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EXERCICIO 04 12

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EXERCÍCIO DE REPOSIÇÃO DE AULA
1. Teobaldo, segurado do RGPS, tem um filho de 18 anos de idade, chamado Vespasiano. Teobaldo foi brutalmente assassinado por Vespasiano. Nesse caso, mesmo depois de condenado pela prática desse crime doloso, com sentença transitada em julgado, Vespasiano tem direito de continuar recebendo o benefício de pensão por morte deixado por seu pai? Fudamente e justifique sua resposta.
De acordo com o § 1º do art. 74 da Lei 8.213/91, perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado. No caso em tela, Vespasiano foi condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado, com sentença transitada em julgado. Assim, após o trânsito em julgado da sentença condenatória, Vespasiano perderá o direito à cota individual da pensão por morte que vinha recebendo.
2. José é garimpeiro e trabalha comprovadamente em regime de economia familiar. José tem 20 anos contribuídos para a Previdência Social e 61 anos de idade. Diante do caso narrado conclui-se que o segurado ainda não pode requerer o benefício da aposentadoria por idade. Fundamente e justifique sua resposta.
A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher (Lei 8.213/91, art. 48). Esses limites de idade serão reduzidos em cinco anos para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal (CF, art. 201, § 7º, II). Assim, para o garimpeiro que trabalha comprovadamente em regime de economia familiar, a aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida, completar 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco), se mulher. A concessão de aposentadoria por idade depende do cumprimento do período de carência de 180 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 25, II). Na questão ora analisada, José já tem direito a aposentar-se por idade, pois é garimpeiro, trabalha em regime de economia familiar, já tem mais de 60 anos de idade e já tem mais de 180 contribuições mensais.
3. Em 16/12/1998, Gertudes tinha 20 anos de contribuição para o RGPS. No dia 12/12/2015, Gertudes completou 52 anos de idade e 28 anos de contribuição para a Previdência Social. Se no dia 14/12/2015 ela requerer aposentadoria, o benefício deverá ser concedido com renda mensal inicial igual a 75% de seu salário de benefício. Fundamente e justifique sua resposta.
A aposentadoria proporcional foi extinta pela Emenda Constitucional 20/98. No entanto, em virtude das regras de transição da EC 20, os segurados filiados ao RGPS até 16/12/98 (somente estes) ainda têm direito à aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. De acordo com o §1º do art. 9º da Emenda Constitucional 20/98, o segurado que se tenha filiado ao RGPS até 16/12/98 (data da publicação da EC 20) pode aposentar-se com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, quando atendidas as seguintes condições:
I - contar com 53 anos de idade, se homem, e 48 anos de idade, se mulher; II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) 30 anos, se homem, e 25 anos, se mulher; e b) um período adicional de contribuição equivalente a 40% do tempo que, em 16/12/98 (data da publicação da EC 20), faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior. Esse
período adicional é conhecido como pedágio. A renda mensal da aposentadoria proporcional será equivalente a 70% do salário de benefício, acrescido de 5% por ano de contribuição que supere a soma dos tempos de contribuição previstos no item II (acima meniconado), até o limite de 100%. Na questão ora analisada, em 16/12/98, Gertudes contava com 20 anos de contribuição. Isso significa que, em 16/12/98, faltavam 5 anos para ela atingir 25 anos de contribuição. Portanto, para ter direito à aposentadoria proporcional, Gertudes terá de cumprir um pedágio de 2 anos (40% de 5 anos). Assim, para se aposentar por tempo de contribuição com proventos proporcionais, Gertudes precisará ter, no mínimo, 27 anos de contribuição (25 + 2 = 27) e, no mínimo, 48 anos de idade. No dia 12/12/2015, Gertudes completou 52 anos de idade e 28 anos de contribuição. Assim, ela já tem direito à aposentadoria por tempo de contribuição com proventos proporcionais, pois já tem mais de 48 anos de idade e mais de 27 anos de contribuição. No caso de Gertudes, a renda mensal da aposentadoria proporcional será equivalente a 70% do salário de benefício, acrescido de 5% por ano de contribuição que supere 27 anos de contribuição. Como ela tem 28 anos de contribuição, conclui-se que a renda mensal da aposentadoria será igual a 75% do salário de benefício.
4. Lombardi tem dez anos contribuídos para o RGPS em concomitância com o exercício de cargo público efetivo na esfera federal. Lombardi deseja levar esses dez anos do RGPS para o seu regime próprio. Ele pode levar esse tempo? Fundamente e justifique sua resposta.
Como Lombardi é ocupante de cargo efetivo na esfera federal, ele é filiado ao RPPS em relação a essa atividade. O período de RGPS está em concomitância com o de RPPS, nessa situação, é vedado a Lombardi levar esse tempo para o RPPS. Sobre o tema, o art. 96 da Lei 8.213/91.
5. Sílvio é cooperado filiado a uma cooperativa de produção. Sílvio trabalha, comprovadamente, exposto de forma permanente, não ocasional e não intermitente, a agentes químicos nocivos à sua saúde. Sílvio conta com 25 anos trabalhados nessa situação. A legislação garante a esse segurado tratamento diferenciado, por esse motivo ele já pode requerer aposentadoria, mesmo sem ter o tempo de contribuição que é normalmente exigido para trabalhadores que não trabalham em condições que prejudiquem a sua saúde? Fundamente e justifique sua resposta.
Vamos analisar a legislação pertinente ao tema, Lei 8.213/91: Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. [...] § 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social–INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado. De acordo com o art. 1º da Lei 10.666/2003, as disposições legais sobre aposentadoria especial do segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social aplicam-se, também, ao cooperado filiado à cooperativa de trabalho e de produção que trabalha sujeito a condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física. Sílvio trabalha exposto a agentes químicos, prejudiciais à sua saúde, de forma permanente, não ocasional e nem intermitente.
6. João é casado com Maria há um ano. Depois de 20 anos de trabalho, na condição de empregado da empresa Alfa Ltda., João faleceu em decorrência de um acidente de trabalho. Na data do óbito de João, Maria tinha 21 anos de idade. Nesse caso, Maria terá direito a receber o benefício de pensão por morte? Dirante quanto tempo? Fundamente e justifique sua resposta.
De acordo com o art. 77, § 2º, V, da Lei 8.213/91, para cônjuge ou companheiro, o direito à percepção de cada cota individual cessará: a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “b” e “c”; b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbitodo segurado; c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. Nessa questão, o candidato poderia imaginar que a cota individual da pensão por morte que Maria tem direito cessaria em 4 meses, pois João e Maria tinham apenas um ano de casado. No entanto, é necessário observar a causa da morte do segurado. João faleceu em decorrência de um acidente de trabalho. Nesse caso, é necessário levar em consideração a regra estabelecida pelo § 2º-A do art. 77 da Lei 8.213/91, in verbis​ : § 2º-A. Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os prazos previstos na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2º, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável. No caso em tela, como o segurado faleceu em decorrência de um acidente, mesmo tendo menos de 2 anos de casado, não será aplicada regra da alínea “b” do 2º. Também não será aplicada a regra da alínea “a” do § 2º, pois Maria não é inválida, nem tem deficiência. A regra que será aplicada será a da alínea “c” do § 2º. Na data do óbito de João, Maria tinha 21 anos de idade. Nesse caso, Maria terá direito a receber o benefício de pensão por morte durante 6 anos.
7. Hugo é professor de Direito Previdenciário e jogador de futebol profissional do clube Íbis Sport Club há mais de quarenta anos. O segurado quebrou a perna e foi considerado incapaz, pela perícia médica do INSS, para exercer a atividade de jogador de futebol. Assim sendo, em nenhuma hipótese o valor do auxílio-doença recebido por Hugo poderá ser inferior a um salário mínimo, em virtude do princípio constitucionalmente previsto da “garantia do benefício mínimo”. Fundamente e justifique sua resposta.
O auxílio-doença do segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pelo RGPS será devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o exercício de uma delas. Nessa hipótese, o valor do auxílio-doença poderá ser inferior ao salário mínimo desde que somado às demais remunerações recebidas resultar valor superior a este (RPS, art. 73, §4º). Isso é possível porque, nesse caso, o auxílio-doença não está substituído renda mensal do trabalhador, pois este ainda contará com o rendimento da atividade para a qual não se incapacitou.
8. Quitéria é empregada doméstica e durante o trabalho, sofreu um acidente que a deixou incapacitada para as suas atividades. Após a consolidação das lesões decorrentes do caso fortuito, ficaram constatadas sequelas que reduziram a capacidade laborativa da trabalhadora. Diante do caso hipotético, conclui-se que Quitéria não terá direito a auxílio-acidente, uma vez que este benefício não é destinado a essa classe de segurados do RGPS. Fundamente e justifique sua resposta.
Quitéria tem direito ao recebimento do auxílio-acidente, pois a Lei Complementar nº 150/2015 estendeu à categoria dos segurados empregados domésticos o direito a esse benefício. Sobre o tema, a Lei 8.213/91 diz que: Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: I - quanto ao segurado: [...] h) auxílio-acidente; [...] § 1º Somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os segurados incluídos nos incisos I, II, VI e VII do art. 11 desta Lei. O segurado incluído no inciso II do art. 11 d Lei 8.213/91 é o empregado doméstico. Portanto, conclui-se que Quitéria terá direito ao auxílio-acidente, logo, a assertiva está errada.
9. Juliana é segurada empregada e recebe auxílio-acidente, pago pelo RGPS. Juliana ficou grávida. Diante do exposto, conclui-se que a segurada não poderá acumular o benefício ora recebido com o de salário maternidade, devendo optar por aquele que for mais vantajoso. Fundamente e justifique sua resposta.
Quando o tema for proibição de acumulação de benefícios, o raciocínio que deve ser adotado é o seguinte: O que não é proibido é permitido. Os benefícios que não podem ser acumulados estão discriminados o art. 124 da Lei 8.213/91. Além desse dispositivo legal, o § 2º do art. 86 da Lei 8.213/91 proíbe a acumulação de auxílio-acidente com qualquer aposentadoria. Não existe nenhum dispositivo legal proibindo a acumulação de auxílio-acidente com salário-maternidade. Logo, é permitido ao segurado acumular auxílio-acidente com salário-maternidade.
10. Cláudia é segurada especial. Caso engravide, a segurada terá direito ao recebimento do salário maternidade, mesmo que nunca tenha contribuído para a previdência social, desde que comprove o efetivo exercício da atividade rural por, no mínimo, doze meses anteriores ao fato gerador, ainda que de forma descontínua. Fundamente e justifique sua resposta.
De acordo com o § 2º do art. 93 do Regulamento da Previdência Social, será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma descontínua.

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