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Sugestões de de atividades pedagógicas - NÚCLEO DE PESQUISA E ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS DO CEFET-MG

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NÚCLEO DE PESQUISA E ESTUDOS 
AFRO-BRASILEIROS DO CEFET-MG . NEAB
SUGESTÃO DE 
ATIVIDADES 
PEDAGÓGICAS
�
SUGESTÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS, MAIO DE 2009
NÚCLEO DE PESQUISA E ESTUDOS 
AFRO-BRASILEIROS DO CEFET-MG . NEAB
Apresentação
O Núcleo de Pesquisa e Estudos Afro-brasileiros (NEAB/CEFET-MG) tem como 
objetivo central a produção de saberes, formação de professores e promoção de 
atividades no campo das relações etnicorraciais, tendo a educação, a tecnologia, e 
as áreas de humanas, linguagens, exatas e biológicas como marcos referenciais para 
promoção de pesquisa, extensão e ensino relacionados ao campo de estudos afro-
brasileiros e africanos.
Tendo como marco legal a Lei 10.639/2003 e as Diretrizes Curriculares Nacionais 
para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura 
Afro-brasileira e Africana (CNE-Resolução 01), o NEAB/CEFET-MG, à exemplo de 
outros Núcleos e Grupos afins presentes em Instituições de Ensino Superior em todo 
o País, objetiva promover estudos e atividades para produção de conhecimentos e 
para que as Diretrizes se materializem nos diferentes níveis e modalidades de ensino 
e na formação de professores. 
Sugestão de Atividades
Apresentamos algumas sugestões de atividades para que docentes e discentes 
possam refletir sobre a Abolição da Escravatura de 13 de maio de 1888 e sobre a si-
tuação social dos afrodescendentes na sociedade brasileira contemporânea. Em No-
vembro de 2009 apresentaremos sugestões para a Semana da Consciência Negra.
Essas atividades reforçam a necessidade de que a temática das relações etnicor-
raciais seja trabalhada como conteúdo multidisciplinar não somente no mês de maio, 
mas durante todo o ano letivo. Esperamos que este material seja utilizado no âmbito 
do CEFET-MG para a educação das relações etnicorraciais e como subsídio para o 
desenvolvimento de estratégias didático-pedagógicas capazes de aprofundar e am-
pliar o horizonte multicultural, interdisciplinar e transdisciplinar dos professores.
Por fim, encorajamos os professores a apresentarem outras atividades dentro da 
temática e a modificarem e adaptarem as sugestões de atividades ao seu contexto e a 
de seus alunos, assim como às necessidades de cada Campi, Diretoria, Coordenação 
ou Programa.
 
�
NÚCLEO DE PESQUISA E ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS DO CEFET-MG
1. LEITURA DO “POEMANIFESTO DO MOVIMENTO NEGRO” 
(anexo 01)
 
a) Formação de Professores: Contribuições do poema para reflexões em torno da 
diversidade cultural e do protagonismo do povo negro no Brasil. 
 
b) Português e Literatura: Estudo das estratégias de elaboração do poema pelo 
poeta afro-brasileiro Hermógenes de Almeida Filho.
Exploração da musicalidade do poema e sua aproximação do rap e do reggae
 
c)História: exploração da história da abolição e do trabalho escravo no Brasil; le-
vantamento e estudo do sujeitos históricos e suas lutas em prol do reconhecimento 
do povo negro no Brasil
 
d) Sociologia: análise dos movimentos negros citados pelo autor e suas atuações e 
participações políticas 
 
e) Geografia: povos africanos deslocados para o Novo Mundo e suas origens ge-
ográficas 
 
f) Ciência e Tecnologia: contribuição do povo negro para o desenvolvimento so-
cial, das ciências e das artes.
 
Atividades lúdicas fora de sala de aula
Matemática: Levantamento do número de fatos e eventos destacados pelo Poema-
nifesto
Número de palavras relacionadas à repressão e aos anseios de liberdade expostas 
pelo poeta (REFLEXÃO).
 
2. ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA CULINÁRIA AFRICANA NA DIETA 
BRASILEIRA 
a) Português e Literatura: Levantamento do léxico relacionado aos hábitos ali-
mentícios e pratos típicos; os professores poderão incentivar o estudo e a pesquisa 
lexical dos ingredientes e pratos utilizados na culinária com intervenção africana, dos 
nomes e suas origens africanas; construção de cadernos de receitas de comidas e 
bebidas típicas com ilustrações e também a confecção de cartazes pelos alunos a 
serem expostos nos refeitórios; feijoada, quiabo, canjica, abará, bobó de camarão, 
xinxim de galinha, aluá, broa, acarajé, acaçá são algumas sugestões. 
�
SUGESTÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS, MAIO DE 2009
b) Biologia e Química: Estudo dos alimentos de origem africana mais consumidos 
e de seus efeitos no organismo; confecção de cartazes, com os resultados, pelos 
alunos a serem expostos nos refeitório ( Estudo das proteínas, carboidratos, lipídios, 
minerais etc, presentes nesses alimentos e sua importância. 
c) História: processo de incorporação dos alimentos africanos e afro-brasileiros 
pela população em geral.
d) Geografia: à margem do tráfico: sementes e mudas trazidas da África para o 
Brasil e suas adaptações ao solo tropical.
e) Física: Os óleos vegetais africanos e a primeira revolução industrial. 
f) Inglês: Incorporação do vocabulário africano no léxico de Língua Inglesa. 
g) Como atividade geral, a escola poderá servir no almoço um prático típi-
co afro-brasileiro, decorando o refeitório com os cartazes etc.
 
�. ESTUDO DO CONTO “PAI CONTRA MÃE”, DE MACHADO DE ASSIS 
 
a) Português e Literatura: 
Estudo do autor sob o ponto de vista da sua representação como autor afro-brasilei-
ro e sua inserção nas questões relacionadas à escravidão.
Estudo do conto sob a perspectiva das estratégias discursivas de Machado para tratar 
de temas polêmicos como o que aparece em “Pai contra mãe”. 
Sites: http://babilonia.ulusofona.pt/arquivo/revista_4/pdf_rev4/Dossier_rita_neves.
pdf 
No site, prof. portuguesa destaca a ironia e ambivalência presentes no conto macha-
diano – análise muito interessante que recupera a não casualidade do personagem 
principal do conto se chamar Cândido, como um oposto do Cândido de Voltaire. 
http://www.ucm.es/info/especulo/numero38/paimae.html 
No site, uma análise sucinta do conto que destaca o engajamento social de Machado. 
http://www.osfilmes.com.br/cronicamente/materias/estado4.htm 
Site da Revista de História da Biblioteca Nacional – volume de maio de 2008 traz 
artigo do prof. José Américo Miranda sobre poema escrito por Machado para as 
comemorações da Abolição. 
�
NÚCLEO DE PESQUISA E ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS DO CEFET-MG
http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1591 
http://www.freud-lacan.com/articles/article.php?url_article=lpdealencastro141105 
Pai Contra Mãe, de Machado de Assis
www.dominiopublico.gov.br 
b) Química, Biologia e História: 
Saberes empíricos: estratégias abortivas utilizadas pelas escravas. Plantas abortivas 
utilizadas pelos escravos: origens e difusão. Efeito da pressão, do terror e do medo 
de Arminda e suas interferências no aborto. Expectativas de sobrevivência das crian-
ças escravas e os cemitérios dos anjinhos descritos pelos viajantes. Composição quí-
mica de algumas plantas abortivas.
 
c) Geografia: descrição dos espaços do Rio de Janeiro como estratégia discursiva da 
ironia de Machado na denúncia dos horrores da escravidão. 
d) Como atividade geral, a escola poderá projetar, depois do almoço, o filme 
Quanto Vale ou é por quilo?
 
Atividades que podem ser exibidas durante o intervalo ou no início das 
aulas, pela manhã e pela tarde, ou ainda serem expostas permanentemente 
durante a semana do evento.
a) Colocar músicas afro-brasileiras cujas temáticas contemplem uma reflexão sobre 
a temática em questão. Sugere-se que essas músicas sejam colocadas nos 15 minutos 
que antecedem o início das aulas pela manhã, durante o horário de recreio/intervalo, 
e no horário de saída.
b) Projeção de filmes cujas temáticas possam suscitar reflexão. No anexo 3 apresen-
tamos a relação de alguns filmes com uma pequena sinopse.
c) Convidar, conforme a demanda e a oferta local, palestrantes, poetas, grupos de 
dança, grupos de capoeira,grupos de percussão e outros para se apresentarem 
durante o intervalo.
d) Inaugurar a estante temática de africanidades.
e) Fazer o plantio de uma árvore africana importante no Brasil, de acordo com as 
conveniências do Campus ou fazer a criação de um vaso ou jardim temático com 
�
SUGESTÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS, MAIO DE 2009
plantas africanas que podem ser as plantas medicinais ou ornamentais, ou ainda as 
utilizadas em rituais.
f) Fazer exposição de trabalhos de alunos nos espaços adequados para isso, dando 
visibilidade às discussões feitas em sala de aula. 
g) Propor levantamento de contextos relativos à permanência do negro na sociedade 
brasileira, na comunidade em que está inserido o campus, de acordo com as possibi-
lidades locais, para serem feitas exposições.
EXIBIÇÃO DE FILMES/DOCUMENTÁRIOS
Sugestões
Amistad
Direção: Steven Spielberg. Drama, EUA. 189�. (1�� min)
Baseado em uma história real, o filme conta a viagem de escravos africanos que se 
apoderam de um navio onde estavam aprisionados e tentam retornar à terra natal. 
Conhecedores da orientação lunar para navegação conseguiram prevalecer. Infe-
lizmente, o navio é capturado e eles são levados para os EUA, onde aguardam um 
julgamento por crime e assassinato que termina por questionar o sistema judicial 
americano. Mas, para aqueles homens e mulheres sob julgamento, a sua luta maior é 
pelo direito do ser humano à liberdade.
As filhas do Vento
Direção: Joel Zito Araújo. Drama. Brasil. 2004 (85 min.), DVD, color.
O filme aborda temas pertinentes ás mulheres de qualquer parte do mundo, mas em 
uma pequena cidade do interior do Brasil. Em uma brilhante peça ficcional, de cunho 
político e social, o diretor substitui os tradicionais papéis estereotipados (comumen-
te interpretados por atores negros e atrizes negras nas telenovelas brasileiras), por 
uma rica e multifacetada construção de personagens, mesmo quando habilmente 
emprega diversos recursos da dramaturgia da novela para se comunicar com grandes 
audiências.
Ganga Zumba:
Direção: Cacá Diegues. Drama. 19��. (92 min.), VHS, color
O filme começa num engenho de cana-de-açucar, no nordeste brasileiro, entre os 
séculos XVI e XVII. Inspirados pelo Quilombo de Palmares, uma comunidade de ne-
gros fugidos da escravidão situados na Serra da Barriga, alguns escravos tramam fugir 
para lá. Entre eles, se encontra o jovem Ganga Zumba, futuro líder daquela república 
8
NÚCLEO DE PESQUISA E ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS DO CEFET-MG
revolucionária, a primeira de toda a América. 
Hotel Ruanda
Direção: George Terry. Cine biografia. EUA. 200�. (122min.), 
DVD, color.
Ruanda é um país localizado na porção sul do continente (África Meridional ou Subsa-
ariana). O filme aborda a história real de um gerente de hotel, que abrigou centenas 
de pessoas refugiadas, durante os conflitos ocorridos entre as etnias hutu e tutsi no 
ano de 1994. 
Atlântico Negro - Na Rota dos Orixás
Direção: Renato Barbieri. Itaú Cultural, 1988. (�2 min.), VHS, color
Apresenta a grande influência africana na religiosidade brasileira. Mostra a origem de 
as raízes da cultura jêje-nagô em terreiros de Salvador, que virou candomblé, e do 
Maranhão, onde a mesma influência gerou o Tambor de Minas. Um dos momentos 
mais impressionantes deste documentário é o encontro de descendentes de escra-
vos baianos que moram em Benin, um país africano desconhecido para a maioria do 
brasileiros, mantendo tradições do século passado.
O Jardineiro Fiel
Direção: Fernando Meireles. Suspense. EUA. 200� (12�min.), 
DVD, color
Retrata o cenário de horror mascarado de diplomacia inglesa, no qual pretensos 
“deuses” brincam com vidas humanas no continente africano. O filme mostra que 
a vida dos africanos não vale nada para o mundo ocidental, são feitos cobaias da in-
dústria famaceutica. Trocam suas vidas por uma “ajuda”. Medicamentos para AIDS, 
tuberculose e doenças que assolam o mundo são testados neles, sem um mínimo 
de humanidade e ética O filme é permeado por uma história de amor, mas o grande 
tema é o que a indústria farmacêutica faz com essa população.
Quanto Vale ou é Por Quilo?
Direção: Sérgio Bianchi. Drama. Brasil, 200�. (88min), DVD, color
O filme alerta para questões que parecem ter ficado no passado, mas que ainda 
existem atualmente, como a luta pelos direitos democráticos, a discriminação contra 
negros e pobres, o desrespeito, a lavagem de dinheiro, a corrupção, dentre outros. 
O que mudou foi a roupagem, o opressor é o mesmo. Sendo assim, este é um ex-
celente filme para ser trabalhado em sala de aula, possibilitará o desenvolvimento 
crítico e reflexivo dos alunos.
9
SUGESTÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS, MAIO DE 2009
Quilombo
Direção: Cacá de Diegues. Aventura. Brasil. 198� (119 min), 
VHS. color
No período escravocrata, os africanos trazidos pelos portugueses para o trabalho 
escravo nas plantações de cana-de-açucar, que não suportavam os maus tratos dos 
senhores, quando possível fugiam para o interior do país e se organizavam em co-
munidades. A mais famosa foi o Quilombo dos Palmares, cuja história é contada 
nesse filme. Nesse Quilombo não havia somente negros fugitivos, a eles se juntaram 
também os índios e os brancos que eram perseguidos ou estavam insatisfeitos com 
a vida que levavam.
Uma Onda no Ar
Direção: Helvécio Ratton. Drama. Brasil, 2002. (92min.), 
DVD, color.
Quatro jovens amigos que vivem em uma favela de Belo Horizonte tem um sonho: 
criar uma radia que dê voz às pessoas do local onde vivem. Eles conseguem realizar 
este sonho. Nasce a Rádio Favela, que conquista os moradores locais, por dar voz 
aos excluídos, mesmo operando na ilegalidade. O filme retrata também a vulne-
rabilidade social de sujeitos que mesmo marginalizados são protagonistas de uma 
“revolução” em comunicação. 
Vista a Minha Pele
Direção: Joel Zito Araújo. Ficção, 200� (1�min), VHS, color.
Nessa história invertida que se passa com adolescentes na faixa etária de 12 a 16 
anos, os negros pertencem a grupos sociais e culturais dominantes e os brancos fo-
ram escravizados e são estereotipados. Os países pobres são Alemanha e Inglaterra, 
enquanto os países ricos são, por exemplo, África do Sul e Moçambique. O vídeo 
serve de material básico para discussão sobre discriminação, racismo e preconceito 
em sala de aula e na sociedade em geral.
Onde encontrar estes filmes e outros? Sugerimos:
> Em locadoras comerciais e alternativas.
> No Portal Curtas da Petrobrás 
 www.portacurtas.com.br
> Centro de Referência Audiovisual – CRAV – 
 http://www.pbh.gov.br/cultura/crav/aacrav.htm
> Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva – CEDEFES
 www.cedefes.org.br/new/index.php
10
NÚCLEO DE PESQUISA E ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS DO CEFET-MG
�. CONVITE A PALESTRANTES PARA DAR DESTAQUE A UM TEMA 
QUE, PREFERENCIALMENTE, DEVERÁ FAZER PARTE DA TEMÁTICA DE 
ESCOLHA DO CAMPUS.
Caso o campus tenha condições de arcar com os custos (transporte e pró-labo-
re) de palestrantes externos, pode-se solicitar à coordenação do NEAB uma lista de 
possíveis colaboradores. 
Anexo 1
Poemanifesto do movimento negro
Hermógenes de Almeida Filho
Muitos fatos sucederam-se em diversas direções
Abolicionistas e poetas deram sua contribuição
Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Luiz Gama, Castro Alves
Desde meados do século XIX, a Revolta dos Malês
Liberada por Luiza Mahin, desafiava a monarquia dos Senhores de Escravos,
Exigindo o fim dos maus tratos da vergonhosa escravidão.
Sudeneses, Bantos, Congoleses, Fulas, Tapas, Mandingas
Todos misturados em etnias e línguas
Yorubá, Gêge-Nagô, Haussá, Hhosa, Songhai, Ashanti
Kiswahili, Sotho, Kibundo, Bakomgo, Ovimbundo, Peul, Lingada
Agrilhoados pelos preadores de negros
Capitães-do-mato como Domingos Jorge Velho
 agiram no Brasil e em África capturando, humilhando,
 espancando, dizimandoas peças que fugissem
 na ponta do chicote e pelo fogo do bacamarte
Presos nos ferros ou no pelourinho ardiam aos açoites que estalavam
 a cada grito do capataz
O banzo e o sumidô coletivo pairava em toda viagem nos tumbeiros
O dia-a-dia escravo na senzala era cantar vissungos
 e muita lamba na moagem da cana ou nos cafezais
Séculos se passaram com o negro na lamba da produção agrícola
 na mineração ou nos afazeres domésticos
 no artesanato ou na lamba pesada
 nos terreiros ou nos quilombos,
Abolicionista e revolucionários transformaram as condições
histórico-sociais da formação brasileira
11
SUGESTÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS, MAIO DE 2009
A Lei Áurea, assinada pela Princesa Izabel, sob pressão
Serviu de pano de fundo ao teatro monárquico decadente,
Veio a República que não foi feita para o povo nem pelo povo
Obedecendo à evolução da história, a República foi tramada
 por militares, fazendeiros, liberais e conservadores
Todos farinha do mesmo saco!
Mudou-se o regime e o modo de produção deixou de ser escravista
 para ser assalariado
Empregos foram criados e ocupados por imigrantes estrangeiros
Os afro-brasileiros ficaram marginalizados
Seria necessário um novo Palmares?
Um chefe-de-campo de Macaco, General das Armas
 e rei de N’gola Djanga, ZUMBI
A República comunitária palmarina resistiu um século inteiro
Constituída de numerosos negros, índios e mulatos
 bravos guerreiros em liberdade
Participavam de um sistema de produção policultor para subsistência
 e comércio
Muitos não sabem mas, Palmares foi a capital do Brasil
 quando de ocupação holandesa 
 em Pernambuco e na Bahia
No entanto, nosso herói e mártir foi traído e morreu assassinado
 por Antônio Soares tal qual Calabar
Os afro-brasileiros sem emprego, sem moradia, sem cidadania
 sobreviveram de bicos, biscates e ocuparam muquiços,
 cortiços, mocambos, alagados e favelas
Com a FNB, ressurgiu Palmares!
A Frente Negra Brasileira, inspirada e dirigida por Arlindo V. dos Santos
 reuniu mais de 200 mil negros nos anos 30
Havia quadros políticos e militares,
No entanto, foi extinta por um golpe de Estado
 a ditadura de Vargas não tardou em ver
Um grande perigo na arregimentação da população negra
Enfim, no aspecto político-militar, quantos negros se destacaram?
André Rebouças combateu heroicamente na Guerra do Paraguai
João Cândido expulsou a chibata da Marinha e humanizou seu tratamento
Grandes lideranças negras plantaram sementes no campo
 do desenvolvimento social e democrático do país
Ao longo dos anos da 2ª Grande Guerra Mundial
 grande número de negros tomaram parte da FEB
12
NÚCLEO DE PESQUISA E ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS DO CEFET-MG
Força Expedicionária Brasileira combatendo ao nazi-fascismo na Itália
Na política e nas artes surge Abdias Nascimento, o TEN
Teatro Experimental do Negro, Arena Conta Zumbi
O Comitê Democrático Afro-Brasileiro criado na luta pela anistia
 obriga a inclusão das reivindicações negras
 na Constituição
Em África, movimentos revolucionários adotaram a luta armada
 como única arma possível para a libertação do colonialismo
 que etnocentricamente tomava as diferenças em desigualdades
O fogo da ancestralidade reacendeu-se nas consciências da negritude
O Partido Africano para a Independência da Guiné (Bissau)
e do Cabo (Verde) – PAGC – liderado por Amílcar Cabral,
O Movimento Popular de Libertação de Angola – MPLA –
 liderado por Agostinho Neto,
A Frente de Libertação de Moçambique - FRELIMO –
Liderada por Samora Machel,
Muitos líderes estão encacerados como Nelson Mandela do ANC
Congresso Nacional Africano na África do Sul
Muitos tombaram como o maior dos pensadores africanos Cabral,
Eduardo Mondlane, Patrice Lumumba e membros da SWAPO na Namíbia
Mas a LUTA CONTINUA, no combate ao “apartheid” sul africano
No Brasil, o capitalismo firmou-se com a instalação do seu parque industrial,
Vargas se suicida, mas não morre o populismo petebista
Surge JK e a arte brasileira floresce: Sinhô, Dorival Caymmi, Pixinguinha,
 João Gilberto, Cartola, Lamartine Babo, Grande Otelo
 e outros grandes artistas populares
A comunidade afro-brasileira no carnaval e no futebol
 Manifesta seus sentimentos oprimidos
Os militares tramam a “Redentora”
Depõem João Goulart e massacram expressivas lideranças sindicais
 e populares
 antes que forjassem um novo destino para o país
Mas a LUTA CONTINUA, há uma renovação na produção artístico-cultural
Procuram-se formas alternativas que apontem um novo rumo
 para o movimento popular
Surge o tropicalismo e volta a girar a bússola cultural
A guerrilha urbana e camponesa toma conta do país que vai pra frente!
Mas a LUTA CONTINUA, no movimento negro
 que procura formas concretas de expressão
Surgem os grêmios recreativos e entidades de pesquisas
1�
SUGESTÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS, MAIO DE 2009
A poesia de Solano Trindade ecoa no movimento das consciências
O autodidata e saudoso Olímpio Marques ordena: LIBERTA-TE NEGRO
Eduardo Oliveira Oliveira, morre precocemente mas presta grande colaboração
 ao movimento sociológico negro
A socióloga Lélia Gonzalez lidera importantes propostas do movimento
 negro contra a discriminação racial
 Mulheres de favelas e periferia acontecem na luta pela procriação
A imprensa negra bota banca: Favelão, Ébano, Frente Negra
Surgem o IPCN, MNU, ICBRAF, SINBA, CEAA, GTAR, GRANES no Rio
 em Salvador o Ilê Aiyê, Badauê, Male de Balê
Os afoxés afro como os Filhos de Gandhi dão a volta por cima
 no processo de reafricanização do carnaval baiano
O Movimento sobe a Serra da Barriga e realiza a Missa dos Quilombos
DIA (20 nov.) NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA 
Desmistificando a “democracia racial” e o “13 de maio”
 que caíram no descrédito das palavras vazias
O movimento Black Power enche as discotecas,
 ganha as páginas dos jornais
 as vitrolas que só tocavam James Brown
 também tocam Bob Marley e Jimmy Cliff
No Brasil verde amarelo, o “vermelho rasta” corre no sangue da massa
O samba vadeia na voz de Clementina, se adoça na voz de Paulinho
 e se assume na voz de Martinho
O jongo e o caxambu nossa matriz do reggae, está vivo
 Na serrinha e no Salgueiro
A consciência da negritude ganha espaço,
Surge o Olorum Baba-Min, Vissungo e Agbara Dudu
Expressões afro-musicais da cultura negra no Brasil
Dezenas de grupos negros unem-se como há milênios eram Brasil-África
No Rio, as eleições mudaram a face do governo e a força do poder
Secretários de Estado negros estão assumindo a luta de libertação
No parlamento Abdias e Benedita da Silva abrem caminho
 Bené pela sua atuação ligada e voltada 
 para as comunidades faveladas e periféricas
 Abdias pela maturidade e persistência
 Na luta contra o racismo 
Mas a LUTA CONTINUA
Seja o que os Orixás desejarem.Axé!
1�
NÚCLEO DE PESQUISA E ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS DO CEFET-MG
Integrantes do NEAB
 
Ângela Maria Maciel Bertolino (técnica-administrativa - DADB ) – Campus II
Claiston Cosme Damião Ferreira (Centro de computação Científica) - Campus II
Prof. Hércules Alfredo Batista Alves - Campus VIII
Prof. James Willian Goodwin Júnior – Campus I
Profa. Jussara Biagini – Campus I
Prof. Joel Augusto dos Santos – Campus II
Profa. Laura Nogueira de Oliveira – Campus I
Profa Leni Nobre de Oliveira – Campus IV
Profa Maria Cristina dos Santos – Campus V
Profa Marizilda Menezes S. Zacaroni – Campus IX
Profa Micheline Madureira Lage – Campus VII
Profa Odete Valverde de Oliveira Almeida – Campus III
Profa Rosália Sanábio de Oliveira – Campus I
Profa Rosângela Fátima da Silva – Campus II
Profa. Silvaní dos Santos Valentim – Campus VI
Coordenação do NEAB/CEFET-MG
Coordenadora: profa. Silvaní dos Santos Valentim
Vice-coordenadora: profa. Jussara Biagini
INFORMAÇÕES
NEAB/CEFET-MG
Av. Amazonas, 5855 - Campus VI - Belo Horizonte/MG
E-mail: neab@dppg.cefetmg.br
NÚCLEO DE PESQUISA E ESTUDOS 
AFRO-BRASILEIROS DO CEFET-MG
NEAB

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