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101 Questões De Concurso De Português De Nível Médio

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101 Questões 
de Concurso de 
Português 
de Nível Médio
Robson Diego Welter Fritzen
(Organizador)
Questões do CESPE
Concurso DPU 2016 Agente Administrativo
1 Saúde: direito de todos e dever do Estado. É assim que
a Constituição Federal de 1988 inicia a sua seção sobre o tema.
Uma vez que muitas ações ou omissões vão de encontro a essa
4 previsão, cotidianamente é possível observar graves
desrespeitos à Carta Magna. A Defensoria Pública, importante
instituição garantida por lei assim como a saúde, busca sanar
7 o problema por meio da via judicial quando a mediação não
produz resultados. Recentemente, a Defensoria Pública em Foz
do Iguaçu, por exemplo, obteve três decisões liminares
10 garantindo o direito à saúde a três pessoas por ela assistidas.
Em todos os casos, a Defensoria Pública fez intervenção
judicial para suprir a negativa ou a má prestação do serviço
13 público de saúde na localidade.
Em um dos casos, atendeu uma gestante com histórico
de abortos decorrentes de doença trombofílica e que
16 necessitava de uma medicação diária de alto custo. A
medicação, única opção na manutenção da gestação, havia sido
negada pelo município e pelo estado, o que colocava a gestante
19 em sério risco de sofrer mais um aborto.
Em mais uma intervenção judiciária do defensor
público, foi deferida liminar em favor da assistida, tendo o
22 estado e o município sido obrigados a fornecer o medicamento
necessário durante toda a sua gestação e enquanto houver
prescrição médica, sob pena de multa diária.
Internet: <www.defensoriapublica.pr.gov.br> (com adaptações).
Com relação às informações e aos aspectos linguísticos do
texto acima, julgue os itens a seguir.
1 O sujeito da forma verbal “atendeu” (l.14), que está
elíptico, refere-se a “serviço público de saúde na
localidade” (l. 12 e 13).
2 Sem prejuízo para a correção gramatical do texto nem
para seu sentido original, o trecho “a Defensoria Pública
fez intervenção judicial” (l. 11 e 12) poderia ser reescrito
da seguinte forma: a Defensoria Pública interviu
judicialmente.
3 Conclui-se do texto que, a despeito do que prevê a
Constituição Federal, muitos cidadãos encontram
dificuldades em conseguir atendimento na rede pública de
saúde e acabam por recorrer à Defensoria Pública para que
seus direitos sejam respeitados e garantidos.
4 Seria mantida a coerência do texto caso
“cotidianamente” (l.4) fosse substituído por habitualmente.
1 Maria Silva é moradora do Assentamento Noroeste,
onde moram cerca de cem pessoas cuja principal forma de
renda é o trabalho com reciclagem. Ela é uma das líderes que
4 lutam pelos direitos daquela comunidade. Vinda do estado do
Ceará, Maria chegou a Brasília em 2002 e conheceu o trabalho
da Defensoria Pública por meio do projeto Monitoramento
7 da Política Nacional para a População em Situação de Rua,
tendo seu primeiro contato com a defensoria ocorrido quando
ela precisou de novos documentos para substituir os que
10 haviam sido perdidos no período em que esteve nas ruas.
O objetivo do referido projeto é o de ir até a
população que normalmente não tem acesso à Defensoria
13 Pública. “Nós chegamos de forma humanizada até essas
pessoas em situação de rua. Com esse trabalho nós estamos
garantindo seu acesso à justiça e aos direitos para que
16 consigam se beneficiar de outras políticas públicas”, explica a
coordenadora do Departamento de Atividade Psicossocial.
A mais recente visita de participantes de outro projeto,
19 o Atenção à População de Rua do Assentamento Noroeste,
levou respostas às demandas solicitadas pelos moradores. O
foco foram soluções e retornos de casos como o de um
22 morador que tem problemas com a justiça e que está sendo
assistido por um defensor público e o de uma senhora que
estava internada em um hospital público e conseguiu uma
25 cirurgia por meio dos serviços da defensoria.
As visitas acontecem mensalmente, sendo a maior
demanda a solicitação de registro civil. “As certidões de
28 nascimento figuram entre as demandas porque essas pessoas
não as conseguiram por outros serviços, e a defensoria teve que
intervir. Nós entramos para solucionar problemas: vamos até
31 as ruas para informar sobre o trabalho da defensoria, para que
seus direitos sejam garantidos”, afirma a coordenadora.
Internet: <www.defensoria.df.gov.br.> (com adaptações).
Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do texto
acima, julgue os itens seguintes.
5 A forma verbal “garantindo” (l.15) introduz uma oração
reduzida de gerúndio de caráter adverbial.
6 No trecho “respostas às demandas” (l.20), o emprego do
sinal indicativo de crase justifica-se pela regência do
substantivo “respostas”, que exige complemento
antecedido da preposição a, e pela presença de artigo
feminino plural que determina “demandas”.
7 Conforme o texto, a Defensoria Pública deve atuar
sempre que direitos dos cidadãos são negligenciados, por
isso atua na defesa das pessoas em situação de rua.
8 Seria mantida a correção gramatical do período caso a
partícula “se”, em “se beneficiar” (R.16), fosse deslocada
para imediatamente após a forma verbal “beneficiar” —
escrevendo-se beneficiar-se.
9 Seria mantida a correção do texto caso o trecho ‘para que
seus direitos sejam garantidos’ (R. 31 e 32) fosse reescrito
da seguinte forma: visando à garantia de seus direitos.
10 Depreende-se do texto que os moradores do
Assentamento Noroeste buscam se organizar socialmente
para levar ao poder público reivindicações da comunidade,
por intermédio de lideranças, entre as quais se encontram
mulheres.
Julgue os itens subsequentes, relativos às ideias e aos
aspectos linguísticos da tirinha apresentada, da personagem
Mafalda.
11 As palavras “proeza” (terceiro quadrinho) e “façanhas”
(quinto quadrinho) são empregadas na tirinha com o
sentido de perigo.
12 No terceiro quadrinho, o pensamento de Mafalda é
introduzido por uma oração adversativa, que apresenta
ideia que contrasta com as ideias veiculadas nos
quadrinhos anteriores.
13 O autor se utiliza da criatividade lúdica da personagem
Mafalda para criticar a omissão das autoridades quanto à
poluição e ao recolhimento de entulho.
14 As formas verbais empregadas na tirinha, embora
flexionadas na terceira pessoa do singular, indicam ações
praticadas por Mafalda e por ela relatadas no momento de
sua realização, o que justifica o emprego do presente do
indicativo.
Concurso INSS 2016 Técnico do Seguro Social
Texto I
1 Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá
pela primeira vez teria um escritório para trabalhar. Não era um
comodo muito grande, mas dava para armar ali a minha tenda
4 de reflexões e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os livros.
Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante
onde caberiam todos os meus livros. Tratei de ecomendá-la a
7 seu Joaquim, um marceneiro que tinha oficina na rua Garcia 
D'Ávila com Barrão da Torre.
O apartamento não ficava tao perto da oficina. Era
10 quase em frente ao prédio onde morava Mario Pedrosa, entre
a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro, hoje Vinicius de
Moraes. Estava ali havia uma semana e nem decorara ainda o
13 número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim, ao
preencher a nota de encomenda, perguntou-me onde seria
entregue a estante, tive um momento de hesitação. Mas foi só
16 um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mario e 228,
o meu, que fica quase em frente, deve ser 227”. Mas
lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira vez, observara que,
19 apesar de ficar em frente ao do Mario, havia uma diferença na 
numeração.
― Visconde de Pirajá, 127 ― respondi, e seu
22 Joaquim desenhou o endereço na nota.
― Tudo bem, seu Ferreira. Dentro de um mês estará
 lá sua estante.
25 ― Um mês, seu Joaquim! Tudo isso? Veja se reduz
esse prazo.
― A estantee grande, da muito trabalho... Digamos,
28 três semanas.
Ferreira Gullar. A estante. In: A estranha vida banal. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1989 (com adaptações).
No que se refere aos sentidos do texto I, julgue os
próximos itens.
15 O “momento de hesitação” (l.15) vivido pelo narrador
deveu-se ao medo de informar o endereço a um
desconhecido.
16 O verbo dever foi empregado na linha 17 no sentido de
ser provável.
17 O trecho “da muito trabalho” (l.27) constitui uma
referência de seu Joaquim a confecção da estante, tarefa
que, segundo ele, seria trabalhosa.
18 De acordo com as informações do texto, e correto
inferir que seu Joaquim era analfabeto, uma vez que ele
“desenhou o endereço na nota” (l.22).
19 A expressão “armar ali a minha tenda” (l.3) foi
empregada no texto em sentido figurado.
20 De acordo com as informações do texto, Vinicius de
Moraes passou a morar no apartamento onde antes residia
Mario Pedrosa.
Julgue os seguintes itens, a respeito de aspectos
linguísticos do texto I.
21 A correção gramatical e o sentido do texto seriam
preservados, caso se substituísse o trecho “lembrei-me de
que” (l.18) por lembrei que.
22 A forma verbal “teria” (l.2) esta flexionada na terceira
pessoa do singular, para concordar com “apartamento”
(R.1), núcleo do sujeito da oração em que ocorre.
23 Seria mantida a correção do texto caso o trecho “onde
caberiam” (l.6) fosse substituído por que caberia.
24 No período “Tanto que, quando (...) momento de
hesitação” (l. 13 a l. 15), o emprego de todas as vírgulas
deve-se a mesma regra de pontuação.
1 Bibliotecas sempre deram muito o que falar. Grandes
monarquias jamais deixaram de possuir as suas, e cuidavam
delas estrategicamente. Afinal, dotes de princesas foram
4 negociados tendo livros como objetos de barganha; tratados
diplomáticos versaram sobre essas coleções. Os monarcas
portugueses, apos o terremoto que dizimou Lisboa, se
7 orgulhavam de, a despeito dos destroços, terem erguido uma
grande biblioteca: a Real Livraria. D. José chamava-a de joia
maior do tesouro real. D. João VI, mesmo na correria da
10 partida para o Brasil, não se esqueceu dos livros. Em 
diferentes levas, a Real Biblioteca aportou nos trópicos, e foi
ate mesmo tema de disputa.
Internet: <http://observatoriodaimprensa.com.br> (com
adaptações).
Acerca de aspectos linguísticos e dos sentidos do texto 
acima, julgue o item que se segue.
25 A Real Livraria foi erguida com os destroços resultantes
do terremoto que atingiu Lisboa, como símbolo da forca de
Portugal na superação da tragédia que acabava de assolar o
país.
Fundação Carlos Chagas
Prefeitura Municipal De Campinas 2016 Agente de
Organização Escolar
Atenção: Considere o texto abaixo para responder às
questões de números 26 a 28. 
Empreendedor vende garrafas de ar puro inglês a R$
450,00 para cidades poluídas na China
O empresário Leo De Watts, de 27 anos, vende ar
coletado no interior do Reino Unido e despacha para
cidades poluídas da China, onde elites pagam quantias
consideráveis por poucos segundos de inalação. 
A China enfrenta problemas crônicos de poluição
atmosférica. Em 2015, pela primeira vez na história, a
capital do país, Pequim, declarou alerta vermelho − o mais
grave em uma escala de quatro níveis − por causa da
poluição. Escolas permaneceram fechadas e fábricas
interromperam a produção. 
“Qualquer pessoa que, por exemplo, viva perto de
um lago cristalino e comece a engarrafar água e vender
pode ser considerada meio maluca, mas é algo incrível
para locais que não possuem uma grande oferta dessas
coisas, e o ar puro pode ser vendido como item de luxo”,
disse Watts à BBC. 
Cada garrafa – de 580 mL – de ar exportada por
Watts custa 80 libras (cerca de R$ 450,00). 
Para oferecer produtos com características distintas,
o empresário diz coletar ar de áreas diferentes, como o
interior do País de Gales e as regiões de Dorset e Somerset,
na Inglaterra. O processo de coleta é feito com jarros
acoplados a redes – atividade que Watts define como
“agricultura aérea”. 
(Adaptado de: “Empreendedor vende garrafas de ar
puro inglês a R$ 450,00 para cidades poluídas na China”.
Disponível em: www.bbc.com/
portuguese/noticias/2016/02/160209_venda_arpuro_tg) 
26. Conclui-se que Leo De Watts
(A) permitirá que escolas e fábricas de Pequim funcionem
mesmo durante situações de alerta vermelho para a
poluição. 
(B) tem razão em se considerar maluco por pretender
vender ar puro aos chineses, pois essa é uma iniciativa
inviável. 
(C) age por filantropia e sem interesse mercantilista, ao
buscar purificar o ar da China com o ar puro da Inglaterra.
(D) viu no cenário de poluição crônica de cidades da China
uma oportunidade para lucrar com a venda de ar puro.
(E) teve a ideia de exportar ar puro para a China depois de
obter sucesso vendendo a água de um lago perto de sua
casa. 
27. Um sinônimo para o termo sublinhado está em:
(A) acoplados a redes (5o parágrafo) = atrelados 
(B) características distintas (5o parágrafo) = alteradas 
(C) interromperam a produção (2o parágrafo) =
restringiram
(D) despacha para cidades (1o parágrafo) = restitui
(E) enfrenta problemas (2o parágrafo) = soluciona 
28. ... elites pagam quantias consideráveis por poucos
segundos de inalação. (1o parágrafo)
Essa passagem do texto está corretamente reescrita com a
forma verbal na voz passiva em: 
(A) ... são quantias consideráveis que as elites pagam por
poucos segundos de inalação. 
(B) ... paga-se pelas elites quantias consideráveis por
poucos segundos de inalação. 
(C) ... são pagos por poucos segundos de inalação quantias
consideráveis pelas elites.
(D) ... por poucos segundos de inalação as elites estão
pagando quantias consideráveis.
(E) ... quantias consideráveis são pagas pelas elites por
poucos segundos de inalação. 
29. Está redigida com correção a frase:
(A) Até 2015, Pequim nunca tinha acionado o alerta
vermelho em decorrencia da poluição. Escolas e fábricas
manteram-se, na ocasião de portas fechadas. 
(B) As garrafas contêm 580 mL de ar e custam em torno de
R$ 450,00. As elites de cidades como Pequim compram o
ar puro, porque a poluição onde vivem é intensa. 
(C) O texto apresenta, Leo De Watts, um empresário de
cujo negócio não é nada convensional, pois consiste de
vender ar coletado no interior do Reino Unido.
(D) Se moramos próximo em um lago de águas cristalinas
e decidimos engarrafar sua água com o proposito de
vender, é possível que sejamos equiparados de malucos.
(E) O ar é colhido no interior do País de Gales e da
Inglaterra e Leo De Watts entitulou, a técnica de coleta
como “agricultura aérea”.
Atenção: Considere o texto abaixo para responder às
questões de números 30 a 32. 
Pechada 
O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula,
o aluno novo já estava sendo chamado de “Gaúcho”.
Porque era gaúcho. Recém-chegado do Rio Grande do Sul,
com um sotaque carregado. 
− Aí, Gaúcho! 
− Fala, Gaúcho! 
Perguntaram para a professora por que o Gaúcho
falava diferente. A professora explicou que cada região
tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão
grandes assim. Afinal, todos falavam português. 
− Mas o Gaúcho fala “tu”! − disse o Jorge, que era
quem mais implicava com o novato. 
− E fala certo − disse a professora. − Pode-se dizer
“tu” e pode-se dizer “você”. Os dois estão certos. 
O Jorge fez cara de quem não se entregara. 
Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou
para a professora o que acontecera. 
− O pai atravessou a sinaleira e pechou. 
− O quê? 
− O pai. Atravessou a sinaleira e pechou. 
A professorasorriu. Depois achou que não era caso
para sorrir. Afinal, o pai do menino atravessara uma
sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em
algum hospital. Gravemente pechado. Com pedaços de
sinaleira sendo retirados do seu corpo. 
− O que foi que ele disse, tia? − quis saber o Jorge. 
− Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou.
− E o que é isso? 
− Gaúcho... Quer dizer, Rodrigo: explique para a
classe o que aconteceu. 
− Nós vinha... 
− Nós vínhamos. 
− Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira
fechada, passou no vermelho e deu uma pechada noutro
auto. A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava
claro o que acontecera? Ao mesmo tempo, procurava uma
tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que
não o entendera. Não com o Jorge rindo daquele jeito. 
“Sinaleira”, obviamente, era sinal, semáforo.
“Auto” era automóvel, carro. Mas “pechar” o que era?
Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha palavra?
Só muitos dias depois a professora descobriu que “pechar”
vinha do espanhol e queria dizer bater com o peito, e até lá
teve que se esforçar para convencer o Jorge de que era
mesmo brasileiro o que falava o novato. Que já ganhara
outro apelido: Pechada. 
− Aí, Pechada! 
− Fala, Pechada! 
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. “Pechada”. Revista
Nova Escola. São Paulo, maio/2001. Disponível
em: http://revistaescola.abril.com.br/ fundamental-
1/pechada-634220.shtml)
30. Considerando que o novo aluno, Rodrigo, é chamado
de Gaúcho e, posteriormente, de Pechada pelos colegas,
conclui-se que a escolha dos apelidos
(A) foi orientada pela professora, que chamou a atenção
para o fato de o novo aluno vir de um outro estado. 
(B) leva em consideração características que o aluno tem
em comum com os colegas da nova escola. 
(C) ocorre após um período de adaptação, quando o fato de
o aluno ser diferente já se tornou irrelevante.
(D) faz parte da boa acolhida na nova escola e resulta de
um acordo estabelecido entre ele e seus colegas.
(E) se dá a partir de aspectos que singularizam o novo
colega em relação ao restante da turma. 
31. De acordo com o texto, a professora conteve o sorriso
diante da informação de que o pai do menino atravessara
uma sinaleira e pechara, porque
(A) deduziu que essa informação poderia descrever algum
tipo de acidente. 
(B) lembrou que uma sinaleira poderia ser uma animal
extremamente perigoso. 
(C) se sensibilizou quando o garoto lhe confirmou que o
pai estava hospitalizado.
(D) queria evitar que o restante da sala descobrisse o
sentido da frase do garoto.
(E) percebeu que o aluno tinha a intenção de ridicularizar o
idioma que ela falava.
32. Um termo empregado com sentido figurado está
sublinhado em:
(A) A professora sorriu. (12º parágrafo) 
(B) Os dois estão certos. (6º parágrafo) 
(C) A professora varreu a classe com seu sorriso. (20º
parágrafo)
(D) “Sinaleira”, obviamente, era sinal, semáforo. (21º
parágrafo)
(E) Recém-chegado do Rio Grande do Sul, com um
sotaque carregado. (1º parágrafo) 
33. As regras de concordância estão plenamente
respeitadas em:
(A) A professora procurou fazer com que os alunos
entendessem que eram possíveis encontrar muitas maneiras
de falar a mesma língua. 
(B) A professora explicou que, embora exista diferenças na
maneira como se falam nas diferentes regiões do Brasil,
todos falamos português. 
(C) O sotaque e o vocabulário do gaúcho se mostrava
muito diferente do português falado na escola, o que
despertou a curiosidade dos colegas.
(D) Na sala de aula, houve uma pequena parte dos alunos
que não compreendeu por que o novo colega falava “tu”
em vez de “você”.
(E) Explicando que o povo do Sul e o do Sudeste falava a
mesma língua, a professora buscou convencer os alunos
que não se deveriam zombar do colega gaúcho.
Atenção: Considere os quadrinhos abaixo para responder
às questões de números 34 e 35. 
34. No contexto da fala do terceiro quadrinho, o termo
(A) esse expressa ideia de posse. 
(B) se expressa ideia de condição. 
(C) até expressa ideia de tempo.
(D) tão expressa ideia de negação.
(E) que expressa ideia de conformidade. 
35. O conteúdo da fala do terceiro quadrinho está expresso
corretamente em:
(A) A personagem disse que se Calvin a tiver acertado com
o clipe, ela lhe levara até a sala do diretor. 
(B) A personagem disse que se Calvin lhe acerta com o
clipe, ela lhe levaria até a sala do diretor. 
(C) A personagem disse que, se Calvin a tivesse acertado
com o clipe ela lhe levará até a sala do diretor.
(D) A personagem disse que, se Calvin lhe acertar com o
clipe, ela o leve até a sala do diretor.
(E) A personagem disse que, se Calvin a acertasse com o
clipe, ela o levaria até a sala do diretor. 
Concurso DPE/SP 2015 Oficial De Defensoria Pública
Atenção: Para responder às questões de números 36 a 40,
considere o texto abaixo.
 
“A metamorfose”, de Kafka, faz 100 anos ignorado na
República Tcheca 
Apesar de Franz Kafka ser o autor tcheco mais
conhecido do século 20 e um dos ícones turísticos de sua
cidade natal, a capital Praga, o centenário da publicação de
sua obra mais famosa, “A metamorfose”, tem pouca
repercussão na República Tcheca, onde o escritor nunca foi
muito popular. 
Foi em 1915 que o texto apareceu publicado em
alemão, o idioma no qual escrevia Kafka, por editores
alemães. “A metamorfose” é o assustador relato de Gregor
Samsa, um viajante de negócios que certa manhã acorda
transformado em uma barata gigante. Os estudiosos de
Kafka interpretaram essa transformação como uma
metáfora sobre o peso insuportável da responsabilidade. A
diretora da Sociedade Franz Kafka de Praga, Marketa
Malisova, chancela essa interpretação da obra. “Kafka a
escreveu sob a influência de todas as circunstâncias que lhe
afetavam”, comentou Malisova. 
Apesar de seu sucesso mundial, primeiro nos
Estados Unidos na década de 1940 e depois da Segunda
Guerra Mundial na Europa Ocidental, em seu país natal
quase não se conhece ou se lê a obra de Kafka. “A
Metamorfose”, por exemplo, teve de esperar até 1929 para
ser traduzida ao tcheco, o idioma oficial da então
Tchecoslováquia. 
Kafka nunca foi profeta em sua terra. Seu biógrafo
tcheco, o filólogo Josef Cermak, lembra que suas primeiras
traduções foram realizadas por intelectuais de tendência
anarquista, o que criou a ideia de que era um autor
revolucionário. Após a guerra e a instauração da ditadura
comunista, mudou o regime e a produção de Kafka esteve
proibida por ser considerado um autor “reacionário”,
destacou Cermak. 
Em 1990, quando foi derrubado o sistema socialista,
se estabeleceu a Sociedade Franz Kafka de Praga, com o
explícito objetivo de reviver a tradição cosmopolita que
tornou possível o fenômeno da literatura germânico-
praguense do qual surgiu Kafka. No entanto, 25 anos mais
tarde, muito poucos tchecos leem as obras de Kafka, em
parte porque seus textos têm fama de serem difíceis de se
entender em tcheco, reconheceu Malisova. 
(Adaptado de: http://g1.globo.com/pop-
arte/noticia/2015/10/metamorfose-de-kafka-faz-
100-anos-ignorado-na-republica-tcheca.html) 
36. De acordo com o texto, a obra de Kafka não foi bem
recebida na antiga Tchecoslováquia, por várias razões,
entre as quais está o fato de
(A) suas ideias reproduzirem a influência do regime
capitalista em vigor nos Estados Unidos e na Europa
Ocidental. 
(B) suas traduções terem sido feitas por intelectuais cujas
opções políticas iam de encontro às dos governantes. 
(C) seus textos revolucionários apresentarem uma crítica
direta aos oposicionistas da ditadura comunista tcheca.
(D) seu discurso reproduzir os ideais de grupos anarquistasalemães que eram considerados retrógrados.
(E) seus livros terem sido escritos em uma língua difícil de
ser compreendida até pelos especialistas. 
37. A passagem do texto corretamente reescrita, sem
alteração de sentido, em linhas gerais, está em:
(A) o assustador relato de Gregor Samsa → o fortuito
enlace de Gregor Samsa (2º parágrafo) 
(B) um dos ícones turísticos de sua cidade natal → um dos
retratos fidedignos de sua cidade natal (1º parágrafo) 
(C) A diretora [...] chancela essa interpretação da obra. →
A diretora [...] referenda essa interpretação da obra (2º
parágrafo)
(D) quando foi derrubado o sistema socialista → antes da
reforma do sistema socialista (5º parágrafo)
(E) Os estudiosos [...] interpretaram essa transformação →
Os estudiosos [...] refutaram essa transformação (2º
parágrafo) 
38. Apesar de seu sucesso mundial, primeiro nos Estados
Unidos na década de 1940 e depois da Segunda Guerra
Mundial na Europa Ocidental, em seu país natal quase não
se conhece ou se lê a obra de Kafka. (3º parágrafo)
Preservando o sentido e a coesão textual, a expressão
Apesar de, no contexto, poder ser corretamente substituída
por:
(A) A partir de 
(B) Em virtude de 
(C) Consoante a
(D) Com vistas a
(E) A despeito de 
39. “A Metamorfose”, por exemplo, teve de esperar até
1929 para ser traduzida ao tcheco, o idioma oficial da
então Tchecoslováquia. (3º parágrafo)
No contexto, o termo então, em destaque, expressa
circunstância de 
(A) qualidade. 
(B) modo. 
(C) lugar.
(D) dúvida.
(E) tempo. 
40. Para ajustar o texto ao português padrão, deve-se
substituir
(A) as circunstâncias que lhe afetavam (2º parágrafo) por:
as circunstâncias que o afetavam. 
(B) o idioma no qual escrevia Kafka (2º parágrafo) por: o
idioma à que escrevia Kafka. 
(C) uma metáfora sobre o peso insuportável da
responsabilidade (2º parágrafo) por: uma metáfora a cerca
do peso insuportável da responsabilidade.
(D) o fenômeno da literatura germânico-praguense do qual
surgiu Kafka (5º parágrafo) por: o fenômeno da literatura
germânico-praguense perante à qual surgiu Kafka.
(E) muito poucos tchecos leem as obras de Kafka (5º
parágrafo) por: muitos poucos tchecos leem as obras de
Kafka. 
Atenção: Para responder às questões de números 41 e 42,
considere o poema abaixo. 
Metamorfose dois 
8 de agosto, dia dos pais 
quando lhe veio à lembrança 
que bicho é pai de bicho 
o pai de gregório samsa* 
juntou-se ao filho no lixo 
(PAES, José Paulo. Calendário perplexo.
In: Poesia completa. São Paulo,
Companhia das Letras, 2008, p. 270)
*Gregor Samsa, protagonista de “A
metamorfose”. 
41. A atitude do pai é coerente com a ideia de que o
(A) filho deve ter virtudes que sobrepujam as qualidades
do pai. 
(B) pai deve eximir-se de suas responsabilidades para com
o filho. 
(C) filho deve prestar obediência ao pai em quaisquer
circunstâncias.
(D) pai e o filho devem partilhar de uma condição análoga.
(E) pai deve manter-se impassível diante dos fracassos do
filho. 
42. A mensagem do poema está reescrita corretamente em
prosa, em um único período, em:
(A) Quando se lembrou de que bicho é pai de bicho. O pai
de Gregório Samsa juntou-se ao filho, no lixo. 
(B) Quando se lembrou que bicho é pai de bicho; o pai de
Gregório Samsa, juntou-se ao filho no lixo. 
(C) Quando se lembrou de que bicho é pai de bicho; o pai
de Gregório Samsa juntou-se, ao filho no lixo.
(D) Quando se lembrou de que bicho é pai de bicho, o pai
de Gregório Samsa juntou-se ao filho no lixo.
(E) Quando se lembrou que bicho é pai de bicho, o pai de
Gregório Samsa, juntou-se ao filho, no lixo. 
43. Observe o cartum abaixo.
Considerando-se a relação entre imagem e texto verbal,
conclui-se acertadamente que a grafia tortuosa do termo
corretos 
(A) gera excitação na personagem, que se entusiasma ao
encontrar produtos frescos. 
(B) é responsável pelo humor do cartum, pois destaca a
ortografia incorreta das palavras. 
(C) desperta, na personagem, dúvidas quando à veracidade
da mensagem do cartaz.
(D) destaca a boa aparência dos produtos ofertados,
comparando-os com os convencionais.
(E) causa frustração na personagem, que sabe que os
produtos ecológicos são mais caros. 
44. O enunciado de um cartaz está redigido corretamente
em:
(A) Aqui se vendem produtos ecologicamente corretos. 
(B) Vende-se, aqui, produtos ecologicamente corretos. 
(C) Se vende, aqui, produtos ecologicamente corretos.
(D) Vendem-se aqui, produtos ecologicamente corretos.
(E) Aqui, se vende produtos ecologicamente corretos. 
Atenção: Para responder às questões de números 45 e 46,
considere o texto abaixo. 
A penúltima palavra 
Eu já fui um sujeito muito polêmico, daqueles que
têm a última palavra. Minha chatice argumentativa era
mais ingênua que beligerante. Pensamentos e ideias
sempre foram para mim uma espécie de brincadeira, feito
peteca que não se deve deixar cair. Réplicas, tréplicas,
quadréplicas... eram só uma forma de manter os
pensamentos e as ideias em movimento. 
Mas comecei a perceber que as pessoas se
irritavam. E se tem gente que perde o amigo, mas não a
piada, eu preferia perder o argumento a perder a amizade.
Decidi, então, limitar o número de vezes que argumento a
respeito de qualquer coisa. Mesmo que o assunto não seja
polêmico, e esteja longe de gerar qualquer tipo de
competitividade desconfortável, procuro reduzir minhas
falas a duas ou, no máximo, três. E faço o possível para
que a derradeira não seja provocativa. 
E se o leitor discordar, meu silêncio há de lhe dar
razão... 
(LOUREIRO JR, Eduardo.
www.cronicadodia.com.br/2015/09/a-penultima-palavra-
eduardo-loureiro-jr.html) 
45. Na opinião do autor,
(A) as pessoas não apreciam quem gosta de expressar suas
ideias, mesmo em tom de brincadeira, o que o levou a
deixar de falar sobre assuntos polêmicos. 
(B) defender pensamentos e ideias é uma espécie de
batalha, que poucos estão dispostos a travar, e isso fez com
que ele passasse a participar cada vez menos de discussões.
(C) o espírito debatedor tende a ser visto como competitivo
e pode gerar situações de tensão, por isso ele passou a ser
mais comedido em suas argumentações.
(D) saber pôr fim a uma polêmica é tão importante quanto
saber iniciá-la, e o melhor remédio para resolver um
conflito é o silêncio, que passou a impor ao adversário.
(E) a competitividade gerada em uma argumentação pode
comprometer uma amizade, e, para evitar que isso ocorra,
ele passou a polemizar apenas em situações de brincadeira.
46. O termo que é empregado para estabelecer relação de
comparação na seguinte passagem do texto:
(A) Eu já fui um sujeito muito polêmico, daqueles que têm
a última palavra. (1º parágrafo) 
(B) Minha chatice argumentativa era mais ingênua que
beligerante. (1º parágrafo) 
(C) Mas comecei a perceber que as pessoas se irritavam.
(2º parágrafo)
(D) Decidi, então, limitar o número de vezes que
argumento a respeito de qualquer coisa. (2º parágrafo)
(E) E faço o possível para que a derradeira não seja
provocativa. (2º parágrafo) 
47. A frase em que se respeitam plenamente as normas de
concordância está em:
(A) Conforme foi notando que sua ânsia por argumentar
irritava as pessoas, o autor começou a mudar sua postura
nos diálogos, que se tornaram menos polêmicos. 
(B) Manter em movimento os pensamentos e as ideias
eram, segundo o autor, a justificativa para as réplicas e
tréplicas que apareciam ao longo de uma discussão. 
(C) Pensamentos e ideias eram consideradas uma espécie
de brincadeira para o autor, o qual percebeu que a reação
das pessoas a seu temperamento polêmico não era positivo.
(D) Buscando preservar um comportamento amigável,o
autor teve de rever sua maneira de conduzirem os debates,
e fazer com que ficasse menos provocativos seus
comentários.
(E) O texto termina com uma certa ironia, pois
permanecem a impressão de que é um tanto polêmico e
provocativo, já que termina sem que se ouça os argumentos
do leitor. 
48. A frase redigida com correção e clareza está em:
(A) Depois de ter exposto seus argumentos, seu debatedor
pediu para que ele revesse suas informações, que pareciam
inconcistentes. 
(B) Afim de que se mantessem os pensamentos e as ideias
ativos, era imprescindivel que houvesse, ao menos, dois
debatedores. 
(C) Quando alguém dizer que está bem informado em
relação a um assunto, verifique às fontes das quais obteve
tais informações.
(D) Após falar pelo tempo que lhe convinha, o ilustre
convidado ainda interveio nas falas dos demais
debatedores, que se irritaram.
(E) O palestrante parecia ficar empolgado diante de quem
quer que se disposse a debater com ele à temática de sua
comunicação. 
Atenção: Para responder às questões de números 49 a 50,
considere o texto abaixo. 
Problemas vs. Mistérios 
O linguista Noam Chomsky uma vez sugeriu que a
ignorância (ou o desconhecimento que se tem a respeito de
um tema qualquer) poderia ser dividida em duas
categorias: problemas, ou fatos que estejam dentro da
capacidade de raciocínio; e mistérios, que se localizem
além dela. 
Segundo ele, os problemas abrangem as questões
que podem ser compreendidas e respondidas, mesmo que
não sejam diretamente solucionadas. Mistérios, por sua
vez, têm uma característica particular. Eles são, por
definição, incompreensíveis. 
De tão abundantes, mistérios são considerados
forças naturais. Não se sabe como o outro pensa, o que o
levou a chegar a tais conclusões, o que poderia fazê-lo
mudar de ideia. Suas vias misteriosas não são
questionáveis. Quando não é possível compreendê- las, não
há negociação nem forma de mudá-las. E assim se transita
pelo mundo sem esforço nem descoberta, resignado a
coletar o que é oferecido. 
Produtos de entretenimento fortalecem esse
comportamento bovino. Jogos oferecidos por redes sociais
isolam seus usuários do mundo à sua volta. E, travestidos
de redes de integração, reforçam sua opinião e a visão
daqueles que, como os líderes espirituais, são “seguidos”.
De uma forma dogmática e restrita, não há questionamento
nem oposição. Quando não há concordância possível, a
única solução que se apresenta é o corte da relação. 
Boa parte do desconforto social que se vive
atualmente vem dessa visão misteriosa, fechada e
dogmática do mundo, para a qual não parece haver saída.
Muitos querem abandonar tudo: escola, empregos, cidade,
casamento e identidade, sem saber ao certo para onde ir.
Não parece haver disposição ou paciência para escutar,
ceder, compreender, transformar ou reformar a riqueza que
se possui. Entretanto, problemas, por mais desconfortáveis
que sejam, costumam trazer uma grande satisfação à
medida que são enfrentados, conquistados, ultrapassados. 
(Adaptado de: RADFAHRER, Luli.
www.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/2015/10/1690
546-problemas-vs-misterios.shtml. 06/10/2015) 
49. A partir da leitura do texto, conclui-se corretamente que
(A) mistérios se tornam mais recorrentes na medida em
que as relações passam a ser interpretadas como formas de
se compreender o ponto de vista do outro. 
(B) problemas, segundo Noam Chomsky, surgem quando o
esforço em compreender como o outro pensa se esgota e,
então, se assume uma postura de crítica agressiva. 
(C) mistérios resultam da impossibilidade de negociação
entre pessoas que pensam de maneiras diferentes, e se
convertem em problemas quando não são solucionados.
(D) problemas diferem de mistérios porque aqueles não
podem ser racionalizados e, consequentemente, não são
passíveis de ocasionar a resolução de questões.
(E) problemas, conquanto causem incômodo, levam à
compreensão necessária para lidar com diferentes pontos
de vista sem que seja necessário romper com as relações. 
50. A expressão comportamento bovino, no início do
quarto parágrafo, refere-se a um comportamento diante do
mundo que se caracteriza por ser
(A) perquiridor, estimulado por produtos de
entretenimento. 
(B) passivo, fomentado por produtos de entretenimento. 
(C) apático, mitigado por produtos de entretenimento.
(D) apreensivo, ampliado por produtos de entretenimento.
(E) diplomático, incitado por produtos de entretenimento. 
Fundação Getúlio Vargas
Concurso IBGE 2016 Técnico em Informações
Geográficas E Estatísticas
TEXTO 1 - O IBGE divulgou nesta sexta-feira a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios de 2014 (Pnad), a
principal pesquisa demográfica que realiza a cada ano – e
que oferece um raio-X sobre a população brasileira. Para
chegar aos números abaixo, o instituto entrevistou mais de
362 mil pessoas em mais de 151 mil residências
brasileiras, distribuídas por todos os Estados. Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_r
esulta dos_pnad_jc_ab 
51 A afirmação inadequada sobre o conteúdo veiculado
pelo texto 1 é: 
(A) além da PNAD, o IBGE realiza outras pesquisas
demográficas; 
(B) a PNAD é repetida em períodos regulares; 
(C) a pesquisa se fundamenta em entrevistas diretas;
(D) as pessoas entrevistadas são espacialmente
diversificadas;
(E) a finalidade das entrevistas é prever mudanças
populacionais. 
TEXTO 2 - O Brasil continua envelhecendo 
A tendência vem sendo observada ano a ano. Em 2014, a
população chegou a 203,2 milhões de pessoas, e indivíduos
com mais de 60 anos representavam 13,7% do país. É um
aumento de 0,7 ponto porcentual em relação a 2013. 
A proporção em si não é gritante, mas o movimento vem
sendo contínuo e acompanha uma redução pequena, porém
também constante, do número de jovens. Enquanto o
número de idosos subiu, o de pessoas com menos de 24
anos caiu 0,8 ponto porcentual, passando a representar
38% da população. 
Para fins de comparação, em 2004 a população acima de
60 anos era de 9,7%. 
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_r
esult ados_pnad_jc_ab 
52 As palavras que formam o título dado ao texto 2
permitem inferir que: 
(A) o país vai envelhecer em ritmo mais intenso nos
próximos anos; 
(B) as pesquisas anteriores já indicavam o envelhecimento
da população; 
(C) o Brasil está sofrendo uma redução numérica
progressiva de sua população;
(D) as estruturas sociais e econômicas do país estão
ficando ultrapassadas;
(E) nosso país está atravessando um momento de passagem
para a maturidade cultural. 
53 Segundo o texto 2, o envelhecimento contínuo da
população é uma: 
(A) tendência que não está estatisticamente comprovada; 
(B) opinião decorrente dos resultados das pesquisas; 
(C) dúvida a partir dos dados estatísticos levantados;
(D) certeza metodologicamente estabelecida;
(E) antevisão com base nos dados dos últimos anos. 
TEXTO 3 - Mais de 80 milhões vivem fora de sua cidade
natal 
A mobilidade pelo país, seja impulsionada por emprego,
ensino ou outros motivos, faz com que mais de 80 milhões
de brasileiros vivam fora das cidades onde nasceram, o
equivalente a quase 40% da população. 
Ao chegar aos 60 anos de idade, 60% dos brasileiros já não
vivem em suas cidades de origem. 
São Paulo é o Estado que mais tem pessoas de fora – 10,5
milhões. Já em termos proporcionais, as unidades da
federação com o maior contingente de "forasteiros" são o
Distrito Federal, com 49,3%, e Roraima, com 45,3% da
população chegando de outros Estados. 
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_r
esult ados_pnad_jc_ab54 No texto 3 recebemos a informação de que: 
(A) o emprego e o ensino servem como motivos para a
maior quantidade de deslocamentos das cidades de origem;
(B) o Distrito Federal e Roraima recebem mais
“forasteiros” do que todos os demais estados da Federação;
(C) mais da metade da população brasileira vive fora de
sua cidade natal, por motivos variados;
(D) os cidadãos brasileiros de 60 anos, com a idade de
aposentadoria, migram para lugares melhores;
(E) a mobilidade populacional, no Brasil, é consequência
de deficiências nos locais de origem. 
55 “Ao chegar aos 60 anos de idade, 60% dos brasileiros já
não vivem em suas cidades de origem”. A primeira oração
desse período pode ser adequadamente substituída por: 
(A) quando chegam aos 60 anos de idade; 
(B) quando chegarem aos 60 anos de idade; 
(C) quando chegaram aos 60 anos de idade;
(D) quando cheguem aos 60 anos de idade;
(E) quando chegassem aos 60 anos de idade. 
TEXTO 4 - Analfabetismo cai, mas ainda reflete
desigualdade regional 
De pouco em pouco, a taxa de analfabetismo continua a
cair no Brasil, e passou de 8,5% em 2013 para 8,1% no ano
passado. A queda vem sendo quase constante de 2001 para
cá, embora tenha permanecido no mesmo patamar entre
2011 e 2013 (quando oscilou entre 8,4% e 8,5%). 
A diferença entre as regiões, porém, permanece gritante
neste quesito. Enquanto no Sul e Sudeste a taxa de
analfabetos é de 4,4% e 4,6%, respectivamente, no
Nordeste a percentagem é de 16,6%, de longe a pior
situação no país. 
A medição é feita entre pessoas de 15 anos de idade ou
mais, e, quanto mais velho o grupo, maior o índice.
Entretanto, o analfabetismo ainda assola as novas gerações,
afetando 0,9% de jovens na faixa de 15 a 19 anos e 1,4%
na de 20 a 24 anos. 
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_r
esult ados_pnad_jc_ab 
56 Segundo o texto 4, o analfabetismo no Brasil: 
(A) é maior na faixa dos mais idosos; 
(B) diminui progressivamente de 2001 até hoje; 
(C) mostra índices idênticos nas várias regiões;
(D) tornou-se inexistente entre os menores de 15 anos;
(E) reflete ampla desigualdade regional entre Sul e
Sudeste. 
TEXTO 5 - Diploma superior é privilégio de apenas 13% 
Quando se avalia o nível de instrução da totalidade de
brasileiros acima de 25 anos, mais de metade da população
(57,5%) tem no máximo o ensino médio completo, sendo
que 32% não completaram o ensino fundamental. Uma
graduação universitária é privilégio de apenas 13,1% das
pessoas (contra 12,6% em 2013). 
Os números também chamam atenção para a necessidade
de se aprimorar o ensino nas escolas públicas, que são
frequentadas por 76,9% dos alunos brasileiros (contra
75,7% em 2013). Mas a frequência escolar como um todo
vêm aumentando, e tem seu maior patamar entre crianças
de 6 a 14 anos: 98,5% nesta faixa etária estão na escola. 
Quando se contempla a população como um todo, o
número médio de anos de estudo escolar é de 7,7. Aqui
também há disparidades regionais: o Sudeste apresenta a
maior média, de 8,4 anos, enquanto Norte e Nordeste
registraram o menor tempo médio na escola, 7,2 e 6,6
anos, respectivamente. 
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_r
esult ados_pnad_jc_ab 
57 Uma falha de digitação ocasionou um erro de
concordância no seguinte trecho: 
(A) “mais de metade da população (57,5%) tem no
máximo o ensino médio completo”; 
(B) “32% não completaram o ensino fundamental”; 
(C) “Mas a frequência escolar como um todo vêm
aumentando”;
(D) “98,5% nesta faixa etária estão na escola”;
(E) “Aqui também há disparidades regionais”. 
58 O segundo parágrafo do texto 5 aponta para a
necessidade de se aprimorar o ensino nas escolas públicas
porque: 
(A) elas são frequentadas pela maioria dos alunos
brasileiros; 
(B) a frequência escolar é maior nessas escolas; 
(C) poucos alunos dessas escolas chegam ao nível
superior;
(D) o nível de desistência nessas escolas é bem grande;
(E) os alunos dessas escolas pertencem à classe pobre. 
TEXTO 6 - Aumento brusco de 'desocupados' 
O aumento dos índices de desemprego se refletiu nos
resultados da PNAD já em 2014. O número de pessoas
desocupadas aumentou 9,3% de 2013 para 2014, afetando
um total de 7,3 milhões de brasileiros (o aumento equivale
a 617 mil pessoas a mais nesta condição). 
Isso ocorreu no país todo, e em especial no Sudeste, onde o
aumento foi de 15,8%. O IBGE classifica como
"desocupadas" pessoas que não estão empregadas, mas
estão buscando trabalho. 
A pesquisa indica dificuldades especialmente para jovens
de 18 a 24 anos e pessoas que estão buscando o primeiro
emprego, respectivamente 34,3% e 28,3% dos
desocupados. 
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_r
esult ados_pnad_jc_ab 
59 Observe o seguinte segmento do texto 6: “O aumento
dos índices de desemprego se refletiu nos resultados da
PNAD já em 2014. O número de pessoas desocupadas
aumentou 9,3% de 2013 para 2014, afetando um total de
7,3 milhões de brasileiros (o aumento equivale a 617 mil
pessoas a mais nesta condição)”. O comentário adequado
sobre os componentes desse segmento do texto 6 é: 
(A) o termo “já” no primeiro período do texto mostra a
inserção de uma crítica ao aumento do desemprego; 
(B) o pronome SE no primeiro período do texto indica que
esse período está na voz passiva; 
(C) a forma verbal de gerúndio “afetando” equivale
semanticamente a “onde afetou”;
(D) o termo “nesta condição” poderia ser substituído pela
forma mais adequada “nessa condição”;
(E) o trecho entre parênteses corresponde a uma correção
de um erro anterior do texto. 
60 “Isso ocorreu no país todo, e em especial no Sudeste,
onde o aumento foi de 15,8%. O IBGE classifica como
"desocupadas" pessoas que não estão empregadas, mas
estão buscando trabalho”. A afirmação correta sobre os
componentes desse segmento do texto 6 é: 
(A) o pronome “isso” se refere ao “aumento de 15,8%”; 
(B) o termo “no país todo” equivale a “em todo país”; 
(C) a locução “em especial” corresponde semanticamente a
“geralmente” ou “normalmente”;
(D) o trecho que aparece após “desocupadas” tem função
metalinguística;
(E) as duas ocorrências da forma verbal “estão” são
idênticas em termos classificatórios do verbo. 
TEXTO 7 - Trabalho infantil volta a subir 
Após sete quedas sucessivas de 2005 para cá, o número de
crianças trabalhando no país voltou a aumentar. Em 2014,
subiu para 554 mil o número de crianças nas idades entre 5
e 13 anos que trabalham, quase 50 mil a mais que em
2013. 
No Brasil, o trabalho até os 13 anos é ilegal. Setenta mil
dessas crianças têm de 5 a 9 anos, um aumento de 15,5%
em relação ao ano anterior. Em 2005, porém, o número de
crianças em situação de trabalho infantil era quase o triplo
do número atual, chegando a 1,6 milhão. 
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_r
esult ados_pnad_jc_ab 
61 Em relação ao trabalho infantil, a informação dada pelo
texto 7 é: 
(A) o aumento de crianças no trabalho foi considerado em
relação ao levantamento anterior; 
(B) o crescimento do trabalho infantil é considerado em
relação aos que são menores de idade; 
(C) o trabalho infantil aumentou progressivamente até
2005;
(D) o número de trabalhadores infantis voltou a ser o que
era em 2005;
(E) o trabalho infantil, apesar de ilegal, cresceu
ininterruptamente até hoje. 
TEXTO 8 - Computadores em casa têm primeira queda 
Depois de anos de aumento vertiginoso, o número de
residências com computador teve a primeira leve queda em
2014, de 49,5% para 49,2%. 
O índice ainda é impressionante quando se considera o
patamar de 2001 – quando 12,6% dos domicílios tinhamcomputadores. 
Mas a interrupção na tendência de crescimento é vista
como um reflexo do aumento de uso da internet no celular.
A posse de aparelhos de telefonia móvel segue em franca
ascensão: hoje, 136,6 milhões de brasileiros (ou 77,9% das
pessoas acima de 10 anos) têm telefone celular, um
crescimento de 4,9% em relação a 2013. 
Outro reflexo dessa expansão é a redução de telefones
fixos em casa. Entre 2001 e 2014, a proporção de
domicílios com linha fixa caiu 25,5 pontos percentuais. 
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_r
esult ados_pnad_jc_ab 
62 A queda do número de computadores em casa, segundo
o texto 8, se deve ao fato de que: 
(A) a internet tem melhor funcionamento nos telefones
celulares; 
(B) os computadores domésticos foram sendo substituídos
pelo uso da internet na telefonia móvel; 
(C) a diminuição dos telefones fixos em casa colabora para
a redução do uso da internet;
(D) o custo dos computadores domésticos é bem superior
ao dos telefones celulares;
(E) o próprio crescimento vertiginoso do número de
computadores domésticos leva a uma queda obrigatória
desse número. 
63 O segmento abaixo em que a função do pronome SE
difere das demais é: 
(A) “O índice ainda é impressionante quando se considera
o patamar de 2001” (Texto 8); 
(B) “O aumento dos índices de desemprego se refletiu nos
resultados da PNAD já em 2014” (Texto 6); 
(C) “Quando se avalia o nível de instrução da totalidade de
brasileiros acima de 25 anos” (Texto 5);
(D) “Os números também chamam atenção para a
necessidade de se aprimorar o ensino nas escolas públicas”
(Texto 5);
(E) “Quando se contempla a população como um todo”
(Texto 5). 
TEXTO 9 - Água e luz avançam, saneamento deixa a
desejar 
Do total de domicílios no país, 85,4% têm abastecimento
de água e 99,7% têm iluminação elétrica, mas apenas
63,5% têm rede coletora de esgoto, índice praticamente
igual ao de 2013 (63,4%). 
As piores médias estão no Norte (21,2%), no Nordeste
(41,1%) e no Centro-Oeste (46,5%). De um ano para o
outro, 1,2 milhão de casas passaram a contar com esgoto,
mas esse número não acompanha o aumento geral do
número de residências no país: de 2013 para 2014, o
número de domicílios brasileiros aumentou em 1,9 milhão,
passando a um total de 67 milhões. 
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_r
esult ados_pnad_jc_ab 
64 A concordância verbal que mostra um caso idêntico a
“Água e luz avançam” é: 
(A) “As piores médias estão no Norte (21,2%), no
Nordeste (41,1%) e no Centro-Oeste (46,5%)” (Texto 9); 
(B) “De um ano para o outro, 1,2 milhão de casas passaram
a contar com esgoto” (Texto 9); 
(C) “Norte e Nordeste registraram o menor tempo médio
na escola” (Texto 5);
(D) “o número de residências com computador teve a
primeira leve queda em 2014, de 49,5% para 49,2%”
(Texto 8);
(E) “o número de crianças em situação de trabalho infantil
era quase o triplo do número atual” (Texto 7).
TEXTO 10 - Desigualdade social continua em redução
gradual 
Os dois extremos da sociedade brasileira – os 10% mais
pobres e os 10% mais ricos em termos de renda mensal –
ganharam em média R$ 256 por mês, no grupo de menores
salários, contra R$ 7.154, na fatia de maiores ganhos, em
2014. 
O valor recebido pelo primeiro grupo representa apenas
1,4% de todos os rendimentos gerados por trabalho no
país, enquanto os 10% mais ricos concentraram 40,3% do
total de rendimento. 
A renda por gênero continua a apresentar grande
disparidade: no ano passado, as mulheres receberam em
média 74,5% dos salários dos homens – índice pouco
melhor que em 2013, quando essa proporção era de 73,5%.
De uma forma geral, porém, a desigualdade no país
continua apresentando uma melhora gradual – o índice de
Gini, que mede a distribuição de renda, continua sua
trajetória de queda, e passou de 0,495 para 0,490 (quanto
mais próximo de zero, melhor). 
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_r
esult ados_pnad_jc_ab 
65 Entre os títulos dados aos textos desta prova, aquele que
mostra um aspecto mais positivo é: 
(A) Desigualdade social continua em redução gradual; 
(B) Água e luz avançam, saneamento deixa a desejar; 
(C) Computadores em casa têm primeira queda;
(D) Aumento brusco de desocupados;
(E) Trabalho infantil volta a subir. 
66 Todos os títulos dados aos textos são exemplos de
manchetes jornalísticas; tal gênero textual só NÃO mostra
a seguinte marca linguística como dominante: 
(A) tendência para a síntese de conteúdos; 
(B) predominância de formas verbais no presente do
indicativo; 
(C) preferência por substantivos e verbos;
(D) ausência de vocábulos subjetivos;
(E) concessões à linguagem coloquial 
67 Entre os conectivos destacados abaixo, aquele que tem
seu valor semântico corretamente indicado é: 
(A) “O valor recebido pelo primeiro grupo representa
apenas 1,4% de todos os rendimentos gerados por trabalho
no país, enquanto os 10% mais ricos concentraram 40,3%
do total de rendimento” (Texto 10) / adversidade; 
(B) “De uma forma geral, porém, a desigualdade no país
continua apresentando uma melhora gradual” (Texto 10) /
explicação; 
(C) “Depois de anos de aumento vertiginoso, o número de
residências com computador teve a primeira leve queda”
(Texto 8) / lugar;
(D) “O IBGE classifica como "desocupadas" pessoas que
não estão empregadas” (Texto 6) / comparação;
(E) “A queda vem sendo quase constante de 2001 para cá,
embora tenha permanecido no mesmo patamar entre 2011
e 2013” (Texto 4) / concessão. 
TEXTO 11 
Entre as funções do técnico do IBGE, aparece a de
“Executar de acordo com instruções e/ou orientações, as
rotinas administrativas necessárias à manutenção da
Unidade de Trabalho, desde o recebimento, a organização,
a guarda e o encaminhamento de documentos institucionais
e de interessados, utilizando os recursos de informática
disponibilizados pela Instituição e os sistemas corporativos
e federais”. 
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_r
esul tados_pnad_jc_ab 
68 No texto 11 há uma série de termos que são
complementados por outros; o item abaixo que mostra um
complemento seguido do termo que o exige é: 
(A) de acordo com instruções / Executar; 
(B) à manutenção da Unidade de Trabalho / necessárias; 
(C) de informática / recursos;
(D) sistemas corporativos e federais / disponibilizados;
(E) institucionais / documentos. 
69 No texto 11, o gerúndio “utilizando” indica: 
(A) o meio de execução das rotinas administrativas; 
(B) o modo de utilizar os recursos de informática; 
(C) a finalidade da manutenção da Unidade de Trabalho;
(D) a localização espacial das instruções e orientações;
(E) as condições de utilização dos serviços de informática. 
70 A afirmativa correta sobre os componentes do trecho do
texto 11 “...desde o recebimento, a organização, a guarda e
o encaminhamento de documentos institucionais e de
interessados”, é: 
(A) o segmento “o recebimento, a organização, a guarda e
o encaminhamento de documentos” apresenta o problema
de não estar construído em paralelismo; 
(B) o termo “de documentos institucionais” complementa
todos os termos anteriores: recebimento, organização,
guarda e encaminhamento; 
(C) o termo “recebimento” é o único ligado ao conector
anterior “desde”;
(D) o termo “de interessados” se liga ao termo anterior
“institucionais”;
(E) o termo “e o encaminhamento” tem valor de adição
enquanto “e de interessados” tem valor de alternância. 
Fundação Cesgranrio
Concurso ANP 2016 Técnico Administrativo
Texto I
Banhos de mar
Meu pai acreditava que todos os anos se devia
fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz
quantonaquelas temporadas de banhos em Olinda,
Recife.
5 Meu pai também acreditava que o banho de mar
salutar era o tomado antes de o sol nascer. Como explicar
o que eu sentia de presente prodigioso em sair
de casa de madrugada e pegar o bonde vazio que
nos levaria para Olinda ainda na escuridão?
10 De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha
acordado, em expectativa. E de puro alvoroço, eu
acordava às quatro e pouco da madrugada e despertava
o resto da família. Nós nos vestíamos depressa
e saíamos em jejum. Porque meu pai acreditava que
15 assim devia ser: em jejum.
Saímos para uma rua toda escura, recebendo
a brisa da pré-madrugada. E esperávamos o bonde.
Até que lá de longe ouvíamos o seu barulho se 
aproximando.
Eu me sentava bem na ponta do banco, e
20 minha felicidade começava. Atravessar a cidade escura
me dava algo que jamais tive de novo. No bonde
mesmo o tempo começava a clarear, e uma luz
trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o
mundo.
25 Eu olhava tudo: as poucas pessoas na rua, a
passagem pelo campo com os bichos-de-pé: “Olhe,
um porco de verdade!” gritei uma vez, e a frase de
deslumbramento ficou sendo uma das brincadeiras
da minha família, que de vez em quando me dizia
30 rindo: “Olhe, um porco de verdade.”
Eu não sei da infância alheia. Mas essa viagem
diária me tornava uma criança completa de alegria. E
me serviu como promessa de felicidade para o futuro.
Minha capacidade de ser feliz se revelava. Eu me
35 agarrava, dentro de uma infância muito infeliz, a essa
ilha encantada que era a viagem diária.
LISPECTOR, C. A Descoberta do Mundo. São Paulo: 
Rocco,
1999, p. 175. Adaptado.
71 A leitura atenta do Texto I permite sustentar que a
narradora 
(A) pertencia a uma família que era possuidora de uma
casa em Olinda, Recife. 
(B) tinha uma alegria enorme quando chegavam as
temporadas de banho de mar com a família. 
(C) sofria com uma infância infeliz e só se alegrava
quando via um porco de verdade.
(D) levantava mais cedo do que toda a família para tomar
café e ir logo para a praia.
(E) ficava assustada com o pouco movimento das ruas
quase desertas. 
72 No Texto I, a narradora diz que “uma luz trêmula de sol
escondido nos banhava e banhava o mundo” (l. 22-24).
Essa imagem apresenta indícios de que 
(A) o sol estava encoberto, talvez por nuvens, talvez por
folhagens. 
(B) uma inversão entre o sol e sua luz justifica essa visão
subjetiva. 
(C) a luz parecia reproduzir as mesmas emoções da
menina.
(D) o dia amanhecia mais tarde do que o costumeiro.
(E) os banhos de mar aconteciam em qualquer lugar. 
73 Que fragmento do Texto I comprova a valorização
especial que a narradora dava a esse momento de sua
infância? 
(A) “Meu pai também acreditava que o banho de mar
salutar era o tomado antes de o sol nascer” (l. 5-6) 
(B) “Nós nos vestíamos depressa e saíamos em jejum” (l.
13-14) 
(C) “No bonde mesmo o tempo começava a clarear” (l. 21-
22)
(D) “a frase de deslumbramento ficou sendo uma das
brincadeiras da minha família” (l. 27-29)
(E) “Eu me agarrava [...] a essa ilha encantada que era a
viagem diária” (l. 34-36) 
74 No início do último parágrafo do Texto I, a narradora
usa a palavra alheia (“Eu não sei da infância alheia” - l.
31), que poderia ser substituída, sem alterar o sentido
original, pela seguinte expressão sinônima: 
(A) das ruas 
(B) mais carente 
(C) já crescida
(D) dos outros
(E) menos atenta 
75 Do trecho do Texto I “Meu pai acreditava que todos os
anos se devia fazer uma cura de banhos de mar” (l. 1-2), a
única reescritura que emprega adequadamente os sinais de
pontuação e não altera seu sentido original é: 
(A) Meu pai acreditava que, todos os anos, se devia fazer
uma cura de banhos de mar. 
(B) Meu pai acreditava, que todos os anos se devia fazer
uma cura de banhos de mar. 
(C) Meu pai acreditava que todos os anos, se devia fazer
uma cura de banhos de mar.
(D) Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer,
uma cura de banhos de mar.
(E) Meu pai, acreditava que todos os anos se devia fazer
uma cura de banhos de mar.
76 No trecho do Texto I “Como explicar o que eu sentia de
presente prodigioso em sair de casa de madrugada e pegar
o bonde vazio que nos levaria para Olinda ainda na
escuridão?” (l. 6-9), são palavras de classes gramaticais
diferentes 
(A) em e que 
(B) sair e pegar 
(C) como e ainda
(D) prodigioso e vazio
(E) presente e madrugada 
77 Considere-se a seguinte passagem do Texto I, que está
construída na voz ativa e tem verbo transitivo: “Eu olhava
tudo” (l. 25) O mesmo tipo de construção ocorre em: 
(A) O apelido de Clarice Lispector era Flor-de-Lis. 
(B) Clarice virou cidadã brasileira no ano de 1943. 
(C) Clarice é uma das escritoras mais importantes de nossa
literatura.
(D) O prêmio literário Jabuti foi duas vezes concedido a
Clarice Lispector.
(E) Os editores da época recusaram os textos muito
reflexivos de Clarice. 
78 Considere-se esta passagem do Texto I: “Mas essa
viagem diária me tornava uma criança completa de
alegria.” (l. 31-32) Há um desvio de concordância na
seguinte reescritura desse trecho do Texto I: 
(A) Mas essas viagens diárias enchiam de alegria aquela
criança. 
(B) Como me tornava uma criança completa de alegria
essa viagem diária! 
(C) Mas essas viagens diárias me tornavam uma criança
completa de alegria.
(D) Essa viagem diária me tornava uma criança, completo
de alegria.
(E) Eu me tornava uma criança completa de alegria por
causa dessa viagem diária. 
79 Segundo manuais como o Manual de Redação da
Presidência da República, avisos, ofícios e memorandos
expedidos pelo órgão público devem conter oito partes.
Constitui parte dispensável desses três tipos de expediente
o(s) seguinte(s) dado(s): 
(A) tipo de expediente, complementado pela identificação
de quem o expede. 
(B) local e data em que foi expedido. 
(C) identificação do signatário por intermédio de RG e
CPF.
(D) assunto, com a indicação do teor do documento.
(E) nome do destinatário.
80 O emprego dos verbos destacados no trecho “‘Eu me
sentava bem na ponta do banco, e minha felicidade
começava.” (l. 19-20) mostra as lembranças da narradora
sobre um fato que ocorreu com ela repetidas vezes no
passado. 
Se, respeitando-se o contexto original, a frase mostrasse
um fato que ocorreu com ela uma única vez no passado, os
verbos adequados seriam os que se destacam em: 
(A) Eu me sentaria bem na ponta do banco, e minha
felicidade começaria. 
(B) Eu me sentei bem na ponta do banco, e minha
felicidade começou. 
(C) Se eu me sentasse bem na ponta do banco, minha
felicidade começaria.
(D) Eu me sento bem na ponta do banco para que minha
felicidade comece.
(E) Eu ficava sentada bem na ponta do banco, e minha
felicidade estava começando. 
Texto II
Festival reúne caravelas em barcos
Dizem que o passado não volta, mas a cada
cinco anos boa parte da história marítima da Europa
se reúne para navegar junto entre o Mar do Norte
e o canal de Amsterdã. Caravelas e barcos a vapor
5 do século passado se juntam a veleiros e lanchas
contemporâneas que vêm de vários países para um
dos maiores encontros náuticos gratuitos do mundo.
Durante o Amsterdam Sail, entre os dias 19 e 23 de
agosto, cerca de 600 embarcações celebram a arte
10 de deslizar sobre as águas.
Desde 1975 o grande encontro aquático junta
apaixonados pelo mar e curiosos às margens dos canais
para ver barcos históricos e gente fazendo festa
ao longo de cinco dias – na última edição, o público
15 estimado foi de 1,7milhão de pessoas. Há aulas de
vela e de remo para adultos e crianças, além de atrações
musicais. [...]
Você pode até achar que é coisa de criança, mas
o jogo emque cada um leva o próprio balde e simula
20 as tarefas a bordo de um navio é instrutivo e divertido
para todas as idades.
MORTARA, F. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 4
ago. 2015,
Caderno D, p. 10. Adaptado.
81 Considere o parágrafo final do Texto II: “Você pode até
achar que é coisa de criança, mas o jogo em que cada um
leva o próprio balde e simula as tarefas a bordo de um
navio é instrutivo e divertido para todas as idades.” (l. 18-
21) 
Se essa frase, mantendo-se o sentido original, for
construída substituindo-se a conjunção mas por uma forma
equivalente subordinativa, o resultado adequado será: 
(A) Você pode até achar que é coisa de criança, porém o
jogo em que cada um leva o próprio balde e simula as
tarefas a bordo de um navio é instrutivo e divertido para
todas as idades. 
(B) Embora você possa até achar que é coisa de criança, o
jogo em que cada um leva o próprio balde e simula as
tarefas a bordo de um navio é instrutivo e divertido para
todas as idades. 
(C) Talvez você até ache que é coisa de criança, pois o
jogo em que cada um leva o próprio balde e simula as
tarefas a bordo de um navio é instrutivo e divertido para
todas as idades.
(D) Admitamos que você até ache que é coisa de criança o
jogo em que cada um leva o próprio balde e simula as
tarefas a bordo de um navio, algo instrutivo e divertido
para todas as idades.
(E) Caso até você ache que é coisa de criança o jogo em
que cada um leva o próprio balde e simula as tarefas a
bordo de um navio, garanto ser instrutivo e divertido para
todas as idades. 
82 Comparando-se o conteúdo e a tipologia do Texto I e do
Texto II, tem-se que 
(A) há uma conexão temática entre os dois textos, já que
ambos fazem menção ao mar. 
(B) ambos combinam o domínio literário com o domínio
jornalístico. 
(C) predomina no Texto I a informatividade e no Texto II a
narratividade.
(D) é natural haver bondes e canais em textos que
enaltecem as belezas do mar.
(E) a infância é o tempo mais adequado para conhecer
embarcações e tomar banhos de mar. 
83 Assim como nas locuções a vapor (l. 4) e a bordo (l.
20), do Texto II, também não há acento indicativo de crase
no seguinte texto de uma mensagem que está
contextualizada entre parênteses: 
(A) Angu a baiana (cardápio de restaurante) 
(B) Peixe a moda da casa (cardápio de restaurante) 
(C) Sujeito a guincho (mensagem aos motoristas)
(D) Obras a frente (mensagem aos motoristas)
(E) Bem-vindo a Bahia (mensagem aos motoristas) 
84 Assim como apaixonados (Texto II, l. 12), também se
escreve corretamente com x o substantivo 
(A) pixação 
(B) xicote 
(C) bruxa
(D) deboxe
(E) flexa 
85 Das palavras acentuadas (todas retiradas do Texto II)
reúne, países, águas, última e vêm, as duas que recebem
acento por seguirem a mesma norma ortográfica são: 
(A) águas e vêm 
(B) última e vêm 
(C) reúne e águas
(D) reúne e países
(E) países e última
ESAF
 Concurso ANAC 2016 Técnico Administrativo
Leia o texto a seguir para responder às questões 86 e 87.
A pequena cidade de Angicos, que tem um pouco
mais de 10 mil habitantes e dista 170 quilômetros de
Natal, no Rio Grande do Norte, passou por momentos
de desespero durante a noite de ontem: os moradores
5 confundiram um drone com um disco voador.
Como a maioria dos leitores já sabe, um drone
é um quadricóptero utilizado tanto para diversão como
para filmagens ou fotografias panorâmicas. Muitos
deles, como o citado no caso, possuem luzes coloridas
10 nas extremidades — e isso pode acabar assustando
pessoas que não estão acostumadas com esse tipo
de tecnologia.
Vários moradores compartilharam mensagens
de áudio no WhatsApp para avisar amigos sobre o
15 "OVNI": "Ninguém sai de casa não (...) Eu estou vendo
um objeto no céu, bem grande, enorme, cheio de luz e
se aproximando daqui. Eu acho que é um disco voador.
Corre que ele está vindo aqui!"
Após um tempo, a rádio local alertou que, na
20 verdade, o objeto não identificado era um drone que
estava capturando imagens da região.
<http://www.tecmundo.com.br/polemica/88107-panico-
cidadebrasil-
confunde-drone-disco-voador.htm> Acesso em:
03/01/2016 (com adaptações).
86- Essa notícia, no plano mais profundo de compreensão,
trata 
a) da demora na compreensão de novas tecnologias em
certas comunidades. 
b) da atração que têm as pessoas em geral por discos
voadores. 
c) do papel das redes sociais na comunicação imediata
entre as pessoas.
d) da função esclarecedora das rádios nas pequenas
localidades.
e) do malefício que podem causar os drones com luzes
coloridas. 
87- Assinale a opção que, ao substituir o trecho transcrito,
altera seu sentido original. 
a) “A pequena cidade de Angicos, que tem um pouco mais
de 10 mil habitantes” (l. 1/2) por A cidadezinha de
Angicos, habitada por cerca de 10 mil pessoas 
b) “passou por momentos de desespero durante a noite de
ontem” (l. 3/4) por teve, na noite de ontem, instantes de
aflição 
c) “e isso pode acabar assustando pessoas que não estão
acostumadas com esse tipo de tecnologia.” (l. 10/11) por o
que pode vir a amedrontar quem desconhece artefatos
tecnológicos desse tipo.
d) “Vários moradores compartilharam mensagens de áudio
no WhatsApp para avisar amigos sobre o "OVNI" (l.
13/14) por Muitas pessoas chamavam seus amigos para
compartilhar imagens do “OVNI” no WhatsApp
e) “Após um tempo, a rádio local alertou que, na verdade,
o objeto não identificado era um drone” (l. 19/20) por
Mais tarde, a rádio da cidade esclareceu ser o objeto
não identificado, na verdade, um drone. 
88- Os dois trechos que seguem foram extraídos de uma
reportagem sobre drones, publicada em 2013. Leia-os e
assinale a comparação correta. 
Texto 1 
Um trabalho realizado por drones é o levantamento
aéreo de terrenos, para cartografia, geografia e topografia,
bem como serviços de filmagem para engenharia,
mineração e indústria cinematográfica. Governos fazem
uso da novidade principalmente na área de prevenção de
desastres. 
Texto 2 
Os Estados Unidos perceberam o potencial militar e
passaram a usar drones para atacar alvos suspeitos de
terrorismo no Afeganistão, Paquistão, Iêmen, Somália,
além de monitorar outros países. A eficácia das missões é
contestada por organizações de direitos humanos, que
apontam um grande número de inocentes entre as vítimas.
Críticos falam em "assassinatos sem julgamento", "guerra
suja" e "violação das leis internacionais". 
a) O texto 1 afirma que os drones são úteis aos governos; o
texto 2 afirma que são benéficos à humanidade. 
b) O texto 1 trata do emprego civil dos drones; o texto 2
trata do uso militar dos drones. 
c) Em ambos os textos, as afirmações são favoráveis ao
uso de drones, sem qualquer restrição.
d) O texto 1 exemplifica trabalhos realizados por drones; o
texto 2 traz uma definição de drones.
e) As declarações contidas nos dois textos aprovam as
novidades tecnológicas, a despeito de seu uso pelos
governos ou indivíduos. 
Leia o depoimento a seguir para responder às questões 89 e
90. 
Há quase dois anos fui empossado técnico
administrativo na ANAC de São Paulo e estou muito
satisfeito de trabalhar lá. Nesse tempo já fui nomeado
para outros dois cargos na administração pública,
5 porém preferi ficar onde estou por diversos motivos,
profissionais e pessoais. Sinceramente, sou partidário
do “não se mexe em time que está ganhando”.
Trabalho na área administrativa junto com
outros técnicos e analistas, além de ser gestor
10 substituto do setor de transportes da ANAC/SP.
Tenho de analisar documentação, preparar processos
solicitando pagamentos mensais para empresas por
serviços prestados, verificar se os termos do contrato
estão sendo cumpridos, resolver alguns “pepinos” que
15 sempre aparecem ao longo do mês,além, é claro, de
efetuar trabalhos eventuais que surgem conforme a
demanda.
<http://wordpress.concurseirosolitario.com.br/o-
cotidiano-de-umservidor-
publico> Acesso em: 17/12/2015 (com adaptações).
89- Assinale a substituição proposta que causa erro de
morfossintaxe no texto. 
 substituir: por: 
a) (l. 1) Há A 
b) (l. 3) Nesse tempo Durante esse tempo 
c) (l. 8) junto juntamente
d) (l. 11) Tenho de Tenho que
e) (l. 15) ao longo do mês no decorrer do mês 
90- Assinale a opção em que a pontuação permanece
correta, apesar de ter sido modificada. 
a) (l. 1/2) Há quase dois anos, fui empossado técnico
administrativo (...) 
b) (l. 2/3) (...) na ANAC, de São Paulo e estou muito
satisfeito de trabalhar lá. 
c) (l. 4/5) (...) na administração pública, porém; preferi,
ficar onde estou (…)
d) (l. 6/7) Sinceramente sou partidário, do “não se mexe,
em time que está ganhando”.
e) (l. 8/9/10) Trabalho na área administrativa, junto com
outros técnicos e analistas, além de ser, gestor substituto
(…) 
91- A charge é construída com base 
a) no medo da aterrizagem que têm as pessoas no momento
do pouso. 
b) na exagerada religiosidade demonstrada por alguns
comissários de bordo. 
c) na aterrizagem sempre tida como perigosa no aeroporto
de Congonhas.
d) nos passageiros que costumam viajar com terço e
crucifixo nas mãos.
e) nos pousos em São Paulo em dias de tempestade com
ventos fortes. 
Leia o texto a seguir para responder às questões de 92 a
95.
Se você é um passageiro frequente, certamente
já passou por uma turbulência. A pior da minha vida
foi no meio do nada, sobrevoando o Atlântico, e durou
uma boa hora. Já que estou aqui escrevendo esse
5 artigo, sobrevivi.
A turbulência significa que o avião vai cair? Ok,
sabemos que não. Apesar de também sabermos que o
avião é a forma mais segura de viagem, não é tão fácil
lembrar disso em meio a uma turbulência. Então, não
10 custa lembrar que, mesmo quando o ar está "violento",
é impossível que ele "arremesse" o avião para o chão.
<http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2015/07/
turbulencia-dos-avioes-e-perigosa.html> Acesso em: 15/12/2015
(com adaptações).
92- Assinale a opção em que o primeiro período do texto
foi reescrito com correção gramatical. 
a) Na hipótese de você for um passageiro frequente, já
tinha passado por uma turbulência, com certeza. 
b) Certamente, já deverá ter passado por uma turbulência,
se você fosse um passageiro frequente. 
c) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já
aconteceu de passar por uma turbulência.
d) Com certeza, se você foi um passageiro frequente, já
tivesse passado por uma turbulência.
e) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com
certeza, ter passado por uma turbulência. 
93- A expressão sublinhada em “Já que estou escrevendo
esse artigo, sobrevivi” tem sentido de 
a) conformidade. 
b) conclusão. 
c) causa.
d) dedução.
e) condição. 
94- Sobre as vírgulas e as aspas empregadas no texto é
correto afirmar que 
a) a primeira vírgula separa duas orações coordenadas. 
b) a vírgula antes do “e” (l. 3) ocorre porque o verbo da
oração “e durou uma boa hora” é diferente do verbo da
oração anterior. 
c) a vírgula antes de “sobrevivi” (l. 5) marca a diferença
entre os tempos verbais de “estou escrevendo” e
“sobrevivi”.
d) a vírgula que ocorre depois do “que” (l. 10) e a que
ocorre depois de “violento” (l.10) estão isolando oração
intercalada.
e) as aspas nas palavras “violento” (l.10) e “arremesse”
(l.11) se justificam porque tais palavras pertencem ao
vocabulário técnico da aviação. 
95- A frase sublinhada em “Apesar de também sabermos
que o avião é a forma mais segura de viagem, não é tão
fácil lembrar disso em meio a uma turbulência” mantém
tanto seu sentido original quanto sua correção gramatical
na alternativa: 
a) Embora também sabemos … 
b) Dado também saibamos … 
c) Pelo motivo o qual também sabemos …
d) Em virtude de também sabermos …
e) Conquanto saibamos … 
96- Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão fora
de ordem. Ordene-os nos parênteses e assinale a opção que
traz a sequência correta, de modo que se obtenha um texto
com coesão e progressão coerente de ideias. 
( ) Até o ano 2000, 90% da receita da Embraer vinha do
mercado de aeronaves comerciais. Naquele ano, no
entanto, a empresa passou a diversificar sua produção. 
( ) A Embraer deve seu sucesso, primeiro, ao fato de nunca
ter abandonado o padrão de excelência que lhe deu origem.
( ) O resultado foi que, em pouco mais de uma década, as
linhas Legacy, Phenom e Lineage venderam mais de 700
jatos executivos. 
( ) No campo estratégico, a partir da privatização, em 1994,
adotou princípios fundamentais: a diversificação de
produtos e clientes, o estabelecimento de parcerias
internacionais e a alocação contínua de investimentos
pesados. 
( ) A Embraer é, ainda hoje, a empresa privada que mais
atrai estudantes do ITA, e só em cursos de treinamento e
aprimoramento de seus profissionais investe 9 milhões de
reais por ano. 
Baseado em Pieter Zalis e Bela Megale, “Made in Brazil”,
Veja, 11/06/2014, p. 68/69. 
a) 4, 1, 5, 3, 2 
b) 1, 2, 3, 4, 5 
c) 1, 3, 4, 2, 5
d) 5, 4, 2, 3, 1
e) 4, 3, 1, 5, 2 
97- Em relação às regras de acentuação, assinale a opção
correta.
Por que é preciso passar pelo equipamento de raios X?
Sao normas internacionais de segurança. É proibido
portar objetos cortantes ou perfurantes. Se você se
esqueceu de despachá-los, esses itens terao de ser
5 descartados no momento da inspeçao.
Como devo proceder na hora de passar pelo
equipamento detector de metais?
A inspeçao dos passageiros por detector de metais e
obrigatoria. O passageiro que, por motivo justificado,
10 nao puder ser inspecionado por meio de equipamento
detector de metal deverá submeter-se à busca pessoal.
As mulheres grávidas podem solicitar a inspeçao por
meio de detector manual de metais ou por meio de
busca pessoal.
<http://www.infraero.gov.br/images/stories/guia/2014/
guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso em: 4/1/2016 (com
adaptações).
a) Acentua-se o verbo “é” (l.1), quando átono, para
diferenciá-lo da conjunção “e”. 
b) “Você” (l. 3) é palavra acentuada por ser paroxítona
terminada na vogal “e” fechada. 
c) “Despachá-los” (l.4) se acentua pelo mesmo motivo de
“deverá” (l.11).
d) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” (l.11) em
razão do emprego de locução com substantivo no
feminino.
e) O acento agudo em “grávidas” (l.12) se deve por se
tratar de palavra paroxítona terminada em ditongo. 
98- Assinale o trecho inteiramente correto quanto às regras
de concordância e regência da modalidade escrita formal
da língua portuguesa. 
a) Os preços nos mercados aereos sao, em geral, mais
vulneráveis à variáveis macroeconômicas, como taxa de
câmbio, do que à mudanças na composiçao da estrutura de
mercado, como o numero de incumbentes, por exemplo. 
b) Reformas regulatorias que visem arrefecer a competiçao
em periodos de crise econômica devem estar atentas para a
eficácia dessas medidas, e nao para os mecanismos
regulatórios criados. 
c) Entender a formaçao de preços para promover ao devido
acompanhamento econômico e um dos papeis de grande
importância ao qual cabem à autoridade regulatoria.
d) Essa atitude e tambem fundamental no planejamento do
setor, como no caso dos estudos de demanda por
aeroportos, por exemplo, que atualmente nao pode
prescindirem da variável preço.
e) Sugerem-se de que estudos das práticas de precificaçao
faça parte da rotina do acompanhamento regulatorio. 
Trechos adaptados de “Estudo dos determinantes

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