condição suspensiva não se terá violado o direito, pois conforme determina o Art.(125) do CC enquanto está pendente uma condição suspensiva não se terá adquirido o direito a que ela visa.O segundo é que enquanto não vencido o prazo , o direito não foi violado . A terceira ocorre quando uma pessoa adquiriu um bem , perde a posse ou a propriedade desse bem , por decisão judicial para um terceiro ( que não é vendedor ) .
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
O artigo trata de casos em que o desenvolvimento da ação cível depende de um fato que está sendo apurado no juízo criminal, o que impede que corra a prescrição .
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.
A suspensão da prescrição é um beneficio personalíssimo . Somente a pessoa que foi beneficiada pela lei com a suspensão da prescrição pode invocar esse beneficio a seu favor o princípio da intangibilidade da suspensão . Não aproveita os credores se a obrigação for divisível .
 Ambos artigos acima art.(197 a 201 ) discorrem sobre os temas impedimento e suspensão da prescrição . Quando ocorrer uma das causas que esteja prevista do Art.197 ao 200 do CC. Se o prazo de prescrição ainda não tiver começado a correr essa causa irá impedir que a prescrição comece a correr , quando chamamos de impedimento . Já quando ocorrer alguma das situações previstas no Art.197 ao 199 do CC . Se o prazo de prescrição já começou a correr essa causa irá suspender a prescrição que já tinha começado a correr , quando é chamado de suspensão . Porem assim que cessar a causa que suspendeu a prescrição voltará a correr somando-se o tempo que já havia transcorrido antes da causa da suspensão .
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
A interrupção prescrição pode ocorrer so uma vez porque o objetivo da prescrição é trazer segurança jurídica ao impedir que as dividas sejam eternas.
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; 
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; 
III - por protesto cambial;
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
Ocorre que quando a pessoa realiza atos previstos na lei com a intenção de exercer o seu direito , a pessoa não esta sendo negligente e , por esse motivo , o prazo de prescrição se interrompe e começa a contar do zero novamente . Em todos os casos interrompida a prescrição , ela recomeça a correr da data do ato que a interrompeu , ou do ulimo ato do processo para a interromper . 
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.
Interessado é o terceiro que tem interesse em que não se consume a prescrição ( sindicato , ministério publico , a companheira caso haver falecimento do marido , também poderia ser o credor contra quem corre a prescrição .
Art. 204. A interrupção da prescrição por um credornão aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.
§ 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
Como se pode verificar , no caso de a interrupção da prescrição ter sido realizada por apenas um credor , a interrupção poderá atingir ( beneficiar ) os demais credores dependendo se os credores são , ou não solidários . Os efeitos da prescrição são pessoais , por esse motivo a interrupção da prescrição somente aproveitará aquele que interrompeu a prescrição ( não aproveitara aos demais credores . A interrupção da prescrição aproveitara a todos os credores ( se um credor interromper a prescrição irá interromper a prescrição também para os demais credores ) .
§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.
Se a obrigação ( ou direito ) for divisível a interrupção da prescrição não irá atingir os demais herdeiros do devedor solidário , nem os demais devedores solidários . Porem , se a obrigação for indivisível a interrupção da prescrição irá atingir todos os herdeiros do devedor solidário e também os demais devedores solidários . 
§ 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.
Se a prescrição foi interrompida para o devedor principal também será interrompida para o fiador , pois como a fiança é um acessório do contrato principal , o acessório deve seguir o destino principal .
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Somente será aplicado quando não houver nenhum outro prazo de prescrição , pois ele prevê um prazo de prescrição geral de 10 anos que somente será aplicado quando não houver nenhum outro prazo de prescrição fixado em lei . 
Art. 206. Prescreve:
§ 1o Em um ano:
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
Trata-se dos casos de hospedagem e fornecimento de alimentos , tais como em : hotéis , pensões , bares , restaurantes e etc.
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:
a) Apara o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador; ( será contado apartir da data em que o segurado foi citado )
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
Trata da prescrição em caso de cobrança de valores relativos ao seguro , tanto para o segurado quando para o segurador . Quanto aos demais seguros , o prazo da de 1 ano de prescrição vai começar a contar da data da ciência do fato que gerou o direito ao pagamento do valor do seguro .
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
Estamos tratando aqui dos cartórios não oficializados , pois os cartórios que são oficializados tem o prazo de prescrição de 5 anos para a cobrança de seus serviços , iguais aos créditos fazendários 
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo;
Quis dizer que as pretensões contra os peritos que avaliaram os bens para a formação de uma Sociedade anônima devem ser exercidas no prazo de 1 ano , a contar da data da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo realizado pelo perito .
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
Prescreve em 1 ano a pretensão dos credores para cobrar dos demais sócios da empresa , ou dos acionistas , os valores que não receberam em virtude do encerramento da empresa . 
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem. 
Exemplo : A parcela da pensão alimentícia que venceu na data de 20/08/2017 poderá ser cobrada ate o dia 20/08/2019 , já a parcela que venceu na data de 20/09/2017 poderá ser cobrada ate 20/09/2019 sob pena de prescrição .
§ 3o Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
Exemplo: Mediante um contrato de constituição de renda, João se obrigou a pagar a Pedro uma prestação de 5 mil reais mensalmente a Pedro , pelo prazo de 5 anos . Caso João não pague a prestação da renda temporária para Pedro, Pedro terá anos para exercer a sua pretensão a contar do vencimento de cada prestação , sob pena de prescrição .
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
Exemplo: João devia 5 mil reais para Pedro , João e Pedro convencionaram um contrato que João pagaria a divida de 5 mil reais em 10 parcelas e pagaria os juros e multa de 500 reais separadamente no prazo de 1 ano . Como as partes compactuaram o pagamento dos juros e multa separadamente da divida principal, caso João não pague esses valores ate a data do vencimento, Pedro terá o prazo de 3 anos para exercer a sua pretensão e cobrar os valores sob pena de prescrição .
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
Exemplo : Maria fez um empréstimo no banco , e deu para João seu namorado , no outro dia , João terminou com Maria e ficou com o dinheiro , Maria tem 3 anos para fazer a pretensão sob pena de prescrição . 
V - a pretensão de reparação civil;
Quando se trata dos casos de responsabilidade civil ( danos morais , estéticos ou danos matérias ) danos causados a pessoa ou a seus bens .
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;
Quando um quotista ou acionista recebe lucros ou dividendos , de má fé enriquece sem causa e o prazo para exercer a pretensão para , aqueles que se sentiram lesados , requerer a restituição dos valores recebidos indevidamente é de 3 anos sob pena de prescrição . 
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:
a)para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
 b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação;
Para os fundadores contado da publicação dos atos constitucionais . Administradores ou fiscais , contado da apresentação do balanço da reunião ou da assembléia geral em que os sócios tomaram ciência da violação 
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial; ( cheque , nota promissória e etc ) 
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
Trata do prazo de prescrição para a cobrança do DPVAT , que é o seguro Obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres . 
§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
Caso o tutelado entenda que sofreu algum prejuízo em virtude da administração do tutor , terá o prazo de 4 anos para exercer a sua pretensão e cobrar os prejuízos que entender que sofreu 
§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão decobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
Se uma pessoa tiver um valor para cobrar de um devedor , referente a um instrumento publico ou particular , cuja divida seja liquida , a pessoa terá o prazo de 5 anos para exercer a sua pretensão sob pena de prescrição . 
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
O prazo de 5 anos vai começar a correr assim que se concluírem os serviços do profissional ou quando terminarem os contratos ou o mandato .
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
O perdedor do processo deve arcar com as custas do processo e devolver algumas despesas que foram pagas pelo vencedor . Nesse caso , o vencedor do processo tem o prazo de 5 anos para cobrar do perdedor essas despesas sob pena de prescrição
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. 
Isso significa que os prazos de decadência não sofrem impedimento , interrupção e nem suspensão . Começam a contar no dia que nasce o direito e vão ate se consumar o prazo de decadência fixado na lei ,ou em um negocio jurídico . Exceto se a lei dispuser o contrario . 
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
A decadência começa a correr assim que nasce o direito da pessoa .
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
O prazo de Decadência legal é uma ordem publica e de interesse social e , por esse motivo , é irrenunciável pela parte .
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

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