Aula estrutural

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O que é a Geologia Estrutural? 
 A Geologia Estrutural é um ramo das geociências que trata da forma, do arranjo 
e da disposição dos corpos geológicos, dos processos de formação e 
deformação das rochas e do comportamento mecânico e da reologia da crosta 
terrestre. A prática da Geologia Estrutural acompanha todos os ramos da 
Geologia, em especial a Geologia Econômica e dos Recursos Energéticos, a 
Geologia de Engenharia, a Hidrogeologia a Geomorfologia e a Geotectônica. A 
investigação estrutural é feita em todas as escalas, desde as placas litosféricas 
até o arranjo da rede cristalina do grão de uma rocha. 
Os princípios da horizontalidade original e da superposição foram propostos pelo 
pioneiro geólogo dinamarquês Nicholas Steno (1638-1686). Este princípio estabelece 
que camadas de sedimentos são originalmente depositados horizontalmente e que a 
camada mais jovem é aquela que se encontra no topo da seqüência. As camadas 
inferiores são progressivamente mais antigas. 
Descontinuidades funcionando como fronteira entre domínios com fabrics 
distintos: a) Discordância transgressiva em relação aos fabrics as duas 
rochas; b) Discordância transgressiva em relação a um dos fabrics em 
presença; c) Desconformidade – geometricamente não é uma 
descontinuidade embora geologicamente o seja (Turner & Weiss, 1963). 
Desconformidade – geometricamente não é uma 
descontinuidade embora geologicamente o seja 
Discordância 
Discordância angular (transgressiva) 
Praia do Telheiro, Sagres. 
Bússola de Geólogo 
A bússola usada para levantamentos e estudos de campo por geólogos e 
engenheiros 
, tem como principal particularidade a inversão do leste e do oeste. 
Esta inversão de quadrantes permite a medida de rumo ou direção diretamente 
 na ponta da agulha. Notar esta inversão nas fotos abaixo. 
Veja que o Leste (E) está situado à esquerda da linha SN, 
 
Os ângulos estão impresso em uma escala (Limbo) 
que pode ser movida independentemente da caixa da bússola, 
com o objetivo de compensar a declinação magnética do local onde se 
está trabalhando. 
 
 
 
Bússola tipo Brunton 
 
É uma bússola clássica, adaptada a diversas funções, tais como: medir 
direção e mergulho de planos e linhas, medir gradiente de terreno, fazer 
caminhamentos expeditos, fazer visadas, calcular a atura de objetos, 
fazer nivelamentos. 
 
Desenvolvida em 1894 pelo engenheiro de minas D.W.Brunton, os 
elementos básicos deste tipo de bússola sâo: 
 
•Uma caixa metálica não ferro-magnética ou de termoplástico; 
•Uma tampa, com um espelho interno; 
•Uma agulha magnética com compensador de inclinação e um pino 
estabilizador, 
•Uma bolha para colocar a bússola na horizontal, 
•Um clinômetro, que pode ser de bolha ou de pêndulo, 
•Uma escala (limbo), móvel, onde se lê os ângulos de direção 
• e/ou rumo, 
•um parafuso que permite girar o limbo externo, 
•para compensar declinação, 
•Uma escala interna fixa onde se lê ângulos 
•de mergulho ou inclinação, 
Tectônica das placas 
e deformação das rochas 
Uma falha é uma superfície de fractura, ao longo da qual ocorreu um 
movimento relativo entre os dois blocos que separa. 
A superfície de ruptura é, frequentemente, plana (ou praticamente plana) e é 
comparável à que se obtém em ensaios laboratoriais de amostras submetidas 
a tensões compressivas. 
As falhas podem ocorrer com dimensões muito variáveis: desde falhas 
observáveis à escala microscópica até às grandes falhas regionais, com 
extensões da ordem da centena ou do milhar de quilómetros. 
 
A importância de uma falha − determinada pela sua extensão e pelo seu rejeito 
(i.e., pelo movimento relativo, envolvido entre os blocos falhados) − depende da 
finalidade dos estudos geológicos e do seu contexto (local ou regional). 
 
Falhas 
Exceto nas falhas verticais ou de deslocamentos horizontalizados (=direcionais), 
distinguem-se: 
teto da falha, bloco acima do plano de falha, e 
muro da falha, bloco abaixo do plano de falha. 
O deslocamento dos blocos no sentido do movimento define o rejeito da falha. 
teto 
teto 
muro 
muro 
rejeito 
Exceto nas falhas verticais ou de deslocamentos horizontalizados (=direcionais), 
distinguem-se: 
 
teto da falha, bloco acima do plano de falha, e 
muro da falha, bloco abaixo do plano de falha. 
 
O deslocamento dos blocos no sentido e distância define o rejeito da falha. 
 
De acordo com o rejeito, as falhas podem ser classificadas em: 
 
-falha de rejeito direcional ou transcorrente (strike slip fault)-os blocos deslocam-
se, predominantemente, segundo a direção da falha; 
 
-- falha de rejeito de mergulho (dip slip fault)- os blocos deslocam-se, 
predominantemente, segundo a direção da falha; 
 
-- falha de rejeito oblíquo. 
As falhas de rejeito direcional podem ser 
- Falhas transcorrentes dextrógiras ou levógiras; no primeiro caso, os blocos 
deslocam-se para a direita entre si e no segundo caso, para a esquerda, tomada 
a referencia da direção do plano de falha. 
 
As falhas de rejeito de mergulho e de rejeito oblíquo, de acordo com o 
movimento relativo, podem ser: 
 
- Falhas normais ou de gravidade (teto desloca-se no sentido do mergulho) e 
- Falhas inversas ou de empurrão (teto desloca-se por sobre o muro). 
 
 
De acordo com o ângulo de mergulho do plano de falha as falhas são de grande 
ângulo (50o a vertical), ângulo médio (30 a 50o) e de baixo ângulo (<30o). 
 
Falha normal Falha inversa 
Falha de empurrão Falha transcorrente dextrógira 
Falhas de mergulho 
Horst: Bloco soerguido entre falhas normais paralelas ou sub-paralelas com forte 
ângulo de mergulho 
Graben: Estrutura de falhas normais com um bloco central abatido 
Morfologia do terreno controlada por falhas 
Falhas transcorrentes 
Falhas transcorrentes (ou de rasgamento) (wrench fault ou strike slip fault): 
•Normalmente apresentam zonas com traços lineares, formas planares 
verticais e movimentos horizontais. Dependendo dos tipos litológicos 
envolvidos, podem mostrar traços com inflexões, formas curviplanares, 
atitudes de médios ângulos 
•O estilo transcorrente é marcado regionalmente por feições de encurtamento 
e estiramento, desnivelamento de blocos, rápida sedimentação, fraco 
metamorfismo e magmatismo indireto (relacionado àgranitogênese, por 
exemplo). 
dextrógira 
levógira 
Rejeito da falha transcorrente 
Rejeito da falha transcorrente 
Estruturas extensionais e compressiva ao longo de falhas transcorrentes 
Morfologia do terreno controlada por falhas 
Dobras 
Uma dobra consiste num encurvamento de uma superfície 
estrutural, originalmente plana. 
No entanto, uma dobra 
poderá resultar da 
modificação de uma dobra 
inicial, através de uma 
deformação homogénea. 
Perfil de uma dobra: linhas e pontos notáveis 
Num perfil, poderão definir-se alguns pontos notáveis: 
 
i. Ponto de charneira (ch) - ponto do perfil, onde a curvatura é máxima; 
 
ii. Pontos de inflexão (i) - pontos, onde a curvatura do perfil é nula; 
 
iii. Ponto de culminação e ponto de depressão - pontos que, 
relativamente a um nível horizontal de referência se encontram, 
respectivamente, o mais acima e o mais abaixo. 
eixo de dobra 
 
Linha definida pela interseção do plano 
axial da dobra com o plano de 
estratificação ou de foliação que foi 
dobrado. 
plano axial eixos 
anticlinal 
Dobra convexa para cima em uma seqüência de camadas com sucessão 
estratigráficanormal, mais jovens para cima. O núcleo da dobra é mais 
antigo 
sinclinal 
Dobra côncava para cima em uma seqüência de camadas com sucessão 
estratigráfica normal, mais jovens para cima. O núcleo da dobra é mais 
jovem 
Núcleo da anticlinal 
Núcleo da sinclinal 
+ jovem 
+ antigo 
Dobras anticlinais 
In structural geology, an anticline is a fold that is convex up and has its 
oldest beds at its core. The term is not to be confused with antiform, which 
is a purely descriptive term for any fold that is convex up. Therefore if age 
relationships (i.e. younging direction) between various strata are unknown, 
the term antiform must be used. 
On a geologic map, anticlines are usually recognized by a sequence of 
rock layers that are progressively older toward the center of the fold 
because the uplifted core of the fold is preferentially eroded to a deeper 
stratigraphic level relative to the topographically lower flanks. The strata 
dip away from the center, or crest, of the fold. 
dobra isoclinal 
Dobra cujos flancos tem a mesma atitude (iso=igual; clinos=ângulo/inclinação), 
ou seja, são paralelos entre si e com o plano axial. 
dobra recumbente 
[Sin.dobra deitada] 
Dobra com plano axial horizontalizado. 
Plano axial 
Dobras tipo chevron 
 
Plano axial 
Plano axial 
Plano axial 
Plano axial 
Exemplo de dobras mergulhantes 
Dobra cujo eixo não é horizontal 
Exemplo de dobras 
mergulhantes 
Dobra cujo eixo não 
é horizontal