Buscar

Aula 12. ASSIST ENF AO PREMATURO COM HIPERBILIRRUBINEMIA E SARR.pptx

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PREMATURO
Profª Lorena Queiroz aula 12
HIPERBILIRRUBINEMIA
 OU 
ICTERÍCIA NEONATAL
HIPERBILIRRUBINEMIA
É definida pelo acúmulo excessivo de bilirrubina no sangue, caracterizado pela icterícia (coloração amarelada da pele, mucosas e órgãos); 
Quando a hiperbilirrubinemia incide sobre a fração lipossolúvel (Bilirrubina indireta) e costuma se manifestar clinicamente quando atinge níveis séricos superiores a 5 mg/dL;
HIPERBILIRRUBINEMIA
A maior parte dos recém-nascidos têm níveis de bilirrubina maiores que 2 mg/dl na primeira semana de vida. 
Estes níveis costumam atingir 8 mg/dl aos três dias de vida, porém níveis de até 12 mg/dl são considerados fisiológicos.
Nos prematuros, estes valores oscilam entre 10 e 12 mg/dl com 5 dias de vida, podendo chegar até 15 mg/dl.
EPIDEMIOLOGIA
Ocorre em aproximadamente 60% dos recém-nascidos (RN) a termo;
Presente em 80 - 90% dos prematuros tardios na primeira semana de vida;
Pode permanecer por 30 dias ou mais em cerca de 10% dos bebês em aleitamento materno;
CLASSIFICAÇÃO DA HIPERBILIRRUBINEMIA
ETIOLOGIA DA HIPERBILIRRUBINEMIA PATOLÓGICA
Incompatibilidade sanguínea materno-fetal:
Incompatibilidade ABO: quando o tipo sanguíneo da mãe é “O” e do RN é “A” ou “B”;
Incompatibilidade Rh: mãe Rh negativo e RN Rh positivo. Pode ser prevenido utilizando Imunoglobulinas IgG anti-D (Rhogan ou Matergan) nas mães RH negativo que não tenham sido sensibilizadas anteriormente. É feito até 72 horas após o parto.
Outras causas: doenças hereditárias, deficiências enzimáticas, doenças hepáticas graves; circulação enterohepática; deficiência ou inibição da conjugação de bilirrubina;
ETIOLOGIA DA HIPERBILIRRUBINEMIA PATOLÓGICA
Assim que essas células morrem, a hemoglobina presente nelas se transforma em bilirrubina e é transportada para o fígado, no qual é metabolizada e em seguida excretada pelas fezes. 
Quando esse processo não ocorre adequadamente, o acúmulo de bilirrubina no sangue, o produto se espalha pela pele e por outros tecidos e também pode atravessar a barreira entre o sangue e se depositar no sistema nervoso central;
COMPLICAÇÃO DA HIPERBILIRRUBINEMIA
Kernicterus: 
Forma crônica da doença com sequelas neurológicas permanentes, resultante da deposição de bilirrubina no gânglio basal e núcleo do tronco cerebral;
Pode ocorrer quando o nível de bilirrubina não-conjugada exceder a capacidade da albumina de ligação no sangue;
O efeito neurotóxico varia em gravidade, desde distúrbios transitórios até a lesões incapacitantes e óbito;
Sintomas: hipotonia, debilidade de sucção, recusa alimentar e convulsões;
AVALIAÇÃO INICIAL 
A abordagem depende de fatores como:
AVALIAÇÃO INICIAL
AVALIAÇÃO CLÍNICA
Zonas dérmicas de Kramer: progressão cefalocaudal da icterícia
TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA
MEDIDAS GERAIS
Amamentação precoce e livre demanda;
Evitar medicações que interfiram na ligação da bilirrubina com albumina e/ou que alterem o metabolismo hepático;
MEDIDAS ESPECÍFICAS
Por remoção mecânica – exsanguineotransfusão/ transfusão de substituição;
Exposição ao sol diariamente, num intervalo de 15 minutos;
TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA
Fototerapia: consiste na aplicação de luz de alta intensidade, a qual promove transformação fotoquímica da bilirrubina nas áreas expostas a luz. 
A reação à luz altera a estrutura da molécula de bilirrubina e permite que os fotoprodutos sejam eliminados pelos rins ou pelo fígado sem sofrerem modificações metabólicas. 
CUIDADOS COM O RN EM FOTOTERAPIA
Na maioria dos RN ≥ 35 semanas a fototerapia é instituída no alojamento conjunto, ao lado da mãe que amamenta em livre demanda, tomando-se os seguintes cuidados: 
Verificação da temperatura corporal, a cada três horas para detectar hipotermia ou hipertermia, e do peso diariamente; 
Aumento da oferta hídrica, pois a fototerapia com lâmpadas fluorescentes pode provocar elevação da temperatura corporal com aumento do consumo de oxigênio, da frequência respiratória e do fluxo sanguíneo na pele, resultando em maior perda insensível de água; 
Proteção dos olhos com cobertura radiopaca por meio de camadas de veludo negro ou papel carbono negro envolto em gaze; 
Descontinuidade da fototerapia durante a amamentação, inclusive com a retirada da cobertura dos olhos, desde que a bilirrubinemia não esteja muito elevada. 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM:
Icterícia Neonatal relacionada ao perfil sanguíneo anormal (aumento da decomposição de produtos das células vermelhas do sangue), à idade de desenvolvimento (barreira hematocefálica imatura e à função hepática imatura).
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Características definidoras:
Icterícia na pele evidente dentro de 24 horas do nascimento;
Amamentação alterada (sucção ineficaz, ˂ 6 - 8 vezes/ 24 h);
Padrão de evacuação alterado (˂ 1 evacuação/ 24 h nos primeiros 3 dias de vida);
Cor da pele amarelo - alaranjada;
Bilirrubina sérica total na zona de alto risco nas primeiras 48 - 72 h de vida;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
RESULTADOS ESPERADOS:
O RN receberá a terapia apropriada para melhorar a excreção de bilirrubina;
O RN permanecerá livre de lesões;
CONCEITOS DA NOC APLICADOS AOS RESULTADOS:
Controle e detecção dos riscos;
Estado nutricional: ingestão de alimentos e líquidos;
Responsabilização dos pais quanto aos cuidados físicos e emocionais visando o bem-estar do RN deve ser reforçada;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM:
Iniciar amamentação dentro da primeira hora, na sala de parto;
Caso haja indicação de usar fórmula alimentar, auxiliar os pais no início da alimentação;
Acompanhar a pele quanto ao desenvolvimento de icterícia, em intervalos regulares;
Monitorar níveis de bilirrubina;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM:
Monitorar ingestão e eliminação de líquidos;
Registrar as características da diurese e defecações;
Monitorar sinais vitais;
Orientar os pais quantos aos cuidados do RN (esclarecer sobre icterícia neonatal, riscos de complicações, acompanhamento médico dentro de 2 a 3 dias do parto, métodos de alimentação, padrões de evacuação e esvaziamento retal)
DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA OU SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (SDR)
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (SDR)
Denominada antigamente de doença da membrana hialina;
É um distúrbio respiratório no qual os alvéolos pulmonares do recém-nascido não conseguem permanecer abertos por causa da elevada tensão superficial resultante da produção insuficiente de surfactante ( a partir de 20 semanas de ig)
SURFACTANTE
Mistura de fosfolipídeos (90%) e proteínas (10%) excretadas pelos pneumócitos tipo II do epitélio alveolar (células do tecido pulmonar). 
O surfactante é responsável pela manutenção destes alvéolos abertos, reduzindo a tensão superficial; 
A deficiência do surfactante leva a colapso alveolar e troca gasosa inadequada;
EPIDEMIOLOGIA DA SDR
Quanto mais prematuro maior a incidência de SDR, tendo mais elevada incidência entre prematuros de até 28 semanas de gestação e abaixo de 1500 g;
Outros fatores de risco: RN´s a termo com cesárea eletiva na ausência de trabalho de parto; filhos de mães diabéticas; prematuridade tardia (34 a 36 semanas), sexo masculino e asfixia perinatal;
FISIOPATOLOGIA DA SDR
O início da doença geralmente ocorre nas seis primeiras horas apos o nascimento. 
Se não tratada, a patologia piora gradualmente nos próximos dois a três dias. 
Se não houver complicações, a recuperação geralmente começa com 72 horas e invariavelmente esta associada com diurese.
SINAIS CLÍNICOS DE SDR
No parto ou nas primeiras 4 horas de nascimento, o RN pode apresentar:
AVALIAÇÃO NA SDR
Quanto à necessidade de oxigenação, deve-se inspecionar:
AVALIAÇÃO NA SDR
A FR no pré-termo deve ser verificada durante 1 minuto completo, de preferencia com o RN dormindo, podendo variar de 40-60 irpm, mantendo-se elevada durante o choro;
Compreende-se atualmente como apnéia no
RN o intervalo de cessação dos movimentos respiratórios (fluxo de ar) com duração superior a 5 segundos;
COMPLICAÇÕES DA SDR
TRATAMENTO DE SDR
PRÉ-PARTO: 
Glicocorticóides são administrados nas gestantes em trabalho de parto prematuro pelo menos 24 h antes do parto em gestações ˂ 35 semanas para estimular a produção de surfactante endógeno fetal;
O corticóide mais utilizado é a Betametasona, que acelera a maturidade pulmonar;
TRATAMENTO DE SDR
PREVENÇÃO: 
Acompanhamento no pré-natal;
Transferência para centros especializados para atendimento de pré-termos de risco;
Evitar cesáreas eletivas de baixo risco ˂ 39 semanas;
TERAPIA COM SURFACTANTES EXÓGENOS
Terapia com surfactante: 
Gotejada diretamente, através de um tubo, no interior da traquéia do recém-nascido (diminui a taxa de morbimortalidade em RN´S prematuros).
TERAPIA COM SURFACTANTE
Os surfactantes comercializados no mercado brasileiro são os derivados de extrato de pulmão de porco (Curosurf), extrato de pulmão bovino (Survanta), lavado do pulmão bovino (Alveofact) e um surfactante artificial (Exosurf).
Os surfactantes naturais são preferidos em relação aos sintéticos.
A dose é de 100 – 200 mg/kg, via traqueal, em bolus.
TRATAMENTO DA SDR
Controle rigoroso dos parâmetros do RN para assegurar que a administração da droga surfactante está sendo tolerada e que a respiração está melhorando: oximetria do RN, movimentos da parede torácica e gasometria;
Os tratamentos podem ser mantidos por vários dias, até que o recém-nascido comece a produzir o seu próprio surfactante
TRATAMENTO DA SDR
Cuidados intensivos;
Equipe multiprofissional especializada;
Setor com infra - estrutura adequada;
Medidas gerais: 
Manutenção térmica;
Manutenção hídrica;
Aporte calórico;
Suporte hemodinâmico;
Controle de processos infecciosos.
TRATAMENTO DA SDR
Oxigenoterapia: 
- Em casos de pulmões rígidos, com necessidade de suporte ventilatório e maior pressão para expandi-los, a suplementação de oxigênio pode ser feita com ventilação mecânica invasiva (TOT) ou não – invasiva, como a Pressão Positiva em Via Aérea (CPAP).
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM – MEDIDAS GERAIS
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM – MEDIDAS GERAIS
BENEFÍCIOS DA PRONAÇÃO PARA PREMATUROS EM SARR:
Melhora a coordenação toracoabdominal/ estabiliza a caixa torácica;
Aumenta a saturação periférica de hemoglobina em Oxigênio (SpO2);
Menor gasto energético;
Redução da quantidade de episódios de apnéias centrais
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM:
Padrão respiratório ineficaz relacionado ao processo inflamatório;
Desobstrução ineficaz das vias aéreas relacionada à inflamação, obstrução mecânica e ao aumento das secreções;
Processos familiares interrompidos relacionados à doença da criança e/ou hospitalização, e ao regime terapêutico;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM:
Posição para eficiência ventilatória máxima e permeabilidade das vias aéreas;
Posição para facilitar a drenagem de secreções;
Fornecer oxigênio umidificado, se necessário;
Monitorar oxigenação, incluindo sinais vitais;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM:
Aspiração de vias aéreas superiores, se necessário;
Administrar medicamentos (broncodilatadores, anti-inflamatórios, antibióticos);
Introduzir medidas de conforto, tais como permitir a presença dos pais, permitir que eles carreguem no colo, explicar os procedimentos previamente aos pais;
“É hora de dar tchau!”
TCHAAAAAU!!!

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais