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Questões de Direito Constitucional para concursos

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O que mais cai:
Organização do Estado
Administração Pública
Poder Legislativo
Funções essenciais à Justiça
Imunidade parlamentar
CPI
Poder Judiciário (competências)
CNJ
Controle de constitucionalidade
Constitucionalismo: movimento cultural, histórico, político e jurídico que deu ensejo à Constituição.
O constitucionalismo pode ser corretamente definido como um movimento que visa limitar o poder e estabelecer um rol de direitos e garantias individuais, o que cria a necessidade de se instituir uma carta, em regra escrita, que possa juridicizar essa relação entre Estado e cidadão, de forma a se gerar mais segurança jurídica.
Constitucionalismo da Antiguidade: hebreu (teocracia), romano (fase embrionária de separação de poderes) e grego (democracia direta– mecanismos de participação popular). 
A origem do constitucionalismo remonta à antiguidade clássica, especificamente ao povo hebreu, do qual partiram as primeiras manifestações desse movimento constitucional em busca de uma organização política fundada na limitação do poder absoluto.
Conforme LOEWENSTEIN, o constitucionalismo antigo viveu sua fase embrionária (primeira fase) com a práxis política teocrática do povo hebreu. Os hebreus estruturaram regime político baseado em leis sagradas que impunham - inclusive aos governantes - a observância de preceitos morais e religiosos como forma de evitar a ira de Deus. Numa segunda fase destaca-se a experiência democrática da Grécia antiga. A politeia foi espécie de constituição em sentido material. Daí a razão pela qual DOGLIANI afirma que os gregos deixaram como importante legado a explicação do teor normativo das constituições, independentemente do princípio da autoridade, da tradição ou das leis naturais. Nessa segunda fase do constitucionalismo antigo, ressalte-se ainda o período republicano do Império Romano até a ascensão de Júlio César ao cargo de ditador vitalício, a organização estatal republicana de Roma configurava sistema político dotado de complexos dispositivos de freios e contrapesos para dividir e limitar o poder político. 
Constitucionalismo antigo: na idade média (caracterizada pelo Absolutismo – negando os princípios do C da Antiguidade). Mas ainda na idade média, começa-se a limitar o poder do monarca. Marco inicial – Magna Carta (primeiro documento escrito com limites ao poder do monarca. Não foi constituição). 
Constitucionalismo moderno: inaugurado pelas primeiras constituições escritas – Constituição americana e constituição francesa. Teve início na transição da monarquia absolutista para o Estado liberal, já no final do século XVIII. É dessa fase, ademais, o esforço em documentar o texto constitucional sob formas solenes, tal como as primeiras constituições do período. LOCKE, MONTESQUIEU e ROUSSEAU são apontados como os principais precursores do constitucionalismo moderno, exatamente porque, nas ideias contratualistas que difundiram, encontravam-se teorias sobre o Estado com base na vontade popular, de forma dissociada das explicações teológicas que até então serviam de fundamentos à titularidade do poder estatal.
No constitucionalismo moderno, a Constituição deixa de ser concebida como simples manifesto político para ser compreendida como norma jurídica fundamental e suprema, que consiste em técnica específica de limitação do poder com fins garantísticos.
O constitucionalismo pode ser definido como uma teoria (ou ideologia) que ergue o princípio do governo limitado indispensável à garantia dos direitos em dimensão estruturante da organização político-social de uma comunidade. Nesse sentido, o constitucionalismo moderno representa uma técnica de limitação do poder com fins garantísticos.
O constitucionalismo moderno surgiu no século XVIII, trazendo novos conceitos e práticas constitucionais, como a separação de poderes, os direitos individuais e a supremacia constitucional.
Na perspectiva moderna, o conceito de constitucionalismo abrange, em sua essência, a limitação do poder político e a proteção dos direitos fundamentais.
De acordo com o constitucionalismo moderno, as constituições escritas são instrumentos de contenção do arbítrio decorrente do exercício do poder estatal.
Movimentos constitucionais: 
Constitucionalismo inglês (historicista): Magna Carta, Petition of rights, Habeas Corpus Act. Deve-se ao constitucionalismo inglês o modo todo específico de garantir direitos e liberdades, bem como de estabelecer limites ao poder, sem que fosse necessário "criar" uma lei fundamental. O constitucionalismo inglês deixou como contribuições mais importantes os institutos da monarquia constitucionaL do parlamento bicameraL da representação política por membros geralmente designados por eleição popular, do governo de gabinete e sua responsabilidade perante o parlamento, bem como as liberdades públicas e as garantias constitucionais.
Constitucionalismo norte-americano (estadualista): Pacto de Mayflower, Declaração da Virgínia, Declaração de Independência, Constituição de 1787, Bill of Rights (10 primeiras emendas). O constitucionalismo norte-americano assenta-se na tese de que o povo é a matriz do poder constituinte.
Constitucionalismo francês: tipificou-se pela grande preocupação em superar a monarquia absolutista.
Com o movimento constitucionalista francês, a partir da Revolução Francesa, sedimentou-se a visão de direitos individuais do homem, em oposição à visão do homem como integrante de um segmento estamental, adotada pelo movimento constitucionalista inglês.
- Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789; 
- Constituição Francesa de 1791; 
- Constituição Francesa de 1793; e 
- Constituição Francesa de 1799
Constitucionalismo social: marcado pelos direitos prestacionais e pelo novo modelo de Estado – Estado do bem-estar social. Constituição do México de 1917 e Constituição da Alemanha (de Weimar) de 1919.
Neoconstitucionalismo (constitucionalismo contemporâneo): estágio atual. A principal vertente do neoconstitucionalismo teórico adota o modelo axiológico de constituição como norma, daí por que a interpretação constitucional se tem por distinta da interpretação das leis em geral. Ademais, considerada a progressiva consolidação do Estado constitucional e democrático de direito, a ideologia do neoconstitucionalismo deixa em segundo plano a preocupação em limitar o poder estatal, para então se preocupar, num primeiro plano, com a afirmação e garantia dos direitos fundamentais. Para BARROSO, o neoconstitucionalismo "identifica um conjunto amplo de transformações ocorridas no Estado e no direito constitucional, em meio às quais podem ser assinalados, (i) como marco histórico. a formação do Estado constitucional de direito; (ii) como marco filosófico, o pós-positivismo, com a centralidade dos direitos fundamentais e a reaproximação entre Direito e ética; e (iii) como marco teórico, o conjunto de mudanças que incluem a força normativa da Constituição, a expansão da jurisdição constitucional e o desenvolvimento de uma nova dogmática da interpretação constitucional. Desse conjunto de fenômenos resultou um processo extenso e profundo de constitucionalização do Direito".
Marcos históricos: reformas européias pós 2ª GM, CF brasileira de 1988.
O neoconstitucionalismo influenciou a atual CF e promoveu o fortalecimento dos direitos fundamentais, notadamente, dos direitos sociais.
No neoconstitucionalismo, passou-se da supremacia da lei à supremacia da Constituição, com ênfase na força normativa do texto constitucional e na concretização das normas constitucionais.
A noção de Estado do bem-estar social tem sua origem na filosofia de Comte, para quem o poder deveria pertencer aos cientistas e garantir os meios de criação de felicidade e de virtude pela ordem e pelo progresso. Comte é positivista.
Constitucionalismo do futuro: Segundo Dromi, as constituições serão guiadas por determinados valores fundamentais:
- 1) Verdade: não veiculará promessas não factíveis. 
- 2) Solidariedade: entre os povos, entre os grupos e entre as pessoas.
- 3) Consenso:com adesão solidária da parte vencida.
- 4) Continuidade: vedação de retrocesso dos direitos fundamentais.
- 5) Participação 
- 6) Integração 
- 7) Universalização
Poder constituinte originário: é aquele que INSTAURA uma NOVA ORDEM JURÍDICA, rompendo por completo com a ordem jurídica anterior precedente. O objetivo fundamental do poder constituinte originário, portanto, é criar um novo Estado. 
O poder constituinte originário tem o condão de instaurar uma nova ordem jurídica por meio de uma nova constituição ou mesmo de um ato institucional.
C: O caráter ilimitado do poder constituinte originário deve ser entendido em termos, pois haverá limitações, por exemplo, de índole religiosa e cultural. – teoria jusnaturalista.
O Brasil adotou a teoria segundo a qual o poder constituinte originário não é totalmente ilimitado, devendo ser respeitadas as normas de direito natural. O Brasil adotou a teoria positivista.
Temer: qualquer ato constituinte inaugura a nova ordem, não importando qual a rotulação dada a ele (Decretos, Atos Institucionais, Constituição ), mas sim sua natureza. Já que inaugura uma nova ordem jurídica, invalidando a vigente, cria um novo Estado, sob a óptica jurídica.
O poder constituinte derivado pode ser de três espécies:
Poder Constituinte Derivado Reformador;
Poder Constituinte Derivado Revisor;
Poder Constituinte Derivado Decorrente.
De acordo com a corrente doutrinária majoritária, o município NÃO é titular, nos limites estabelecidos pela CF, do poder constituinte derivado decorrente.
Inovação da Constituição de 1988, a elaboração da Lei Orgânica integra a competência exclusiva (ou privativa) do Município. Sobre a Lei Orgânica Municipal, afirma-se que: É lei municipal, dispensa a sanção do Prefeito, exige trâmite especial e deve ser aprovada por maioria qualificada (2/3 dos vereadores).
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Classificação das constituições:
Quanto à origem: 
- Outorgadas: surgem de ato unilateral, sem participação popular. No Brasil: 1824, 1937, 1967, 1969. 
- Promulgadas: nascem de vontade popular, em processo democrático. 
- Cesarista: são elaboradas por quem detém o poder, mas dependem de ratificação popular por meio de referendo. 
FCC: as constituições cesaristas, normalmente autoritárias, partem de teorias preconcebidas, de planos e sistemas prévios e de ideologias bem declaradas. 
A constituição pactuada (dualista) é aquela em que o poder constituinte originário se concentra nas mãos de mais de um titular.
Quanto à forma: escrita/instrumental ou não-escrita. 
- Escrita: documento solene de um conjunto de regras sistematizadas e organizadas, instituindo as normas fundamentais de um Estado. Podem ser codificadas ou legais. 
- Não-escrita: costumeiras ou consuetudinárias. São normas que não estão ajustadas em um único documento solene, codificado, formando uma Constituição escrita. Fundamenta-se nos usos, costumes, jurisprudência e convenções. Contudo, mesmo nos países que adotam a Constituição consuetudinária, há textos constitucionais esparsos (leis esparsas, tratados) que integram a Constituição daqueles estados. 
FCC: as constituições escritas são caracterizadas por um conjunto de normas de direito positivo. 
Quanto ao modo de elaboração: 
- Dogmáticas:  são elaboradas em um dado momento, por um órgão constituinte, segundo os dogmas ou ideias fundamentais da teoria política e do Direito então imperantes. Poderão ser ortodoxas ou simples (fundadas em uma só ideologia) ou ecléticas ou compromissórias (formadas pela síntese de diferentes ideologias, que se conciliam no texto constitucional). A CF/88 é dogmática.
- Histórica: são Constituições formadas ao longo do tempo em um processo lento e contínuo de tradições, fatos sociais e políticos. Ex: Constituição da Inglaterra. 
As Constituições classificadas, quanto ao modo de elaboração, como Constituições históricas, apesar de serem juridicamente flexíveis, são, normalmente, politicamente rígidas.
Quanto ao conteúdo: 
- Material:  é o texto constitucional que contém as normas de organização e funcionamento do Estado, os direitos e garantias fundamentais, distribuição das competências etc. Tudo que disser respeito à estrutura e funcionamento da ordem jurídico-política. 
A noção de Constituição material, na atualidade, abrange as normas que organizam aspectos básicos da estrutura e do exercício do poder, como as que se referem aos direitos fundamentais, que estabelecem fórmulas de compromisso para a orientação social do Estado e para a coordenação de interesses heterogêneos, característicos da sociedade plural.
Os limites materiais da CF impedem emendas que alterem o texto das cláusulas pétreas, visto que qualquer alteração nessas disposições descaracterizaria o núcleo essencial desenvolvido e explicitado pelo poder constituinte originário.
- Formal: é aquela que traz qualquer regra ou princípio constitucional em seu corpo. Não importa seu conteúdo, se está previsto em um documento solene elaborado pelo poder constituinte originário, será constituição. 
Os artigos que tratam da estrutura e organização do Estado são normas constitucionais formais. MATERIAIS
Os direitos individuais e suas garantias são considerados pela doutrina como elementos formais de aplicabilidade da Constituição. MATERIAIS
As constituições, para que sejam consideradas a fonte formal do direito constitucional, devem emanar de um poder constituinte democraticamente legitimado, cuja vontade de criar ato compreendido em sua esfera seja intencionalmente manifestada, e seja observado o procedimento específico.
Quanto à estabilidade/alterabilidade/consistência:
A supremacia formal ou jurídica somente existe nas constituições rígidas.
- Imutável: não admite qualquer alteração no seu texto. 
- Rígida: para serem alteradas é necessário seguir um rito mais árduo, solene e dificultoso que o de outras normas do ordenamento jurídico não constitucional. A CF/88 é rígida. 
- Flexível: para alterar a Constituição usa-se o mesmo método de alteração das demais leis do ordenamento. Ex: Constituição inglesa. 
- Semirrígida: é aquela que parte do texto exige processo solene e dificultoso para alteração, e outra parte exige procedimento simples. É a Constituição rígida e flexível ao mesmo tempo. 
Quanto à estabilidade, a CF classifica-se como super-rígida, porque, em regra, pode ser alterada por processo legislativo ordinário diferenciado, sendo, excepcionalmente, imutável em alguns pontos (cláusulas pétreas). Doutrina de Alexandre de Moraes.
Quanto à correspondência com a realidade (critério ontológico): 
- Normativas: os agentes do poder e as relações políticas subordinam-se efetivamente ao conteúdo constitucional. Reflete a realidade.
Conforme a teoria normativa do Estado, a constituição do Estado decorre de um contrato voluntário entre os indivíduos e o monarca, que, em troca do exercício do poder, lhes provê segurança. Segurança refere-se ao Estado Absolutista. A Teoria Normativa do Estado refere-se ao Estado Pós Revolução Industrial - Estado garantidor dos Direitos Sociais. 
Segundo a doutrina pertinente, a Constituição normativa, ou jurídica, é aquela na qual o processo político é regido pelas normas constitucionais, independentemente das contingências históricas. 
- Nominativas: são criadas com o objetivo de regular a vida política do Estado, contudo, não há correspondência com a realidade. Preocupa-se com o futuro.
- Semânticas: não têm a meta de regular a vida política do Estado, pelo contrário, a Constituição é um instrumento para fundamentar os detentores do poder e da elite política. 
OBS: o CESPE já considerou a CF 88 normativa, apesar da divergência doutrinária. 
Quanto à extensão: 
- Analíticas: são de conteúdo extenso, versando sobre assuntos que não apenas da organização do Estado. A CF/88 é analítica.
- Sintéticas: não é uma Constituição extensa, pelo contrário, versa apenas sobre matérias relacionadas à organização e funcionamento do Estado. A Constituição americana é sintética. 
Em relação ao conteúdo,a CF deve ser classificada como analítica. EXTENSÃO
Quanto à dogmática: 
- Ortodoxas: formada a partir de uma só ideologia. 
- Eclética: formadas por diversas ideologias harmônicas entre si. A CF/88 é eclética. 
Quanto à finalidade: 
- Garantia: busca garantir a liberdade, limitando o poder do Estado na esfera individual. 
- Balanço/registro: visa reger o ordenamento durante um certo tempo nela estabelecido. 
- Dirigente: exige uma atuação positiva do Estado e possui normas programáticas. 
Quanto à ideologia (objeto):
- Socialista: onde impera a propriedade estatal dos meios de produção, prezando-se, portanto, pela igualdade. 
-Liberal ou negativa: onde impera a propriedade privada dos meios de produção. Aqui, o mercado é livre para se autorregular, pois o estado NÃO INTERVÉM.
-Socialdemocrata/social ou positiva: onde o estado INTERVÉM na economia apenas para garantir o bem-estar social. Caso da CF/88!!
As normas constitucionais não têm natureza unicamente jurídica.
Ferdinand LasSalle- sentido Sociológico: a Constituição é concebida como fato social, e não propriamente como norma. O texto positivo da Constituição seria resultado da realidade social do País (...). A Constituição de um país é, em essência, a soma dos fatores reais de poder que nele atuam.
Carl Schmitt - concepção políTica: Constituição é uma decisão política fundamental.
Kelsen - sentido jurídico: Constituição é pura norma jurídica, norma fundamental do Estado e da vida jurídica de um país, paradigma de validade de todo o ordenamento jurídico.
Em sentido sociológico, a Constituição deve ser entendida como a norma que se refere à decisão política estruturante da organização do Estado. POLÍTICO
No sentido jurídico, a Constituição não tem qualquer fundamentação sociológica, política ou filosófica.
C Ideal - idealizada por Canotilho: "Deve, necessariamente, ser escrita e prever direitos fundamentais individuais, a participação do povo na elaboração das leis e o princípio da divisão dos poderes". Pode-se distinguir Estados constitucionais e Estados não constitucionais com base no conceito ideal de constituição.
TEORIA DA FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO (KONRAD HESSE): a constituição escrita seja capaz de redesenhar a soma dos fatores reais de poder, ela pode modificar o conjunto de forças da sociedade, modificando a sociedade; não existe interpretação constitucional desvinculada dos problemas concretos. a Constituição tem uma força normativa, não sendo somente uma folha de papel. Não pode haver o isolamento entre a norma e a realidade, como propõe o positivismo. A constituição jurídica e a constituição real complementam-se, condicionam-se mutuamente, mas não dependem, pura e simplesmente, uma da outra.
A CF sofreu, ao longo de sua existência, enorme quantidade de emendas; apesar disso, ela é classificada pela doutrina como rígida, escrita, democrática, dogmática, eclética, formal, analítica, dirigente, normativa, codificada, social e expansiva. 
Elementos das Constituições:
Elementos de estabilização das Constituições: aqueles que visam assegurar a defesa da Constituição e do estado democrático de direito.
Elementos limitativos das Constituições: os direitos individuais e suas garantias, os direitos de nacionalidade e os direitos políticos. 
Consideram-se elementos limitativos da Constituição as normas constitucionais que compõem o catálogo dos direitos e garantias individuais
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Elementos orgânicos: normas que regulam a estrutura do Estado e do Poder.
Elementos formais de aplicabilidade: encontram-se nas normas que estabelecem regras de aplicação das constituições.
Elementos sócioideológicos: revelam o compromisso da Constituição entre o Estado Individualista e o Estado Intervencionista Estatal. 
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Segundo Pedro Lenza, os elementos limitativos da CF estão consubstanciados nas normas constitucionais destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. DE ESTABILIZAÇÃO
Quanto ao modo de elaboração, as constituições podem ser promulgadas — aquelas que derivam do trabalho de assembleia nacional constituinte — ou outorgadas — aquelas que são estabelecidas sem a participação popular. ORIGEM
As Constituições dirigentes privilegiam as liberdades individuais, impondo ao Estado um dever de abstenção e um papel secundário na concretização dos valores fundamentais. GARANTISTAS
Diferentemente das constituições sintéticas, as quais se limitam às regras básicas constitucionais, as constituições semânticas extrapolam o essencial para constitucionalizar variadas matérias adicionais e estabelecer, de forma dirigente, objetivos a serem atingidos pelo legislador ordinário. ANALÍTICAS
Conceitua-se a Constituição, quanto ao aspecto material, como o conjunto de normas pertinentes à organização do poder, à distribuição da competência, ao exercício da autoridade, à forma de governo e aos direitos individuais e sociais da pessoa humana.
A concepção sociológica, elaborada por Ferdinand Lassale, considera a Constituição como sendo a somatória dos fatores reais de poder, isto é, o conjunto de forças de índole política, econômica e religiosa que condicionam o ordenamento jurídico de determinada sociedade.
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Embora o termo Constituição seja utilizado desde a Antiguidade, as condições sociais, políticas e históricas que tornaram possível a universalização, durante os séculos XIX e XX, da ideia de supremacia constitucional surgiram somente a partir do século XVIII.
Em um país que possua uma constituição flexível, caso seja editada uma lei com conteúdo contrário ao texto constitucional, essa lei será válida e acarretará alteração da Constituição.
Não existe hierarquia entre normas constitucionais originárias e normas constitucionais derivadas. Embora não exista hierarquia entre normas constitucionais originárias e derivadas, há uma importante diferença entre elas: as normas constitucionais originárias não podem ser declaradas inconstitucionais. Em outras palavras, as normas constitucionais originárias não podem ser objeto de controle de constitucionalidade.
NÃO há hierarquia entre normas constitucionais originárias, o que motiva a declaração de inconstitucionalidade de umas em face de outras.
OBS: no Brasil, a tese de Bachof não é admitida- as cláusulas pétreas se encontram no mesmo patamar hierárquico das demais normas constitucionais originárias.
Diz-se que os tratados de direitos humanos, ao serem aprovados por rito especial, ingressam no chamado “bloco de constitucionalidade”. Em virtude da matéria de que tratam (direitos humanos), esses tratados estão gravados por cláusula pétrea e, portanto, imunes à denúncia pelo Estado brasileiro.
A EC nº 45/2004 trouxe ao Brasil, portanto, segundo o Prof. Valério Mazzuoli, um novo tipo de controle da produção normativa doméstica: o controle de convencionalidade das leis. Assim, as leis internas estariam sujeitas a um duplo processo de compatibilização vertical, devendo obedecer aos comandos previstos na Carta Constitucional e, ainda, aos previstos em tratados internacionais de direitos humanos regularmente incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro.
Sendo a constituição, em essência, uma lei, os conflitos entre normas constitucionais e infraconstitucionais devem ser resolvidos a partir de uma ponderação de valores no caso concreto, em atenção ao princípio da proporcionalidade. A ponderação de valores no caso concreto com base no princípio da proporcionalidade poderá ser usada para solucionar conflitos entre normas constitucionais. No caso de conflito entre normas constitucionais e infraconstitucionais, deverá prevalecer a primeira, tendo em vista sua superioridade hierárquica.
De acordo com o conceito de Constituição-moldura, o texto constitucional deve apenas apresentar limites para a atividade legislativa, cabendo ao Poder Judiciário avaliar se o legislador agiu conforme o modelo configurado pela Constituição.Parte superior do formulário
Normas primárias:
Os regimentos dos tribunais do Poder Judiciário são considerados normas primárias, equiparados hierarquicamente às leis ordinárias. Na mesma situação, encontram-se as resoluções do CNMP (Conselho Nacional do Ministério público) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Os regimentos das Casas Legislativas (Senado e Câmara dos Deputados), por constituírem resoluções legislativas, também são considerados normas primárias, equiparados hierarquicamente às leis ordinárias.
Normas secundárias:
Abaixo das leis encontram-se as normas infralegais. Elas são normas secundárias, não tendo poder de gerar direitos, nem, tampouco, de impor obrigações. Não podem contrariar as normas primárias, sob pena de invalidade. É o caso dos decretos regulamentares, portarias, das instruções normativas, dentre outras.
Cuidado:
Decretos autônomos: normas primárias, equiparadas às leis.
Decretos regulamentares (normas secundárias, infralegais).
Decretos legislativos: normas primárias, equiparadas às leis.
Todos os listados no art. 49 da CF são normas primárias.
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Aplicabilidade das normas constitucionais:
As normas de eficácia plena possuem as seguintes características: 
a) são autoaplicáveis, mas não quer dizer que não possa haver lei regulamentadora versando sobre uma norma de eficácia plena; a lei regulamentadora até pode existir, mas a norma de eficácia plena já produz todos os seus efeitos de imediato, independentemente de qualquer tipo de regulamentação. As normas que consubstanciam direitos de defesa, em geral, são autoexecutáveis, dotadas de eficácia negativa e positiva, dispensando legislação regulamentadora para sua inteira operatividade. 
Normas constitucionais de eficácia plena são autoaplicáveis ou autoexecutáveis, como, por exemplo, as normas que estabelecem o mandado de segurança, o habeas corpus, o mandado de injunção e o habeas data.
Remédios constitucionais: eficácia plena.
b) são não-restringíveis, ou seja, caso exista uma lei tratando de uma norma de eficácia plena, esta não poderá limitar sua aplicação. 
c) possuem aplicabilidade direta (não dependem de norma regulamentadora para produzir seus efeitos), imediata (estão aptas a produzir todos os seus efeitos desde o momento em que é promulgada a Constituição) e integral (não podem sofrer limitações ou restrições em sua aplicação).
Normas constitucionais de eficácia contida ou prospectiva (MHD: com eficácia relativa restringível): são autoaplicáveis, restringíveis, com aplicabilidade direta, imediata e possivelmente não integral. As normas de eficácia contida têm eficácia plena até que seja materializado o fator de restrição imposto pela lei infraconstitucional. As normas de eficácia contida não gozam de eficácia plena.
Normas constitucionais de eficácia limitada (MHD: com eficácia relativa complementável ou dependentes de complementação): não- autoaplicáveis, aplicabilidade indireta, mediata, e reduzida (possuem um grau de eficácia restrito quando da promulgação da Constituição).
As normas definidoras de princípios institutivos ou organizativos podem ser impositivas (quando impõem ao legislador uma obrigação de elaborar a lei regulamentadora) ou facultativas (quando estabelecem mera faculdade ao legislador).
A presença de normas programáticas na Constituição Federal é que nos permite classifica-la como uma Constituição-dirigente.
É importante destacar que as normas de eficácia limitada, embora tenham aplicabilidade reduzida e não produzam todos os seus efeitos desde a promulgação da Constituição, possuem eficácia jurídica - eficácia mínima. As normas de eficácia limitada produzem imediatamente, desde a promulgação da Constituição, dois tipos de efeitos: i) efeito negativo; e ii) efeito vinculativo. O efeito negativo consiste na revogação de disposições anteriores em sentido contrário e na proibição de leis posteriores que se oponham a seus comandos. Sobre esse último ponto, vale destacar que as normas de eficácia limitada servem de parâmetro para o controle de constitucionalidade das leis. O efeito vinculativo, por sua vez, se manifesta na obrigação de que o legislador ordinário edite leis regulamentadoras, sob pena de haver omissão inconstitucional, que pode ser combatida por meio de mandado de injunção ou ação direta de inconstitucionalidade por omissão. Ressalte-se que o efeito vinculativo também se manifesta na obrigação de que o Poder Público concretize as normas programáticas previstas no texto constitucional.
De acordo com interpretação doutrinária do direito constitucional, normas de eficácia limitada são aquelas que apresentam aplicabilidade indireta e reduzida, porque somente incidem totalmente após normatividade posterior que lhes dê aplicabilidade.
Para que se possa identificar uma norma constitucional de eficácia limitada, NÃO é suficiente observar a expressão "nos termos da lei", prevista no texto constitucional.
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Normas com eficácia absoluta ou supereficazes (MHD): são aquelas que não podem ser suprimidas por meio de emenda constitucional - cláusulas pétreas expressas.
Consideram-se normas de eficácia absoluta os preceitos constitucionais intangíveis, que são inalteráveis mesmo por meio de propostas de emendas constitucionais.
Alguns autores consideram, ainda, a existência de normas constitucionais de eficácia exaurida e aplicabilidade esgotada. São normas cujos efeitos cessaram, não mais apresentando eficácia jurídica. É o caso de vários dispositivos do ADCT da CF/88. Por terem a eficácia exaurida, essas normas não poderão ser objeto de controle de constitucionalidade.
Entre as normas constitucionais de eficácia exaurida, incluem- se dispositivos constantes das disposições constitucionais transitórias.
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; - norma de eficácia limitada.
STF: o desmembramento de municípios previsto na CF é norma de EFICÁCIA LIMITADA
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) entende que as normas constitucionais programáticas obrigam os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário a atuar no sentido de concretizar as finalidades nelas contidas.
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Ninguém será privado de direitos por motivo de convicção política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. Essa norma constitucional, que trata da escusa de consciência, tem eficácia contida, podendo o legislador ordinário restringir tal garantia.
STF: nem todos os ofícios ou profissões podem ser condicionados ao cumprimento de condições legais para o seu exercício. A regra é a liberdade. Apenas quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de fiscalização profissional. A atividade de músico prescinde de controle. Constitui, ademais, manifestação artística protegida pela garantia da liberdade de expressão. O Poder Público não possui discricionariedade para eleger as restrições que entenda cabíveis para todos os ofícios ou profissões. A liberdade de exercício profissional é norma constitucional de eficácia contida. 
As normas constitucionais de eficácia contida são aquelas em que o constituinte tenha regulado suficientemente os interesses relativos a determinado assunto, mas tenha possibilitado que a competência discricionária do poder público restrinja o assunto, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nelas enunciados.
As normas constitucionais de caráter programático têm como destinatário principal o legislador, isto é, têm mais natureza de expectativas do que de verdadeiros direitos subjetivos.
2014: A prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva pode ser considerada exemplo de norma constitucional de eficácia limitada.
Segundoa Constituição Federal de 1988, é assegurada a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva. Entretanto, tal norma é de eficácia limitada, pois depende de complementação de lei ordinária ou complementar para ser aplicada.
2016: O direito fundamental à liberdade de crença é norma de eficácia limitada, pois, conforme a CF, a lei pode impor o cumprimento de prestação alternativa no caso de a crença ser invocada contra dispositivo legal. CONTIDA
INVIOLABILIDADE DO SIGILO das comunicações telefônicas - NORMA DE EFICÁCIA CONTIDA
INVIOLABILIDADE das comunicações telefônicas - NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA
A norma constitucional que impõe o dever da inviolabilidade do domicílio, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial, é exemplo de norma constitucional de eficácia plena.
A norma constitucional que trata do direito de greve do servidor público é considerada pela literatura e pela jurisprudência como norma de eficácia limitada.
XLI: “A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”. - norma de eficácia limitada.
O dispositivo constitucional que reconhece aos trabalhadores urbanos e rurais o direito à remuneração pelo serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à remuneração normal tem aplicação imediata para os servidores públicos, por ser norma autoaplicável.
Aviso prévio proporcional = norma de eficácia contida. 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
De acordo com a CF, é direito do trabalhador urbano e rural a participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração. Em relação à aplicabilidade das normas constitucionais, esse dispositivo constitucional classifica-se como norma constitucional
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LIMILIMITADA.
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
A norma que prevê o direito à proteção do mercado de trabalho da mulher mediante incentivos específicos, na forma da lei, é uma norma constitucional de eficácia contida, pois estabelece parâmetros de atuação do Estado sem efetividade própria. LIMITADA
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;Parte superior do formulário
Ao determinar que os cargos, os empregos e as funções públicas sejam acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, a CF estabelece norma de eficácia limitada. CONTIDA
Art. 37:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
STF: relativamente ao acesso aos cargos públicos por estrangeiros, preceito constitucional dotado de eficácia limitada, dependendo de regulamentação para produzir efeitos, sendo assim, não autoaplicável.
A norma constitucional que veda a possibilidade ampla e geral de acesso dos estrangeiros a cargos, empregos e funções públicas é de eficácia limitada, havendo necessidade de edição de lei ordinária para regulamentar a matéria.
São exemplos de normas de eficácia limitada de princípios programáticos: saúde (196), educação (205), desporto (217), ciência, tecnologia e inovação (218).
Sendo um programa social de aplicabilidade direta e imediata, a ser implementado pelo Estado, mas cuja abrangência pode ser reduzida por outras normas constitucionais ou infraconstitucionais, o direito constitucional à educação é classificado como norma constitucional de eficácia LIMITADA 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um.
Constitui exemplo de norma programática o dispositivo segundo o qual o Estado deve garantir a todos pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, além de apoio e incentivo a iniciativas de valorização e difusão das manifestações culturais.
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Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação.
Um exemplo de norma constitucional programática é a relativa à elaboração e execução de planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.
A gratuidade dos transportes coletivos urbanos aos maiores de sessenta e cinco anos é uma norma constitucional de eficácia plena e aplicabilidade imediata.
§ 2º, CF/88. "Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida agratuidade dos transportes coletivos urbanos.
Em sua maioria, as disposições constitucionais são não autoaplicáveis, ou têm sua eficácia contida e(ou) limitada, porque a CF não se executa a si mesma, mas impõe ou requer a ação legislativa para tornar efetivos os seus preceitos. Contudo, todas as normas constitucionais são imperativas, de cumprimento obrigatório e vinculam o legislador ordinário.
A previsão constitucional de regras diferenciadas de aposentadoria para quem exerça atividades sob condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física carece de regulamentação infraconstitucional. Por essa razão, caso a regulamentação não seja produzida, os servidores que exerçam atividades nocivas podem solicitar a aplicação, por analogia, das regras do regime geral de previdência.
Reserva legal: restrições de direitos por meio de lei. 
- Simples: a Constituição se limita a autorizar a restrição. Ex: XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
- Qualificada: além de autorizar, a Constituição estabelece o que a lei fará.
Ex: XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
A norma “A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos territórios” (art. 33, caput , CF/88) é de eficácia limitada de princípio institutivo.
A norma “As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos” (art. 145, § 2º, CF/88) é de eficácia plena e aplicabilidade imediata.
A norma “Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo - se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar” (art. 143, § 1º, CF/88) é de eficácia limitada.
Princípios de interpretação constitucional:
- Princípio da unidade: uma norma só faz sentido se entendida dentro de todo o contexto do sistema constitucional. O interprete deve dissiparantinomias aparentes ou contradições.
- Princípio da harmonização ou concordância prática: o interprete deve ponderar os valores das normas e princípios de modo a otimizar o resultado da interpretação.
- Princípio da correição ou conformidade funcional: o interprete não poderá chegar a um resultado que perturbe a repartição de competências estabelecida na Constituição.
- Princípio da eficácia integradora: o intérprete deverá estabelecer a interpretação mais favorável a uma integração política, social ou que reforce a unidade política.
- Princípio da força normativa da Constituição: não se pode ignorar a eficácia das normas constitucionais, devendo o intérprete adotar uma interpretação que garanta maior eficácia e permanência dessas normas.
- Princípio da máxima efetividade: princípio da eficácia integradora aplicável aos direitos fundamentais.
- Princípio da interpretação conforme a Constituição e da presunção de constitucionalidade das leis: o intérprete deve presumir que a lei é constitucional, e quando restar dúvida em relação ao significado da norma, escolherá aquele que a tornará constitucional, declarando inconstitucional aquele que se tome interpretação diversa. Somente aplicável a normas que possuem interpretações diversas. 
- Princípio da proporcionalidade ou razoabilidade: ao se ponderar valores , deve-se buscar uma ação que busque o melhor resultado possível, e que os resultados sejam efetivamente superiores aos maléficios causados. É informado pelos 3 subprincípios:
1. Adequação (ou pertinência): a medida deve ser adequada à finalidade esperada.
2. Necessidade: verifica-se se não há outra solução menos gravosa.
3 Proporcionalidade em sentido estrito: podera-se os benefícios e maléficios causados pelo ato. 
Princípios Fundamentais: são os valores que orientaram o Poder Constituinte Originário na elaboração da Constituição, ou seja, são suas escolhas políticas fundamentais.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
São Poderes do Distrito Federal, independentes e harmônicos entre si, 
o Legislativo e o Executivo.
Art. 53 LODF. São Poderes do Distrito Federal, independentes e harmônicos entre si, o Executivo e o Legislativo.
Art. 1º e 3º: trocam muito fundamentos e objetivos
	Fundamentos da RFB
	Objetivos da RFB
	I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
	 I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade  e quaisquer outras formas de discriminação. 
A União é quem representa a RFB no plano internacional, mas possui apenas autonomia, jamais soberania.
FCC: A soberania é atributo exclusivo do Estado Federal, restando aos Estados-membros a autonomia, na forma da descentralização da atividade administrativa e do poder político. A autonomia política dos Estados-membros compreende o poder de editar suas próprias Constituições, sujeitas a certos limites impostos pela Constituição Federal.
A soberania popular é exercida, em regra, por meio da democracia representativa. A Constituição Federal brasileira consagra, também, a democracia participativa ao prever instrumentos de participação intensa e efetiva do cidadão nas decisões governamentais.
A soberania do Estado, no plano interno, traduz-se no monopólio da edição do direito positivo pelo Estado e no monopólio da coação física legítima, para impor a efetividade das suas regulações e dos seus comandos.
Presidencialismo: SISTEMA de governo.
Democracia: regime de governo
A cidadania envolve não só prerrogativas que viabilizem o poder do cidadão de influenciar as decisões políticas, mas também a obrigação de respeitar tais decisões, ainda que delas discorde.
Fundamento: teoria dos 4 status de Jellinek.
Status do indivíduo:
- ATIVO: prerrogativas que viabilizem o poder do cidadão de influenciar as decisões políticas;
- PASSIVO: obrigação de respeitar tais decisões, ainda que delas discorde;
- POSITIVO: o indivíduo exige atuação intervencionista por parte do Estado, efetivando direitos. 
- NEGATIVO: indivíduo exige abstenção estatal, para que o mesmo possa se determinar dentro de sua esfera individual.
De acordo com a teoria dos quatro status de Jellinek, o status negativo PASSIVO consiste na posição de subordinação do indivíduo aos poderes públicos, como detentor de deveres para com o Estado. Assim, o Estado tem competência para vincular o indivíduo, por meio de mandamentos e proibições.
A dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, apresenta-se como direito de proteção individual em relação ao Estado e aos demais indivíduos e como dever fundamental de tratamento igualitário dos próprios semelhantes.
A instauração da ação penal, quando evidente a atipicidade da conduta, constitui violação aos direitos fundamentais, em especial ao princípio da dignidade da pessoa humana.
A promoção do bem de todos, sem preconceitos, alçada pela Carta Magna à condição de objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, consagra a igualdade material como um dos objetivos da República Federativa do Brasil.
No constitucionalismo, a existência de discriminações positivas iguala materialmente os desiguais.
O princípio da dignidade da pessoa humana possui elevada densidade normativa e pode ser usado, por si só e independentemente de regulamentação, como fundamento de decisão judicial. Além de possuir eficácia negativa (invalidando qualquer norma com ele conflitante), o princípio da dignidade da pessoa humana vincula o Poder Público, impelindo-o a adotar políticas para sua total implementação.
O princípio da dignidade da pessoa humana pode ser relativizado, porque, diante de casos concretos, é permitido o juízo de ponderação, visto que são variados os titulares desse direito fundamental.
Os direitos humanos (direitos reconhecidos no plano internacional) são aplicáveis às PJ. 
Os objetivos fundamentais traçados pela CF constam de rol exemplificativo. 
O princípio do pluralismo político expresso na CF refere-se não apenas a preferências de cunho partidário, mas também a uma sociedade plural com respeito às diferenças, à pessoa humana e à liberdade. O pluralismo político é princípio fundamental que assegura aos cidadãos até mesmo o apartidarismo.
O valor social do trabalho está relacionado a " (...) ser o trabalho imprescindível à promoção da dignidade da pessoa humana, uma vez que  pode ser visto como um ponto de partida para o acesso ao mínimo existencial e condição de possibilidade para o exercício da autonomia.
A livre-iniciativa é que está mais relacionada a liberdade de escolha profissional, correspondendo à opção pelo modelo capitalista de produção.
Os valores sociais da livre iniciativa e a livre iniciativa são princípios da República Federativa do Brasil; o primeiro é um fundamento, e o segundo, um princípio geral da atividade econômica.
O STF entende que a crítica jornalística é um direito cujo suporte legitimador é o pluralismo político; o exercício desse direito deve, assim, ser preservado contra ensaios autoritários de repressão penal. Cabe destacar que o pluralismo político exclui os discursos de ódio.
A dignidade da pessoa humana, princípio fundamental da República Federativa do Brasil, promove o direito à vida digna em sociedade, em prol do bem comum, fazendo prevalecer o interesse coletivo em detrimento do direito individual. - Esse princípio coloca o indíviduo (o ser humano) como a preocupação central do Estado.Parte superior do formulário
República: forma de GOVERNO.
eletividade
temporariedade
responsabilidade
transparência
igualdade formal das pessoas - nessa forma de governo é intolerável a discriminação, sendo todos formalmente iguais, ou seja, iguaisperante o Direito.
O princípio republicano traduz uma forma de governo na qual, em igualdade de condições ou sem distinções de qualquer natureza, a investidura no poder e o acesso aos cargos públicos em geral - do chefe de Estado ao mais humilde dos servidores - são franqueados a todos os indivíduos que preencham tão-somente as condições de capacidade estabelecidas na própria CF ou em conformidade com ela. 
O Brasil adota a forma de governo, de acordo com o princípio republicano, em que o acesso aos cargos públicos em geral é franqueado àqueles que preencham as condições de capacidade previstas na CF ou em normas infraconstitucionais obedientes ao texto constitucional.
Federação: forma de ESTADO.
FCC: O Estado Unitário é conduzido por uma única entidade política, que centraliza o poder político; o Estado Federal é composto por mais de um governo, todos autônomos em consonância com a Constituição; e a Confederação é a união de Estados soberanos com lastro em um tratado internacional.
Quanto ao surgimento:
1) Por agregação – quando Estados soberanos se unem, cedendo uma parcela de sua soberania para a formação de um Estado único. Percebe-se que ocorre um movimento centrípeto (para perto do centro). É o caso dos EUA. 
2) Por segregação – quando um Estado unitário é dividido em vários domínios parcelares (chamados de estados-membros, províncias ou cantões). Há um movimento centrífugo (fuga do centro, ou seja, de enfraquecimento do poder central, dando-se maiores poderes aos estados-membros). É o caso do Brasil, que foi um Estado unitário no Brasil-Colônia e no Brasil-Império (Constituição de 1824). Após 1889, o Brasil sempre foi um Estado Federal (a partir da Constituição de 1891).
O Estado federal, segundo a doutrina, apresenta duas características: autonomia e participação. A autonomia traduz-se na possibilidade de os Estados e Municípios terem sua própria estrutura governamental e competências, distintas daquelas da União. A participação, por sua vez, consiste em dar aos Estados a possibilidade de interferir na formação das leis. Ela é garantida, em nosso ordenamento jurídico, pelo Senado, órgão legislativo que representa os Estados.
Outra característica de nosso federalismo é que ele é cooperativo. A repartição de competências entre os entes da federação se dá de forma que todos eles contribuam para que o Estado alcance seus objetivos – repartição vertical de competências.
A repartição vertical de competências acontece quando há possibilidade de diferentes entes políticos legislarem sobre uma mesma matéria, adotando-se a predominância da União, que irá legislar sobre normas gerais (art. 24 , § 1º , CF) e aos Estados estabelece-se a possibilidade, em virtude do poder suplementar, de legislar sobre assuntos referentes aos seus interesses locais (CF , art. 24 , § 2º).
Competências:  Exclusivas e Privativas  --->  Repartição Horizontal      
Competências:  Comuns e Concorrentes  ---> Repartição Vertical          
A repartição horizontal de competências se dá quando, observada a inexistência de hierarquia e respeitada a autonomia dos entes federados, outorgam-se competências concorrentes entre a União, os Estados, o Distrito Federal e Municípios. VERTICAL
Já quanto à repartição horizontal de competências, trata-se de uma rígida determinação do que cada ente é competente, havendo a enumeração da competência da União e reserva de competência aos Estados e Municípios, havendo um fortalecimento da autonomia dos entes federativos.
Os mecanismos de controle recíprocos entre os Poderes (os freios e contrapesos) previstos nas Constituições Estaduais somente se legitimam quando guardarem estreita similaridade com os previstos na Constituição Federal. Os mecanismos de freios e contrapesos estão previstos na Constituição Federal, sendo vedado à Constituição Estadual criar outras formas de interferência de um Poder sobre o outro.
Democracia: REGIME político.
A evolução histórica do Estado de Direito nos evidencia que, inicialmente, predominava a ideologia liberal; era o chamado Estado Liberal de Direito, no qual a limitação do poder estatal e a garantia das liberdades negativas eram os principais objetivos. Posteriormente, com a Revolução Industrial e a Revolução Russa, o Estado liberal dá lugar ao Estado Social de Direito, marcado pela exigência de que o Estado oferte prestações positivas em favor dos indivíduos (direitos sociais). Hoje, vive-se o momento do Estado Constitucional, que é, ao mesmo tempo, um Estado de Direito e um Estado democrático. Cabe destacar que a expressão “Estado Democrático de Direito” trata-se, na verdade, da garantia de uma sociedade pluralista, em que todas as pessoas se submetem às leis e ao Direito, que, por sua vez, são criados pelo povo, por meio de seus representantes. A lei e o Direito, nesse Estado, visam a garantir o respeito aos direitos fundamentais, assegurando a todos uma igualdade material, ou seja, condições materiais mínimas a uma existência digna. 
O Estado de polícia é a supressão dos direitos e o rígido controle da população.
No Brasil, existe uma democracia semidireta ou participativa. O regime político adotado na CF caracteriza a República Federativa do Brasil como um estado democrático de direito em que se conjuga o princípio representativo com a participação direta do povo por meio do voto, do plebiscito, do referendo e da iniciativa popular.
A expressão “Estado Democrático de Direito”, contida no art. 1.º da CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva. 
Presidencialismo: SISTEMA de governo.
O exercício do voto para eleição de representantes é uma forma de participação indireta. O plebiscito, referendo e iniciativa popular são mecanismos de participação direta.
Entre os princípios fundamentais do Estado brasileiro, incluem-se a dignidade da pessoa humana, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a concessão de asilo político. Além disso, a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
O princípio da solidariedade social é um dos três componentes estruturais do princípio democrático quando a Constituição preconiza o modelo de construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
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Art.4º:
Em casos de profunda degradação da dignidade humana em determinado Estado, o princípio fundamental internacional da prevalência dos direitos humanos sobrepõe-se à própria soberania do Estado. Fundamento: prevalência dos direitos humanos. Ao reconhecer a prevalência dos direitos humanos em suas relações internacionais, o Brasil também reconhece a existência de limites e condicionamentos à soberania estatal. 
Princípio da Igualdade entre os Estados: reafirma os ideais de soberania e autodeterminação dos povos, reiterando que a comunidade de Estados deve se respeitar mutuamente e levar em conta que todos são igualmente soberanos nas relações internacionais. Trata-se, aqui, de uma igualdade formal, essencialmente jurídica, uma vez que na esfera econômica são absurdamente desiguais as condições existentes entre os Estados.
Princípio da Não-Intervenção: recentemente esse princípio foi relativizado em face da possibilidade de ingerência por razões humanitárias e em prol dos direitos humanos.
A integração econômica, política, social e cultural dos povos, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações, é uma determinação constitucional que rege a relação entre a República Federativa do Brasil e os países da América Latina.
3 Direitos e garantias fundamentais:
Os direitos fundamentais são imprescritíveis, visto que podem ser exercidos ou reclamados a qualquer tempo.
Os direitos fundamentais são irrenunciáveis.
São características inerentes aos direitosfundamentais a sua historicidade e universalidade.
A historicidade, como característica dos direitos fundamentais, proclama que seu conteúdo se modifica e se desenvolve de acordo com o lugar e o tempo. Por isso, os direitos fundamentais podem surgir e se transformar.Parte superior do formulário
FCC: Uma das principais características dos direitos fundamentais é a inalienabilidade. Diante disso, haveria nulidade absoluta por ilicitude do objeto de um contrato em que uma das partes se comprometesse a se submeter à esterilização irreversível.
Os direitos fundamentais são personalíssimos, de forma que somente a própria pessoa pode a eles renunciar. NÃO SÃO PERSONALÍSSIMOS.
A característica da universalidade consiste em que todos os indivíduos sejam titulares de todos os direitos fundamentais, sem distinção. Errada - alguns direitos não podem ser titularizados por todos, pois  são outorgados a grupos específicos. 
Há direitos fundamentais cuja titularidade é reservada aos estrangeiros.
FCC: No campo das posições filosóficas justificadoras dos direitos fundamentais, destaca-se a corrente jusnaturalista, para quem os direitos do homem são imperativos do direito natural, anteriores e superiores à vontade do Estado.
A dimensão subjetiva dos direitos fundamentais resulta de seu significado como princípios básicos da ordem constitucional, fazendo com que os direitos fundamentais influam sobre todo o ordenamento jurídico e servindo como norte de ação para os poderes constituídos. OBJETIVA
Na dimensão objetiva, os direitos fundamentais são qualificados como princípios estruturantes do Estado democrático de direito, de modo que sua eficácia irradia para todo o ordenamento jurídico.
A dimensão subjetiva gravita em torno da posição jurídica do indivíduo, consubstanciando-se na faculdade de o titular de um direito exigir uma ação ou uma abstenção do Estado ou de outro indivíduo tendo em vista preservar a sua situação em particular. 
FCC: a dimensão subjetiva dos direitos fundamentais está atrelada, na sua origem, à função clássica de tais direitos, assegurando ao seu titular o direito de resistir à intervenção estatal em sua esfera de liberdade individual.
Efeito irradiante dos direitos fundamentais é o atributo que confere caráter eminentemente OBJETIVO a esses direitos, garantindo proteção do indivíduo contra o Estado. Nessa perspectiva (objetiva), eles estabelecem diretrizes para a atuação dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e para as relações entre particulares. 
O direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade é assegurado a todos os brasileiros, sem distinção, mas existem ressalvas quanto a essa garantia para os estrangeiros residentes no país. Errada – não há ressalva. Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
FCC: Os direitos fundamentais de primeira dimensão ou geração possuem função normativa de natureza apenas defensiva ou negativa. – Canotilho: Cumprem a função de direitos de defesa dos cidadãos sob uma dupla perspectiva: (1) constituem, num plano jurídico-objetivo, normas de competência negativa para os poderes públicos, proibindo fundamentalmente as ingerências destes na esfera jurídica individual; (2) implicam, num plano jurídico-subjetivo, o poder de exercer positivamente direitos fundamentais (liberdade positiva) e de exigir omissões dos poderes públicos, de forma a evitar agressões lesivas por parte dos mesmos (liberdade negativa)".
STF: os direitos individuais e coletivos podem ser exercidos por brasileiros e estrangeiros, estes mesmo que morem fora do país, como por exemplo, um turista em viagem ao Brasil. Um estrangeiro não naturalizado que venha a ser preso em flagrante em território nacional tem legitimidade para impetrar habeas corpus. 
A CF resguarda o direito à manifestação e a liberdade de expressão. Contudo, todo direito deve ser exercido dentro de seus limites intrínsecos, sob pena de abuso de direito e caracterização de ato ilícito. Quando o direito à manifestação prejudica o direito fundamental à educação de terceiros, o ato perde completamente a sua legitimidade.
A CF assegura a liberdade de manifestação de pensamento, sem excluir a responsabilidade pelos danos materiais e morais decorrentes do seu exercício e sem afastar o direito de resposta para rebater qualquer tipo de ofensa, e não apenas aquelas configuradoras de ilícitos penais.
Um grupo de trabalhadores, alimentando suspeitas de que a empresa em que trabalhavam estaria recorrendo à prática denominada de caixa 2, redigiu um conjunto de panfletos denunciando essa empresa, em caráter anônimo, e o distribuiu ao público nas redondezas da mesma empresa. Contendo o documento diversas considerações sobre a reprovabilidade do ilícito, os trabalhadores terminaram sendo descobertos pela empresa e foram dispensados por justa causa, por mau procedimento.
Tudo considerado, a dispensa foi válida, porque os trabalhadores não poderiam ter divulgado manifestação com imputação de conduta criminosa sem se identificarem.
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A inviolabilidade de direitos individuais é distinguida das garantias constitucionais, ainda que atuem em conexão. Ex: Inviolabilidade do direito à vida -  não haverá pena de morte.
Os direitos são os próprios direitos previstos na Constituição Federal. São os bens jurídicos tutelados pela Constituição.
As garantias são instrumentos de proteção dos direitos.
C: Em matérias referentes à vida (???), à igualdade, à liberdade (???) e à propriedade, os destinatários dos direitos e garantias individuais podem ser tanto pessoas físicas quanto jurídicas.
Para o STF, em que pese o deferimento para naturalização ocorrer na via administrativa, o cancelamento da mesma só poderá acontecer na via judicial.
De acordo com a CF, e com base no direito à escusa de consciência, o indivíduo pode se recusar a praticar atos que conflitem com suas convicções religiosas, políticas ou filosóficas, sem que essa recusa implique restrições a seus direitos. - A recusa desta prestação alternativa é que causa implicações.
Ninguém poderá ser privado do exercício de um direito por invocar crença religiosa ou convicção filosófica ou política para eximir-se de obrigação legal a todos imposta. Errada - salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.
Alguns tipos de discriminação são constitucionalmente aceitáveis e os homens e mulheres não são absolutamente iguais em direitos e obrigações.
Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa – CESPE adota corrente que entende que é caso de PERDA de direitos políticos - o indivíduo será privado, definitivamente, de seus direitos políticos, quando a sua oposição se manifestar, inclusive, a respeito do cumprimento de uma obrigação alternativa. 
O princípio da isonomia decorre do fundamento, constitucionalmente expresso, da dignidade da pessoa humana.
Embora não haja menção expressa no texto da CF, determinados direitos e garantias fundamentais poderão ser estendidos às pessoas jurídicas.
A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. - Em caso de flagrante delito: é permitido entrar em casa, durante o dia ou à noite, ainda que não haja consentimento do morador ou determinação judicial para tanto.
D à PROPRIEDADE: DIR. INDIVIDUAL.
D à MORADIA: DIR.SOCIAL.
O direito de resposta proporcional ao agravo tem abrangência ampla e aplica-se a todas as ofensas, ainda que elas não sejam de natureza penal.
O direito de resposta, amparado pela CF, foi regulamentado em 2015 com a sanção de lei federal.
Gravar clandestinamente conversa entre agentes policiais e presos, com oobjetivo de obter confissão de crime, constitui prova ilícita e viola o direito ao silêncio, previsto constitucionalmente.
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O direito à integridade do meio ambiente é típico direito de terceira dimensão e constitui prerrogativa jurídica de titularidade coletiva.
Direito de reunião: só precisa de aviso prévio! Também não pode frustrar outra anteriormente convocada para o mesmo local. 
O direito à propriedade, embora incluído entre os direitos individuais, já não consiste em puro direito individual, tendo sido, na CF, relativizado seu conceito e significado e preordenados os princípios da ordem econômica à vista da realização de seu fim maior, que é garantir a todos uma existência digna, conforme os ditames da justiça social.
O uso de algemas durante audiência de instrução e julgamento pode ser determinado pelo magistrado quando presentes, de maneira concreta, riscos a segurança do acusado ou das pessoas ao ato presentes.
STF: não é possível admitir-se, em reclamação, qualquer dúvida a respeito das questões de fato apontadas por juiz para determinar o uso das algemas durante a realização das audiências.
Como forma de garantia da efetividade do direito ao meio ambiente, incumbe ao poder público definir espaços territoriais a serem especialmente protegidos, devendo a delimitação de tais espaços, bem como sua alteração ou supressão, ocorrer somente mediante a edição de lei específica. STF: a delimitação dos espaços territoriais protegidos pode ser feita por decreto ou por lei, sendo esta imprescindível apenas quando se trate de alteração ou supressão desses espaços.
A Constituição Federal optou por um sistema capitalista, no qual desempenha papel primordial a livre iniciativa. 
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Quando um jornalista denuncia fatos de interesse geral, como os relacionados às organizações criminosas especializadas no desvio de verbas públicas, está juridicamente desobrigado de revelar a fonte da qual obteve suas informações. Sim, porque é resguardado o sigilo da fonte quando o exercício profissional o exigir. O que é permitido  nos meios de comunicação é o sigilo da fonte e não o anonimato. 
Considere a seguinte situação hipotética. Um romancista famoso publicou, no Brasil, um livro no qual defende a tese de que as pessoas que seguem determinada religião seriam menos evoluídas do que as que seguem outra religião. Nessa situação, tal afirmação poderia ser enquadrada como racismo, embora, tecnicamente, religião não constitua raça. - O legislador, ao criar um tipo penal chamado racismo (art. 20, Lei 7716/89), definiu o conteúdo. Ou seja, para fins de racismo também estão incluídas discriminações de caráter religioso, étnico ou nacional. Parte superior do formulário
O direito à liberdade de expressão pode ser exercido livremente, independentemente de censura ou licença de quaisquer dos poderes públicos.
Em tempo de paz, o direito de liberdade pode ser restringido, sem necessidade de decisão judicial, pela prisão em flagrante; bem como a liberdade de reunião pode ser restringida pela Administração Pública, quando frustrar outra manifestação marcada para o mesmo dia, horário e local. 
A CF assegura a criação de cooperativas, na forma da lei, independentemente de autorização, vedando a interferência estatal no seu funcionamento - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.
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O STF: considerou válido provimento judicial que autorizava o ingresso de autoridade policial em recinto profissional durante a noite, para o fim de instalar equipamentos de captação acústica (escuta ambiental) e de acesso a documentos no ambiente de trabalho do acusado.
Vida privada diz respeito às relações sociais que são particulares- aspecto objetivo.
Já a intimidade é o que se faz quando ninguém vê- aspecto subjetivo.
O direito à imagem está relacionado principalmente ao resguardo da imagem física da pessoa, entendida de forma ampla, incluindo fisionomia, trejeitos, voz. O direito à honra, por sua vez, está relacionado "à reputação ou consideração social, abrangendo a honra externa ou objetiva e a interna ou subjetiva.“
Para o STF, o conceito de “casa”, para proteção constitucional, revela-se abrangente, estendendo-se a qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. Bares e restaurantes são lugares abertos ao público, e, portanto, não se incluem no conceito de “casa”.
De acordo com o STF, o rol de serviços essenciais indicados na lei de greve dos trabalhadores celetistas é exemplificativo. Logo, o Poder Judiciário pode ampliar as restrições ao direito de greve dos servidores públicos em hipóteses não expressamente previstas na lei.
No direito de greve, além do fato de o empregado não trabalhar, incluem-se diversas situações de índole instrumental, tais como atuação em piquete pacífico, passeata, propaganda, coleta de fundos, operação tartaruga e não colaboração.
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Da forma republicana de governo adotada pela CF decorre a responsabilidade política, penal e administrativa dos governantes; os agentes públicos, incluindo-se os detentores de mandatos eletivos, são igualmente responsáveis perante a lei.
C 2009: Os direitos e garantias fundamentais previstos no texto constitucional não podem ser restringidos pela legislação infraconstitucional, uma vez que estão incluídos no rol das cláusulas pétreas. – SOMENTE OS INDIVIDUAIS
CF: § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: os direitos e garantias individuais.
C 2015: Os direitos fundamentais, considerados como cláusula pétrea das constituições, podem sofrer limitações por ponderação judicial caso estejam em confronto com outros direitos fundamentais, por alteração legislativa, via emenda constitucional, desde que, nesse último caso, seja respeitado o núcleo essencial que os caracteriza.
As disposições meramente declaratórias, que instituem as garantias, imprimem existência legal aos direitos reconhecidos, e as disposições assecuratórias, que instituem direitos, limitam o poder, em defesa dos direitos. Errada – inverteu.
As disposições meramente DECLARATÓRIAS instituem DIREITOS, limitam o poder, em defesa dos direitos.
As disposições ASSECURATÓRIAS instituem as GARANTIAS, imprimem existência legal aos direitos reconhecidos.
Os direitos são os bens jurídicos tutelados pela Constituição. Eles representam por si só esses bens. As garantias são instrumentos de proteção dos direitos. 
	Crimes imprescritíveis
	Crimes insuscetíveis de GA
	Crimes inafiançáveis
	RA
AGA
	3 TH – tortura, tráfico de entorpecentes, terrorismo e hediondos.
Macete: 3TH não tem graça!
	RA e AGA
3 TH
O racismo é punível com reclusão, que é uma pena mais gravosa do que a detenção.
O tráfico ilícito de entorpecentes e a tortura são considerados crimes hediondos. Errada – são equiparados a hediondos. 3TH
A ação de grupos armados, inclusive militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático de direito constitui crime inafiançável e imprescritível.
Conforme a CF, são imprescritíveis o crime de racismo e o crime consistente na ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático de direito.
O julgamento dos crimes dolosos contra a vida é de competência do tribunal do júri, mas a CF não impede que outros crimes sejam igualmente julgados por esse órgão. STF: A competência do Tribunal do Júri, fixada no art. 5º, XXXVIII, d, da CF, quanto ao julgamento de crimes dolosos contra a vida é passível de ampliação pelo legislador ordinário.
De acordo com a CF, e com base no direito à escusa de consciência, o indivíduo pode se recusar a praticar atos que conflitem com suas convicções religiosas, políticas ou filosóficas, sem que essa recusa implique restrições a seus direitos.
A garantia do mínimo existencial, que decorre da proteção constitucional à dignidadeda pessoa humana, restringe a invocação da reserva do possível como óbice à concretização do acesso aos direitos sociais.
Para o STF, a tese da reserva do mínimo possível é aplicável apenas se restar comprovada a real falta de recursos orçamentários pelo poder público, pois não é admissível como justificativa genérica para eventual omissão estatal na efetivação dos direitos fundamentais.
De acordo com entendimento do STF, não é cabível à administração pública invocar o argumento da reserva do possível frente à imposição de obrigação de fazer consistente na promoção de medidas em estabelecimentos prisionais para assegurar aos detentos o respeito à sua integridade física e moral.
O direito ao mínimo existencial, no tocante aos direitos fundamentais, está vinculado às condições estritamente necessárias para a manutenção da vida dos indivíduos. - complexo de prerrogativas cuja concretização revela-se capaz de garantir condições adequadas de existência digna, em ordem a assegurar, à pessoa, acesso efetivo ao direito geral de liberdade e, também, a prestações positivas originárias do Estado, viabilizadoras da plena fruição de direitos sociais básicos, tais como o direito à educação, o direito à proteção integral da criança e do adolescente, o direito à saúde, o direito à assistência social, o direito à moradia, o direito à alimentação e o direito à segurança. 
A adoção do sistema uno de jurisdição no direito brasileiro permite a apreciação, pelo Poder Judiciário, de lesão ou ameaça de lesão a direitos individuais e coletivos, em qualquer caso, o que inclui a revisão das decisões dos tribunais e conselhos de contas.
Apesar da ausência de autorização expressa na CF, a interceptação das correspondências e comunicações telegráficas e de dados é possível, em caráter excepcional.
Interceptação, escuta e gravação:
Embora a CF estabeleça a inviolabilidade do sigilo das comunicações telefônicas, o juiz poderá, de ofício, determinar a interceptação de comunicação telefônica na investigação criminal e na instrução processual penal.
STF: tem entendimento firmado no sentido de que é constitucional a chamada GRAVAÇÃO de conversa, telefônica ou ambiental, por um dos interlocutores, sem o consentimento ou conhecimento por parte do outro.
STJ: em processo que apure a suposta prática de crime sexual contra adolescente absolutamente incapaz, é admissível a utilização de prova extraída de gravação telefônica efetivada a pedido da genitora da vítima, em seu terminal telefônico, mesmo que solicitado auxílio técnico de detetive particular para a captação das conversas. 
O sigilo das comunicações telefônicas não pode ser afastado por decisão judicial proferida em sede de ação popular, proposta para anular ato lesivo ao patrimônio ou à moralidade pública. – AÇÃO POPULAR NÃO É PROCESSO CRIMINAL. 
Na esfera judicial, é dispensável a prévia oitiva do investigado para que seja quebrado seu sigilo bancário, sendo viável a impugnação da referida determinação judicial por intermédio do habeas corpus.
Segundo o STF, o duplo grau de jurisdição não consubstancia princípio
nem garantia constitucional, uma vez que são várias as previsões, na própria Lei Fundamental, do julgamento em instância única ordinária. Em outras palavras, a Constituição Federal de 1988 não estabelece
obrigatoriedade de duplo grau de jurisdição. É de se ressaltar, todavia, que o duplo grau de jurisdição é princípio previsto na Convenção Americana de Direitos Humanos, que é um tratado de direitos humanos com hierarquia supralegal regularmente internalizado no
ordenamento jurídico brasileiro. Nesse sentido, não cabe
recurso da decisão do Senado que julga o Presidente da República por crime de responsabilidade; ou, ainda, é irrecorrível a decisão do STF que julga o Presidente e os parlamentares nas infrações penais comuns.
1) A competência constitucional do Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII) não pode ser afastada por lei estadual, nem usurpada por vara criminal especializada, sendo vedada, ainda, a alteração da forma de sua composição, que deve ser definida em lei nacional. 
2) A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do Tribunal do Júri (Súmula STF nº 603).
A competência do tribunal do júri para julgar os crimes dolosos contra a vida não é absoluta. Isso porque não alcança os detentores de foro especial por prerrogativa de função previsto na Constituição Federal. Súmula Vinculante nº 45: “A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual”.
A ampla defesa e o contraditório são princípios que se aplicam tanto aos processos judiciais quanto aos processos administrativos. Todavia, entende o STF que a ampla defesa e o contraditório não se aplicam na fase do inquérito policial ou civil. Por esse motivo, é nula a sentença condenatória proferida exclusivamente com base em fatos narrados no inquérito policial.
No âmbito judicial e administrativo, a todos são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação, previsão essa caracterizada como direito fundamental no Pacto de San José da Costa Rica e instituída na CF por emenda constitucional. - a EC n. 45/2004 estabeleceu, no art. 5.º, LXXVIII, que a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
FCC: Ao afirmar que aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes, a Constituição Federal  conferiu natureza processual ao processo administrativo, no sentido de que ele deva observar os princípios de ampla defesa e contraditório, sem, no entanto, conferir-lhe força jurisdicional. 
Constitui direito fundamental de natureza material penal: ampla defesa, contraditório, juiz natural, duplo grau de jurisdição, legalidade.
Restrição dos direitos fundamentais:
- Liberdade de conformação do legislador: é a discricionariedade do legislador de definir e delimitar os DF, especialmente nas normas de eficácia contida. 
- Colisão dos DF: quando se tem 2 DF previstos sob a forma de princípios, deve-se usar a ponderação para determinar qual DF prevalece naquele caso concreto. 
- Teoria dos limites dos limites: não se pode restringir um DF para esvaziá-lo, sob pena de revogá-lo. 
1º: aplicação da teoria do núcleo essencial – não se pode esvaziar um DF, restringindo-lhe a sua própria essência. Já encampado pelo STF: ADI 2024.
2º: proporcionalidade: critério para fazer a ponderação. 
- Proporcionalidade negativa: princípio da proibição do excesso. 
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- Proporcionalidade positiva: princípio da proteção deficiente. 
Adequação: se a restrição atingirá a finalidade desejada.
Necessidade: se não há outro meio menos gravoso.
Proporcionalidade em sentido restrito: custo-benefício da restrição
Direitos sociais:
Os direitos sociais impõem deveres ao Estado que assegurem ao cidadão condições mínimas para uma vida digna, independentemente da existência de recursos públicos para custeio; assim, autoriza-se a livre invasão da atividade administrativa pelo Poder Judiciário para efetivação daqueles direitos, fenômeno conhecido como judicialização de políticas públicas.
Os direitos sociais são direitos fundamentais, podendo ser corretamente caracterizados como liberdades positivas e negativas conquistadas no âmbito do estado democrático de direito e com finalidade de concretização social.
A CF estabelece um rol de direitos de natureza trabalhista que tem como destinatários tanto os trabalhadores urbanos quanto os rurais.Parte superior do formulário
O direito social à alimentação adequada previsto na CF inclui o dever do Estado de oferecer ao educando, em todas as etapas da educação básica, programas suplementares de alimentação escolar.
É constitucional norma que obriga escolas privadas a oferecer atendimento adequado

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