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Universidade de Brasília
HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL – TURMA A
Discente: Anderson Presley Martins
Matrícula: 17/0001911
Referência : ARRIGHI, Giovanni. “O longo século XX: dinheiro, poder e as origens de nosso tempo.In:Indústria, imperialismo e a ‘’interminável’’ acumulação de capital (pp.200-218).
FICHAMENTO
Ainda que fosse mais industrializada e competitiva faltava aos ingleses conquistar a supremacia no comércio mundial, uma vez que o capitalismo holandês imperava como líder do comércio e finanças globais sugerindo a primazia do capitalismo comercial sobre o capitalismo industrial podendo ser ilustrada com o exemplo do tecido: a Inglaterra produzia o tecido cru (de maneira eficiente e técnica) e a Holanda ficava responsável pelo tingimento e a distribuição dele obtendo assim maior lucratividade mesmo não sendo a detentora de melhor técnica produtiva quando comparada com a inglesa. Ou seja, a Holanda detinha a centralidade na intermediação da comercialização internacional (distribuição) sendo considerada o armazém central do comércio mundial.Isto é, os Países Baixos situado geograficamente na rota estratégica dos polos de interesse econômico mundial sendo o gerenciador entre o polo produtor e o polo consumidor.
Por causa da desvantagem acima citada, a Inglaterra percebeu que precisava desviar o tráfego comercial da rota de Amsterdam e para lograr sucesso em tal pretensão necessitava vencer empecilhos internos (fragmentação dos interesses nacional, por exemplo) e fazer o uso e ter triunfo via poderio bélico. 
É importante citar que o domínio holandês nas águas proporcionou vitória comercial com relação à política ibérica, que era de cunho territorialista, porém, posteriormente, segundo a narrativa textual, o parlamento inglês aprovou instrumentos políticos os quais permitiram intensificar o controle sobre as colônias inglesas além de conceder a frota inglesa o monopólio do comércio com elas (leis da navegação) gerando inegáveis dificuldades marítimas e de acesso ao mercado de trocas por parte da comercialização holandesa. Ainda assim, Amsterdã continuou forte comércio e financeiramente por possuir o controle de várias rotas marítimas de comércio, na Ásia por exemplo.
 Contudo, com o decurso temporal, apareceu outro dificultador ao protagonismo holandês que era a falta de mão de obra marítima devido ao domínio inglês das rotas escravistas – destaca-se que principal êxito, nesse sentido, foi a Inglaterra ter dominado e controlado o comércio de escravos, o qual era responsável pela produção majoritária de suprimentos - colocou a Holanda em sérias dificuldades e somado a isso a guerra da sucessão espanhola aumentou as dívidas holandesa e os banqueiros da Holanda começaram, em virtude de relações mais amistosas e estreitas com a Inglaterra, que nesse período encontrava-se sadia e solida economicamente, a investir nos títulos e finanças britânicas.
Por fim, além de conciliar a lógica territorialista do poder ao poder capitalista, o fator principal – segundo a leitura textual - que alavancou a Inglaterra ao domínio do comércio mundial foi ter direcionado suas energias e recursos do industrialismo para a expansão comercial e territorial ultramarina. Ou seja, a aposta inglesa de se utilizar os dividendos obtidos via pilhagem das riquezas espanholas na estabilização da moeda (moeda forte mantinha os títulos ingleses atrativos tanto para clientela interna quanto para a externa) e na fundação de empresas de comércio e navegação com o propósito de promover a expansão comercial e territorial ultranamina, que via saques trouxeram riquezas à Inglaterra livrando esse país da necessidade de se adquirir empréstimos internacionais, os quais algemavam sua autonomia financeira.

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