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26/07/2017 1 Transformação dos carboidratos por ação do calor Caramelização: aquecimento de carboidratos em particular a sacarose na ausência de compostos nitrogenados. Termólise: desidratação dos açucares com introdução de duplas ligações e formação de anéis insaturados. Cromoforo=cor Cromóforo Coloração do pigmento do processo de caramelização: • Caramelo de cor parda: quando se aquece solução de sacarose com bissulfito de amônio: Utilização: bebidas tipo cola, outras bebidas ácidas, as soluções são ácidas (2- 4,5) com partículas coloidais negativas • Caramelo avermelhado: aquecimento de glicose com sais de amônio. pH (4,0-4,8), contém partículas coloidais com cargas positivas. Utilizados em produtos de confeitaria; • Caramelo pardo-avermelhado: obtido pelo aquecimento de açucares sem sais de amônio, possui partículas coloidais negativas, pH (3-4). Uso: cor do malte na cerveja e bebidas alcoolic Escurecimento não-enzimático Também conhecida como reação de Maillard. Os açucares redutores podem reagir com proteínas e produzir pigmentos de cor pardo escura e modificações no odor e sabor dos alimentos que são desejáveis em assados, carnes ou frituras e indesejáveis no armazenamento dos alimentos. • O nome serve para diferenciar do processo rápido de escurecimento que ocorre em certos vegetais e frutas, resultado da catalise da polifenol-oxidase em contato com oxigênio e substrato fenólico. • o escurecimento não enzimático é acelerado pelo calor e esta presente em operações como desidratação, pasteurização, esterilização e cocção. 26/07/2017 2 Desenvolvimento da Reação Os substratos são compostos com grupos carbonila, em fundamental açucares redutores (glicose), além de aminoácidos constituintes da proteína onde o grupamento amina livre reage com o grupo carbonila dos açucares Condensação de Maillard É a primeira reação que ocorre e consiste na condensação de um grupo carbonila livre com um grupo amina formando uma glicosilamina ou base de Schiff, que são compostos bastante instáveis em meio acido sofrendo rápida isomerização a aldosilaminas quando proveniente de uma aldose e cetosilaminas quando proveniente de uma cetose Condensação de Maillard As aldosilaminas (Amadori) sofrem reestruturação e transformam-se em cetosaminas o mesmo acontece com as cetosilaminas. Estes compostos são realtivamente estáveis e possuem bom rendimento da reação. Degradação das cetosaminas As cetosaminas se degradam por uma rede de reações complexas formando -dicarbonila insaturada e redutonas. • -dicarbonila insaturada: são potentes precursores de pigmentos; •Redutonas: através de reação com aminas secundárias podem formar polimeros que originam cetonas, aldeídos e ác voláteis que contribuem para aroma e sabor. Degradação de Strecker Ocorre quando a -dicarbonila reagem com -aminoácido produzindo sua degradação; ocorre em alimento em alta temperatura. • produtos formados: aldeidos com 1 carbono a menos que o aminoácido inicial, dióxido de carbono e compostos carbonila que poderão dar origem a compostos voláteis aromáticos. Degradação de Strecker • Pirazinas: dimetilpirazina, desejável aroma de batata chips; •Outras reações: aroma característico de chocolate, mel pão. •Em pH baixo (5,0) formam-se furfurano já em pH mais altos os compostos cíclicos polimerizam e produzem cor escura (presença N) 26/07/2017 3 Degradação de Strecker A cor não aparece na fase inicial, somente quando se aumenta o poder redutor, onde são formada as melanoidinas que são moléculas grandes insolúveis formadas por condensação. Pontos Favoráveis • Fornece cor e sabor agradável ao alimento aumentando sua palatabilidade; •Fornece cor característica de alimentos como frituras, assados casca de pão e chocolate Pontos Desfavoráveis • Implica num decréscimo do valor nutritivo do alimento, já que ocorre destruição de aminoácidos essenciais como a lisina; •A ausência de cor não garante o valor nutritivo, já que os aa reagem com os açucares no inicio do processo, antes que se desenvolvam cores; •Com a reação há perdas de ac ascórbico (vitC), vitamina K; •As reações de Maillard e Strecker quando muito intensas produzem sabores adversos e dão lugar a substâncias tóxicas (premelanoidinas) que podem contribuir para formação de nitrosaminas com caráter mutagênico. Pontos Desfavoráveis Fatores que Influenciam no Escurecimento Não-enzimático •Ph- valores inferiores a 6 diminui a velocidade das reações de escurecimento, pois o grupo amina esta carregado positivamente e a formação da glicosilamina é inibida; Fatores que Influenciam no Escurecimento Não-enzimático •Atividade de água: a velocidade de escurecimento e maior a medida que aumenta o conteúdo de água, com máximo em aw 0,6- 0,85. Os alimentos desidratado a nível de camada BET são mais estáveis; 26/07/2017 4 Fatores que Influenciam no Escurecimento Não-enzimático •Presença de íons metálicos: o cobre e o ferro favorecem o escurecimento; •Natureza do açúcar:os açucares redutores são os principais envolvidos na reação, sendo as pentoses mais ativas que as hexoses que são mais ativas que os dissac redutores. Fatores que Influenciam no Escurecimento Não-enzimático •Tipo de aminoácido: entre os alfa aminoácidos a glicina é a mais ativa. Quanto mais longa e complexa a estrutura mais se reduz a capacidade de reação e a participação no escurecimento. Fatores que Influenciam no Escurecimento Não-enzimático •Temperatura: não pode ser detido a baixas temp e acelera nas altas temperaturas. Pode-se minimizar os escurecimento não enzimático: -Controlando níveis de umidade; -Evitando temp. altas de armazenamento; -Baixando o pH; -Eliminado substratos reativos, normalmente açucares (ovos); -Incorporando agentes químicos, como dióxido de enxofre e sulfitos, que evitam o aparecimento de pigmentos pardos, mas não a queda do valor nutritivo Amido É um homopolissacarídeo neutro formado por 2 frações: •Amilose: unidades de glicose com ligações glicosídicas -1,4, formando unidade de maltose; •Amilopectina: unidades de glicose unidas em -1,4 com cadeias de glucose ligadas em - 1,6 formando maltose e isomaltose nas ramificações. Amilopectina 26/07/2017 5 Amilose Estrutura do Grânulo As moléculas de amilose e amilopectina estão agrupadas formando os grânulos de amido. As formas tamanho e zonas do amido permitem diferencia-los um dos outros, identificando quando existe produtos adulterados. Gelificação •O amido é praticamente insolúvel em água fria, podendo absorver 30% do peso com pequeno aumento do volume dos grãos. •Quando aquecido aumenta enormemente a quantidade de água absorvida e o volume dos grânulos aumenta, passando a ocupar todo espaço possível. Gelificação •Durante este processo parte da amilose poderá ter passado a solução. •Chega-se a um sistema onde toda a água estará ligada a cadeias de amilose e amilopectina ou presa nos espaços entre os grãos; •A viscosidade aumenta ao máximo junto com a transparência Gelificação •Tem-se um sistema sol viscoso de amido; •Se a temperatura for acima de 100°C a viscosidade do sistema pode diminuir pela destruição dos grânulos. •Ao abaixarmos a temp. o sistema passa para gel que será mais ou menos duro conforme a proporção e o tipo de amido. Fatores que Afetam a Gelificação •pH: influencia na molécula que facilmente hidrolisada em meio acido a hidrolise pode chegar a impedir a formação do gel; •Concentração de açucares: estes competem com o amido pela ligação com a agua enfraquecendo o gel em grandes concentrações 30% e melhorando o gel em valores baixos 5-10%. 26/07/2017 6 Retrogradação •Ao formar o gel as moléculas deamilose poderão se aproximar suficientemente pra se unirem, e formar zonas micelares cristalinas, denominado retrogradação, ou seja no grão forma-se novamente parte cristalizada junto com a destruída durante a formação do gel. Sinerese •Devido a diminuição de volume pela reconstituição da parte cristalina existe uma expulsão de água “sinérese” provocada pelo retrogradação do amido. •A retrogradação é irreversível, sendo mais rápida em temperaturas perto de 0°C Pectinas É um polissacarídeo de parede celular de vegetais; Com o envelhecimento do vegetal a pectina é enzimaticamente degradada com perda da rigidez do material. A pectina liberada é formada por cadeias lineares de ácido D- galacturônico unidos em -1,4. Pectinas Existem basicamente dois tipos de pectinas: •Pectina ATM: possui alto número de grupos carboxílicos metilados, são formados por ácidos pectínicos, formam géis. •Pectina BTM: possui baixo numero de grupos carboxilicos metilados, é formado pelo ácido péctico, não geleificam. Mecanismos de Gelificação ATM •A solução coloidal de pectina contem micelas altamente hidratadas com cargas negativa devido aos grupamentos COO-; •Para se passar de sol para gel deve-se aproximar as micelas e eliminar suas cargas abaixando- se o pH; •Opção: retirar parcialmente a água de hidratação. O teor de açúcar necessário para se obter o efeito desidratante necessário é de aproximadamente 60-70% do peso total da geléia. A atividade de água na geléia é suficientemente baixa para inibir o crescimento de grande numero de microrganismos. Mecanismos de Gelificação ATM 26/07/2017 7 Mecanismos de Gelificação BTM Quando a pectina possui 50% ou menos dos seus grupos carboxílicos esterificados a geleificação é provocada pela formação de ligações entre íons carboxílicos e íons bivalentes principalmente cálcio que ficarão ligados covalentemente com grupos OH, assim o metal atua como ligante entre as moléculas de pectina, sem uso de açúcar. Mecanismos de Gelificação BTM Nos alimentos usa-se somente o calcio que é adicionado na proporção de 0,1-0,5% do peso do gel. Um excesso de cálcio prova precipitação de pectato de cálcio. Açúcar em pequena quantidade melhora a textura e um pH muito baixo dificulta a formação do gel; Generalidades •A pectina BTM e preparada através da ATM por hidrolise. É utilizada para fabricação de produtos dietéticos. •Normalmente se utiliza valores de 1% de pectina para peso do gel •É utilizada para estabilização de bebidas, elaboração de sorvete;
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