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Aula 2 1 Navio

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TECNOLOGIA MARÍTIMA
Estrutura do Navio
2
Estrutura do Navio
Principais definições
Não havendo uma regra perfeitamente
definida, a designação de “navio” aplica-
se, em geral, às embarcações que
possuem dimensões consideráveis
O termo “embarcação” possui um
carácter mais genérico e abrange as
pequenas e as grandes construções
3
Estrutura do Navio
Principais definições de um navio
1. Proa
2. Bolbo
3. Âncora
4. Casco
5. Hélice
6. Popa
7. Chaminé
8. Ponte
9. Convés
4
Estrutura do Navio
Tipos de navios
Os navios mercantes, relativamente à 
natureza do transporte que efetuam, 
classificam-se em:
Navio de passageiros e Ro-Ro de 
passageiros 
Navios de carga - Carga geral e específica 
Navios mistos - Carga e passageiros
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM 5
Estrutura do Navio
Navio Funchal
6
Estrutura do Navio
Navio de transporte de passageiros
Navio de cruzeiro “Oasis of the Seas”
7
Estrutura do Navio
Navio Ro-Ro de transporte de 
passageiros e automóveis
Esquema do navio em corte
8
Estrutura do Navio
Navio de transporte de passageiros do 
tipo “HIDROFOIL”
9
Estrutura do Navio
Navios mercantes de carga
Cargueiros: transportam carga geral a 
granel e carga frigorífica 
Porta-contentores: transportam apenas 
carga contentorizada 
Porta-contentores flutuantes: Contentores 
flutuantes, que carregam em 
fundeadouros, pelo que dispensam os cais 
de atracação
10
Estrutura do Navio
Navio de carga geral
São chamados navios “breakbulk”e podem 
transportar os mais diversos tipos de 
carga, embaladas ou não, podendo ser 
paletizada, de carga seca e cargas 
frigoríficas
Estão a tornar-se obsoletos e a ser 
substituídos por navios porta-contentores 
e roll-on-roll-off (ro-ro)
Operam ainda para alguns portos de África
11
Estrutura do Navio
Navio de carga geral
Aspecto de um navio de carga geral
12
Estrutura do Navio
Navio porta-contentores
São navios que transportam 
exclusivamente mercadorias unitizadas em 
contentores. Os espaços destinados para 
os contentores designam-se por baias
São construídos para a colocação de 
contentores de 20 e 40 pés, onde as baias 
são numeradas
Alguns desses navios dispõem de gruas ou 
guindastes especiais
13
Estrutura do Navio
Navio porta-contentores
Esquema típico de um porta-contentores
14
Estrutura do Navio
Navio porta-contentores
“Megacarrier” Edith Maersk (2007)
Comprimento: 
397 m 
Boca: 56 m 
Calado: 15.5 m 
Desloc.: 156900 
tdw
Capacidade: 
15770 content.
Potência: 80 Mw 
Veloc. : 25.5 nós
15
16
Maersk classe Triple E
+ de 18 mil containers
17
Estrutura do Navio
Navios mercantes de carga
Roll-On Roll-Off – São navios em que a 
carga entra e sai dos porões, geralmente 
sobre rodas (automóveis, autocarros, 
camiões) ou sobre veículos (atrelados, 
etc.) 
Graneleiros – Carga a granel sólida: 
carvão, minério, cereais, cimento, etc.
Navios-tanque – Carga a granel líquida 
geral (combustíveis) ou específica: vinho, 
água, óleos alimentares, melaço, etc.
18
Estrutura do Navio
Navio Roll-On-Roll-Off
Caracterizam-se pela grande altura do 
costado e pela rampa na parte de ré do 
navio
Carga rolante: veículos ligeiros e pesados 
com motor, que entram e saem do navio 
pelos seus próprios meios, pelas rampas e 
portas situadas a vante, a ré, ou nos 
bordos
Não utilizam guindastes
Possuem vários “decks”
Não têm porões
19
Estrutura do Navio
Navio Roll-On-Roll-Off
20
Estrutura do Navio
Navio graneleiro
São designados por graneleiros ou “bulk 
vessels”, os navios destinados ao 
transporte de grandes quantidades de 
carga a granel
Transportam carga a granel, ou seja, 
milho, trigo, soja, minério de ferro, etc.
Características: Baixo custo operacional, 
longo convés principal com porões
 Operam com velocidade reduzida (12 a 
14 nós)
21
Estrutura do Navio
Navio graneleiro (Bulk carrier)
Estrutura do Navio
Navio do tipo O/O (Ore/Oil) – minério/ 
petróleo
São os navios de carga combinada, ou 
seja, transportam minério e petróleo
Alguns navios possuem porões e tanques 
separados 
Outros navios possuem tanques de 
produto convertíveis para minério após 
efectuarem-se as respectivas limpezas
22
Estrutura do Navio
Navio do tipo O/O (Ore/Oil) – minério/ 
petróleo
23
Configuração 
dos tanques 
de carga
Estrutura do Navio
Aspecto típico de um navio do tipo 
O/B/O
24
25
Estrutura do Navio
Navios-tanque
Navios-tanque petroleiros – Carga a 
granel líquida: crude e seus derivados
Navios-tanque químicos – Carga a granel 
líquida: ácido sulfúrico, acetona, etc. 
Navios-tanque de transporte de gases 
liquefeitos (LPG / LNG) – Carga a granel 
liquefeita: gás natural, butano, propano e 
metano
Estrutura do Navio
Navios para transporte de petróleo 
São geralmente navios de grandes 
dimensões 
Os maiores petroleiros do mundo são 
destinados ao transporte de petróleo bruto 
Alguns deles chegaram a ultrapassar as 
500.000 toneladas de porte 
Fazem o abastecimento das grandes 
refinarias a partir dos campos petrolíferos
26
Estrutura do Navio
Principais características dos navios-
tanque
Construção com duplo fundo e casco duplo
(nos navios novos)
Tanques de lastro segregado (tanques só
para lastro)
Casa das bombas independente
Tanques de aço normal, geralmente não 
pintados para produtos pretos, e pintados 
para produtos brancos
27
Estrutura do Navio
Estrutura de um navio-tanque 
petroleiro (produtos pretos)
28
Estrutura do Navio
Navios para transporte de petróleo
A sua estrutura para carga, no casco em 
aço, é constituída por tanques paralelipi-
pédicos em três grupos distintos:
tanques centrais 
tanques laterais a bombordo 
tanques laterais a estibordo 
Antigamente, o seu casco era construído 
sem duplo fundo na estrutura da carga e 
sem forro interior
29
Estrutura do Navio
Navios para transporte de petróleo
Actualmente, devido à ocorrência de 
alguns acidentes graves (Erika, Prestige), 
a IMO criou uma regulamentação que 
obriga à construção de navios-tanque 
novos com:
Duplo fundo 
Casco duplo
30
Estrutura do Navio
Secção em corte de um navio-tanque 
de casco duplo
31
Estrutura do Navio
Navio-tanque (Very Large Crude Carr.)
VLCC existente no Simulador da ENIDH
32
33
Estutura do Navio
Navio-tanque VLCC para transporte de 
petróleo (Simulador da ENIDH)
Estrutura do Navio
Navios-tanque de transporte de 
produtos refinados
34
Estrutura do Navio
35
Navios-tanque de transporte de 
produtos químicos
São os navios para transporte de cargas 
químicas especiais, tais como: enxofre 
líquido, ácido fosfórico, soda cáustica, 
etc.
Características:
Maior número de tanques
Operação mais complexa
Revestimento especial dos tanques
Custo elevado
Estrutura do Navio
36
Navio-tanque de produtos químicos
Estrutura do Navio
Navios-tanque de transporte de gás 
liquefeito (Gas tankers)
As misturas gasosas transportadas por via 
marítima na fase líquida, podem dividir-se 
em dois grandes grupos, normalmente 
conhecidos por: 
Gases liquefeitos derivados do petróleo -
LPG's;
Gases naturais - LNG's.
37
Estrutura do Navio
Navios-tanque de transporte de gás 
liquefeito
Composição 
do gás 
natural
38
Estrutura do Navio
Navios-tanque de transporte de gás 
liquefeito
 Relativamente aos navios-tanque 
petroleiros, os navios de transportede gases 
liquefeitos caracterizam-se por: 
Os tanques de carga podem localizar-se mais 
acima da linha de água 
A capacidade de transporte é avaliada em 
termos de volume
39
Estrutura do Navio
Navios-tanque de transporte de gás 
liquefeito
Para o mesmo deslocamento, o volume 
total dos tanques é maior
É necessário ter uma maior atenção à 
influência dos espelhos líquidos na 
estabilidade dos navios
Têm de dispor de tanques de lastro para 
as viagens de retorno
40
Estrutura do Navio
Navios-tanque de transporte de gás 
liquefeito (LPG – Liquefied Petroleum Gas)
41
Estrutura do Navio
Navios-tanque de transporte de gás 
liquefeito (LNG – Liquefied Natural Gas)
Transportam a carga completamente 
refrigerada à temperatura de -165°C 
Têm capacidades de transporte de carga, 
que variam entre os 40.000 m³ e 200000 m³ 
(S-Max) a 266000 m³ (Q-Max)
Os tanques de carga são em alumínio, aço-
níquel ou aço inoxidável, isolados termica-
mente
42
Estrutura do Navio
Navios-tanque de transporte de gás 
liquefeito (LNG - metaneiros)
É necessário efectuar uma monitorização 
contínua para detecção de gás nos espaços dos 
porões em torno dos tanques de carga
São navios de casco duplo, sendo o lastro 
transportado em tanques de duplo fundo e 
tanques laterais
O gás libertado pela carga ("boil-off') é 
utilizado como combustível na instalação 
propulsora do navio (caldeira ou motor Diesel)
43
Estrutura do Navio
Navios-tanque de transporte de gás 
liquefeito (LNG - metaneiros)
44
45
Estrutura do Navio
Navio-tanque LNG “Berge Everett” 
(existente no Simulador da ENIDH)
46
Estrutura do Navio
Navio-tanque LNG “Berge Everett” 
(Simulador da ENIDH)
47
Estrutura do Navio
Navio-tanque LNG (Q-Max)
Navio-tanque LNG 
Q-Max:
Comprim.: 345 m 
Boca: 53,8 m 
Pontal: 34,7 m
Pot.: 2*21770 kW 
Cap.: 266000 m³
48
Estrutura do Navio
Outros tipos de navios
Navios quebra-gelos 
Navios dragas 
Navios lança cabos-submarinos
Navios rebocadores
Navios de combate à poluição
Navios de prospecção petrolífera
Navios de apoio às plataformas
Navios de pesca
Navios-escola
49
Estrutura do Navio
Navio quebra-gelos
50
Estrutura do Navio
Unidade flutuante de armazenamento
e transferência (Floating Production 
Storage and Offloading - FPSO)
É um tipo de navio utilizado pela indústria
petrolífera para a exploração (produção), 
armazenamento de petróleo e/ou gás
natural e escoamento da produção para 
navios de transporte de ramas
São utilizados em locais de produção
distantes da costa em que não é viável a 
ligação por oleodutos ou por gasodutos
51
Estrutura do Navio
Unidade flutuante de armazenamento 
e transferência (Floating, Production 
Storage and Offloading - FPSO)
52
Estrutura do Navio
Navio de transporte especial (Ex: 
Plataforma de extração de petróleo)
Plataforma a 
ser 
transportada 
por um 
navio 
especial de 
carga
53
Estrutura do Navio
Navio de pesca (“fishing vessel”)
São navios utilizados para efectuar a 
captura de pescado
54
Estrutura do Navio
Rebocador (“tug”)
São navios utilizados para puxar, empurrar 
e manobrar todos os tipos de navios
Geralmente utilizados para manobras de 
grandes navios em zonas portuárias e em 
canais de acesso aos portos
Pode também socorrer navios em alto mar,
rebocando-os para zonas seguras; e puxar 
navios encalhados em bancos de areia
Apesar de serem pequenos, possuem uma 
grande potência de propulsão
55
Estrutura do Navio
Rebocador (“tug”)
Utilizam-se 
geralmente 
nos portos 
para 
rebocar 
navios
56
Estrutura do Navio
Navio-escola de treino / turismo
Lugre à vela 
e a motor 
(“Santa 
Maria 
Manuela”)
57
Estrutura do Navio
Estudo do Navio
58
Estrutura do Navio
Os navios relativamente ao raio de 
acção onde operam, dividem-se em:
Navios de longo curso – Operam sem 
limite de zona 
Navios de cabotagem – Operam entre 
portos de um território ou em zonas não 
oceânicas 
Navios costeiros – Operam à vista de 
terra ou dentro de determinados limites 
próximos da costa
59
Estrutura do Navio
Os navios relativamente ao raio de 
ação onde operam, dividem-se em: 
Navios ou embarcações de tráfego local:
Operam nos portos, rios, lagos, lagoas, 
estreitos ou de um modo geral na área de 
jurisdição de uma Capitania ou Delegação 
Marítima (de um porto)
60
Estrutura do Navio
Características dos navios de carga
61
Estrutura do Navio
Características dos navios de carga 
(PANAMAX)
62
Estrutura do Navio
Navios PANAMAX
Navio a 
passar por 
uma 
eclusa do 
Canal do 
Panamá
63
Estrutura do Navio
Principais definições do navio
De acordo com a terminologia náutica, os 
lados do navio, relativamente ao plano 
longitudinal, designam-se por bordos
O bordo esquerdo toma o nome de 
BOMBORDO (BB), quando se olha para a 
proa 
O bordo direito designa-se por 
ESTIBORDO (EB), quando se olha para a 
proa 
64
Estrutura do Navio
Principais definições do navio
As extremidades anteriores e posteriores
do navio designam-se, respectivamente,
por PROA e POPA
As faces laterais do costado na zona da
proa chamam-se AMURAS (de BB e de EB)
As faces laterais na zona da popa
chamam-se ALHETAS (de BB e de EB)
65
Estrutura do Navio
Principais definições do navio
Tal como indica a figura seguinte, para a 
localização de um objeto fora do navio 
utilizam-se os termos AMURA, ALHETA e 
TRAVÉS
Exemplo: “A bóia está pela amura de BB” 
ou “o vento sopra pelo través de EB”
SOTAVENTO - lado abrigado do vento 
BARLAVENTO - lado donde sopra o vento
66
Estrutura do Navio
Posicionamento no exterior do navio
Esquema do navio
67
Estrutura do Navio
Qualidades náuticas dos navios
Flutuabilidade – capacidade de flutuação 
do navio. Depende da impermeabilidade 
do casco, do volume e divisão interna em 
compartimentos estanques 
Robustez – capacidade de resistir às 
forças a que está sujeito. Depende dos 
componentes estruturais, dos materiais 
utilizados e da qualidade da construção
Mobilidade – capacidade de navegar pelos 
seus próprios meios 
68
Estrutura do Navio
Qualidades náuticas dos navios
Manobrabilidade – capacidade de 
manobrar (governar) pelos seus próprios 
meios num determinado espaço
Estabilidade – capacidade de regressar à 
posição de equilíbrio quando dela for 
afastado por ação de forças externas
A estabilidade depende da forma do casco 
e do posicionamento dos centros de 
gravidade e de impulsão do navio
69
Estrutura do Navio
Conceitos básicos sobre estabilidade
Quando um navio flutua, o peso do navio 
(deslocamento), que actua verticalmente 
para baixo no seu centro de gravidade 
(G), é igual à impulsão, que actua 
ascendentemente no centro de querena 
(B)
Se, para além de flutuar, o navio estiver 
em equilíbrio (posição direita), o centro 
de gravidade e o centro de querena estão 
situados na mesma linha vertical
70
Estrutura do Navio
Estabilidade: condições de equilíbrio
As forças G e B são aplicadas na mesma 
vertical
71
Estrutura do Navio
Estabilidade
Quando um navio, por ação de uma força 
externa (ondas ou vento), inclina-se de 
um ângulo θ, não existe uma variação na 
quantidade do volume de água deslocada, 
mas a sua distribuição varia
A variação na forma da distribuição do 
volume imerso, origina uma deslocação do 
centro de querena de B para B1(centro 
geométrico do novo volume imerso)
72
Estrutura do Navio
Estabilidade
O centro de gravidade(G) permanece na 
mesma posição (assumindo que não foi 
alterada a distribuição de pesos a bordo)
A posição relativa entre G e B altera-se (B 
passa para B1), originando que as linhas 
de acção do peso do navio e da força de 
impulsão fiquem horizontalmente 
separadas
Peso e Impulsão estão agora aplicados em 
G e B1, respectivamente, e são forças 
verticais, perpendiculares à nova linha de 
água (L1, A1)
73
Estrutura do Navio
Estabilidade
Navio adornado
θ
74
Estrutura do Navio
Estabilidade: depois da inclinação
A força de impulsão actua segundo B1 
enquanto que o peso continua a actuar 
para baixo segundo G
Observando as forças presentes, verifica-
se que existe um momento resultante 
formado pelo peso do navio, que actua no 
centro de gravidade e pela impulsão, que 
actua pelo centro de querena, a uma 
distância GZ
Este momento tende a rodar o navio para 
a posição inicial
75
Estrutura do Navio
Estabilidade: depois da inclinação
O momento referido designa-se por 
Momento Endireitante (ME) ou Momento 
Estático de Estabilidade
ME=Δ.GZ ou ME= Δ.GM.senΘ (ton.m)
 Δ = deslocamento (toneladas)
O momento endireitante para qualquer 
ângulo de inclinação, representa o valor 
instantâneo da capacidade do navio em 
retomar a posição direita, quando o navio 
está em águas paradas e momentanea-
mente em repouso 
76
Link 1
Link 2
77
Estrutura do Navio
Estrutura do navio (casco)
Fundo – Parte inferior do casco
Costado – Parte lateral do casco que 
termina superiormente na borda
Encolamento – Zona de ligação entre o 
costado e o fundo, que pode ter forma 
curva, rectilínea ou em quinado
Forro - Parte exterior do costado
Amurada - Parte interna do costado
78
Estrutura do Navio
Estrutura do navio (casco)
Convés ou Pavimento principal –
Pavimento resistente mais próximo da 
borda que fecha a parte superior do casco. 
Prolonga-se a toda a extensão do navio
Pavimento superior (normalmente o 
convés) – Nos navios com convés de 
abrigo, o pavimento superior passa a ser a 
primeira coberta
Borda falsa – Prolongamento do costado 
acima do convés
79
Estrutura do Navio
Estrutura do navio (casco)
80
Estrutura do Navio
Carena, Querena ou Obras Vivas
 A parte imersa do casco, situa-se abaixo 
da linha de flutuação
Esta é a parte do casco que origina a 
impulsão
81
Estrutura do Navio
Estrutura do navio (casco)
Obras Mortas – Parte do casco situada 
acima da linha de flutuação, incluindo as 
superstruturas
Convés – É o pavimento mais próximo da 
borda 
Acima do convés poderá haver outro, de 
estrutura menos resistente, designado por 
convés superior
82
Estrutura do Navio
Estrutura do navio (casco)
Cobertas – São os pisos situados abaixo 
do convés. São numerados de cima para 
baixo (ver figura)
Portas de mar – Aberturas existentes na 
borda falsa para o escoamento de água. 
Estas aberturas são providas de portas 
que abrem de dentro para fora para 
facilitar o escoamento da água
Resbordos – Aberturas no costado 
destinadas ao embarque de peças e 
mantimentos
83
Estrutura do Navio
Estrutura do navio (casco)
84
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
A solidez da estrutura é garantida pelo 
seguinte conjunto de componentes que 
constituem a ossada do navio:
Balizas, cavername, longarinas 
Vaus, anteparas
Quilha, sobrequilha
Pés de carneiro ou Montantes
Roda de proa, cadaste 
85
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
Balizas - são elementos estruturais, 
geralmente de forma curva, constituídas 
por dois ramos iguais (meias-balizas) que 
se desenvolvem desde a quilha até à 
borda
Na zona do fundo do navio as balizas 
ligam a chapas verticais “chapas de 
caverna” que limitam as Cavernas
Cavername – conjunto de balizas
86
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
Longarinas – São reforços longitudinais 
destinados a aumentar a resistência 
longitudinal da estrutura e a consolidação 
do cavername
Estes componentes são formados por 
cantoneiras ou perfis que assentam sobre 
as balizas
As longarinas do fundo e do encolamento 
são vulgarmente designadas por escoas
87
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
88
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
Quilha – Peça longitudinal que fecha a 
ossada do navio interiormente, e que 
contribui em grande parte para a 
resistência longitudinal do casco, sendo 
mesmo o elemento estrutural que suporta 
os maiores esforços 
Assegura a ligação das balizas e serve 
também de meio de ligação do forro dos 
dois bordos do navio
Pode ser saliente ou chata
89
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
A quilha saliente ou maciça é uma viga de 
ferro ou aço composta por vários talões 
unidos, sendo este tipo de quilha mais 
utilizada em pequenas embarcações ou 
rebocadores
A quilha chata, também designada por 
chapa de quilha, é constituída por uma 
fiada longitudinal de chapas horizontais 
de maior espessura do que as do forro do 
casco.
90
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
Sobrequilha – Elemento estrutural que se 
desenvolve longitudinalmente no interior do 
navio e que concorre com a quilha para a 
resistência estrutural do casco e consolidação 
do cavername
É normalmente constituída por um conjunto 
de chapas verticais dispostas no sentido 
longitudinal do navio, cruzando a meio as 
chapas de caverna
Pode no entanto ser também uma cantoneira 
colocada longitudinalmente
91
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
Quilha, caverna e sobrequilha
Sobrequilha
Caverna
92
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
Vaus – Estes elementos são constituídos 
por cantoneiras transversais que ligam os 
dois ramos de cada baliza (meias-balizas)
A zona de ligação entre as balizas e os 
vaus é consolidada por meio de 
esquadros
Para além de servirem para ligar as duas 
meias-balizas, os vaus servem para 
assentamento dos pavimentos
93
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
94
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
Pés de Carneiro ou Montantes – Estes 
componentes, construídos em tubo ou 
outras peças de aço perfilado, têm por 
função escorar os vaus aumentando a 
resistência à flexão
Roda de proa – É a peça que fecha a 
ossada do casco na zona da proa, ficando 
ligada à quilha pelo extremo inferior
95
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
Pé de carneiro
ou Montantes
Vaus
Baliza Caverna
96
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
Cadaste – É a peça que fecha a ossada do 
casco na zona da popa e que suporta o 
leme
A forma do cadaste depende essencial-
mente do formato da popa. A sua ligação 
à estrutura adjacente deve ser muito 
resistente com vista a suportar as 
vibrações induzidas pelo impacto das 
massas de água movimentadas pelo hélice
Anteparas – São divisórias transversais
ou longitudinais, estanques ou não, que 
dividem interiormente o navio
97
Estrutura do Navio
Estrutura resistente do navio
98
Estrutura do Navio
 Estrutura da proa
 As cargas dinâmicas a que a zona da 
proa se encontra sujeita, criam a 
necessidade de um arranjo estrutural 
altamente resistente
 A espessura das chapas nesta região é 
superior à das restantes chapas do casco 
e existem numerosos reforços, tal como 
as escoas e o espaçamento entre as 
balizas e chapas de caverna é menor
99
Estrutura do Navio
 Estrutura 
da proa
100
Estrutura do Navio
 Estrutura da proa
 A anteparade colisão é uma antepara 
estanque destina-se a impedir o 
alagamento das zonas posteriores do 
navio em caso de rombo motivado por 
uma eventual colisão
 Na zona da proa situa-se também o paiol 
da amarra, que é um compartimento 
destinado à recolha da amarra do navio
 É usual haver um tanque de água doce 
(pique de vante – “fore peak tank”)
101
Estrutura do Navio
 Estrutura da proa
102
Estrutura do Navio
 Estrutura da popa
 As formas geométricas da popa e as 
solicitações a que irá estar sujeita, 
resultantes, designadamente da 
presença dos hélices, determinam um 
tipo de concepção especial
 A configuração geométrica da popa
difere de acordo com um conjunto de 
factores, como seja o número de hélices 
e linhas de veios e da sua posição
103
Estrutura do Navio
 Estrutura da popa
 Na zona da popa, está localizada a 
manga do veio propulsor, onde é fixado 
o hélice (propeller)
 Na parte superior, fica situada a casa da 
máquina do leme (steering gear)
 O cadaste suporta o leme (rudder)
 Em geral, existe um tanque de água doce 
designado por pique de ré (Aft peak 
tank), que tem também como função 
arrefecer a manga do veio propulsor
104
Estrutura do Navio
 Estrutura da popa
105
Estrutura do Navio
 Superestruturas e casario
 Designam-se por superstruturas as 
construções acima do convés que se 
estendem em toda a largura do navio; 
tomam o nome de casotas ou rufos
quando a sua largura é inferior à do navio
 Em ambos os casos, têm uma função 
importante na segurança do navio,
garantindo a protecção contra a eventual 
entrada de água
106
Estrutura do Navio
 Superestruturas e casario
 Escotilhas – São aberturas existentes 
nos pavimentos destinadas à passagem 
de pessoal, cargas ou para ventilação
 As escotilhas têm um contorno 
designado por braçola
 As braçolas dos lados de vante e de ré 
chamam-se contra-braçolas
107
Estrutura do Navio
 Superestruturas e casario
 Portalós – Locais à borda servidos por 
escadas (escada de portaló), por onde se 
entra e sai do navio. As escadas dos 
portalós têm dois patins e corrimão 
apoiado em balaústres
108
Estrutura do Navio
 Superestruturas e casario
 Tombadilhos – Pisos acima do convés. 
Numeram-se de baixo para cima
 Exceptua-se nesta nomenclatura, o tecto 
do castelo da proa que é designado 
simplesmente por castelo
 Os tombadilhos podem ter designações 
específicas de acordo com os 
equipamentos aí instalados ou com a sua 
função
 Por exemplo, o tombadilho onde se 
situam as embarcações de sobrevivência 
designa-se por tombadilho das baleeiras
109
Estrutura do Navio
110
Estrutura do Navio
 Buzinas
 Aberturas praticadas na borda falsa, 
geralmente à proa e à popa, destinadas 
a dar passagem aos cabos do interior 
para o exterior do navio
111
Estrutura do Navio
 Cabeços
 Peças de ferro verticais com base 
fortemente cavilhada para o convés e 
vaus, que servem para dar a volta aos 
cabos de força ou espias
112
Estrutura do Navio
 Robaletes
 Peças metálicas fixadas no casco que 
são colocadas na zona do encolamento e 
têm como função reduzir o balanço 
bombordo/estibordo
 São também por vezes chamados de 
quilhas de balanço
113
Estrutura do Navio
 Robaletes
114
Estrutura do Navio
 Molinete e amarra
115
Estrutura do Navio
 Ferro e escovém
116
Estrutura do Navio
 Escovém e passadiço
Passadiços
117
Estrutura do Navio
 Amarra
 As amarras são correntes de aço vazado 
ou de ferro fundido, divididas em troços 
designados por quarteladas (geralmente 
de 15 braças)
118
Estrutura do Navio
 Geometria do navio
 A forma básica de um navio ou 
embarcação é definida através de um 
desenho designado por Plano Geométrico 
ou Plano de Formas 
 Representa o seu casco em três 
perspectivas
 Para concretização deste plano, utiliza-se 
um grande número de planos auxiliares,
projectando-se as intersecções com a 
superfície do casco em planos de 
referência
119
Estrutura do Navio
 Geometria do navio
Plano Longitudinal, de mediania, diametral, simetria
Plano Transversal
Plano Horizontal
120
Estrutura do Navio
 Linhas e planos de referência
 Plano de flutuação ou das linhas de água:
É o plano definido pela superfície da água
 Plano horizontal: É um plano paralelo ao 
plano de flutuação
 A intersecção dos diversos planos 
auxiliares paralelos com o casco definem 
as linhas de água (LA)
121
Estrutura do Navio
 Linhas e planos de referência
 Plano diametral, de Simetria, 
Longitudinal, Médio ou de Mediania –
Plano vertical, perpendicular ao anterior, 
dividindo o navio em duas partes 
simétricas
 Os planos paralelos a este plano definem
os cortes longitudinais (CL)
 Plano transversal ou vertical – É um 
plano perpendicular aos planos 
anteriores. As intersecções dos planos 
paralelos a este com o casco definem as 
secções
122
Estrutura do Navio
 Linhas e planos de referência
 PLANO BASE (PB) - Plano horizontal 
correspondente à linha de água de 
traçado mais baixo
 LINHA BASE (LB) - Linha obtida pela 
intercepção do plano diametral do navio 
com o plano base
 A linha de base é a linha de referência do 
plano geométrico do navio
123
Estrutura do Navio
 Linhas e planos de referência
124
Estrutura do Navio
 Planos e secções
125
Estrutura do Navio
 Linhas e planos de referência
 Principais dimensões
126
Estrutura do Navio
 Dimensões lineares do navio
 O navio tem, como todas as construções 
com volume, as três dimensões básicas: o 
comprimento, a altura e a largura, 
mantendo a designação da primeira 
(comprimento) e dando à largura o nome 
de boca e à altura o de pontal
 COMPRIMENTO TOTAL, OU FORA A FORA 
(LFF) - É o comprimento do navio medido 
horizontalmente entre as partes mais 
salientes da proa e da popa
127
Estrutura do Navio
 Dimensões lineares do navio
 LARGURA - A largura de um navio 
designa-se por BOCA (B)
 PONTAL (D) - Distância (altura, medida 
no plano diametral a meio comprimento 
entre perpendiculares), entre a recta do 
vau do pavimento principal e a face 
superior da quilha (navios de aço)
128
Estrutura do Navio
 Dimensões lineares do navio
 Comprimento entre perpendiculares 
(LPP) – É o comprimento do navio 
medido entre as perpendiculares a vante 
(AV) e a ré (AR)
 Comprimento na flutuação (LFL) – É a 
distância entre os pontos de intersecção 
da linha de flutuação com os contornos 
da proa e da popa. É uma dimensão 
importante nos problemas de propulsão
129
Estrutura do Navio
 Dimensões lineares do navio
130
Estrutura do Navio
 Dimensões de sinal
 CALADO (d) – Distância vertical entre o 
ponto mais baixo da quilha (superfície 
inferior) e o plano de flutuação
 O calado pode ser medido a vante, a ré e 
a meio navio. Com esta finalidade, existe 
uma marcação no costado em ambos os 
bordos
 CENTRO DE CARENA – Centro de 
gravidade do volume de carena
131
Estrutura do Navio
 Dimensões de sinal
 ISOCARENAS – São as carenas de igual 
volume, correspondentes a um mesmo 
flutuador a diferentes inclinações
 CAIMENTO – É a inclinação do navio no 
sentido longitudinal
 O caimento corresponde à diferença de 
calados AV e AR
132
Estrutura do Navio
 Dimensões de sinal
 Calado
Water line
Draught
133
Estrutura do Navio
 Dimensões de sinal
 Caimento a vante e a ré
134
Estrutura do Navio
 Dimensões de sinal (em inglês)
 Loa, Lpp, Lwl, T, TA, Tf
135
Estrutura do Navio
 Capacidade decarga do navio
 Para que os navios mercantes naveguem 
com segurança torna-se absolutamente 
necessário estabelecer uma linha a partir da 
qual não seja permitido carregar mais o 
navio, ou seja, uma linha de carga máxima 
 Os armadores e/ou os comandantes dos 
navios podem ter interesse em carregar o 
navio o mais possível, diminuindo a sua 
segurança, nomeadamente a sua reserva de 
flutuabilidade, e as qualidades náuticas do 
navio
136
Estrutura do Navio
 Capacidade de carga do navio
 Reserva de flutuabilidade - é o nome que 
se dá ao volume dos espaços fechados do 
navio situado acima do plano de 
flutuação
 É portanto indispensável marcar de 
maneira bem visível essa linha de carga 
máxima a que corresponderá uma 
imersão máxima
137
Estrutura do Navio
 Capacidade de carga do navio
 O calado máximo a que um navio pode 
navegar é estabelecido com base em dois 
critérios distintos:
 Regras de classificação relativas à 
resistência estrutural, que estabelecem o 
calado de construção
 Regras de bordo livre, que estabelecem a 
distância entre a linha de água máxima e 
pavimento de bordo livre
138
Estrutura do Navio
 Capacidade de carga do navio
 BORDO LIVRE – Distância vertical, 
indicada a meio navio, entre a linha 
obtida pela intercepção da face superior 
do convés com a superfície exterior do 
casco (linha do bordo livre) e o plano de 
flutuação carregado
 Para cada plano de flutuação carregado, 
consoante a época ano e a zona a 
navegar, há um Bordo Livre Específico
139
Estrutura do Navio
 Capacidade de carga do navio
 O Bordo Livre está regulamentado pela
Convenção Internacional das Linhas de 
Carga (Load Lines)
 O valor do bordo livre é indicado no 
costado, em ambos os bordos, por meio 
de marcas especiais chamadas marcas do 
bordo livre, na qual se tem em conta as 
estações do ano e zonas marítimas 
específicas
140
Estrutura do Navio
 Capacidade de carga do navio
 Designação das marcas de bordo livre
141
Estrutura do Navio
 Marcas de bordo livre (em português)
142
Estrutura do Navio
 Marcas de bordo livre (em inglês)
143
Estrutura do Navio
 Tonelagem de arqueação
 Tonelagem bruta - É o volume interior de 
todos os espaços fechados do navio, com 
algumas excepções (definidas nos 
processos de Arqueação)
 Exprime-se em Toneladas de Arqueação 
ou “Toneladas Moorson”
 A tonelagem bruta obtém-se depois de 
medidos todos os volumes dos espaços 
indicados, e somados, se dividir o valor 
obtido por 2,832 m3 (medições 
efectuadas no sistema métrico)
144
Estrutura do Navio
 Tonelagem de arqueação
 TONELAGEM LÍQUIDA ou ARQUEACÃO 
LÍQUIDA – É o valor que se obtém em 
toneladas de arqueação, deduzindo ao 
cálculo da arqueação bruta determinados 
espaços que não são destinados ao 
transporte de mercadorias e passageiros
 Exemplos: casa da máquina e caldeiras, 
alojamentos da tripulação, casas do leme, 
navegação, comunicações, paióis de 
serviço, sanitários, etc.
145
Estrutura do Navio
 Tonelagem de arqueação
146
Estrutura do Navio
 Tonelagem de deslocamento
 Quando um navio é lançado à água, 
sabemos que quando esse peso ficar 
equilibrado pela impulsão, irá 
corresponder ao peso da massa de água 
deslocada pela sua querena
 Devido a este facto, designa-se por 
DESLOCAMENTO LEVE ao PESO DO 
NAVIO
147
Estrutura do Navio
 Tonelagem de deslocamento
 O deslocamento de um navio (Δ) em 
toneladas métricas é igual ao produto da 
massa específica do fluido (ton/m3), 
onde o navio flutua pelo número que 
exprime o volume da carena (volume da 
parte imersa do casco) em m3
 .
148
Estrutura do Navio
 Tonelagem de deslocamento
 Nota importante:
 me – massa específica da água do mar 
(me da água do mar ≈ 1,025 ton/m3) ou 
da água doce (me da água doce ≈ 1,000 
ton/m3)
 Δ – Deslocamento (ton)
 - Volume de carena ou volume da parte 
imersa do casco (m3)

149
Estrutura do Navio
 Tonelagem de deslocamento
 O Deslocamento Leve representa, assim, 
o peso do navio equipado e pronto para 
as suas viagens, com tudo o que é 
necessário para a sua actividade náutica 
 É expresso em toneladas métricas (1000 
quilos) ou toneladas inglesas (1016 
quilos)
150
Estrutura do Navio
 Fazem parte do deslocamento leve:
Máquinas principais e auxiliares com
respectivos encanamentos e líquidos na
condição de trabalho
 Equipamento eléctrico e electrónico
 Mobiliário
 Lastro permanente (se houver)
 Ferramentas, sobressalentes
 Etc…
151
Estrutura do Navio
 Tonelagem de deslocamento
 À diferença entre o peso do navio 
carregado e o peso do navio leve 
chama-se PORTE e exprime-se em 
toneladas métricas
 Quando se emprega a expressão simples 
“DESLOCAMENTO" subentende-se que se 
trata do DESLOCAMENTO TOTAL
152
Estrutura do Navio
 Porte do navio
 PORTE BRUTO - Corresponde aos pesos 
das mercadorias transportadas, dos 
passageiros, dos tripulantes, da água, dos 
mantimentos, dos apetrechos e dos 
combustíveis
 Representam pesos fixos no projecto de 
construção do navio, sendo porém 
variáveis de acordo com as condições da 
carga
153
Estrutura do Navio
 Porte do navio 
 Estes pesos, no seu total, designam-se 
por Porte Bruto (Gross Deadweight)
 Pode dizer-se que o porte bruto é o peso 
de tudo quanto se pode carregar a bordo
dum navio até que ele mergulhe e atinja 
o nível da linha de carga máxima
154
Estrutura do Navio
 Porte do navio
 Este peso é indicado em toneladas 
métricas, sendo vulgarmente designado 
simplesmente por PORTE ou PESO 
MORTO (Deadweight)
 Assim, ao aumentarmos o porte dum 
navio o seu deslocamento também 
aumenta
 PORTE LÍQUIDO OU PORTE ÚTIL (Net 
Deadweight) – Corresponde apenas ao 
peso máximo da carga e dos passageiros
155
Estrutura do Navio
 Porte do navio
 VARIAÇÃO DO DESLOCAMENTO PARA 
UM DETERMINADO PORTE
 É a variação do deslocamento que se 
processa quando fazemos variar os 
pesos a bordo (embarcando-os ou 
desembarcando-os) em determinado 
valor do porte
156
Estrutura do Navio
 Deslocamento carregado
 É o deslocamento do navio 
completamente carregado, isto é, com 
todos os seus pesos fixos e variáveis
Deslocamento carregado 
= 
Deslocamento leve + Porte
157
Estrutura do Navio
 RELAÇÃO ENTRE PORTE E 
DESLOCAMENTO – Escala do Porte 
 Todos os navios possuem um gráfico (ou 
escala) em que, para cada calado médio, 
obtém-se o deslocamento 
correspondente, o peso de todas as 
cargas embarcadas e o peso necessário 
para fazer variar um centímetro (ou uma 
polegada) o dito calado médio
158
Estrutura do Navio
 Capacidade de carga
 É o volume total dos espaços cobertos 
(porões, tanques, paióis) disponíveis para 
arrumar e estivar o máximo da carga 
possível na sua capacidade interna 
 Este valor é expresso em m3 ou pés 
cúbicos e nos navios tanques em m3 ou 
barris 
 Nota: 1 barril = 158,98396 litros
159
Estrutura do Navio
 Unidades de tonelagem dos navios
 De um modo geral, quando se diz que um 
navio tem 50000 toneladas e estas não 
vêm definidas, correspondem ao porte 
bruto do navio (Gross Deadweight)
 Do mesmo modo, quando se diz que uma 
doca se destina a navios de um milhão de 
toneladas ou que o maior navio do mundo 
tem 500000 toneladas, esse valor é o 
porte bruto
160
Estrutura do Navio
 Unidades de tonelagem dos navios
 No caso dos navios de guerra o valor de 
tonelagem corresponde ao seu 
deslocamento operacional
 Assim, quando dizemos que uma fragata 
tem 2000 toneladas, isto corresponde ao 
deslocamento do volume de águagerado 
pela sua carena, quando em actividade 
operacional
161
Estrutura do Navio
 Unidades de tonelagem dos navios
 Para o caso dos grandes navios de 
passageiros é uso frequente para 
compará-los em tamanho, utilizar-se a 
sua tonelagem de arqueação bruta
 Deste modo, um navio de cruzeiro de 
80000 toneladas de arqueação bruta, 
corresponde a ter um volume de todos os 
seus espaços internos fechados de 80000 
x 2,832 m3
162
Estrutura do Navio
 Exemplos de navios de grande 
dimensão
163
Estrutura do Navio
 Knock Nevis (maior navio do mundo)
164
Estrutura do Navio
 Dados técnicos do ULCC Knock Nevis, 
ex-Seawise Giant (1979 – 2009)
 Tonnage: 260941 GT ; 214793 NT
 Displacement: 81879 long tons light ship 
; 646642 long tons full load
 Length: 458.45 m 
 Beam: 68.8 m ; Draught: 24.6 m ; 
Depth: 29.8 m 
 Propulsion: Steam Turbine
 Speed: 16 knots (30 km/h)
 Capacity: 564763 DWT
165
Estrutura do Navio
 Marco Polo (maior navio do mundo 
actualmente em serviço – Nov. 2012)
166
Estrutura do Navio
 Características do navio Marco Polo
 Comprimento: 396 m
 Boca: 53,6 m
 Capacidade: 16,020 TEU
 Ler mais: http://expresso.sapo.pt/mega-
porta-contentores-monstros-em-
movimento=f781840#ixzz2L177iOFV

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