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Resumo Direitos Humanos

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A dignidade da pessoa humana: considerações gerais
A dignidade da pessoa humana tem sido considerada por muitas áreas do saber humano, tais como a Filosofia, a Ética, a Política e o Direito, como o ponto central de construção de todo o ordenamento jurídico e do próprio Estado.
Ela é vista até mesmo com um valor suprajurídico, isto é, para além do Direito e da Constituição, já que seria a dignidade um valor ínsito do ser humano. E, desta maneira, a dignidade trata diretamente da essência do ser humano. É, portanto, esse seu caráter supraconstitucional que permite, inclusive, que possamos sustentar sua efetividade independentemente da sua positivação (isto é, seu reconhecimento pelo direito, através de uma norma jurídica, quer seja ela lei ou mesmo uma norma constitucional).
Para as sociedades atuais, a dignidade da pessoa humana coloca uma série de desafios a serem enfrentados, assegurando a todas as pessoas uma vida decente: com respeito, igualdade e liberdade, com acesso aos bens necessários para a realização do projeto de vida de cada um e que leve, enfim, à felicidade. Assim, a dignidade se articula com a própria possibilidade de existir com decência no mundo para nele viver em plenitude.
No entanto, a vida em sociedade é marcada por desigualdades materiais e carências sociais, pois, ainda que expresso de forma simplista, há mais pessoas do que bens disponíveis, isto é, não é possível o acesso igual de todos a todos os recursos disponíveis: aí se coloca o dilema da dignidade humana.
Há duas dimensões do pensamento kantiano que merecem destaque:
A ideia de finalidade, isto é, o homem, por ser dotado de razão, é um fim em si mesmo.
A ideia de autonomia, isto é, a vontade humana deve estar direcionada para o dever de estabelecer parâmetros de moralidade que sirvam para todos, inclusive para ela mesma, não porque se busca uma vantagem futura, mas sim porque esta é a dignidade do ser dotado de razão. 
A relação da dignidade humana com os direitos humanos/fundamentais gera uma dupla obrigação para o Estado quanto ao que dele se pode exigir: uma de caráter negativo e outra de aspecto positivo.
CARÁTER NEGATIVO
Inspirado nos ideais liberais, remete a uma noção de proteção, de defesa contra o Estado, determinando que o Estado deve se abster de adotar qualquer medida que possa violar a dignidade humana.
Por exemplo, se não houver ordem judicial, o Estado só pode prender as pessoas em flagrante delito, isto é, se estiverem naquele momento praticando um crime. É o que temos no art. 5º. inciso LXI, da Constituição de 1988, preservando-se, assim, o direito à liberdade:
“LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.”
DIMENSÃO POSITIVA
Impõe ao Estado um dever de agir jurídica ou faticamente. Em geral, a dimensão positiva irá se traduzir na prestação de um serviço púbico, tal como a educação, a previdência social, a assistência social e a saúde, entre outros. Ela resulta do modelo de Estado social, que tem por finalidade proteger e promover, inclusive materialmente, a dignidade da pessoa humana.
No texto constitucional, temos como exemplo o direito à educação, previsto no Capítulo III da Constituição, regulamentado a partir do art. 205.
“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho".
Ou ainda, como outro exemplo concreto, podemos citar o dever do Estado de prestar assistência sociala quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, garantindo um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei (art. 203, inciso V da Constituição de 1988).
A dignidade da pessoa humana como princípio constitucional e a Constituição de 1988
No caso do Brasil, em especial, a dignidade da pessoa humana é uma norma jurídico-positiva de status constitucional e, como tal, dotada de eficácia, sendo, então, capaz de garantir os direitos fundamentais do cidadão.
Logo no art. 1º. Inciso III da Constituição, o princípio da dignidade humana é declarado como um fundamento da República e do Estado Democrático de Direito do Brasil.
Para comentar este artigo trazemos novamente a contribuição de Ingo Wolfgang Sarlet:
“Consagrando expressamente, no título dos princípios fundamentais, a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos do nosso Estado democrático (e social) de Direito (art. 1º, inc. III, da CF), nosso Constituinte de 1988 [...] além de ter tomado uma decisão fundamental a respeito do sentido, da finalidade e justificação do exercício do poder estatal e do próprio Estado, reconheceu categoricamente que é o Estado que existe em função da pessoa humana, e não o contrário, já que o ser humano constitui a finalidade precípua, e não meio da atividade estatal”. (SARLET, 2010: 133)
Em outras palavras, é o Estado que passa a servir ao cidadão, como instrumento para a garantia e promoção da dignidade das pessoas individual e coletivamente consideradas.
Além desse artigo, o princípio da dignidade se encontra previsto de modo expresso ou implícito ao longo do texto constitucional, reforçando a ideia de fundamento, sendo a dignidade humana o eixo valorativo de nosso Estado e direito.
A dificuldade terminológica e as diferenças entre Direitos Humanos v. Direitos Humanitários v. Direitos Fundamentais v. Garantias
O que são os Direitos Humanos?
Todos parecem saber, mas têm muita dificuldade em determinar um conceito que dê conta de transmitir o sentido dos direitos humanos.
Apesar da ausência de um conceito único, no mundo atual,
podemos ao menos concordar que os
Direitos Humanos são
direitos de TODAS as pessoas humanas
– HOMENS, MULHERES e CRIANÇAS -
em TODOS OS LUGARES,
sustentam-se na dignidade do ser humano
e obrigam os Estados e agentes públicos,
protegendo indivíduos e grupos.
os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre muitos outros. Todos merecem esses direitos, sem discriminação.
A ONU define os direitos humanos como “garantias jurídicas universais que protegem indivíduos e grupos contra ações ou omissões dos governos que atentem contra a dignidade humana”.
Os direitos humanos são garantidos internacionalmente, juridicamente protegidos e universais. É a expressão que tem uso predominante na ordem jurídica internacional, especialmente nos tratados internacionais.
Em nossa disciplina, privilegiaremos o uso de “direitos humanos”, já que estamos focando nossos estudos na projeção dos direitos humanos na ordem internacional.
Dizem respeito aos direitos humanos considerados em contextos de guerra. Fazem parte do chamado Direito Internacional Humanitário. Alguns autores consideram que os direitos humanitários são desdobramentos dos direitos humanos.
Quando os direitos humanos se encontram inseridos na ordem jurídica interna são chamados de direitos fundamentais. Eles podem estar previstos na Constituição ou mesmo em leis esparsas. No Brasil, se encontram previstos no texto da Constituição Federal, especialmente no art. 5º. da Constituição de 1988.
“Art. 5º, caput da CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes [...]”
Normalmente, são estudados como parte temática do Direito Constitucional e a doutrina contemporânea tem se esforçado em identificar uma “teoria dos direitos fundamentais”.
Podemos dizer que os direitos fundamentais são o núcleoinviolável de uma sociedade, voltados para assegurar e proteger a dignidade da pessoa humana, com o que não basta apenas seu reconhecimento formal nos instrumentos normativos, mas devem ser materialmente efetivados pelo Poder Público.
A expressão “garantias” muitas vezes acompanha os direitos humanos e fundamentais, inclusive na Constituição de 1988 são tratados em conjunto. Contudo, a ideia de garantia propõe a noção de instrumentos, de proteção.
Os direitos humanos (ou fundamentais) são organizados a partir de gerações. Esses direitos são associados a um núcleo de valores comuns, em geral referenciados ao lema da Revolução Francesa:
Assim, teríamos as três primeiras gerações de direitos da seguinte maneira:
1ª Geração – direitos individuais (liberdades públicas) e direitos políticos;
2ª geração – direitos sociais, econômicos e culturais;
3ª geração – direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos.
Em seguida, de forma controvertida, alguns autores, capitaneados por Paulo Bonavides (1998), sustentam já termos, também, os direitos da 4ª geração que seriam, por exemplo, direito à informação, à democracia, ao pluralismo. Outros até falam em quinta e sexta gerações, surgidas com a globalização, com os avanços tecnológicos (cibernética) e com as descobertas da genética (bioética)...
As características dos DH
Os direitos humanos são fundados sobre o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa, sendo certo que entre eles não há hierarquia.
No que tange as características dos DH, em geral, são apontadas:
A imprescritibilidade
O decurso do tempo ou a inércia do seu titular não levam a perda do direito em si (ainda que nos casos de direitos patrimoniais o tempo seja um fator importante, como por exemplo, o usucapião. Mesmo que se perda a propriedade de determinado bem imóvel, não se perde, em tese, o direito de ser proprietário em relação a outros bens).
A inalienabilidade
Não se pode alienar a condição humana, logo os direitos que dela decorrem também não o podem. Ainda que se possa alienar direitos patrimoniais, o direito a ter direitos patrimoniais é inalienável.
A irrenunciabilidade
São irrenunciáveis pois não se pode abrir mão de sua própria natureza.
A inviolabilidade
Não podem ser violados pela ordem jurídica, especialmente no plano interno, por leis infraconstitucionais, nem por atos administrativos de agente do Poder Público, sob pena de responsabilidade civil, penal e administrativa.
A universalidade
Alcançam a todos os seres humanos sem distinções.
A interdependência
Um direito depende de outro para sua realização, logo estão inter-relacionados, interligados.
Complementaridade
Devem ser observados não isoladamente, mas de forma conjunta e interativa com os demais direitos e o próprio ordenamento jurídico;
Historiciedade
São construções históricas.
Essencialidade
Os direitos humanos são inerentes ao ser humano, tendo por base sua dignidade (aspecto material), assumindo posição normativa de destaque (aspecto formal).
Estado de sítio
“Na esfera federal, existem ‘estado de defesa’ e ‘estado de sítio’. O estado de sítio é muito mais grave que o estado de defesa, e ambos só podem ser decretados pelo presidente da República. O estado de defesa é decretado para preservar ou restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. O estado de sítio é decretado quando o estado de defesa não resolveu o problema, quando o problema atinge todo o país, ou em casos de guerra”.
Estado de emergência
Também chamado de situação de emergência. É uma situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido. Disciplinado pelo Decreto 7.257/10, que rege o Conselho e o Sistema Nacional de Defesa Civil. Pode ser decretado pelo Prefeito ou/e pelo Governador.
Assim, a Constituição de 1988 representa a visão de mundo, de Estado, de sociedade e do cidadão que, pelo exercício do Poder Constituinte, adotamos como rota e destino para nosso país e povo.
Como afirma o preâmbulo da Constituição, somos um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias.
DIREITOS DE LIBERDADE
Para os direitos de liberdade, isto é, que demandam do Estado um não fazer, uma abstenção de conduta. Essa questão é menos problemática, já que a intervenção do juiz se dá no sentido de fazer cessar a violação à liberdade (por exemplo, o relaxamento de uma prisão ilegal).
DIREITOS SOCIAIS
Para os direitos sociais, que demandam sua implementação mediante principalmente políticas públicas, a aplicabilidade imediata não é tão fácil de ser obtida pela via judicial. Tanto é que, nesses casos, muito se discute sobre a possibilidade de implementação desses direitos pelo Poder Judiciário, como por exemplo, temos o debate sobre a judicialização da saúde
O rol de direitos fundamentais constitucionalmente consagrados
No movimento expansivo da dignidade humana, o constituinte recepcionou e organizou os direitos fundamentais da seguinte maneira:
Direitos individuais
Também conhecidos como liberdades públicas, direitos negativos, liberais ou de 1a geração (art. 5o da CRFB/88) - são direitos que apresentam como principais características os indivíduos como titulares e controlar os abusos de poder estatais.
Direitos coletivos e difusos (ou de 3a geração)
Os coletivos caracterizam-se por serem direitos de um grupamento humano com interesses homogêneos, por exemplo o pleito dos sindicatos. Já os difusos são direitos que pertencem a todos, ou seja, não somos capazes de identificar quem são os seus titulares como, por exemplo, o meio ambiente.
Direitos da nacionalidade
Caracteriza-se como vínculo jurídico-político de uma pessoa com o Estado que nos permite dizer que esta pessoa faz parte do povo deste Estado. Ela pode ser de dois tipos: originária, que chamamos de natos, que no Brasil pode ser adquirida pelo critério misto, ou seja, pelo nascimento em nosso território (ius soli) ou pela consanguinidade (ius sangunis) de pai ou mãe brasileiros ou; derivada, que se adquire com um pedido ao governo brasileiro atendendo aos requisitos de se for originário de país de língua portuguesa: ter visto (autorização de permanência regular no Estado Brasileiro) de permanência, residência ininterrupta por um ano e idoneidade moral e, se originário de outro país: visto de permanência, quinze anos de residência ininterrupta e nenhuma condenação penal. (art. 12 da CRFB/88).
Direitos políticos
Segundo Pedro Lenza, “direitos políticos nada mais são do que instrumentos através dos quais a Constituição Federal garante o exercício da soberania popular atribuindo poderes aos cidadãos para interferirem na condução da coisa pública, seja direta ou indiretamente”. Esses direitos são basicamente exercidos pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto. O sufrágio (capacidade eleitoral ativa) determina o direito de eleger e ser eleito (capacidade eleitoral passiva). O voto é um direito público subjetivo que tem como características ser personalíssimo, sigiloso, obrigatório, livre, periódico e igual. Apenas para não confundir, vale lembrar que escrutínio significa a maneira pela qual se vota e que a legislação infraconstitucional referente aos direitos políticos é a Lei 4737/65.
Direitos sociais
São direitos sociais ou de segunda geração, se caracterizam por terem como titulares grupos específicos de pessoas como, por exemplo, crianças, mulheres, trabalhadores etc. Exigem do Estado um fazer, um animus de proteção efetiva na persecução desses direitos a fim de amenizaremas desigualdades sociais.
O modelo de controle de constitucionalidade
O controle de constitucionalidade tem por finalidade assegurar que toda a produção normativa do Estado seja feita em conformidade com a Constituição. Logo, o controle busca suprimir a incompatibilidade expressa ou implícita entre a norma infraconstitucional com dispositivo que conste expressamente na Constituição.
O sistema de controle adotado pela Carta de 1988, oferece um leque variado de possibilidades que leva em conta alguns critérios para a caracterização do modelo que adotamos.
O sistema brasileiro se admite um controle chamado de misto:
Controle político, que deve ser, em regra, preventivo, exercitado pelo próprio Poder Legislativo;
Controle jurisdicional que:
 é repressivo, e pode se dar na modalidade indireta (no bojo de qualquer ação qualquer) quando efetuado por todas as instâncias jurisdicionais;
 na modalidade direta, através das ações especialmente desenhadas para o controle de constitucionalidade – controle direto - cuja competência, na esfera federal, no que toca a Carta de 1988, é do Supremo Tribunal Federal.
Entre as ações de controle direto, há duas espécies tratam explicitamente da proteção dos direitos fundamentais. São elas:
A ADPF está prevista no art. 102, § 1º da Constituição. Tem por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público ou quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual, municipal, incluídos os anteriores à constituição.
Pela redação do caput do art. 102, é possível notar a enorme abrangência da ADPF que pode ser utilizada não apenas para censurar atos normativos, mas os atos administrativos e até os judiciais, inclusive atos normativos anteriores a promulgação da Constituição, como por exemplo, contratos administrativos, editais de licitação de concurso, decisões dos tribunais de contas. Logo, esses atos ficariam, também, sujeitos ao crivo do controle concentrado de constitucionalidade – o que não seria possível na tradicional via da Ação Direta de Inconstitucionalidade.
A doutrina tem entendido que os preceitos fundamentais são os princípios fundamentais, os direitos fundamentais, as cláusulas pétreas e os princípios constitucionais. Daí sua relevância no sistema de proteção dos DH. Hoje, a ADPF está regulamentada na Lei n. 9882.
AÇÃO DIRETA INTERVENTIVA (ADIN INTERVENTIVA)
A ação direta interventiva (art. 36, III da CRFB/88) é uma modalidade de controle de constitucionalidade concreto e concentrado para um conflito federativo, proposta na esfera federal pelo chefe do Ministério Público Federal, o Procurador-Geral da República, quando um dos Estados membros desrespeita lei federal ou um dos princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII da CRFB/88). Entre eles, se encontra a DIGNIDADE HUMANA.
O acesso à justiça
O acesso à justiça, traduzido aqui no direito de ação, pode ser considerado, também, ferramenta de proteção aos direitos fundamentais, nas violações em concreto da esfera jurídica do cidadão, já que, nos termos do art. 5º. inciso XXXV da Constituição, a lei poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
É o chamado de princípio da inafastabilidade da jurisdição que se traduz no direito da parte de acionar a Poder Judiciário, em busca de proteção/reparação ao direito fundamental violado. Esse direito se articula pelo princípio do devido processo legal que deverá ser observado como forma de se alcançar a solução adequada para a controvérsia apresentada ao juiz e que demanda uma resposta jurisdicional que é chamada de prestação jurisdicional.

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